Hipocrisias humanas e/ou leis universais
Nas últimas semanas, designadamente
em sequência da tensão militar entre as duas Coreias (Norte e Sul), voltou humanamente
a falar-se na desnuclearização militar em nome da Paz.
Sequência de que me apetece
perguntar: alguém tem a mais ínfima dúvida de que perante a dita de hipotética,
teórica e/ou (já) utópica desnuclearização, respectivamente as guerras convencionais ou não nucleares entre povos,
culturas, civilizações, etc. humano(a)s, proliferariam (quase) imediata e imparavelmente?
Por mim, desde logo dados os históricos antecedentes humanos e/ou o
mínimo conhecimento que tenho adquirido acerca da minha própria humanidade, não
me parece haver a mais ínfima duvida ao respeito. Ou seja que as guerras entre
povos, culturas e civilizações proliferariam de imediato. Por exemplo, porque é
que há tantas décadas não há um conflito militar armado e alargado a nível mundial ? Digo eu que entre outros factores, tal não existiu ou existe em tão
significativamente longo espaço de tempo porque precisa e destacadamente também
existem armas nucleares!
È que as armas e correspondentes
conflitos nucleares não escolhem ricos nem pobres, nem elites ou bases
políticas, sociais, culturais ou outras. Seja que num conflito nuclear tanto
mais se globalmente alargado somos todos, literalmente todos, duma ou doutra
directa ou indirecta e imediata ou remota forma afectados. Já num dito conflito
armado convencional, ao menos as elites políticas, sociais ou outras pensam à
partida não ser afectadas, se acaso até bem pelo contrário e não raro as bases
políticas, sociais ou outras, se acaso até inspiradas, influenciadas ou
mandadas pelas elites pensam poder sair vencedoras. E como tal, inclusive como
reza a história remota, recente e/ou até contemporaneamente em permanência,
torna-se dalgum modo relativa ou significativamente fácil espoletar e/ou sustentar sanguinários e/ou mortais
conflitos armados entre povos, culturas e/ou civilizações (humano(a)s).
Dalgum modo eu diria que as armas
nucleares funcionam de entre povos, culturas e/ou civilizações, como dalgum
respectivo modo qualquer força policial e/ou armada funciona para a sociedade
ou as diversas sociedades modo geral, como seja a permanente ameaça da
violência (armada), como meio e forma de no mínimo ou irónica e paradoxalmente
procurar evitar e/ou prevenir a violência, desde logo de entre indivíduos, corporações ou
instituições sociais/humanas _ ainda que até pelo seu teor
armado e humano, especialmente em determinados regimes político/sociais, por exemplo pró repressão de Estado, possam por vezes ser as correspondentes forças
policiais ou armadas, mais ou menos fundada ou infundadamente, respectivos e primordiais actores de violência social e/ou humana, por norma em nome da justiça ou da não violência.
Seja que as armas nucleares têm servido também ou essencialmente como um meio
dissuasor de conflitos armados, desde logo a nível global e em especial de
entre as diversas potencias políticas, económicas e/ou por si só armadas
mundiais _ porque precisamente, à partida e/ou à chegada, quem quer que fosse
teria ou terá a ganhar verdadeira ou clara e conclusivamente com isso.
Só que não menos irónica e/ou
paradoxalmente no que ao factor dissuasor de conflitos armados em larga escala
que também são ou essencialmente têm sido as armas nucleares, o facto é que
precisa e inversamente com a “”democrática”” proliferação global destas últimas de entre os mais diversos
povos, culturas e/ou civilizações, também respectiva e equitativamente
proliferam as potencialidades de haver um ou mais lunático(s):
fundamentalista(s), totalitarista(s), imperialista(s) e/ou afins, com potencial
e/ou permanente predisposição a “carregar no botão” _ vulgo a espoletar um conflito
nuclear _ como por exemplo, de entre outros, o “lunático” (ditatorial,
totalitário e/ou o que mais equitativamente aplicável) líder da Coreia do
Norte. No caso tornando as armas nucleares, tanto
ou mais que um elemento dissuasor, também ou acima de tudo como o elemento
espoletador do correspondente conflito nuclear.
Seja ainda
e conclusivamente que tendo por base as ditas armas nucleares, chegamos humana
e globalmente a uma espécie de encruzilhada muito difícil, por mim diria mesmo
que humanamente (quase) impossível de resolver, salvo se com a intervenção das providenciais
leis divinas e/ou universais, de que por si só somos duma ou doutra humana forma
partes integrantes, inclusive enquanto terráqueo Ser humano auto intitulado de à imagem e semelhança divina. Sendo que
quando são as leis divinas e/ou universais a falar por si sós e/ou mais alto, talvez
tão irónica e/ou paradoxalmente quanto tudo o em si mesmo humano ou planetário
restante, também é tudo directa e imediatamente possível, desde logo de entre o
que é humana e/ou vitalmente considerado de bom
e/ou de mau, de bem e/ou de mal, vulgo designadamente
de paz e/ou de guerra _ ainda que por norma em nome do bom, do bem e/ou da paz!...
VB
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