Devo começar por dizer que não gosto
de comentar certos assuntos, muito menos a quente e de forma imediata, sucinta,
improvisada e/ou impulsiva, tal como sucedeu no seguinte caso, exigindo-me
posteriormente uma justificação e/ou complementação do e ao comentário em causa. Mas que de
qualquer modo quero assumir e assumo o comentário em causa de forma totalmente
responsável e consequente, enquanto tal com mais tudo o que me levou ao mesmo e
que do mesmo deriva para com e sobre mim; cujo comentário em causa, a uma postagem partilhada no Facebook (FB) e que para aqui transcrevo, foi e é:
Primeiro a postagem partilhada no FB referia-se às seguintes palavras do Dr.º João Almeida ex.deputado do CDS-PP e agora Secretário de Estado da Administração Interna do actual governo PSD/CDS-PP, que como partilhado no FB e que para aqui transponho é assim:
_ João Almeida, agora Secretário de Estado, culpou recentemente os eleitores pelo facto dos partidos que ganham eleições, mentirem ao eleitorado. João Almeida esclareceu que, se os partidos dissessem a verdade em campanha eleitoral, e se afirmassem que iriam cortar os salários e as pensões de reforma, aumentar os impostos, etc., perderiam as eleições. Como tal, acrescentou: “… os eleitores obrigam-nos a mentir!”
O que então sim comentei a quente e impulsivamente da seguinte literal e transcrita forma:
_ " o que estes copinhos de leite tinham falta era de ir cavar ao sol e à chuva como eu e outros, para saberem o que custa a vida longe do proteccionismo do estado, por si só dos papás e dos eventuais muitos padrinhos que tenham na vida _ por figurões como este é que eu não voto, com ressalva para todos os demais ou de menos políticos sérios e/ou verdadeiramente responsáveis
A partir de
que devo complementar dizendo que o paternalismo
do Estado a que aludo no comentário atrás, exclui todas e quais queres
pessoas que estejam ao serviço do Estado por legítimo(a) mérito, vocação e/ou
competência técnico(a), pessoal e humano(a) _ desde logo pessoas que
concorreram aos serviços do Estado e foram aprovadas, em qualquer dos casos
legitimamente. Pelo que ao referir “paternalismo do Estado” refiro-me acima de
tudo aos que chegam e estão ao Estado muito ou de todo mais com base na
amizade, no conhecimento, no padrinho, na troca de favores, etc., como muitas
vezes se faz crer e eu não tenho em absoluto motivo para duvidar. E isto
transversalmente do básico cantoneiro que recolhe o lixo até à elite política _ repito que sempre
com ressalva para os legítimos e/ou até para certas áreas mais técnicas e/ou
responsáveis que exijam de todo em todo os legitimamente melhores de entre os
melhores. Mas creio que não vale a pena estar agora aqui a explanar este
assunto muito mais a fundo, não só porque o meu tempo como também a minha
disponibilidade física, mental e/ou de raciocínio não é toda a que deveria ser,
inclusive porque estou com oito horas de exigente trabalho físico, inclusive a cavar, e mais cerca
de quatro horas de outras actividades quotidianas encima, além de que talvez também
não seja necessário explaná-lo no e para o presente contexto!
Ainda que na mesma anterior sequência, devo também complementar dizendo que ao referir que o que o Dr.º
João Almeida _ (Sr.º Dr.º a partir daqui) _ necessitava era de “ir cavar ao sol e à chuva como eu para saber o que
custas a vida”, dalgum modo estou a comparar o Sr.º Dr.º a mim mesmo, o que
literalmente e justiça seja feita devo reconhecer não tem comparação possível, desde logo e por si
só porque o Sr.º é Doutor e eu nem o ensino básico conclui, inclusive e
confessamente no meu caso após cerca de
doze anos de frequência escolar, pelo que talvez ou seguramente eu mereça andar
a cavar ao sol e à chuva e respectivamente o Sr.º Dr.º mereça ser deputado e/ou governante da
nação.
Sendo que a partir de qualquer dos
anteriores casos digo ainda que:
Reconheço o
grande mérito, a grande coragem, a grande frontalidade do Sr.º Dr.º ao ser senão
o único, pelo menos dos poucos que se dirigem ou pelo menos se referem ao povo
segundo aquilo que o povo efectiva ou pelo menos potencialmente merece, que no
fundo é ser taxado de estúpido/ignorante. Pois no fundo e na verdade quando o
Sr.º Dr.º diz que “se formos a dizer a verdade ao povo o povo não vota em nós”,
que em resumo o Sr.º Dr.º quer dizer e/ou diz é que “se nós uns poucos supremos
iluminados não vos mentíssemos _ como também diria um outro _ vocês povo, um conjunto
de idiotas estúpidos/ignorantes, não se governavam nem se deixavam governar”!
Que sendo o Sr.º Dr.º parte integrante dum dos partidos do governo democraticamente
eleito da nação e inclusive até já parte integrante do próprio governo, tenho
de reconhecer que o Sr.º Dr.º tem toda a razão nas suas palavras, desde logo
sabe melhor do que ninguém aquilo a que se refere. Apenas com a ressalva de que
aquém e além de todo os que votam em alternativas partidárias ao partido e ao
governo de que o Sr.º Dr.º é parte integrante, há ainda e cada vez mais
potenciais eleitores a deixarem de concretizar em efectivo o seu respectivo
direito de voto democrático, em que confessamente eu mesmo me incluo e que
eventual ou seguramente enquanto tal serão ou no caso seremos tão ou até mais
estúpidos/ignorantes que os que desde logo elegeram o Sr.º Dr.º para deputado e
também já para governante _ mais uma vez aquém e além dos que votam em alternativas
políticas/partidárias alternativas ou opostas à do próprio Sr.º Dr.º.
De entre o que devo ou mesmo tenho de
concluir que para se referir ao povo nos termos em que o Sr.º Dr.º o fez, desde
logo creio eu não ser necessário ser Dr.º, nem talvez e muito menos deputado ou
até governante da nação democraticamente eleito(s) pelo povo, pois que no caso qualquer
pelintra (estúpido/ignorante) como eu o poderia fazer, sendo inclusive que creio ficaria de
todo melhor em um pelintra como eu do que em alguém supremo/iluminado como o Sr.º Dr.º que
inclusive foi eleito democraticamente deputado e até governante pelo próprio
povo a que o senhor se refere nos termos em que e como o fez, nas suas palavras que atrás transcrevi a partir duma partilha no FB.
Em resumo final e tão só segundo as
palavras do Sr.º Dr.º devo reconhecer acima de tudo que nós o povo
(estúpidos/ignorantes) temos os representes e governantes políticos que
democraticamente merecemos, tal como respectivamente vós (supremos/iluminados)
representantes e governantes políticos têm o povo que merecem; levando-me
apenas e na circunstancia a ficar confuso acerca de onde começa e termina a
estupidez/ignorância duns e a suprema/iluminação dos outros e/ou vice-versa!?
VB