quarta-feira, dezembro 19, 2018

Atenção! Pára tudo... a confirmar-se, é "anedota", mas não é para rir...

Então um helicóptero ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que faz frequentemente o percurso (aéreo) Macedo de Cavaleiros - Porto e vice-versa, cujo no percurso de regresso a Macedo de Cavaleiros tem designadamente de reabastecer em Baltar, por não ter autonomia para a viagem ida e volta entre Macedo de Cavaleiros onde está sediado e o Porto para onde faz recorrentes serviços de emergência médica; no entanto em Baltar não há equipamento electrónico-rádio dedicado a controlo e segurança aérea, na circunstancia para aterragem e descolagem de helicópteros, o que respectivamente em condições atmosféricas adversas, como por si só pode ser e é o mais comum nevoeiro, leva a que as manobras aéreas de aterragem e descolagem de helicópteros sejam no mínimo um potencial e eminente risco de acidente aéreo, ainda para mais com uma série de antenas, alegadamente rádio, mas não de controlo aéreo na proximidade de Baltar, mas que tanto pior ainda se a confirmar-se que diversas dessas antenas nem sequer estavam luminicamente sinalizadas, pergunto eu: o que é que se estava à espera face à mais que eminente possibilidade de tarde ou cedo ali suceder um acidente, no caso concreto, com um helicóptero de INEM que ali tem de aterrar com relativa frequência para reabastecer entre percursos de emergência médica para o Porto e a sua respectiva base de operação em Macedo de Cavaleiros?

Tudo anterior tendo no INEM uma entidade de emergência médica como parte integrante e activa da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), com esta última responsável pela prevenção de incidentes e/ou pela coordenação das diversas corporações de segurança e de socorro após ocorrência de incidentes, já sejam estes últimos de origem natural ou humana, mas em qualquer caso com efectiva ou potencialmente nefasto-dramáticas consequências humanas. A partir do que a mesma ANPC faz desde logo preventivas exigências ao cidadão comum e/ou a entidades colectivas particulares, no que a prevenção de incêndios, de incidentes vários, designadamente face a condições atmosféricas adversas e/ou a actividades humanas de risco. E mas depois, independentemente do que venham a ditar as investigações e respectivos relatórios do Ministério Público, da entidade de investigação de acidentes aéreos, etc., eventualmente da própria ANPC que enquanto tal me parece a mim investigar em causa própria, e qualquer caso o facto já conhecido é que um helicóptero do INEM caiu em circunstancias que à partida não abonam muito ou mesmo nada a favor de todas as exigências da ANPC, com respectiva extensão política, desde logo enquanto exigências face ao cidadão comum, a entidades particulares e/ou à sociedade civil modo geral. No fundo ao estilo: "faz o que eu digo, não faças o que eu faço", o que de resto é muito comum ao nível político e sócio-cultural modo geral. Face ao que se a respectiva responsabilidade dum qualquer fatídico acidente ou devastador fenómeno de origem humana for do pequenino, do funcionário básico ou até intermédio, regra geral as responsabilidades costumam ser rápida, clara e plenamente encontradas, com as correspondentes sanções aplicadas; já se a responsabilidade for do grande, do  alto gestor da causa publica, por si só do genérico sistema político, social e no caso de ANPC instalado, por respectiva norma as responsabilidades são difíceis ou mesmo impossíveis de identificar, ficando em regra diluídas num imenso e indeterminado colectivo, que por norma é o próprio Estado (todos nós) e/ou ainda diluído no mero azar, se acaso por mera derivação dumas condições atmosféricas adversas!

Que, já agora, no relativo às responsabilidades ficarem diluídas num imenso e indeterminado colectivo que por norma somos todos nós (Estado), tão pouco deixa de ter o seu Q de verdade, na medida em que ao longo da minha mera existência pessoal, já conheci suficientes circunstancias, algumas por experiência própria que rapidamente corrigi ou pelo menos procurei não voltar a repetir, em que o recorrentemente auto proclamado e elogiado espírito de improviso nacional, não raro ao nível do mero "pato bravo", em que cada qual avança em individual ou corporativo interesse próprio e imediato, sem medir as consequências face ao outro, ao colectivo e/ou ao futuro. Isto com inclusive extensão ao resto mundo, pois que por exemplo não é por acaso que as pró catastróficas alterações climáticas e degradação ambiental global são o que são; mas no caso falando de Portugal em concreto diria que não raro constrói-em-se impunemente estatutos pessoais, políticos, sociais, industriais, materiais, etc., sabe Deus às custas de quê e de quem. Como resumidamente seja que constrói-em-se impunes, inquestionáveis e não raro colectivamente elogiados estatutos "superiores", numa base muito mais de esperteza interesseiramente unilateralista, corporativista e imediatista, do que de inteligência transversalmente colectivista, universalista e de médio-longo prazo.

Sendo que para dizer/escrever tudo anterior não creio seja necessário ser-se perito em segurança interna; em operações de emergência e socorro; em controlo, segurança e investigação aérea; nem em sociologia ou qualquer outra média-superior especialidade; bastando sim um mínimo de genérico senso comum. Ainda que, isso sim, quem aqui fala/escreve é alguém tão suficientemente auto exigente consigo/comigo mesmo, relativamente ao outro individuo e/ou ao colectivo social, nacional e universal, que na dúvida face a ser positivo ou negativo face ao que ou a quem  mais quer que seja, mesmo que e/ou até por com meu unilateral prejuízo próprio, por norma e salvo possível motivo auto defensivo ou humanitário geral, de resto e no cautelar limite auto abstraio-me prática, interactiva e funcionalmente de mim mesmo, cujo até talvez ou seguramente por isso a minha maior, melhor, quando não mesmo única forma de expressão e de existência própria seja, como no caso concreto, isto que, como, porque e para que (pró) reflexiva/contemplativamente escrevo de forma responsável e consequente _ com o que como tal, apesar de e/ou até por tudo, espero estar a ser mais positivo do que muitas tristes e no caso fatídicas anedotas envolventes, baseadas em gente de acção sem minimamente devida ponderação! Nesta última acepção a exemplo dum helicóptero do INEM, enquanto INEM como membro activo da ANPC que independentemente do que venham a ditar as diversas investigações inerentes e/ou do que desde o primeiro momento é a múltipla pressão dos meios de comunicação social pró apuramento de responsabilidades, desde já digo eu que: ao cair um helicóptero do INEM, com fatídicas consequências para os seus tripulantes, desde logo devido a ter de ir reabastecer num local sem condições para aterrar sob um simples nevoeiro, só pode ser uma triste anedota nos tecnológicos e pró securitários tempos que correm, desde logo ao nível da ANPC e suas respectivas exigência face ao cidadão comum e à sociedade civil modo geral. E então se a tudo isto adicionar-mos a múltipla complicação subjacente às comunicações ou falta delas entre as diversas entidades de socorro inerentes após a queda do helicóptero, aliás do que acima de tudo se fala após o acidente, como se as causas deste último tivessem passado para plano secundário ou mesmo irrelevante, então o lamentável e fatídico absurdo parece-me uma pescadinha de rabo na boca, sem mais descrição.

Finalmente permita-se-me acrescentar que para correr tanta coisa mal ao nível de incêndios florestais, em que quanto mais alertas de risco de incêndio e de investimento material e humano no combate a estes últimos parece que quantitativamente mais e qualitativamente maiores incêndios há; mas também ao nível de recorrentes alertas de fenómenos atmosféricos extraordinários que mais das vezes não se confirmam como tais e que até por isso quando se verificam de facto já ninguém previamente acredita que se vão verificar, a exemplo dum caso já ocorrido no corrente ano (2018); entre outros múltiplos exemplos, designadamente ao ouvir-se dizer que corporações de bombeiros, por exemplo no interior rural norte, centro ou sul do País, na proximidade dum teatro de operações de socorro (incêndio, acidente, etc.,), dependerem duma superior ordem burocrático-protocolar vinda de Lisboa ou coisa que o valha, para só então poderem ditos bombeiros começar a actuar, me parecer a mim um puro, duro e ridículo absurdo _ até por isso eu subscrevo a correntemente vigente auto exclusão da Liga de Bombeiros do seio da ANPC. A partir de que uma ANPC nos moldes em que está e age ou deixa de agir, quase que mais vale não haver ANPC alguma. Até porque por referencial histórico, perante um incêndio de pouca monta ou no seu início, perante um comum acidente automóvel ou perante qualquer outro acidental fenómeno muito localizado e sem transcendentes consequências materiais e/ou humanas de larga escala social ou territorial, creio eu que quer as corporações de segurança pública (GNR e PSP), quer as corporações de emergência e socorro (INEM, Bombeiro, Cruz vermelha,...) desde que, como expectável, bem formadas de base e com continua preparação operacional não necessitem de terceira entidade externa e/ou duma hierarquia superior (ANPC), para cumprirem o seu dever operacional com natural fluidez por si sós e/ou em respectiva harmonia protocolar de entre umas e outras. Aliás a noção que eu tenho de ANPC aplica-se acima de tudo à global coordenação de diversas corporações de segurança pública e/ou de emergência e socorro face a eminentes ou concretizados acidentes, catástrofes, em suma devastadores fenómenos de significativa magnitude e/ou abrangência social e territorial; no entanto e segundo recorrentemente consta, a ANPC no seu estágio actual parece ter participação até no atropelamento dum único individuo ou duma mera ignição incendiária deflagrada no outro lado da rua, se acaso em frente à porta do quartel dos bombeiros locais, sem que no entanto e salvo erro da minha parte, os meios de socorro possam actuar sem respectiva autorização superior da ANPC, com toda a intermédia troca de informações inerente, o que a confirmar-se é, a meu ver, o cumulo duma lamentável e no limite mesmo fatídica anedota, cujo pior ainda quando as intermédias comunicações reconfirmadamente falham por motivos técnicos e/ou humanos, apesar da espectacular e/ou para o caso espalhafatosa parafernália técnica, como veículos carregados de sistemas rádio, informáticos, etc., etc., com que a ANPC se costuma apresentar...!...

VB

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