Nasci e ainda que o contexto tenha
revolucionariamente mudado, no entanto reflexamente também cresci num contexto
sociocultural, familiar, vivencial e existencial modo geral bastante
restritivo. Desde logo quem como eu nascia na base de todas as bases
socioculturais tinha constante e permanentemente de, por assim dizer, provar
que merecia existir. Seja que nascia-se com o estigma da negatividade e tinha
constante e permanentemente de se provar ser positivo, em qualquer caso perante
uma infinidade de hierarquias e/ou de estratos socioculturais (pseudo)
superiores. Seja ainda que praticamente não se tinha direito a vida e/ou a
expressão própria, salvo se sob os ditames de precisamente uma infinidade de
hierarquias e/ou de estratos socioculturais (pseudo) superiores. Base e
sequência em que ao mais ínfimo erro ou que tão só e não raro a preconceituosa
ou interessada interpretação de erro por parte duma hierarquia ou estrato
sociocultural (pseudo) superior com relação ou sobre um estrato sociocultural
inferior, se era imediatamente humilhado, restringido disto ou daquilo outro e no limite até oprimido ou reprimido _ em regra e salvo as devidas excepções, remetendo
sempre, que não raro esforçada ou artificialmente para uma condição sociocultural e estatutariamente inferior ou mesmo negativa. No fundo e na verdade nasci e cresci
como “menino mal” a ter de provar constante e permanentemente ser “menino bem”,
o que no meu caso e tanto pior ainda se quando já após revolucionário mudança de paradigma sociocultural, ainda que e tanto mais se ao nível semi analfabeto e provinciano rural, com continuo reflexo do paradigma anterior, não tendo eu conseguido auto afirmar-me
pela positiva, designadamente ao nível interpessoal, social e curricular
escolar e/ou posteriormente familiar próprio e social modo geral, tudo o que me
restou e/ou resta ainda hoje e quiçá indefinidamente é uma muito significativa,
por não dizer mesmo profunda insegurança, carência de autoconfiança, não raro
mesmo de auto estima e/ou de amor próprio, como melhor das hipóteses
traduzida(s) em auto exigência, em rigor, em idealismo, em perfeccionismo, com significativa austeridade própria de por meio. Mas em que na circunstancia sendo eu o
exemplo de “menino mal”, o exemplo que se segue é um daqueles exemplos de
“meninos bem” _ tá a ver_ neste último caso tanto mais se a um nível sociocultural
relativamente elevado por si só e/ou muito significativamente elevado com
relação a mim. Sendo o exemplo de “menino bem” aqui em causa o seguinte:
E que sendo o “menino bem” em causa um
ex. afamado jornalista, um ex. governante e após várias tropelias, em que o
mesmo se tornou por assim dizer catedrático, é também o actual vice
Primeiro-Ministro da nação. Mas que de entre o jornalista que foi, mais o ex. governante que foi e o governante que actualmente
(ainda) é, de que em qualquer dos casos o vídeo atrás exposto é mero e mas
também genérico paradigma da personalidade em questão. Cuja
respectiva personalidade em questão como líder dum partido político que vale
cerca de oito por cento (8%) dos eleitores nacionais, mas que apesar disso e em
directa sequência das tropelias atrás referidas e da tão lamentável quanto
diria eu mesmo anedótica situação do próprio País, a personalidade em causa é dalgum
modo quem dita muitas, cada vez mais e quiçá já as maioritárias regras da
governação e/ou pelo menos da composição governativa. Tudo isto quando no
debate político e social nacional modo geral, em que até pelas globais circunstancias em causa,
se fala muito e cada vez mais de legitimidades e/ou de ilegitimidades para cá e
para lá; logo e que tendo por base a personalidade em causa e a sua posição
política e social diria e digo eu que: legitimidade e água benta cada qual toma
a que quer!...
E no caso concreto o próprio País,
parece lamentável e/ou anedoticamente merecer os legítimos ou ilegítimos(!!!) políticos
e/ou o(s) governo(s) que tem, no caso concreto chegando o próprio País a ficar
refém deste tipo de personalidade, por assim dizer: egocêntrica, pomposa,
vaidosa, oportunista, (algo) ridícula, acima de tudo incoerente, por mais e/ou pior não dizer!
Mas atenção
que tudo isto sou eu, um original “menino mal” que se esforça por ser um
“menino bem” ou perdão que se esforça (me esforço) por básica e elementarmente
(auto) sobreviver que o diz, desde logo relativamente a alguém que lidera um
partido político que apesar de e/ou até por tudo merece a confiança de oito por
cento (8%) do eleitorado nacional, cujo correspondente líder político e
respectivo vice Primeiro-Ministro dita circunstancialmente tanto ou mais a
nível governativo ou pelo menos a nível de composição governativa do que o
próprio Primeiro-Ministro, pelo que enquanto da minha parte o presente vale o
que vale ou o que deixa de valer! Ainda que e/ou até porque dadas as
circunstancias o Dr.º Paulo Portas, vice Primeiro-Ministro da nação, não me
oferece, nem me merece confiança, nem sequer positiva e coerente consideração
política ou social alguma; o que associado à minha carência de auto confiança
própria me remete para uma condição de auto subsistente cada vez mais e mais
profunda _ salve-se a minha auto exigência e perfeccionismo, com intermédia
austeridade própria _ o que no seu conjunto se me torna muitas vezes mais paralizante do que dinamizante, de entre o que como se diz aqui na minha terra "cá se vai andando, como Deus quer!" e acrescento eu que já nem sei se legitima ou ilegitimamente?!
VB
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