Mais
um infame e brutal atentado terrorista de cega origem religiosa/islâmica, isto no
ocidente porque noutras partes do planeta esses atentados são recorrentes desde
há muito. Dai que venham mais uma vez as naturais, necessárias e até devidas ondas
de pesar e de solidariedade para com as vítimas directas (mortos e feridos) e
indirectas (familiares e entes queridos dos primeiros), inclusive porque nos
sentimos todos potencialmente atingidos; mas a partir de que vêm também as
reflexões acerca da causal origem desse mesmo terrorismo e/ou dos meios e
formas de combater o respectivo. E precisamente eu quero pegar pró
reflexivamente nas causas e respectivas possíveis formas de combate a esse
mesmo terrorismo. Isto enquanto eu mero cidadão comum, designadamente sem
qualquer especifica formação em segurança, em criminologia, em psiquiatria ou psicologia,
em sociologia, inclusive no que quer que seja modo geral. No fundo sou apenas e
tão só mais um comum ser (humano) vivente deste mundo e neste tempo, que quanto
tal e segundo as circunstancias não posso deixar de reflectir um mínimo que
seja acerca do que, de quem e/ou de como me rodeia, aquém e além de acerca de e
sobre mim mesmo. Mas acerca de mim jamais deixei de duma ou doutra forma, com
potencial interesse geral, por aqui escrever, além de que ao escrever acerca do
que ou de quem mais quer que seja, não posso deixar de estar a escrever também acerca
de e sobre mim mesmo, desde logo porque isso dirá tanto acerca de e sobre mim,
quanto acerca de e sobre o que ou quem mais eu escreva.
A
partir de que então sim e já com relação às originais causas e possíveis soluções
para o terrorismo dito e feito de radical islâmico/religioso, como base pare eu
estar a escrever o presente. Desde logo tenho ouvido as mais diversas análises/explicações, pela boca dos mais diversos especialistas (criminais, militares, psiquiátricos,
sociológicos, etc.,) ao respeito, todas elas com a sua devida razão de ser,
mesmo que algumas muito diversas doutras, como por exemplo quando há
quem ache que se deve dialogar com os terroristas, suponho que com as elites
pensantes por detrás do terrorismo, com o argumento de até pró via desse
diálogo se entender um pouco mais e melhor o fenómeno; enquanto pela inversa há
quem ache justamente o inverso, como seja que não se deve em absoluto dialogar
com os terroristas, inclusive com as suas cúpulas, defendendo mais a pura e
dura reacção armada/repressiva. Que desde logo aqui e por mim, compreendo em
parte cada uma destas últimas antagónicas perspectivas. Com esta minha dual compreensão a derivar desde logo da complexidade
do fenómeno terrorista em causa, que tanto faz uso de grupos organizados,
quanto de designados “lobos solitários”,
incluindo ainda indivíduos que à partida nada têm social, cultural e
vivencialmente que ver com o Islão, mas que por circunstancias da vida se unem
a este último e/ou pelo menos passam em relativamente pouco tempo a agir em
nome deste último ou melhor em nome da sua versão mais infame, radical e em
suma fatalmente criminosa do mesmo. Como seja que os efectivos ou potenciais terroristas
estão ou pelo menos podem estar no meio e/ou na proximidade de todos e de cada
um de nós. Fazendo respectivamente de e cada qual sem excepção, mais uma potencial vitima do terrorismo, em qualquer ponto do globo e do ocidente em concreto, inclusive com o autor terrorista como um suicida/homicida em si mesmo. Sequência que não me parece que isso se combata só com repressão armada,
ainda que também e incontornavelmente com esta. Seja que o fenómeno parece-me
ser muito mais sensível e complexo, para que sem em absoluto excluir as armas, no
entanto o seu combate transcender também em muito o uso das armas. De resto e
segundo rezam todas as crónicas, acerca de que a Arábia Saudita (AS) é uma das
maiores, senão mesmo a maior fonte de fundamentalismo islâmico, no entanto é
também com esta última que o próprio Ocidente (França, EUA, etc.,) fazem
grandes negócios de venda de armas da parte Ocidental para com a própria AS. Mas
até esta é uma perspectiva significativamente simplista e redutora dum problema
que é muito vasto, ainda que e para com o que esta perspectiva mercantilista/financeira
a todo o custo também seja uma das substanciais causa do terrorismo dito de
radical islâmico e em suma global.
A
partir de que, incluindo já o anterior, no entanto passemos então à minha mais puramente perspectiva pessoal própria ao respeito,
que inclui certos aspectos que sendo óbvios, no entanto raramente se ouve falar
dos mesmos pela boca dos mais diversos especialistas na matéria, talvez por
isso mesmo, porque são especialistas numa única perspectiva e não por um todo,
enquanto eu não tenho esse comprometimento com qualquer especialização. Para designadamente
poder e dever começar por dizer que: onde houverem tão só duas pessoas humanas,
o conflito, no limite letal, entre elas estará sempre latente. Agora
multiplique-se isso por mais de sete mil milhões de almas humanas, das mais
diversas origens, ideologias, credos, culturas, sociedades/comunidades, por si
só índoles individuais, etc., etc., etc., integradas numa tão vasta comunidade
humana, quanto cada vez mais e diria mesmo imparavelmente dita de globalizada,
em que designadamente (quase) todos senão individual pelo menos como
representantes das mais diversas facções inerentes podem contactar com todos,
no mínimo por este meio electrónico virtual que eu mesmo estou a utilizar para
escrever e partilhar o presente, mas em muitos casos também por via da vasta
mobilidade migratória, turística, etc., global. Tudo ainda enquadrado num grande
denominador comum, que em suma é o designado de liberalismo económico-financeiro,
significativamente selvagem, vulgo em que mais ou menos legitima ou ilegítima regra
geral cada qual procura o mais e o melhor que pode para si mesmo, o que ao
nível das elites do sistema globalmente instituído chega a ser duma voracidade
implacável, precisamente numa vertigem de lucro económico-financeiro _ vulgo
materialista e no limite armamentista _ tudo numa base de princípios, de meios e de
objectivos já tão viciados, que por exemplo leva a que uma esmagadoramente
mínima percentagem da população mundial tenha em seu poder, não recordo agora
os últimos números em concreto, mas seguramente muito acima de metade de toda a
material riqueza mundial; versos toda uma vasta e até crescente faixa populacional
mundial literalmente a morrer de fome e/ou por carência dos mais elementares
recursos de vida/subsistência; isso sim com uma não menos significativa faixa
populacional, relativa ou significativamente remediada, por si só designada de
classe média que está dentro e inclusive sustenta em grande e por si só
funcional medida o global sistema instituído. O que ainda assim tão pouco
explica de todo a origem do fundamentalismo terrorista, no caso concreto islâmico,
até porque há muita gente a morrer de fome em muita parte do mundo que jamais
foi ou será terrorista, mas que ao menos e com os devidos incentivos estará
muito mais próxima de o ser. Em que cuja
melhor das soluções para evitar o fenómeno terrorista em causa, começa, passa e
termina por algo muito natural e mas também complexo, que em qualquer dos casos
se traduz genericamente em muito poucas palavras que são: consciência própria e
do outro, com acrescido respeito próprio e pelo outro _ o que nas presentes circunstancias parece que, a diversos níveis, inalcançável por e para muitos.
A
partir de que então sim, entrem os devidos especialistas (criminais, militares,
psiquiátrico-psicológicos, sociológicos, etc., etc.,) porque de entre a minha
mesmo que muito humilde e simples perspectiva própria, exposta atrás, seguramente
encontrarão senão todas, pelo menos algumas devidas causas de fundo, em especial para o
alastrar do fundamentalismo islâmico e suas respectivas consequências também no
e para o dito Ocidente civilizado, em especial se para com adesão de cidadãos ocidentais,
de origem e vivência extra islâmica, a esse mesmo fundamentalismo, senão de forma convicta e genuína, ao menos como vulgares e pró suicidas marionetas do
mesmo.
…Em
honroso nome das, também, últimas jovens/inocentes vítimas de Manchester:
VB
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