Num tempo em que cada vez mais, entre outras, também as carências materiais se fazem sentir!
Hoje(04-04-2013)(*) estreei umas botas de trabalho novas. No caso umas botas de trabalho das mais
baratas do mercado e iguais a tantas outras que já anteriormente possui e gastei. E no
caso de hoje tive logo de andar no meio da água e da lama com as botas novas; o que me fez
recordar a minha própria infância, em especial quando se acedia a algo
tremendamente difícil ou mesmo correntemente impossível de aceder, como por
exemplo ao nível da base sociocultural e familiar pobre e humilde de que
descendo, recordo que a primeira banana que alguém me deu _ enquanto banana, que à altura, era um fruto praticamente inacessível para o nível sócio-económico da minha
família _ me levou a procurar preservar dita banana o mais possível, por receio
que a mesma se acabasse.
Sendo que mais
remotamente ainda, como seja ao nível da infância dos meus pais, em que regra geral as crianças e muitos adultos andavam descalça(o)s, porque não havia posses para comprar sapatos, recordo-me dos
meus pais que por si só andaram descalços e/ou que usavam os mesmos sapatos para trabalhar e para sair, falarem que havia quem anda-se com as botas/sapatos penduradas ao
pescoço ou num saco por receio da(o)s estragar, só a(o)s calçando em determinados lugares e/ou ocasiões _ pobreza(**)!
Por mim e até por uma certa abundância em que temos vivido nas últimas décadas, já há muito perdi o receio de
acabar ou de estragar aquilo que me deve servir para alguma coisa, como por
exemplo servir-me de alimentação no caso da banana e/ou servir-me de protecção
no caso do calçado, etc.. Mas, em qualquer caso, até pelas minhas bases
bastante pobres e humildes, não deixo de continuar a valorizar aquilo que me
é dado possuir, inclusive e/ou acima de tudo valorizo-o pela correspondente
utilidade que o mesmo tenha para mim e para a minha vida e/ou para o que ou quem equivalente e envolvente a mim; aquém e além de
que enquanto tal me habituei a não assumir o que quer que seja como um dado definitivamente
adquirido, em especial ao nível de teres e haveres materiais, salvo ao nível do que e de como eu sou intima, profunda e/ou
substancialmente e ainda assim em constante e permanente mudança e/ou evolução
neste ou naquele outro sentido _ o que tanto ou mais que esperar, desejar ou necessitar, procuro mesmo objectivamente que seja no mais vital e universalmente positivo sentido possível!
VB
(*) Escrevi-o no passado dia 4 do corrente Abril(04) de 2013, mas só o publico hoje 25-04-2013, porque por vezes e no caso concreto necessito maturar uma certa ideia, previamente escrita ou não, antes de sentir mínima necessidade e/ou segurança para a publicar.
(**) Por mim não temo a pobreza (material), de resto cheguei a ser feliz dentro da mesma; o que temo é a injustiça e/ou que a minha pobreza sirva para sustentar unilaterais riquezas alheias!
(*) Escrevi-o no passado dia 4 do corrente Abril(04) de 2013, mas só o publico hoje 25-04-2013, porque por vezes e no caso concreto necessito maturar uma certa ideia, previamente escrita ou não, antes de sentir mínima necessidade e/ou segurança para a publicar.
(**) Por mim não temo a pobreza (material), de resto cheguei a ser feliz dentro da mesma; o que temo é a injustiça e/ou que a minha pobreza sirva para sustentar unilaterais riquezas alheias!
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