quinta-feira, março 26, 2015

Enigma da perfeição

           Claro que o seguinte enquanto baseado em mim mesmo tem subjacente toda a história da minha própria vida, que no caso é tão prática e objectivamente desinteressante, quanto até por isso interpretativa e subjectivamente interessante, além de intima e/ou naturalmente desconhecida da esmagadora maioria das outras pessoas; de entre o que talvez ler o mesmo isoladamente não faça por si só muito sentido para as outras pessoas, salvo se interpretado e/ou adaptado à Luz da história de vida de cada qual, possa então talvez passar a ter e/ou a fazer (algum) devido sentido para essa/s mesma/s pessoa/s que desde logo acedam ao respectivo, dependente ou independentemente (de coincidente ou dissidente) de mim próprio que o escrevo!

            Essência...
           
            Eu diria que há aquilo de que se gosta e/ou que se quer e há aquilo de que se necessita e/ou que se deve.
            Por exemplo: eu gosto de fotografia e sempre que posso procuro fotografar, mas querendo ou não, até como se vê pelo presente, eu tenho também a necessidade e o dever de escrever. Ainda que eu não viva, nem sequer sobreviva da fotografia ou da escrita, em qualquer dos casos até bem longe disso.
            A partir do que tenho também a necessidade e o dever de fazer _ trabalhar em_ algo para tão só sobreviver, ainda que regra geral não tenha particular gosto ou preferencial querer pelas áreas de actividade em que e/ou como o faço. Seja que resumidamente não termino de conjugar ideal e/ou perfeitamente em mim mesmo e na minha própria vida: gostar, querer, necessitar e dever.
            De entre o que então sim algum dia comecei acto espontâneo a necessitar escrever para tão só necessitar sobreviver e não mais consegui ou sequer quis parar de o fazer; sobrevivente sequência esta a partir da que sempre que e como posso procuro praticar o gosto pela fotografia, por si só em compensadora sequência de concretizar o dever de sobreviver, regra geral com base em actividades de que não gosto ou pelas que não tenho preferencial querer _ até porque devido a motivos que não vêm agora ao descritivo caso, em alguns respectivos casos e/ou circunstancias estas últimas actividades são-me sanitária ou subsistentemente prejudiciais a médio e longo prazo, aquém e além de degradantes no imediato.
            Mas como eu teimo em insistir não só na subsistência básica, imediata, mesmo que esforçada e sofrível, mas também e acima de tudo na pró plenitude pessoal, humana, vital e existencial própria, pelo que ao menos vou conservando a fé e a esperança de que mesmo a intermédias “duras penas” alguma vez conseguir conjugar: gostar, querer, necessitar e dever duma forma tão positiva, construtiva, criativa, produtiva, satisfatória, plena e condigna quanto literal e universalmente possível, como seja de e para comigo mesmo perante e para com o todo directa ou remotamente envolvente.
            Global sequência de entre o que se integra o presente com tudo o que me trouxe ao mesmo e que do mesmo derive, desde logo para com e sobre mim próprio, mas necessariamente também perante e para com quem mais quer que tenha imediato ou remoto acesso ao respectivo!  
                                                                                              VB

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