Mas com as elites
que temos ou temos tido desde globalmente sempre e um dito povo de brandos costumes em que me incluo e que por herança genética ou cultural, salvo em última instância tal como eu e no meu próprio limite (aqui) o faço, de resto é um povo que tem por genérico costume encolher os ombros, quer perante e para com as possibilidades positivas quer perante e contra as possibilidades negativas da vida, em
qualquer dos casos e na respectiva sequência: com ou sem liberdade; com ou sem
revoluções; com ou sem retóricos discursos ou exemplos de sucesso público, etc., etc., salvo raras, pontuais ou ilusórias excepções de resto e por constatável norma jamais passaremos da injusta e vil trampa de sempre,
desde logo ao nível social.
Enfim não
só me parece, como tenho mesmo a convicta certeza de que com argumentos e factos como os
globalmente atrás expressos, uns continuam e continuarão a ser Senhores e os outros uns fulanos que vivem acima das
possibilidades próprias e do país; uns Patriotas e
outros antipatriotas ou melhor ainda uns
continuam a ser Filhos da Mãe e os
outros filhos da outra...
(*) ...com ressalva para as elites políticas que suposta
ou efectivamente estarão mal remuneradas, desde logo com relação aos ditos
gestores públicos ou privados, mas que não necessariamente políticos. Ainda que dadas
as não raro ou mesmo positiva e universalmente comuns (in)competências políticas ou de gestão política da causa pública demonstradas desde
globalmente sempre, por parte da respectiva classe política, sem
esquecer que muitos dos políticos ou melhor gestores políticos vêm de empresas
públicas ou privadas para o “””patriótico”””
exercício da gestão política-pública, de onde cíclica e posteriormente saem para retomar ou tomar
a gestão de empresas públicas ou privadas onde são remunerados a peso de ouro ou desde logo
“pornograficamente”; além ainda dos políticos de carreira e/ou a cem por cento,
que serão de facto ou relativamente mal remunerados, mas não
deixam de auferir uma série de benesses, de regalias, de direitos, de
privilégios, de imunidades e por ai fora que em grande media estão vedadas ao
cidadão comum e tanto pior se de base, por mais competentes e/ou trabalhadores
que estes sejam, sendo que eu nem sequer me incluo nuns nem noutros, pois
jamais passei dum mero auto subsistente sem profissão concreta nem trabalho
certo, seguro ou definido _ já agora algo de que não me lamento
e muito menos me regozijo, porque se assim é, em substancial medida a mim
mesmo o devo, especialmente quando em sequência dum meu rotundo fracasso
interpessoal, social e curricular escolar, acabei apostando essencialmente na
vertente física como factor de pró afirmação ou ao menos de pró subsistência,
ainda que o próprio físico tenha vindo gradual e crescentemente a falir em e
sobre diversos aspectos, pelo menos enquanto base central da e para a minha
vida ou subsistência; tudo ainda com ressalva de que e quando não me tendo conseguido integrar
de forma digna, vertical e meritória no melhor do sistema, tão pouco me quis ou
quero render ou vender ao respectivo pior do sistema vigente e envolvente, sequência
de que eu até chego a preferir ser e estar como sou ou estou, com reflexo paradigma no que e como desde logo (aqui) escrevo, do que por
exemplo e por um lado viver às custas do País ou das genéricas misérias alheias e/ou por outro lado ter de fumar vários maços de
tabaco ou entornar vários litros de
substancias alcoólicas ou outras por dia, para tão só me poder ir suportando a mim mesmo _ sem prejuízo de
quem fuma ou bebe consciente e/ou moderadamente, até por isso faço alusão ao fumar e ao beber em itálico, num sentido semi metafórico e literal.
Aquém e além de que por mim mesmo falando, para me auto suportar eu tenha de
escrever coisas como esta, o que em conclusão final nem sei se é melhor ou pior
que simplesmente me afogar em tabaco e/ou
em álcool e afins _ salvo que com o que e como eu escrevo e sem ironia, a partir do meu próprio nível e da minha própria realidade, eu esteja a corresponder ao que as elites e/ou o status social actual pede recorrentemente, como seja: criatividade e produtividade, neste meu caso senão criatividade e produtividade económica, literária ou intelectual, pelo menos pró vital, sanitária e (auto) subsistentemente, creio poder afirmar que o é!...
...aquém e além de que não raro é mais bem visto, aceite ou tolerado socialmente o cidadão, por exemplo do género masculino como eu, que fumando e consumindo desmesuradamente álcool e afins ou não, no
entanto tenha casa e família própria, mesmo que também tenha uma infinidade de irracionais dividas
às costas e/ou uma família infeliz, se acaso e no limite até bata na mulher e
nos filhos, por circunstancial e oportuno exemplo com argumentativa base na crise, mas que dependente ou
independentemente disso obedece ou pelo menos encolhe submissa ou
resignadamente os ombros perante o status envolvente e/ou ainda por outro lado o tipo que tem tudo e mais uma coisa, mesmo que no mínimo e permanentemente
deixando dúvidas acerca dos teres, haveres ou pareceres, mas que apesar disso
ou até por isso consegue estar dentro do sistema; do que por exemplo alguém
como eu que escreve responsável e consequentemente coisas auto e extra criticas como esta, tanto mais
se para tal e mesmo não tendo dívidas que contribuem para a respectiva dívida do País ao exterior, mesmo que e/ou até por estas últimas com lucro por parte do competente, sério e patriótico sistema bancário ou financeiro, mas que tão pouco tendo eu família própria, nem emprego certo, seguro e definido, o que por si só e em qualquer dos casos confere logo à partida algum estatuto social, na sequência pouca ou nenhuma aceitável credibilidade social me reste. Além de que talvez ainda por falta de suficiente
fé, ainda que também com suficiente resiliência da minha parte, num mundo ou sociedade
semi caótico(a), a que acresce o meu pré caos próprio, pelo que salvo muita
coisa mude na minha vida e/ou na vida em redor, enquanto não querendo eu arrastar alguém (uma companhia), nem adicionar alguém (uma descendência), quer ao meu pré caos próprio, quer ao genérico semi caos envolvente e/ou tanto pior se ao conjunto das duas coisas, na respectiva sequência e salvo que a natureza algum dia e dalguma forma fale mais alto do que a circunstancial conjuntura própria e envolvente, de resto e por mim mesmo já desisti de por exemplo procurar
constituir vida familiar própria. Até porque alguém que escreve como eu aqui o faço com relação aos poderosos e/ou à própria sociedade em geral, num país de brandos costumes, frequentemente acomodado ao sistema e não raro até submisso ao status envolvente enquanto status instituído de cima para baixo e/ou de fora para dentro, eu jamais poderia ou poderei ser um bom partido para qualquer rapariga descendente de boas famílias (poderosas ou humildes), salvo a rapariga em causa, que até se por coincidente com a minha faixa etária fosse ou seja suficientemente independente, inclusive porque doutra forma sou eu mesmo que não quero; mas neste último caso sou também eu que não estou à devida altura na medida em que não vivo de escrever enquanto tal e quiçá menos ainda se de forma critica com relação aos poderosos, apesar de e/ou até porque eu tenha de escrever para tão só necessitar sobreviver, mas a partir do que é uma sobrevivência mesmo esforçada, sofrível, quando não até degradante e decadente, com base ou sequência desta minha global condição existencial própria e mas também do status envolvente, como seja de entre as
pré, pró e pós caóticas misérias intrínsecas e extrínsecas a mim, em que por exemplo tendo eu já entrado na casa dos quarenta, (ainda) esteja confessa e reconhecidamente a (sobre)viver
e/ou pró vital, sanitária ou subsistentemente a escrever, sob (semi-)dependência do
tecto maternal/paternal. Aquém e além de que significativa parte do que e de quem me rodeia imediata ou remotamente não seja duma ou doutra forma muito positiva, vital ou universalmente melhor do que eu, que se acaso e não raro em muitos casos até bem pelo contrário _ sem natural prejuízo do seu inverso!
(**)
...sequência a que acrescentaria a auto revista e complementada parte duma
minha resposta a um comentário numa página do Facebook, precisamente com base
na intervenção do Senhor Coronel Sousa e Castro no Prós e Contras de dia 23
último. Cuja referida parte da minha resposta ao comentário em causa, enquanto
este último proferido por uma outra pessoa que no presente contexto
identificarei ficticiamente como senhor José,
foi e é a seguinte:
...já agora porque será
que os portugueses no estrangeiro (civilizado) são produtivos e trabalhadores,
ao "invés" de a nível nacional interno? Não será também ou acima de
tudo porque há uma profunda distorção da realidade a nível interno,
designadamente com cada vez menos equidade entre ricos e pobres e/ou entre quem
gere e quem é gerido, desde logo com universal incompetência ou ganância também
das elites nacionais, até enquanto primária e sectariamente o próprio senhor José diz que “os pobres dependem dos
ricos (elites) para não morrerem de fome” ao que correspondo complementarmente
eu que: sem exclusão do respectivo inverso, dos ricos sem os pobres tão pouco poderiam jamais ser ricos, desde logo porque duma ou doutra forma dependemos
todos uns dos outros; talvez também por tudo isso, em especial pela redutora,
sectária, corporativista, unilateralista, primária, arrogante, prepotente,
reaccionária e numa palavra universalmente ignorante perspectiva do senhor José, que eu suspeito seja uma
perspectiva algo ampla desde logo dentro ou de entre as elites, de que só ou essencialmente
os pobres dependerão dos ricos, em unilateral sentido, acabando subsequentemente
os pobres por na media do possível ou até do indispensável ter de emigrar _
claro que com a também cada vez mais complexa situação de que o próprio mercado
de emprego externo começar a estar saturado; tudo ainda com ressalva das
devidas positivas excepções internas que eu gostaria fossem a maioria e por isso a norma, a todo
este nível político e social, desde logo entre entidades ou elites gestoras e
entidades ou bases operárias, sendo que sem sombra de dúvida há excelentes e competentes individualidades quer dum lado quer do outro, com toda uma infinidade de
variações de entre as elites de topo e as base operárias, incluídos os
respectivos péssimos exemplos em ambos os níveis. Mas dado que acabam por ser
as elites a liderar o país, inclusive como reiteradamente diz o senhor José:
“sem os ricos (elites), os pobres morrem de fome” e duma ou doutra forma os ricos
são ou pertencem às entidades liderantes; porque será então que Portugal jamais
passou da cepa torta como seja duma dita improdutividade e/ou duma
profunda injustiça social? Sem prejuízo* da e para a longa, vasta e rica história nacional enquanto tal.
*
...dir-me-ão que eu utilizo muito a expressão sem prejuízo ao que no caso eu só posso corresponder dizendo que o
mesmo se deve essencialmente ao facto de que eu não vejo ou não quero ver a vida duma
perspectiva unilateralista ou fechada em e sobre si mesma e/ou em e sobre mim próprio,
no caso vejo-a ou prefiro e procuro perspectivá-la dos mais diversos anglos
possíveis e imaginários, até porque ao ter-me auto assumido há muito a mim
mesmo como efectivamente nada e ninguém; o que por si só equivaleu a ser
potencialmente tudo e todos, em qualquer dos casos pelo melhor
e pelo pior, para o bem ou para o mal. Na sequência até para auto subsistir o
mais positiva ou absolutamente possível em e a mim mesmo, tive de optar e/ou se
acaso de me decantar pelo melhor e para o bem. Mas pelo caminho tentado e/ou
necessitando entender o mais e o melhor possível os motivos e as razões de toda
e de qualquer parte pessoal, humana, vital ou universal em jogo e intrínseca ou extrínseca a mim. Pelo que como melhor das hipóteses não me considero
bom nem mau, desde logo e no limite ao nível maniqueísta dos termos bom e mau,
mas sim o que e como eu vou constante e permanentemente conseguindo construir
e/ou auto (re)construir-me; de entre todas as potencialidade positivas e
negativas intrínsecas e extrínsecas a mim _ com resultado prático (também) no presente. Perante e para com o que o termo sem prejuízo acaba por me ser mais ou
menos indispensável, desde logo e tanto mais se ao vasto e transversal nível
político ou social aqui global e essencialmente em causa!...
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