Antes,
durante e depois do mais vejo todo e qualquer animal e/ou ser vivente como
partilhando a mesma energia vital e/ou universal que eu próprio
E
depois para mim tão ou mesmo muito mais importante que possuir, por exemplo um
animal doméstico, é criar uma ligação afectiva e/ou vital com esse animal, seja
que tanto ou mais que possuir um animal é possuir uma ligação a esse mesmo
animal e/ou animais
Defesa dos animais
Este é um assunto que me é muito
sensível e complexamente caro e enquanto tal acerca do qual não me é fácil
escrever ou melhor posso escrever tanto a cerca do mesmo que chego a temer
sequer começar a fazê-lo sabendo que não tenho nem espaço nem tempo para o
poder fazer na justa medida em que e como gostaria e/ou deveria fazê-lo; pelo
que no caso farei o que me for imediata e sucintamente possível!
Não gosto de radicalismos em absoluto
e de radicalismos pró ou contra defesa dos animais em particular _ ainda que o
radicalismo num sentido possa suscitar equitativo radicalismo no sentido
inverso!
Pegando nas palavras de Victor Hugo Cardinali, dono da
companhia de Circo com o mesmo nome, que em sequência da apreensão dalguns dos
seus animais utilizados nos respectivos números circenses, disse em entrevista
televisiva:
_ “Os meus animais são bem tratados;
não lhes falta água, comida, limpeza corporal e dos aposentos; além de que seja
qual for o ponto do país em que o meu Circo se encontre, quando é necessário um
veterinário, cerca duma hora após ou o animal necessitado está perante o
veterinário e/ou o veterinário perante o animal, nesta última acepção inclusive
ao invés do que se passa com pacientes humanos que passam semanas, meses ou até
anos à espera duma consulta, dum exame, duma cirurgia ou dum tratamento médico
modo geral!”
Que tão só pelo anterior poder-se-ia
escrever um mundo de argumentos, cujo primeiro argumento que me ocorre é de
profunda hipocrisia humana _ mesmo que quem mais activamente defende os
direitos ou a vida dos animais, não seja própria, nem necessariamente quem gere
os serviços de saúde pública e/ou humana. Mas em qualquer caso são as
autoridades públicas que designadamente apreenderam os animais do circo em
causa, que parecem indiferentes à não raro precária gestão dos serviços de
saúde pública e/ou humana, por isso hipocrisia humana antes, durante e depois
do mais. Claro que aqui entrariam os argumentos legais, morais e/ou outros
subjacentes quer à apreensão dos animais em causa, quer à recorrentemente
tolerada ou mesmo aceite precariedade na gestão dos serviços de saúde pública/humana,
que podendo ser argumentos diversos, no entanto e enquanto tal, o resultado
prático é sempre hipócrita _ devendo no entanto acrescentar aqui que apesar de
e/ou até por tudo, há muita coisa a funcionar muito bem ou mesmo excelentemente
nos serviços de saúde pública/humana.
Depois há os auto denominados
defensores dos animais propriamente ditos. Só que de entre estes há os que enquanto tal e por si só defendem os animais duma forma
pragmática, directa, objectiva, sem grandes alaridos e/ou manifestações
inerentes _ em que salvo a modéstia ou a imodéstia, dalgum modo eu mesmo me
encontro; mas também há os que defendem ou procuram defender os animais duma
forma estridente, em manifestações que por vezes pouco ou nada têm a ver com a vida
animal, não raro de forma radical como se nada mais houvesse a defender que não
os animais _ ainda que pelas não raro radicais formas como os animais são
negativa ou negligentemente tratados ou deixados de tratar, eu possa mínima e
equitativamente entender a radicalização duma ou outra facção em defesa dos próprios
animais e/ou dos seus direitos. Pelo que no caso não vou julgar, nem condenar
uns ou outros nas suas respectivas acções e/ou manifestações em pró defesa dos
direitos dos animais e da vida animal e/ou contra estes últimos e sua
respectiva vida _ até porque eu seria parte interessada nesse e desse
julgamento! Mas apesar de e/ou até pelo que tenho de me auto e extra questionar
humanamente da seguinte forma: salvo as devidas excepções, se todos e cada um
de nós humanos regra geral não queremos guerras nem doenças; até inversamente
ao anterior queremos mais e melhor saúde _ vulgo viver mais tempo e da melhor
forma possível; queremos mais procriação humana _ vulgo constituir família e
ter filhos; queremos uma casa própria e sempre comida na mesa, muitas vezes de
base animal; queremos mais e melhores bens materiais; etc., etc., etc.; em
qualquer dos casos com crescente exigência de ocupação de espaços e/ou
exploração de recursos naturais não raro de base animal e/ou indispensáveis à
vida animal, especialmente se animais de natureza selvagem; por si só o simples
facto de eu estar aqui a escrever o presente num meio material como seja num
computador e a posteriormente disponibilizar o mesmo ao exterior via Net, com
todos os respectivos recursos materiais inerentes, o que em parte pressupõe
ocupação de espaço natural selvagem e/ou exploração de recursos naturais, pois
que tudo isto depende da exploração petrolífera, mineira e/ou outras como
exploração florestal, com respectivo recurso a transporte e a transformação
industrial, que em qualquer dos casos são meios de base humana de que todos
usufruímos duma ou doutra forma, mas que por sua vez são altamente lesivos para
a vida natural e/ou animal selvagem modo geral, sendo que não estou a incluir
aqui a exploração piscatória e/ou venatória da vida animal, pró alimentação
e/ou até luxúria humana, com mais uma infinidade de intermédias dimensões, de que muitos podem até nem fazer uso, mas que a
esmagadora maioria aceita, tolera, ignora e/ou faz mesmo activo ou passivo uso, inclusive no e pelo piro inerente;
pelo que aquém e além de sermos mais ou menos ditos de defensores dos direitos
e/ou da vida animal, devemos antes, durante e depois do mais questionarmo-nos
acerca de até que ponto e em que medida essa mesma defesa faz ou não faz
sentido(?); até porque por vezes e para alguns, com mais ou menos auto
consciência disso ou não(!?), parece que a coisa funciona muito no sentido: _
“faz o que eu digo, não faças o que eu faço!”
E não vou entrar agora aqui pormenorizada
ou descritivamente no que a acondicionamento e tratamento dos ditos animais
domésticos à respectiva mão humana diz respeito, porque se há alguns que são
tratados como verdadeiros “lordes”, no entanto há outros, nada poucos ou mesmo
de todo demasiados cujo acondicionamento e/ou tratamento é algo aberrante,
profundamente insensível e até cruel, por si só desumano e/ou mesmo vital e
universalmente criminoso _ não nos devendo esquecer que um animal doméstico ou
selvagem livre, pode até não ter abrigo, comida ou bebida, mas tem a liberdade
de o(a)s poder procurar; o problema é que não raro e em muitos casos a própria
humanidade aprisiona até permanentemente animais domésticos e/ou selvagens em
abrigos deficientes, com pouca ou má alimentação, sem que os animais em causa
tenham a livre possibilidade de procurar mais e/ou melhor para si; com a ainda
cruel ou mesmo inqualificável aberração de não raro a humanidade fazer um
animal ou espécie animal depender alimentar, alojável ou afectivamente de si
mesma humanidade e depois mesma dita humanidade abandona esse mesmo animal
aleatoriamente à sua própria sorte e/ou azar! Ah! E ainda quanto à já atrás
mencionada questão veterinária, diria que salvo as devidas excepções, tenho
entendido haver como genérica melhor das hipóteses uma profunda ignorância e
insensatez vital, universal e/ou natural no que à dita (auto) gestão venatória
por parte dos próprios caçadores diz respeito, com suas respectivas associações
e/ou confederações, no que à correspondente gestão dos recursos cinegéticos se
refere; designadamente e por mais não dizer há um dito de “controlo de
predadores” em que como mínimo ou melhor das hipóteses suspeito que só as
espécies animais naturais (venatórias/cinegéticas) que interessam mais directa
e/ou absolutamente aos caçadores eventualmente tenham “direito à vida”(*) _ pelo menos até não serem massivamente
caçadas! Em qualquer dos dois anteriores casos, podendo justificar alguma radicalidade,
pela inversa parte dos defensores dos direitos dos animais e/ou da vida animal
natural e/ou doméstica _ radicalismo que é sempre lamente nas suas causas,
efeitos e consequências seja da parte de quem quer que originária ou
reactivamente seja!
Enfim, tão só pelo abordado atrás, posso
auto concluir da profundamente sensível e complexa questão que é esta coisa de
exploração e/ou defesa da vida animal, de base natural e/ou doméstica, em si mesma e/ou
para mim! Desde logo quando não raro nos intra exploramos infamemente de entre
nós mesmos humanos, o que respectivamente muito mais e/ou melhor se pode
esperar de nós com relação à vida animal?! Ainda que e/ou até porque no meu
caso concreto, até por tudo o anterior por parte da minha humanidade com
relação à vida animal modo geral e/ou ainda por de entre nós humanos com
relação uns aos outros, respectivamente com frequente positiva, vital, universal e até por isso natural desilusão com a minha própria humanidade, acabei circunstancial/providencialmente
encontrando na própria vida animal modo geral e na vida animal natural em particular uma das
minhas grandes fontes de inspiração, de motivação, de referência, de apoio e/ou
de sustentação para poder seguir positiva e/ou mesmo absolutamente em frente
com esta minha vida e/ou existência própria!
Em conclusivo resumo final diria que
me parece que a humanidade no seu todo teria ou terá (ainda!...) natural, vital
e universalmente muitíssimo que crescer e aprender, afim de que radicalismos
teóricos ou práticos pró ou contra a vida e/ou os direitos dos animais deixem
de fazer sentido; sendo que tão só de entre teorias ou práticas pró e contra a
própria humanidade de per e de entre si mesma me parece haver uma profunda e em
alguns casos até crescente ignorância, designadamente em, sob e sobre muitos
aspectos parece-me estarmos numa recorrente e/ou até crescente espécie de
“idade média”, no pior sentido do termo e/ou conceito de “idade média”!
De entre e/ou aquém e além de que no
relativo à vida animal enquanto tal, não esqueço que em muitos casos os animais
se consomem naturalmente de entre si; sendo que a minha própria humanidade
consome e/ou explora outros animais naturalmente, mas não só!
VB
(*) Nesta
acepção devo talvez confessar que trabalho numa empresa que tem uma vertente
ligada à exploração económica do factor caça; mas que ao dizer o que digo
relativo a este factor relacionado com caça, não o digo com objectiva base na
empresa em que trabalho, desde logo porque dentro dessa mesma empresa a minha
função ou funções nada têm que ver com o factor caça _ inclusive porque eu me
recuso a tal; depois porque a minha perspectiva ao respeito vem de muitíssimo
antes de eu trabalhar na empresa em causa; sem esquecer que eu procuro saber o
menos possível acerca de como se faz a gestão do factor caça na empresa em que
trabalho, além de que o próprio guarda afecto ao sector da caça dentro dessa
empresa é suficientemente inteligente e/ou reservado para não andar a
publicitar as suas práticas inerentes; e depois mesmo que eu soubesse algo, o
contrato de trabalho que assinei por livre e responsável vontade ou necessidade
com a empresa em causa não me permitiria revelar o que se passa no interior da mesma
_ até pró legitima segurança da respectiva; seja que falo em abstracto, tendo
por base uma minha próxima vivência desde globalmente sempre com caçadores das
mais diversas proveniências e ideologias, incluindo o meu cada vez
objectivamente maior conhecimento da essência humana modo geral, aquém e além
do que ou de quem quer que seja em concreto. Sequência
de entre o que eu diria e digo que num dito de pretérito regime de caça livre
era mais ou menos a anarquia que reinava; já num dito regime de caça
associativo ou turístico “controlado”, desde logo auto gerido pelos próprios
caçadores, só não digo que o mesmo equivale a “pôr a raposa a guardar a
capoeira”, porque até creio que os caçadores de facto defendem as espécies
ditas de cinegéticas, mas no caso creio que o fazem tanto ou de todo mais numa
perspectiva de unilateral esperteza do que universal inteligência, como seja em
que designadamente só defendem as espécies (cinegéticas) que lhes interessa,
independentemente de quais queres outras e/ou até em detrimento de muitas
outras espécies animais “concorrentes” (rapaces e/ou carnívoras modo geral).
Ah! E talvez nesta sequência haja muito quem diga que eu tenho de provar
objectivamente por A+B isto que digo a respeito da auto gestão cinegéticas em
causa própria, por parte dos próprios caçadores, como seja em seu unilateral
e/ou corporativo interesses, aquém e além do mais lato e/ou universal interesse
da bio diversidade natural. Ao que eu só me apetece responder e respondo que
não me sinto forçado a provar coisíssima nenhuma, pois que salvo eventuais devidas excepções de resto só os ingénuos que
sequer se conheçam humanamente a si mesmos e/ou quem nunca tenha vivido de
perto com o fenómeno do factor caça de base humana, pode a este mesmo respeito
acreditar em “milagres” e/ou em “bons samaritanos” sem mais e depois esse
recorrente argumento de “provar aquilo que se diz” é para mim e em muitos casos
argumento de quem tem “culpas no cartório” e/ou por si só argumento efectiva ou
potencialmente mafioso! Pelo que da minha parte e como no presente caso
limito-me a auto assumir a responsabilidade do que, como, porque e para que
digo e/ou faço, assim todos e cada um dos restantes o fize-se aberta,
responsável e consequentemente segundo pensa, sente e/ou faz em concreto!
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