quarta-feira, dezembro 23, 2015

A “realidade” e a "ideologia"

            Na perspectiva ZEN: a realidade é apenas aquilo que é, sem mais nem menos. Ainda que a realidade _ ao menos, terrena e sob acção humana _  possa ser sempre diferente daquilo que é!

            Por A+B interpreto eu que referindo-se por um lado à realidade liberal/capitalista-mercantilista global versos a ideologia socialista/comunista nacional, em qualquer dos casos actuais, disse recentemente o Sr. Presidente da Republica Aníbal Cavaco Silva basicamente o seguinte: _ “As ideologias (socialista/comunista) podem funcionar por algum tempo, mas mais tarde ou mais cedo a realidade (liberal/capitalista-mercantilista) acaba por se impor.”

            E enquanto tal, por um lado, eu até concordo com o Sr. Presidente da Republica, desde logo e como mínimo porque e quando o processo de globalização se sobrepõe por exemplo a nacionalismos fechados em e sobre si mesmos, inclusive já escrevi algo ao respeito anteriormente. Mas também como tal e por outro lado não posso deixar de discordar do Sr. Presidente da Republica, enquanto da sua perspectiva de ideologia vs realidade e/ou vice-versa. E discordo porque as ideologias são em si mesmas e como mínimo potenciais produtoras de realidade quotidiana concreta _ boa ou má, melhor ou pior _ como de resto se pode histórica e/ou correntemente constatar em sequências dos mais diversos exemplos ideológicos: fascistas, comunistas, socialistas, social-democratas, liberais/capitalistas-mercantilistas, etc., etc., etc.. A partir de que imagine-se que a ideologia associada à globalização era socialista/comunista, logo segundo a perspectiva do Sr. Presidente da Republica esta passava a ser a realidade que também segundo a perspectiva do Sr. Presidente da Republica esta última realidade se sobrepõe a qualquer ideologia; que então e como tal, contradizendo-se o Sr. Presidente da Republica em e por si só, desde logo na medida em que a ideologia liberal/capitalista-mercantilista presentemente associada à globalização passaria a ser a ideologia que por si só teria de se subjugar à realidade socialista/comunista nacional _ ou ainda hipoteticamente a qualquer outra desde que não a correntemente liberal/capitalista-mercantilista globalizante. Bem sei que é algo complicada a forma como o estou a descrever, mas quando a perspectiva do Sr. Presidente da Republica parece ser ela mesma algo complicada, já que a própria realidade produzida pelo Sr. Presidente enquanto tal, teve e tem ela mesma por base algum tipo e/ou nível ideológico, ainda que a pessoa do Sr. Presidente separe realidade e ideologia em favor da primeira e desfavor da segunda, logo e tanto mais se na minha humilde e/ou deficiente capacidade de raciocínio e/ou de explanação deste último, tão pouco se pode esperar mais ou maior simplicidade _ de resto até tive de fazer uma profunda (auto) revisão à versão original que aqui publiquei, pois que a mesma até mais que complicada, era mesmo algo trapalhona e quase ilegível em alguns aspectos, pelo que mantendo a essência original, espero que a presente esteja melhor, ao menos estou-me a esforçar por isso. O que por si só implica uma real mutação de entre a realidade que era e a realidade que é, ainda que dentro da mesma base ideológica que é a minha e que explicitarei mais à frente, mas também podia ser de entre duas ideologias diversas ou até inversas. Seja que a realidade é imutável em si mesma, porque a mesma é o que e como é e ponto. Mas em grande medida (humana, terrena e tridimensional) se possa (quase) sempre mudar de realidade a partir do sentido potencial/ideológico para com o sentido prático/real e vice-versa de entre uma realidade e outra, dependente ou independentemente ainda de se dentro e a partir duma mesma base ideológica ou não. Salvo que para a pessoa do Sr. Presidente da Republica, ainda em vigência, parece que a realidade de base ideológica que lhe convém é só realidade ideologicamente inamovível, já a efectiva ou potencial realidade de base ideológica que não lhe convém é só ideologia realmente inconcretizável. Irónica, por não dizer profundamente incoerente, esta perspectiva de quem se diz democrata e inclusive representa ao mais alto nível um Estado dito democrático _ o que de resto se aplica a qualquer outro político, seja qual for a sua base ideológica, tanto mais se já tendo representado ou mais ainda que venha a representar o Estado ao mais alto nível, no caso exigindo-se-lhe coerência.   
            Enfim, apesar da minha humilde e em muitos aspectos até ignorante condição existencial própria por si só e/ou face ao Sr. Presidente Republica, mas desde logo e em qualquer caso acima de tudo face à mais pura, dura, vasta, complexa, subtil, multifacetada e complexa realidade da própria Vida, quer-me no entanto e enquanto tal parecer que como mínimo o Sr. Presidente da Republica se esqueceu que o que o mesmo por si só advogou como “realidade”, subentenda-se liberal/capitalista-mercantilista global actual, face à também pelo mesmo advogada “ideologia”, subentenda-se socialista/comunista nacional actual, não só são ambas ideologias como também são realidades e/ou vice-versa, em si mesmas, na medida em que a ideologia produz realidade e respectivamente a realidade deriva da ideologia _ aquém e além de que a realidade produzida a partir dumas ideologias, por norma suscita ela mesma diversas ideologias para com diversas realidades face às primeiras e/ou vice-versa e assim sucessivamente até ao infinito. Em que a maior ou menor realidade concreta que as ideologias produzem depende essencialmente destas últimas passarem mais ou menos à prática, com destaque para essa prática precisamente a partir e/ou através do nível político em que por si só a pessoa do Sr. Presidente da Republica se move desde há muito e enquanto tal com grande protagonismo, pois que a dois mandatos como Presidente da Republica, se adicionam das prévias maiorias absolutas como Primeiro-Ministro, o que independentemente dos maiores ou menores méritos reais inerentes, mas em qualquer dos casos a partir duma base ideológica, pelo menos supostamente Social-democrata. Pelo que salvo que a pessoa do Sr. Presidente só considere como ideologia o socialismo e/ou o comunismo, de resto parece-me estar realmente errado e/ou confundido face à realidade e à ideologia de per e/ou de entre si. E em que se indo para alguns dos exemplos historicamente mais radicais ao nível dos reais resultados das ideologias políticas, por exemplo como bem sabemos quer a ideologia socialista  na sua versão comunista, quer a ideologia socialista na sua versão fascista, entre outras equitativas..., não nos conduziram por si sós realmente a bom porto, mas também não é de todo em todo e até por isso menos verdade que a presente ideologia liberal/capitalista-mercantilista, pseudo social-democrata, em que se baseia o corrente processo de globalização, ainda que a um nível mais soft que as primeiras descritas acima, também nos tem conduzido e continua conduzindo a um crescente nível de reais injustiças políticas, económicas, financeiras, sociais e em suma vitais/existências, cuja derradeira conclusão real final, de base ideológica, está ainda por se ver!!!
            Pelo que em conclusão final desta minha humilde reflexão própria, creio eu que o Sr. Presidente da Republica Portuguesa, como de resto me parece ser-lhe relativamente comum, falou duma perspectiva de verdade absoluta, a partir da sua própria realidade e/ou da sua perspectiva de realidade, aquém e além da realidade alheia e/ou das mais diversas perspectivas de realidade existentes em efectivo ou em potência, mas em qualquer dos casos e por norma com uma ideologia associada. 
            Ah! Já agora eu penso e escrevo ou pelo menos pretendo fazê-lo duma perspectiva ideologicamente humanista/universalista, até talvez por isso e apesar da minha humilde e quase, quase real inexistência própria face à mais vasta realidade Vital/Universal, no entanto gosto e/ou melhor necessito confrontar publicamente as mais altas entidades, no caso institucionais, como o Sr. Presidente da Republica, até porque a posição institucional de Presidente da República marca a Nação e por inerência todos e cada um de nós cidadãos, duma ou doutra e no limite melhor ou pior forma, segundo cada qual e a respectiva personalidade que represente, no caso concreto, a República Portuguesa, enquanto esta última aquela a que eu mesmo natural e originalmente pertenço e por isso a que mais directa, natural, consequentemente me toca, desde logo segundo quem ideológica e/ou realmente a dirige, mesmo que e/ou até porque num contexto global e/ou globalizante que transcende a Republica Nacional de diversas formas e que já agora eu gostaria fosse um contexto Universal e/ou universalizante.
                                                                                              VB   

segunda-feira, novembro 30, 2015

Brandos costumes e realidade

  Portugal, País de brandos costumes!

Como qualquer outra particular entidade, no caso de cariz nacional, social ou cultural em qualquer parte Mundo, também Portugal tem uma forma própria de expressar os seus (nossos) costumes normais e correntes, mas por inerência também os costumes mais excepcionalmente radicais pela positiva e pela negativa; que enquanto tal pode ser e é uma forma de expressão própria diversa de muitas ou de todas as outras entidades equivalentes, mas que no fundo, na prática e à partida ou à chegada não é melhor ou pior que qualquer outro Povo em qualquer outra parte do Mundo. De resto se não queremos mesmo auto assumir a paradoxalmente maniqueísta e/ou esquizofrénica paranóia de que ora somos os melhores ora somos os piores do Mundo, segundo as circunstancias do momento, desde logo e por assim alegoricamente dizer, segundo a selecção nacional de futebol vença mais ou menos vezes, temos acima de tudo de auto assumir que não somos nem mais ou menos, nem melhores ou piores que quais queres outros, onde mais quer que seja. Basicamente somos ou seremos apenas diferentes à nossa maneira, desde logo e no caso concreto ao nível dos costumes, que nem sempre nem de todo são tão brandos quanto costuma constar.

E que para referencialmente marcar essa diferença, incluindo ou excluindo juízos de valor logo à cabeça, começo por dizer que por um lado é bem certo que raramente se vê um qualquer povo fazer uma revolução política e social armada com cravos na ponta das armas, pois que salvo eventuais e meramente coincidentes excepções revolucionariamente equitativas a Portugal, de resto e por norma a generalidade dos demais povos fazem equitativas revoluções armadas com outro tipo de munições. Cuja dita revolução dos cravos em Portugal só resultou como tal e sem lamentáveis consequências de maior por um mero e circunstancial acaso, que em diversos momentos podia ter descambado para algo que podia ter sido literalmente tudo menos algo genérica e alegremente florido _ aquém e além de ainda assim alguns naturais exageros que acabaram por ocorrer, como (quase) inevitável regra em qualquer revolução política, social e cultural. Mas não vale a pena estar agora a entrar por ai, nem de resto o presente propósito é em absoluto esse, pelo que no caso só aludo aqui à tão popularmente (re)conhecida como Revolução dos cravos http://25deabril74.weebly.com/uploads/1/9/4/5/19451511/5503528_orig.jpg, porque também muito com base e em sequência da mesma adquirimos o (auto) nacional e (extra) internacional epíteto de País/Povo de brandos costumes. Mas nem de perto nem de longe a coisa é tão simples, linear ou absolutamente real enquanto tal, no que a brandos costumes nacionais respeita. Para com o que basta reparar nos números e consequências da sinistralidade rodoviária http://25deabril74.weebly.com/uploads/1/9/4/5/19451511/5503528_orig.jpg, que em numero de acidentes e de gravidade dos mesmos, não raro e no limite com vitimas mortais, chega assumir proporções de autentica guerra civil, de resto não é em todas as guerras que morre tanta gente anualmente como em Portugal tão só em sequência de acidentes automóvel(*). Sequência de que a este nível de acidentes automóvel e suas piores consequências, estamos (quase) sempre qualitativa e quantitativamente no topo, designadamente em comparação com países e/ou povos da restante Europa Comunitária/Unida, com estes últimos por norma tidos como de menos brandos costumes que nós; mas que nesta mesma base e sequência de paradoxais brandos costumes nacionais, repare-se ainda nos números das tão só oficialmente (re)conhecidas e enquanto tal mais gravosas consequências da Violência Doméstica nacional _ https://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjj5d3v7p3KAhWGWBoKHUVzDcYQFggdMAA&url=http%3A%2F%2Fwww.cmjornal.xl.pt%2Fdomingo%2Fdetalhe%2Fviolencia_domestica_os_numeros_da_vergonha_nacional.html&usg=AFQjCNF5jbz2HXQTyD7TdsDN5qAE5FNo4A&sig2=LGL-yT239eidAxdgg55EMg&bvm=bv.111396085,d.d24 _, que mesmo com percentual redução face ao mesmo período do ano passado, tão só no corrente 2015 e do unilateral lado do género feminino já vai em 27 mortes confirmadas, fora as tentadas, em que mais uma vez pelo pior estamos genérica e percentualmente no topo a nível da Europa Unida _ como seja que há países em que os números absolutos até são o dobro ou mais de Portugal, mas na relação percentual entre número de casos e a população total de cada país, não que tão pouco se deseje o seu inverso, mas o facto é que a este nível de percentagens, Portugal se não está no topo, está muito próximo do topo dos casos mais graves de violência doméstica; ou que passando ainda para números e consequências negativas mais subtis repare-se na crónica e/ou ciclicamente eterna Injustiça Social nacional, com tudo o que duma ou doutra forma isso implica de violento e não de brandos costumes; e/ou ainda numa base mais intermédia de entre subtileza e dramática consequência prática repare-se também na bovina radicalização de grupos ligados ao desporto, concretamente de apoio a clubes de futebol, em alguns casos segundo consta também com algumas conotações político-ideológicas (pró) radicais, que só não são grupos mais dramática, criminosa ou fatalmente consequentes de per e/ou de entre si, porque como autenticas manadas de gado bravo que necessitam de pastore/s a guiá-las e guardá-las, respectivamente são monitorizados e conduzidos por forças policiais, em nome da segurança publica e dos respectivos elementos dos grupos mais radicais em causa; que com mais ou menos directa associação ou dissociação ao anterior repare-se também ainda na radicalização do discurso oficial político e/ou popular nas redes sociais, por exemplo com recente e particular destaque para o após últimas eleições legislativas, com toda as polémicas consequências que bem conhecemos, aquém e além de mesmos ditos discursos políticos estarem pejados de contradições e de paradoxos na medida em que partidária ou ideologicamente há insultos de entre facções, não raro com argumentos que se podem aplicar e aplicam a qualquer das facções em causa, como seja que não raro fala-se do outro com argumentos, no limite radicais, perfeitamente aplicáveis a quem fala. Enfim, a este nível de costumeiros comportamentos e suas efectivas ou pelo menos potencias consequências dramáticas, na sua globalidade não sei exactamente como é nos restantes países, mas regra geral não me parece que em Portugal seja muito melhor ou muito pior que em qualquer outro lugar, em especial do dito mundo dito civilizado, ainda que podendo ou devendo ser algo naturalmente diferente de entre uns e outros, enquanto próprio a cada qual e a uma infinidade de circunstanciais variantes, derivadas duma infinidade de factores nunca literalmente repetíveis de entre si, num só povo, menos ainda de entre uns povos e outros.

A partir de que digo eu que mais mal não venha ao mundo e a este belo jardim à beira mar plantado em concreto do que o que já temos em sequência do que acabo de descrever, para que tão só com base no mesmo já baste para se concluir que nem de perto nem de longe somos um País de brandos costumespelo menos não mais que muitos ou todos os outros. Afinal não passamos de humanos, sempre potencialmente melhoráveis mas nem sempre efectivamente melhores por nós mesmos e face ao que ou a quem mais quer que global, humana, vital ou universalmente seja. Sendo que só nos podemos positiva e vitalmente (auto)melhorar e/ou por si só abrandar, se auto assumir-mos as nossas virtudes mas também os nossos defeitos e/ou vice-versa, em qualquer dos virtuosos ou defeituosos casos em efectivo ou potencia. Ainda que auto melhorar-mo-nos constante e permanentemente em e por nós menos, face ao todo humano, vital e universal, seja algo que dá aliciante mas também muito e continuo trabalho, além de que exige correr riscos, mas como uma das nossas características próprias é mesmo sermos também um povo muito tradicionalista e como tal pouco dado a voluntárias ou autónomas mudanças, mesmo que para melhor. E por isso creio que se nos limitarmos a auto assumir como, suposta virtude, de brandos costumes, que na verdade e sob diversos aspectos, lamentavelmente, não somos de facto, estamos antes de mais a enganar-nos a nós mesmos com consequente risco de seremos acima de tudo e/ou como melhor das hipóteses hipócritas. Sendo que da minha perspectiva, com todos os prós e contras inerentes, somos essencialmente um povo (ainda) muito significativamente tradicionalista e conservador, com algumas positivas excepcionalidades, como por exemplo ao nível de diversos aspectos desportivos, artístico-culturais, empresariais, de investigação médica e científica e até correntes do dia-a-dia , como ao nível da humildade e da resiliência da população comum, etc.; o que no entanto não invalida nem muito menos apaga a excepcionalidades mais negativas descritas logo no inicio e que se (re)confirmam continuamente, por vezes e em alguns casos até para qualitativo e quantitativo pior, como por exemplo ao nível da violência doméstica. Mas o que regra geral e mais uma vez faz de nós, não melhores nem piores, nem ainda e por si só de mais ou menos brandos costumes que quais queres outros em qualquer outra latitude geográfica, política, social, cultural, etc., mas apenas e tão só diversos nas nossas inevitáveis e naturais peculiaridades próprias.

                                                                                     VB

(*) Claro que dependente duma multiplicidade de motivos e de razões, isolado/as ou conjunto/as e em alguns casos até extra humano/as, acidentes automóvel em concreto acontece a qualquer um/a que ande na estrada _ pelo que quem quer que seja, pode ou deve "cantar de galo" ou como se estivesse imune. Mas a partir de que o problema está na continua quantidade e gravidade, desde logo dos acidentes automóvel que acontecem em Portugal. VB

quarta-feira, novembro 25, 2015

Muita coisa a rever

Tal como eu mesmo digo no meu perfil aqui do Blogger que, sou nada e sou ninguém, desde logo na medida em que não sou especialista de coisa absolutamente alguma, digamos que na prática vou sendo e fazendo o que legitimamente está ao meu rudimentar alcance para tão só básica e imediatamente sobreviver. Mas ao mesmo tempo e tão só por básica e imediatamente subsistir não deixo de ser pessoa, de ter corpo, mente, espírito e a energia vital que flui em mim. A partir do que também ouço, vejo, penso, sinto e vivo a vida, no que universalmente cabe como qual qualquer outra pessoa e no que individualmente cabe à minha própria maneira pessoal. De que enquanto tal ao não ser algo ou alguém objectiva e convencionalmente definido, acabe por ser subjectiva e potencialmente tudo e todos, o que me exige uma autogestão pessoal e existencial própria pró positiva, vital e universal própria, logo significativamente auto critica, exigente, rigorosa, não raro austera e tão perfeccionista quanto possível. No seu global conjunto com resultado prático e máximo nesta minha por si só pró vital, sanitária, subsistente e/ou pelo menos descompressiva forma de expressão e de existência escrita _ que de resto contra todas as expectativas de partida e/ou sem que eu sequer jamais tenha, ao menos objectivamente, sonhado com tal, no entanto nasceu e subsiste de geração espontânea. Sequência de que de entre uma frase que li algures no Facebook(FB) e que salvo erro era literalmente assim: "De nada serve o homem conquistar o mundo todo se perder a Alma"; o que associado ao facto de acabar de ver do programa de debate televisivo "Prós e Contras" na RTP1, com esta última emissão versando o contemporâneo e agravante tema do terrorismo islâmico, na unilateral perspectiva Contra o mesmo; cumulativamente ainda a toda a informação que vou em continuo absorvendo e processando duma ou doutra possível e autogestiva intima forma própria; respectiva e precisamente ao tentar fazer um breve comentário, na página de FB do "Prós e Contras", acabou por espontaneamente me sair um relativamente longo comentário, que não deixei de manter como comentário no FB e que de resto transcrevo agora para aqui, ainda que com significativamente auto revisto e complementado desenvolvimento, cujo concreto resultado prático é:

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_ Esta contemporânea história do terrorismo religioso de base islâmica é muito complexa, até porque tremendamente contraditória, pejada de paradoxos, de cinismos e de hipócrisias, desde logo da nossa parte Ocidental, pela relação que temos com o Islão dentro e fora das nossas próprias fronteiras. Em que de entre nós basta falar na nossa tolerância ou pseudo tolerância, por assim dizer romântica quando não mesmo ridícula, desde logo ao permitirmos a imposição das regras do Islão de entre ou mesmo sobre nós, quando como segundo consta, na própria França, Bélgica, etc., em que tem havido alguma predisposição a abdicar quer social, quer culturalmente dos nossos usos e costumes Ocidentais, por exemplo a níveis públicos como em escolas, hospitais, etc., designadamente alterando práticas alimentares e/ou outras para não ofender a cultura, os usos e os costumes islâmicos ou pelo menos multiplicando esforços de toda a ordem a fim de corresponder a todas e mais uma multiculturas ou minorias integrantes. Sendo que uma coisa é receber e se acaso acolher essas pessoas de culturas diversas e respeitar a sua cultura dentro das suas próprias portas e/ou em legítimos locais de culto próprio, mas em termos públicos as mesmas devem submeter-se literal e incontornavelmente, desde logo às formais regras legais, tanto mais por parte de Estados de Direito universal, como aqui no Ocidente, além ainda de que devem respeitar os usos e costumes socioculturais locais tanto mais se por parte do anfitrião Ocidental, que regra geral respeita os usos e costumes dos que recebe e acolhe. A partir do que por exemplo com a Arábia Saudita como uma particular contradição ao paradoxalmente ser tão bem aceite pelo democrático Ocidente (Europa e EUA), quando a própria Arábia Saudita é um Estado ditatorial altamente intolerante com relação a qualquer mínima dissidência ou divergência às suas regras essencialmente fundamentalistas internas e segundo cada vez mais parece que dita intolerância fundamentalista também face ao exterior, em especial se este último de base democrática e genericamente tolerante como no Ocidente.

Querendo eu muito sucintamente dizer com o anterior que quanto a recebermos outras culturas, religiões, etc., no nosso (tolerante) seio Ocidental está tudo muito bem e enquanto tolerante por tolerante nada contra. Mas no caso que sejam os elementos dessas culturas, religiões, etc., externas que migram para dentro das nossas fronteiras a deverem adaptarem-se a nós, à nossa cultura, aos nosso usos e costumes e não o inverso. Desde logo sob pena de Ocidentalmente não existirmos por nós mesmos quer cultural, quer religiosa, quer ideológica, quer em suma genérica e substancialmente. Que resumindo duma forma simplista, mas que dá ideia do que quero dizer, por exemplo não me estou absolutamente a ver viajar para um país islâmico, muito menos se fundamentalista como, mais uma vez a Arábia Saudita, que é tão pacifica e passivamente aceite pelo Ocidente, tendo de ser uma família ou uma comunidade local (árabe/islâmica) a adaptar-se ou a subjugar-se a mim, à minha cultura, aos meus usos e aos meus costumes Ocidentais. Sendo ainda que trago para aqui o reiterado exemplo da Arábia Saudita, para dizer que a particular pacificidade, passividade, tolerância, cumplicidade, etc., Ocidental face à Arábia Saudita, além de baseada numa citada clivagem ou mesmo incompatibilidade entre e Arábia Saudita e o Irão, dalgum modo derivado ainda da designada "Guerra Fria" de entre Leste (URSS) versos Ocidente (EUA/Europa), respectivamente com o Ocidente mais do lado Saudita e logo anti-Irão, deriva ainda dita cumplicidade Ocidental com a Arábia Saudita duma desde sempre e ainda contemporaneamente corrente medida da economia e da finança, como seja do materialista lucro económico-financeiro derivado das trocas comerciais de parte e parte, tendo por base a imensa riqueza derivada do petróleo na Arábia Saudita, em troca por exemplo e por mais não dizer da tecnologia automóvel Ocidental, tudo isto muito aquém e além de valores substancias como valores democráticos ou vitais modo geral, que são muito diversos quando não mesmo radicalmente inversos de entre nós Ocidentais genericamente tolerantes versos os Islâmicos particularmente fundamentalistas, como mais uma vez na Arábia Saudita. Sendo caso para dizer que Ocidentalmente vendemos e continuamos a vender a alma ao Diabo. Em que se tomarmos como expressiva incorporação prática do Diabo no mais abjecto terrorismo, na circunstancia por parte do auto proclamado “estado de islâmico”, temos de concluir que a própria Arábia Saudita ou é uma (financeira e ideológica) parte activa ou pelo menos passivamente cúmplice, mas em qualquer caso consequente desse e para com esse mesmo auto proclamado “estado islâmico” ao mesmo tempo que é "aliada" do Ocidente laico e democrático (EUA/UE). 

Sequência de que tão pouco estou a dizer que se ataque ou que hostilize a Arábia Saudita de todo e/ou sem mais, até porque dalgum modo e enquanto tal os aleados Ocidentais (EUA/UE) da Arábia Saudita, ao menos indirectamente são tão cúmplices com o "estado islâmico" quanto esta última; pelo que ao menos e/ou acima de tudo começando por dar coerente e objectivo exemplo prático próprio, que então a partir do Ocidente e por subsequente arrasto se force a Arábia Saudita, entre outros... a clarificar a sua posição retórica e prática, no caso concreto face ao mais abjecto terrorismo auto proclamado de islâmico _ cujo simples facto de se atacar com armas de guerra ou quais queres outras, pessoas civis indefesas e desarmadas é do mais abjectamente cobarde e/ou homicida/suicida que se possa imaginar e enquanto tal ao arrepio de qualquer verdadeira religião e/ou benévolo Deus.

Claro que em tudo isto, eu sei por exemplo que há ainda valores e interesses próprios de cada qual de per si, independentemente de coincidentes ou dissidentes face ao próximo e ao diverso, por parte de qualquer das inerentes facções nacionais, ideológicas, religiosas, sociais, culturais, geográficas, etc., a nível global, como por exemplo da parte do Leste Europeu ou de todo o vasto continente Asiático, em si mesmo com as suas diversas multiplicidades culturais, religiosas e vivências próprias, em qualquer dos casos consonantes ou dissonantes com os interesses e valores Orientais, Ocidentais ou de qualquer outra latitude geográfica, ideológica ou religiosa a nível Global de per si e bilateral ou multilateralmente de entre uns e outros, como para que uma clarificação de verdadeiros valores e objectivos por parte de todos e de cada qual em si mesmo e face ao próximo nem sempre nem de todo seja fácil, até porque no que toca a unilaterais ou corporativos interesses, acaba sempre por entrar o segredo, se acaso a propaganda, a informação e a desinformação, etc., etc., que complicam ou podem complicar tudo, tanto mais se em situações extremas, como de guerra e/ou também quando se tem algo ilegítimo a esconder. A partir do que qualquer mais consequentemente profundo abanão, como o suscitado pelo terrorismo auto designado de islâmico na vasta e multifacetada comunidade internacional e global, com todos os respectivamente múltiplos valores e interesses em causa por parte de cada um e tanto mais se de entre todos e cada qual, pode assumir e assume contornos altamente complexos, não raro dissidentes e/ou mesmo incompatíveis de entre uns e outros, incluindo ainda incoerências e indefinições intrínsecas a cada qual. Pelo que para eu não complicar muito mais, até porque a partir de determinado nível de complicação inerente faltar-me-iam os argumentos devido ao meu objectivo desconhecimento de todas e de cada uma das variantes e implicações estratégicas, geográficas, ideológicas, religiosas, por si só históricas por parte dos mais diversos factores e entidades em causa, de per e de entre si; pelo que continuando tão só com base nos interesses de entre Ocidente laico e democrático em associação ou dissociação ao Oriente islâmico tolerante ou opressivo, em que há Estados ou comunidades de Estados que ao mesmo tempo que procuram combater o auto proclamado terrorismo islâmico, também são (amigos) aliados doutros Estados que apoiam ou financiam o próprio auto proclamado e terrorista "estado islâmico"; sendo ou pelo menos parecendo ser como se todos ou pelo menos alguns quisessem ficar ao mesmo tempo de bem com Deus e com o Diabo, quer por parte do Oriente islâmico moderado, quer por parte do próprio Ocidente laico, face ao mais abjecto fundamentalismo terrorista derivado do auto proclamado "estado islâmico", como se com base em interesses dúbios, contraditórios e/ou pelo menos mesquinhos face a tudo o que substancialmente está em jogo, como por exemplo a própria segurança global, muitos estivessem ou estejam a vender a alma ao próprio Diabo.      

Global sequência de entre o que da minha perspectiva pessoal e tão só de entre cultura Ocidental laica e Oriental islâmica, acaba por resultar uma luta que bem conhecemos e todos sentimos duma ou doutra forma na pele, por assim dizer de entre tolerância Ocidental laica versos pelo menos algumas extremistas facções Orientais islâmicas; de onde resulta também ainda uma luta intestina dentro do próprio Islão, de entre Islão moderado e Islão radical, além duma correspondente luta intestina de e connosco mesmos Ocidentais, desde logo de entre preservação e cultura dos nosso usos e costumes Ocidentais próprios, versos possível cedência destes últimos em nome de não ofender aqueles que tolerante e multiculturalmente acolhemos e/ou ironicamente ainda em nome de combater o radicalismo dos que acolhemos dentro das nossas próprias fronteiras Ocidentais, acabemos por nos tornar nós mesmos radicais. Sendo que de momento e enquanto sob o terror do radicalismo islâmico ou pseudo islâmico, que só representa uma pequena parte do global universo islâmico, no entanto e até auto defensivamente faz cada qual Ocidental, Oriental, Asiático, etc., desconfiar do Islão como um todo, em que no caso do Ocidente enquanto objectiva e consequentemente visado pelo terrorismo auto proclamado de islâmico, leva a que estejamos sob risco de cair em extremismos próprios, designadamente ideológicos em nome de precisamente combater o extremismo islâmico ou seja que estamos em risco de nos tornarmos ocidentalmente naquilo que pretendemos e de resto necessitamos auto defensiva e vitalmente combater, o que talvez ou seguramente seja também o resultante preço de termos vendido e de estarmos ainda a vender dalgumas formas a alma ao Diabo _ bastando ver a amigavelmente cúmplice relação do Ocidente democrático e laico, com Estados totalitários como a Arábia Saudita, que segundo tudo leva a crer é esta última também colaboracionista (económica, financeira ou ideológica) do auto proclamado terrorista "estado islâmico", enquanto este último faz do Ocidente democrático e laico seu alvo e à vez o Ocidente democrático e laico faz auto defensivamente do "estado islâmico" um alvo a abater; mantendo-se em qualquer dos casos a relação de amizade entre Ocidente e Arábia Saudita, à vez que consequente cumplicidade da Arábia Saudita com o diabólico "estado islâmico". Já agora, muito resumida e concretamente com uma UE de que eu mesmo sou natural originário, mas que enquanto formal União de Estados independentes, como eu mesmo digo desde há muito e cada vez mais, é sob e sobre muitos aspectos um Unitário "faz de conta", que não raro nem consegue gerir as suas diferenças socias e culturais internas, quanto mais tomar um posição firme, objectiva, coerente, definida, etc., face ao exterior, designada e contemporaneamente face ao auto proclamado "estado islâmico", tanto pior quanto sendo este originalmente externo à UE, no entanto tem ramificações internas, tanto mais se com um imparável afluxo de refugiados de origem islâmica, com que a UE não sabe muito bem e quer mesmo parecer-me que não raro não sabe em absoluto o que fazer, quer internamente, quer com relação à origem desses mesmos refugiados e suas correspondentes razões de fuga, precisamente para a UE. O que torna a UE algo sofrível e não raro positiva, objectiva e coerentemente impotente sob e sobre muitos aspectos. O que é profundamente lamentável enquanto tal, tanto mais se para quem como eu sou parte integrante. VB
...

E chegado aqui tenho de assumir que até estive para concluir esta minha reflexão no anterior parágrafo, mas em toda a revisão e complementação que fiz do comentário original no FB aqui para o Blogger, acabei por não resistir a introduzir aqui o muito romanticamente badalado conceito de “Primavera Árabe”, com uma conclusiva questão antecipada por um reparo ao respeito; cujo reparo é que não gosto de ditadores, desde logo porque muito simplistamente não gosto de gente intolerante que exige ser tolerada na sua própria intolerância. Sequência de que apesar disso ou até por isso entra a minha questão que é: _ para além doutros e em outras partes do Globo desde genericamente sempre, o que por exemplo e mais contemporaneamente torna os regimes ditatoriais Árabes ou Islâmicos do Iraque, da Líbia, do Egipto, etc., em qualquer dos casos pré "Primavera Árabe"(1), onde se inclui a Síria ainda resistente à "Primavera Árabe", diferentes do por si só ditatorialmente extremo regime da Arábia Saudita, em qualquer dos paradoxais casos para o Ocidente defender a "Primavera Árabe" para uns com base no argumento de que eram "ditaduras a derrubar" enquanto para outros igualmente ditatoriais ou islamicamente (pró) extremistas parece não haver defesa duma qualquer "Primavera..."; que tanto mais paradoxalmente ainda quando durante décadas (quase) todos os regimes em causa, tiveram a activa ou pelo menos passiva conivência Ocidental, pelo que onde está ou fica também aqui a nossa pseudo superior consciência e coerência moral Ocidental por si só e face ao exterior, em e com tudo isto?(2)

(1)...que já agora, apesar da minha objectivamente imensa ignorância histórica, política, religiosa, estratégica, etc., etc., no entanto tão só com base na dispersa informação que fui absorvendo ao longo do tempo, no decorrer da própria vida, especialmente em abençoado contexto democrático e de debate na nossa cultura Ocidental com abertura ao mundo, deu para me aperceber que enquanto precisamente os povos Orientais e os noticiários Ocidentais rejubilavam romanticamente com a "Primavera Árabe", com ainda que a um diverso nível incluindo também a segunda invasão do Iraque por externa acção Ocidental, eu pensa para comigo e dizia para quem me era próximo: "espere-se pela pancada"! E a pancada está ai, também ou acima de tudo sob a forma de genérica islamização Oriental e não raro a um nível de islamização radical, com expressão prática nas mais abjectas formas de terrorismo, de entre islâmicos e ainda destes para com o Ocidente em concreto. Tudo muito lamentável e com muita coisa a positiva e coerentemente auto e extra rever, desde logo da parte Ocidental que é a que mais directa e intimamente nos (me) interessa. Além de que mesmo pessoalmente nem sequer penso exigir o que quer que seja de quem quer que seja, sem antes, durante e depois do mais mo exigir a mim mesmo. E a mim mesmo eu auto exijo-me intra e extra reflexão pessoal, humana, vital e universal, tão literal e multifacetadamente abrangente quanto possível em si mesma e/ou por mim próprio, desde logo com todos os meus defeitos e virtudes e/ou capacidades e imitações próprio/as.

(2) …claro que eu sei que há muitos outros complexos e/ou multifacetados valores de entre tudo isto, como por exemplo ideológicos, designadamente e durante décadas na incompatível divisão política/ideológica entre dois grandes blocos, designados de Ocidental e de Leste que em si mesmos conformavam as duas grandes superpotências económicas e/ou militares, mas que enquanto tais eram e dalgum modo ainda continuam incompatíveis de entre si, salvo que nas ultimas três décadas tem havido alguma positiva reversão nessa incompatibilidade, que inclusive e talvez por (pró) globalizante ironia do destino parece que o combate ao por si só pró globalizante terrorismo auto proclamado de Islâmico parece estar a aproximar posições, pelo menos de circunstancia, entre Oeste (EUA/UE) e Leste (Russia), tal como dalgum modo já havia sucedido durante a Segunda Guerra Mundial, pelo menos enquanto o auto defensivo interesse de cada qual a coincidir com comum combater ao nazismo. Só restando esperar que a presente convergência Leste e Oeste, incluindo qualquer outra latitude global, com todas as suas naturais diferenças culturais, religiosas e existências modo geral se concretize duma forma definitivamente mais positiva e profícua para todos, desde logo para com valores Vitais e Universais incontornável e coerentemente comuns a todos, como por exemplo com base no e para com o ser físico, psíquico, mental, espiritual e por si só energicamente vital que todos sem Universal excepção compartilhamos individual e humanamente aquém e além de naturais e até enriquecedoras diferenças culturais, religiosas e existenciais, desde que em qualquer delas esteja salvaguardado o bem de todos (colectivo) e de cada qual (individuo). Sendo que com tudo isto eu, logo eu, não quero ter mais razão do que quem quer que seja, mas no meio de tantos e tão contraditórios quando não mesmo incompatíveis interesses, alguma positiva e universalmente mínima razão haverei de ter! Especialmente quando por diversos motivos e razões próprio/as e envolventes, senti há muito necessidade de me auto anular prática, activa e funcionalmente por mim mesmo e para com a vida, tendo enquanto tal ficado não só susceptível como mesmo referente e influentemente dependente do exterior, incontornavelmente de entre o efectivo e potencial melhor e pior inerente ao exterior e por inerência para com o meu efectivo ou potencial melhor e pior próprio, de entre o que entrei semiobjectiva e intuitivamente num processo de auto gestão, no limite, de entre o efectivo ou potencial melhor e pior intrínseco e extrínseco a mim, de que pró vital, sanitária ou subsistentemente nasceu esta minha forma de expressão e de existência escrita, que enquanto tal e para com o efeito ou potencial melhor intrínseco e extrínseco a mim, algum mínimo valor pessoal, humano, vital e universal terá, inclusive enquanto filtrado reflexo exterior em e/ou através de mim, o que se dizendo ou podem do dizer muito a meu próprio respeito, também dirá muito a respeito da global sociedade nacional, europeia ou por si só genericamente humana envolvente a mim. Sequência de que, por si só, enquanto eu como parte integrante do colectivo alvo Ocidental face auto proclamado "estado islâmico", com tudo o inerente a este último e/ou de entre este último e os seus alvos, logo enquanto me for pessoal e democraticamente possível e se como no presente caso eu sentir essa necessidade não deixarei de expressar a minha opinião e perspectiva própria ao respeito _ mesmo que duma forma linguística, literária, argumentativa ou concepcionalmente deficitária e por isso continuamente melhorável da minha parte, tal como de resto muitas positivamente práticas, activas e funcionais melhorias se necessitam e exigem ao nível humano enquanto tal, como por exemplo ao nível da comunidade internacional modo geral e da UE em particular.
                                                                                                            VB 

quarta-feira, novembro 18, 2015

(Complexidade) Humanidade, antinatura

Em circunstancias, ditas, normais já é bastante difícil que, salvo as devidas excepções, a humanidade modo geral atente na preservação do meio-ambiente e por si só da biodiversidade natural, inclusive quando e enquanto por norma o que existe é destruição do meio-ambiente e da biodiversidade natural, com dita destruição derivada de activa ou pelo menos de negligente acção humana. Pelo que seguramente nesta fase em que a humanidade anda absorvida pela destruição de entre si mesma, menos ainda atentará na preservação versos destruição do meio-ambiente e da biodiversidade natural. Sendo que ironicamente eu fiz as seguintes fotos e escrevi o texto subsequente às mesmas precisamente na manhã da passada Sexta-feira 13, na altura não suspeitando ainda o que estava para suceder dai a algumas horas em Paris; com este último acontecimento de Paris a retirar qualquer possível impacto, por remoto que fosse, a esta minha subsequente acção fotográfica e escrita em favor do meio ambiente e da biodiversidade naturais. Mas ainda assim, dado que o facto duma rapace morta ser algo tão real quanto os atentados de Paris, em que tanto mais se a ter morrido a rapace à mão humana, não deixa de ser este último um acto humano grave face vida, dependente ou independentemente do que supra gravemente sucedeu de entre humanos em Paris e já agora vem sucedendo há muito em diversas outras partes do Mundo. Mas até precisamente em sequência dos atentados terroristas de humanos sobre humanos em Paris, tal como em muitas outras zonas do Planeta, me é suscitado perguntar: que positiva esperança pode haver da humanidade face ao meio-ambiente e/ou à biodiversidade natural? 

Sequência de que sem mais introdutórias delongas e porque a vida continua, aqui ficam as fotos e o respectivo texto que as mesmas fotos me suscitaram:
           





Antes de mais, a designada vida natural não é positiva nem negativa enquanto tal e sem mais. De resto a própria humanidade no seu melhor e pior é descendente parte integrante da vida natural. Só que a humanidade na sua (nossa) auto aludida inteligência e racionalidade tem ou pelo menos deveria ter uma responsabilidade mais positiva e integracionista, do que uma atitude meramente possessiva e consumista que em grande e genérica medida tem face à vida natural.

Em que relativamente ao esqueleto derivado da morte da rapace nas fotos acima, ainda que não o sabendo eu objectiva e taxativamente, no entanto a probabilidade dessa morte ter ocorrido à mão humana é de 99.99%. Aliás se esta ave (rapace) em concreto não foi objectiva vitima da mão humana seguramente uma série doutras assim o foram e são, até porque para além duma série de genéricos preconceitos humanos face à vida natural selvagem e a algumas espécies dentro desta última, mais concretamente ainda está instituída uma modalidade designada de “controlo de predadores” no que ao sector da caça humana respeita. Dito “controlo de predadores” que serve precisamente para “controlar” _ vulgo eliminar _ os competidores naturais (rapaces, raposas, texugos, etc.,) face ao ser humano no que à caça respeita. Com umas ditas “espécies cinegéticas” (lebres, coelhos, perdizes, etc.) como os alvos de caça quer do ser humano quer dos seus competidores naturais. Sendo que logo aqui começa uma luta desigual no sentido em que os competidores naturais do ser humano em termos de caça, só caçam mesmo para se alimentar, vulgo para preservar subsistentemente a sua vida, enquanto o ser humano caça por todos os motivos e mais um, designadamente para se alimentar(*), mas também e/ou acime de tudo por desporto, por prazer, por tradição, por vicio, por luxo, por vaidade, etc., etc., etc.. Mas como se tal não basta-se por si só o dito controlo de predadores é algo subjectivo nos princípios, nos meios e nos objectivos, além ainda de que até por essa subjectividade é algo difícil senão mesmo impossível de controlar/fiscalizar com base e em relação a esses mesmos princípios, meios, objectivos e correspondentes resultados práticos. Desde logo dificuldade derivada do facto de que quem está encarregado de fazer esse “controlo” são os próprios caçadores humanos; o que como mínimo faz suspeitar que esse controlo é absoluta e unilateralmente pró caçador humano, no caso em detrimento da mais vasta e universal biodiversidade natural. Seja que faz-se não só da humanidade, como especificamente dos caçadores humanos "polícias" e "juízes" em causa própria face à biodiversidade natural.
E até por sequencial inerência do anterior, creio que escusado será dizer que não é meu propósito vir para aqui com demagógicos discursos anti-caça ou anti o que mais quer que naturalmente seja. Até porque desde logo no relativo a caça, a rapace da foto acima é ela mesma uma caçadora natural nata. Pelo que o problema para mim está no facto de que antes do ser humano ter a crescente e diria mesmo devastadora influência que tem no e sobre o meio ambiente natural, por si só de vital origem planetária já existia toda a espécie de predadores naturais, incluindo por exemplo o desaparecido lobo, sem que enquanto tal e originalmente deixassem de haver também toda uma qualitativa e quantitativamente vasta diversidade de espécies, incluindo naturalmente as ditas espécies cinegéticas. Pelo que só mesmo a acção humana directa, como por concreto exemplo por via da caça e do respectivo do “controlo de predadores” ou ainda acção humana indirecta por via das múltiplas formas de poluição, como ainda de introdução de toda uma diversidade de químicos artificiais, como herbicidas, pesticidas, etc., etc., que têm vindo a desequilibrar todo o sistema natural quer ao nível da fauna quer da flora, estando eu certo e seguro que inclusive a níveis que a própria humanidade desconhece em objectivo as consequências e longo prazo _ designadamente com introdução de doenças, alterações genéticas ou no limite morte em várias espécies animais e vegetais, inclusive por subsequente via do ciclo natural dos herbívoros para com os carnívoros e assim sucessivamente, cuja contaminação, o envenenamento e/ou no limite o extermínio dumas espécies leve à contaminação, ao envenenamento e/ou ao extermínio doutras, mas em qualquer caso e salvo algumas devidas excepções puramente naturais, de resto dita contaminação, envenenamento e/ou extermínio a processar-se acima de tudo por directa e activa ou indirecta e reflexa, mas em qualquer caso efectiva acção humana. Tudo isto acrescido ainda de que a civilização humana evoluiu e em grande medida continua imparavelmente a evoluir num sentido materialista, economicista, artificial e pseudo asséptico, em que parece que tudo o que é natural incomoda _ salvo quando a natureza é relativamente distante e/ou serve para turisticamente observar e consumir dalguma forma, tipo algo exótico e alheio à própria humanidade, como se humanamente não fossemos partes integrantes da própria natureza, da própria biodiversidade, respectivamente do próprio Planeta e do próprio Universo, como qualquer outra espécie vivente.
Bem! Claro que aqui ou a partir daqui se poderá dizer que o próprio planeta não viverá eternamente. Ao que como mínimo posso e devo corresponder dizendo que também nenhum de nós vive eternamente, no entanto não deixamos semi-objectiva ou intuitivamente de procurar viver o mais e o melhor possível. Pelo que pergunto eu, porque não fazermos o mesmo com o planeta que nos acolhe e que por si só permite que aqui estejamos, no caso comigo a escrever isto e eventualmente com alguns de vós outros a ler o mesmo, aquém e além de sermos ou não caçadores, poluidores e afins!?
Global sequência de que creio eu que o grande problema está em que a continuarmos como genericamente até agora acabaremos paradoxal e ironicamente vitimas da nossa própria racionalidade e/ou "inteligência" humana, sobre todas e cada uma das restantes espécies viventes, pelo menos terrenas. Na medida em que a nossa racional superioridade sobre as mesmas é um facto, mas um facto nem sempre nem de todo é necessária, vital e/ou universalmente positivo e verdadeiramente inteligente, sendo sim um facto mais pessoal, corporativo e/ou humanamente egoísta e por isso negativo/destrutivo em efectivo ou em potencia. Salvo que ao nos irmos apercebendo humanamente disso, vaia-mos percebendo que sem preservarmos minimamente o meio ambiente natural na sua múltipla e cíclica biodiversidade, somos nós mesmos humanos as grandes e conclusivas vitimas de tal facto, cujo correspondente problema está ainda em que apenas alguns, não raro social, cultural, política, económica e financeiramente pouco poderosos reconheçam(os) tal facto; pois que a começar na mera necessidade de tão só básica e imediatamente subsistir, que é comum a todos os seres viventes, humanos e não humanos, e mas que tão só da mera perspectiva humana já exige muito do Planeta, mais ainda tanto infinita e a prazo mais insustentavelmente maior é essa exigência humana face ao Planeta, com particular destaque sobre o meio-ambiente e a biodiversidade naturais quanto as necessidades humanas transcendem em muito a mera necessidade subsistência, com a inclusão de unilaterais, corporativos e não raro caprichosos interesses humanos próprios, aquém e  além da biodiversidade natural; desde logo ao estilo do egoísmo duns humanos sobre outros humanos, no caso multiplicado muitas vezes enquanto do ser humano sobre o meio ambiente natural.
Em conclusão citaria aqui algo que já não recordo se escutei ou se li algures, mas com o que me identifiquei humanamente de imediato, que foi e é o seguinte: _ “A humanidade é o cancro do planeta!”. Pelo que da minha perspectiva a “salvação" do Planeta e por arrasto da própria humanidade, face à por si só patológico/cancerígena acção humana, aquém e além de qualquer eventual providência Divina ou Universal, enquanto da mera humanidade de e por si só depende em muito de algo que é significativa ou mesmo tremendamente complexo, como por exemplo e logo à cabeça depende duma profunda revolução interior em todos e cada um de nós, em especial se a partir do estágio sociocultural e civilizacional a que chegamos e que, salvo algumas positivas excepções, de resto e por genérica acção ou omissão humana é um estágio “cancerigenamente” devastador de tudo o que naturalmente nos rodeia; em que por designado e contextual exemplo devemos auto rever positivamente os princípios, os meios, os objectivos e os métodos inerentes à genérica acção humana sobre o meio-ambiente natural, inclusive pela acção humana inerente ao factor caça em particular, tornarmos-nos positivos antídotos de nós mesmos e/ou melhor da nossa crescentemente devastadora acção no e sobre o Meio Ambiente e sua Biodiversidade natural, como incontornável parte integrante do Planeta e este último parte integrante do indefinidamente vasto Universo, que apesar de e/ou até por tudo, nos permite existir e ser(mos) quem e como Humanamente somos _ em que o que e como somos pode sempre ser tão mais positiva, vital e universalmente melhor, quanto estejamos e como de facto estamos conjunturalmente muito distantes desse melhor!
                                                                                              VB

(*) ...sendo ainda que o caçar para se alimentar ao nível humano, salvo em algumas culturas e/ou regiões do Planeta, de resto e dum modo geral isso não implica uma necessidade de subsistência básica, como ao nível das restantes espécies animais, implica sim um culto mais económico, social e/ou meramente consumista do que uma verdadeira necessidade de subsistência. E depois há ainda o alimentar do espírito e/ou da alma que dependendo desde logo do alimento orgânico pró subsistência básica, implica no entanto também e/ou acima de tudo a integração e interacção humana na e com a vida natural, em que por exemplo pequenas aves que a humanidade caça de todo mais para satisfazer outros cultos consumistas que não de todo a necessidade de subsistência básica, são ou podem ser as mesmas pequenas aves que com o seu canto e dinamismo vital alimentam o espírito e a alma humana. Mas até aqui a humanidade tem uma relação estranha, desde logo meramente consumista do ponto de vista material e/ou no limite até mesmo negativa com a natureza, pois que ou não liga nada para a alimentação do espírito e da alma limitando-se à alimentação orgânica, ou se e quando liga ao alimento do espirito e da alma em regra tende mais a aprisionar os seres, como pequenas aves em gaiolas (prisões) numa base de possessão da e sobre a fonte desse alimento, em vez de procurar esse alimento na própria natureza, designadamente em aves livres com respeito e consideração por estas últimas e a sua liberdade _ sendo que a própria liberdade é em si mesma um alimento do espírito e da alma. Mas enfim muito, infinitamente muito mais se poderia dizer ao respeito, ainda que a própria vida enquanto tal e a vida natural em particular já o diz e continuará a dizer por si só, basta estar minimente atento ao interior e exterior de cada qual _ sendo que a última palavra da vida e da natureza face à própria humanidade, tal como sempre será tão mais positiva e benévola ou negativa e malévola quanto respectivamente (também) a própria humanidade seja mais ou menos positiva ou negativamente face à vida natural! VB

sábado, novembro 14, 2015

A quente



Humanismo
Ainda que eu tenha uma vasta e complexa consciência a todo este respeito, no entanto e/ou até por isso vou-me restringir à mais nobre consciência humana que me seja e é circunstancialmente possível, para precisamente dizer:
Duma perspectiva universalmente humanista é de todo dispensável aludir aqui a Estados, a Nacionalidades, A religiões, a Ideologias políticas, etc., para lamentar profundamente a barbárie e respectivamente deixar um sentido voto de pesar por todas as vítimas caídas em Paris; isto com respectiva extensão a todas e quais queres vitimas da barbárie, da irracionalidade, dos radicalismos e/ou das injustiças de entre humanos em qualquer outra parte do Globo, como por recente exemplo incluindo as vitimas do Charlie Hebdo também em Paris, mas que para muitos não eram merecedoras de lamento ou de pesar porque essas vitimas estavam conotadas com uma determinada ideologia política e/ou ainda e mais contemporaneamente para uma vasta quantidade de inocentes famílias de origem oriental (islâmica), que o que querem é salvar os seus próprios filhos da barbárie de que fogem na sua origem e que ironicamente vêem reencontrar agora na Europa, neste último caso adicionada do ressentimento local (europeu) pela origem desses mesmos refugiados ser coincidente com a origem da barbárie em causa; ainda que não raro sejam originários europeus que (auto) radicalizados acabam concretizando este tipo de actos bárbaros na própria Europa.
Enfim, de lamentar acima de tudo a transversalmente radical loucura, estupidez, insanidade e em suma fatal barbárie humana _ que ao menos potencialmente não tem fronteiras, raça, religião ou ideologia definida, basta olhar a história humana nas suas múltiplas dimensões ideológicas, religiosas, nacionais, culturais, etc., em que em algum momento da história qualquer delas recorreu duma ou doutra forma à barbárie, ainda que cuja concreta e temporânea pior expressão dessa radical loucura e barbaridade está nestes tipos auto designados de "Estado Islâmico"!...  
                                                                                              VB

sexta-feira, novembro 13, 2015

Qualidade, sem complexos

            Apesar dos, meus, seguintes ídolos derivarem de modalidades desportivas motorizadas e como tal altamente poluentes e/ou ávidas consumidoras de combustíveis e outros derivados (fibras, metais, etc.,) de origem fóssil, de cuja indiscriminada exploração destes últimos não se conhecem ainda todas as consequências, aquém e além da já mais que reconhecida consequência subjacente à particular poluição atmosférica do meio ambiente.

            Mas ainda assim, pegando acima de tudo na qualidade técnica e humana dos, meus, ídolos em causa e na circunstancia ídolos de origem nacional portuguesa, o que em associação ou dissociação a um bipolar complexo nacional de entre superioridade e inferioridade face a tudo o que é nacionalmente externo, me leva a expressar aqui abertamente a minha admiração pessoal pelos mesmos, que são:
            Pedro Lamy _ automobilismo
            
            Álvaro Parente _ automobilismo
           
            Miguel Oliveira _ motociclismo
           
            Acrescentando eu ainda ao respeito o seguinte:
            Pedro Lamy é para mim o melhor piloto automóvel nacional desde sempre e até ao presente momento. Em que mesmo não o podendo provar, no entanto dado todo o seu percurso pré e pós Formula1(F1), creio que se o mesmo tivesse tido as devidas oportunidades na própria F1, teria sido um dos pilotos mais competitivos, creio inclusive que um dos excepcionalmente poucos ou únicos que há altura teria dado efectiva luta a Michael Shumacher _ para com o que por exemplo digo que numa corrida de karting entre pilotos de F1, salvo erro, o Pedro Lamy foi o único que conseguiu andar à frente do Michael Shumacher, pelo menos até ter tido dado um toque numa curva que o atirou para fora da corrida.  
            Álvaro Parente, se todo o seu curriculum não fala-se por si, o simples contemporâneo facto de em regra conquistar "pole positions" e praticamente fazer corridas excepcionalmente à parte, na frente de todos os seus restantes pares na competição International GT Open, de que de resto se consagrou recentemente campeão fazendo dupla com o também português Miguel Ramos ao volante dum McLaren pela equipa espanhola Teo Martín Motorsport, o que já diz quase tudo a respeito da sua desportiva qualidade como piloto automóvel. Que inclusive em tempos falhou a entrada na F1, porque após ter sido dado como certo na equipa Virgin, isso acabou por não se concretizar devido ao incumprimento dum acordo de patrocínio ao piloto por parte do Instituto do Turismo de Portugal.  
            Miguel Oliveira, para um País como Portugal que não tem tradição e/ou expressão ao nível da competição motociclistica interna e menos ainda externa. Ter logo no seu estreante e único piloto na competição mundial da modalidade um verdadeiro campeão, pelo menos logo no ano de estreia (2014/2015) o vice-campeão mundial da modalidade na iniciática categoria de Moto3, não é de todo em todo para qualquer um.
            Em qualquer dos três casos, independentemente de não serem pessoalmente ricos, nem provirem dum País rico. Que de resto se fossem ricos ou proviessem dum País rico nem necessitavam para nada ser tão bons (campeões) como são, para poderem fazer toda uma longa carreira automobilística na F1 e/ou motociclisticamente no campeonato mundial da modalidade _ que de resto em mais dos casos bem mesmo pelo contrário.
            Pelo que no relativo ao bipolar complexo nacional de entre: ora e para uns sermos os melhores, ora e para outros sermos os piores do mundo! De resto basta a selecção nacional de futebol vencer meia dúzia de vezes seguidas e já nos consideramos logo “os melhores do mundo”, com o seu devido e correspondente inverso que nem vale a pena estar a descrever. Sequência de que por mim diria que se temos algo de que nos queixar é precisamente de não conseguirmos passar da “cepa torta” ao nível nacional interno no seu todo conjuntural, designadamente ao nível de prosperidade económico-financeira e de respectiva equidade social, inclusive podendo e devendo levar a que mais talentos, nas mais diversas áreas não só desportivas como sociais e de vida em geral sobressaíssem e se impusessem naturalmente. Pois que pela vertente do que nos podemos positivamente orgulhar, parece que esses talentos existem de facto, ao menos em potência, com um ou outro a despontar em efectivo aqui ou ali e com uma força que nem a material pobreza pessoal, familiar ou nacional própria impede que circunstancial/excepcionalmente apreçam duma ou doutra forma, em especial se saírem do País desde muito jovens para competirem e arranjarem apoios externos, tanto mais se ao nível do ou para com o desporto automóvel mundial que exige significativa riqueza própria ou envolvente logo à partida; ainda que os apoios, em especial se externos só vêm em sequência da inata qualidade do apoiado.
            Seja que a qualidade existe, pelo menos individualmente, a partir de que o problema está ou parece estar no global conjunto nacional que é cíclica e redundantemente pouco ou nada homogéneo, designadamente com gente muito rica, mas do tipo “bota-de-elástico”, designadamente sem mais visão do que a de acumular mais e mais riqueza material e/ou poder político-social próprio; subsequentemente com muitos outros menos ricos ou mesmo pobres com poucas possibilidades de passarem disso mesmo, independentemente das positivas qualidades que tenham em efectivo ou em potencia neste ou naquele outro sentido, porque salvo tenham alguma possibilidade própria de sair e valorizar-se fora do País, de resto e por norma nacional interna não têm quem invista neles; sendo que eu não acredito que qualitativamente exista só um Pedro Lamy, só um Álvaro Parente, só um Miguel Oliveira, etc., etc., que ainda assim quer no caso do Pedro Lamy, quer do Álvaro Parente foram e são subaproveitados, por não terem tido o devido e merecido acesso ao escalão máximo da sua actividade, que seria e é a F1, na circunstância por falta de quem apostasse económico-financeiramente nos mesmos, desde logo a nível nacional interno; e no caso relativo ao Miguel Oliveira, mesmo após se ter sagrado vice-campeão Mundial de Moto3, salvo que não lhe faltem os apoios externos, de resto vamos ver como será de futuro!? 
                                                                                              VB