sábado, agosto 05, 2017

Contra-corrente

            Contra tudo o que foi, é e continuará a ser corrente em mim, logo numas circunstâncias excepcionais quer da minha parte quer da parte da candidatura em causa, neste ultimo caso com reflexo no genérico contexto eleitoral democrático a nível local, acabei há três dias atrás de me comprometer por iniciativa própria no explicito apoio a uma eleitoral candidatura político-partidária, isso sim a prévia solicitação desta última, enquanto solicitação que numa prévia fase até rejeitei, como de resto é natural norma em mim, até porque aceder a tais solicitações vai contra-corrente dalguns meus profundos princípios existências próprios; pelo que inclusive e até desde logo surpreendentemente para mim, enquanto já livre de tal solicitação porque já a havia rejeitado e tal rejeição resignadamente aceite por quem me a havia feito, o de todo excepcional facto é que contra todas as expectativas desde logo de e para comigo mesmo, tanto mais e pasme-se, quanto por minha auto determinada iniciativa própria, como que meio impulsiva e meio reflexivamente, decidi mesmo prestar o meu apoio a essa mesma candidatura. No caso um apoio explícito baseado em dar o nome e respectivamente a cara para a lista eleitoral de dita candidatura.  

            Isto enquanto não tendo nem acima de tudo querendo eu ter absolutamente o que ganhar com o meu apoio a essa mesma candidatura, que de resto no que toca a eu ter o que ganhar unilateralmente até bem pelo contrário, pois desde logo com tão só prestar apoio a essa candidatura violei um profundo princípio básico dum meu longo processo de auto-gestão pessoal e existencial próprio, o que por si só e acto imediato a ter-me comprometido nesse apoio me senti profunda e intensamente mal comigo mesmo, com ressalva de que sabia à partida que assim iria ser _ independentemente do posterior grau desse sentimento. E a única positiva compensação que poderei e/ou que desde logo quero ter em directa sequência de tudo isso, depende tão só e unilateralmente de mim para mim mesmo, por si só do continuar e se acaso até aprofundar do meu velho processo de auto-gestão que me vem de muito longe e que em si mesmo é, para o caso e salvo excepcional conjuntura, até irónica e paradoxalmente incompatível com práticas e/ou influências político-partidárias.

            Agora claro que até como comecei por dizer logo no primeiro parágrafo, para que eu me tivesse predisposto a prestar tal apoio, como para quase tudo da e na minha vida, isso implicou um circunstancial/providencial conjunto de circunstancias quer da minha parte, quer da parte da candidatura em causa, neste último caso com extensão ao mais genérico contexto democrático a nível local; enquanto sequência acerca da que entretanto e nos mesmos três últimos dias eu já escrevi mais de três dezenas de páginas, o que na versão mais condensada até ao momento contabiliza dezasseis páginas, que em qualquer dos casos não cabem de momento no presente contexto. Incluindo que faltando-me fazer uma global auto revisão das mesmas, isso normalmente implica que o texto inerente cresça um pouco mais, se acaso mais algumas páginas. E mas como por um lado eu escrevi essas páginas precisamente na base do meu global processo auto-gestivo, que se em determinadas e por si só excepcionais circunstancias me levou a prestar dito apoio a uma eleitoral candidatura político-partidária, também nessa mesma conjuntural e à partida incompatível sequência de entre esse apoio e alguns meus tão básicos quanto fundamentais princípios próprios, como também já referi atrás me acabou levando a sentir-me profundamente mal comigo próprio, inclusive sabendo à partida que assim seria. A partir do que então sim entrou a escrita, dado que eu só escrevo em duas circunstancias: quando me sinto muito mal ou muito bem, mas norma geral e até por princípio original do meu processo de escrita, com prevalência para o primeiro caso, como seja acerca do que me faz sentir mal. Sendo que por norma só após escrever tudo o que, como, quando e quanto necessito, desde logo numa base pró vital, sanitária ou subsistente face ao que ou a quem mais me perturba, já seja de mim para mim mesmo; de mim perante e para com o exterior; do exterior perante mim e para comigo; de entre mim e o exterior e/ou do exterior por si só e mas comigo duma ou doutra forma como parte integrante do mesmo. Sendo que enquanto estou sob perturbação, segundo os casos, acabo por não conseguir absoluta, suficiente ou toda a devida disponibilidade interior para o que mais quer que seja. Pelo que após já ter escrito as páginas que escrevi a respeito do para mim perturbador assunto aqui em causa, acabei por já conseguir suficiente disponibilidade interior para outras coisas que inclusive de base e por norma, ao nível da minha humilde e modesta dimensão existencial, me interessam muito mais fazer, como por exemplo escrever acerca e em sequência de diversas outras coisas, pois o que não falta é acerca do que fazê-lo.

            De entre o que conclusivamente de momento começo a sentir é necessidade de espaço e de tempo para seguir em frente a outros pró positivos, edificantes e/ou se acaso satisfatórios níveis, tendo por base o meu circunstancial/providencial processo de auto-gestão pessoal e existencial próprio de longa data. De entre o que não deixando, nem podendo ou devendo deixar em absoluto de assumir o facto de ter concedido eleitoral apoio a uma determinada candidatura político-partidária para as próximas eleições autárquicas, que inclusive me levará a fazer uma outra coisa que há décadas não faço e que é exercer o básico exercício de voto democrático, a partir do que de resto a minha disponibilidade para o assunto fica-se por aqui mesmo. Até porque podendo e mais tarde ou mais cedo até devendo revelar o que escrevi ao respeito e na sequência, como minha verdadeira palavra própria a dizer ao respeito, no entanto de momento acabei por decidir não o fazer, inclusive devido a que perdi a suficiente motivação para tão só fazer uma derradeira global auto revisão e correcção do que já escrevi, além de que dalgum modo com o mesmo tenho de me expor a mim mesmo para lá do que, mais uma vez e ao menos de momento me apetece fazer, incluindo que tinha alguma urgência em dizer/expor algo ao respeito, que enquanto tal (urgente) não se compadece com a escrita, a auto revisão, a correcção, a complementação, etc., de textos significativamente longos e intrincados que exigem mais disponibilidade temporal e interior. Mas posso desde já adiantar que não se iluda quem pensa que eu sou leve ou indiferente, no caso concreto, face à vida político-partidária modo geral, seja de que parcela partidário-ideológica seja, incluindo a que agora apoio, além dos muitos oportunistas de circunstância ou de substancia que gravitam em redor da política, desde a base até ao topo político-social. Até porque sem natural prejuízo do lado nobre da política, bem mesmo pelo contrário, enquanto essa nobreza como acto de missão favorável ao mais universal/transversal bem colectivo, que inclusive comigo apoiando ou deixando de apoiar quem quer que eleitoralmente seja, no meu caso e como já referido algures atrás o único benefício directo e próprio que espero e/ou quero deste meu apoio a uma eleitoral candidatura político-partidária depende exclusivamente de mim para comigo mesmo e do que eu faça auto-gestionadamente do e com o mesmo, como desde já no presente caso concreto ao escrever o presente. Mas dado que o processo político, pelo melhor e pelo pior é socialmente transversal, logo e se meu respectivo benefício próprio, no caso indirecto dai derivado, enquanto de fora para dentro, só pode e/ou deve vir precisamente do transversal bem colectivo que o poder político, qualquer que seja a facção partidária na executiva gestão desse poder deve defender, ainda que com a ressalva dessa executiva gestão ser natural e indispensavelmente diversa de entre as respectivas diversas facções que a mesma se propõem, ainda que tendo ou devendo ter por incontornável princípio base a vertente mais nobre do próprio processo político que é precisamente a mais transversal e universalmente indiscriminada defesa do bem colectivo; claro que no caso ao invés do não menos facto que é haver dentro e/ou em redor da política pessoas e práticas muito pouco ou mesmo nada nobres, no limite até mesmo pelo contrário, enquanto pessoas e respectivas práticas que antes, durante e depois de defenderem o mais transversal bem colectivo, defendem antes e/ou acima de tudo interessezinhos individuais, corporativos, sectários, se acaso partidários, etc., etc., enfim na melhor das hipóteses num Chico espertismo, quando não mesmo nuns tráficos, nuns desvios, nuns compadrios e/ou numas corrupções, etc., etc., de cortar à faca e que duma ou doutra forma todos sabemos existir _ mas claro que aqui falo em abstracto e com relação ao mais genérico contexto político, desde o seu nível local, passando pelo nível nacional, até no limite ao nível internacional, pelo que salvo quem tenha a consciência pesada de resto não se sinta desde já atingido e muito menos ofendido; que inclusive ao apoiar eu agora uma eleitoral candidatura politico-partidária, na directa sequência tenha de me auto conceder a mim mesmo um significativo e substancial espaço de dúvida com relação à mais ou menos transversalmente nobre prática da mesma, caso eventualmente vença o imediato acto eleitoral autárquico para o que lhe concedi respectivo e da minha unilateral parte excepcional apoio, independentemente dos méritos e deméritos da sua concorrente em concreto. Por isso e salvo a imodéstia, se alguém está curioso para saber de mim mais do que já sabe até ao momento, talvez se desiluda ou como mínimo não se sinta muito confortável com o que eu tenho a dizer ao respeito, tendo aqui para o caso por base o genérico contexto político-partidário, seja da parte de que facção política seja, o que em abstracto inclui a própria facção política a que agora presto apoio eleitoral, até porque o meu referido processo de auto-gestão pessoal e existencial próprio, que me traz à escrita nas circunstancia e na sequência em que por princípio e regra geral me traz, tem por essência base uma premissa de todo mais pró universalista e intemporal do que, por exemplo, sectária e oportunamente eleitoral, além ainda dum profundo cariz auto exigente, rigoroso e perfeccionista de e para comigo mesmo, com subsequentemente natural reflexo de mim para com o exterior sempre que se proporciona _ bem sempre não porque muitas vezes contenho-me, até muito mais do que o devido, inclusive com meu prejuízo próprio, mas deste último caso faz parte integrante o que de base e de entre mim e o exterior me trouxe ao meu próprio processo auto-gestivo de longa data.  

            De entre e a partir de que ao menos de momento fiquemos-nos por aqui, que desde logo e ao menos eu mesmo fico-me de momento por aqui a todo este respeito, que tem por base o meu excepcional e num dos seus fundamentos até irónico apoio a uma eleitoral candidatura político-partidária. Sequência de que cada qual pense e/ou diga o que muito bem entenda, possa ou saiba, que eu por mim só necessito seguir pró positiva, construtiva e se tanto quanto possível satisfatoriamente em frente _ o que não invalidando ter de voltar ao assunto aqui em causa, até porque a partir de agora e se na medida em que eu naturalmente o necessite passarei a ter mais tempo para inclusive auto rever, corrigir e complementar o que já escrevi ao respeito, mas de entre o que salvo motivo de força maior que me leve a expô-lo o mais imediatamente possível, de resto e de momento é tudo.

                                                                Responsável e consequentemente:

                                                                                      VB

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