Primeiro,
no relativo a austeridade, esta última é algo que faz natural parte integrante
da própria vida humana, terrena e/ou tal como a conhecemos, a ponto de por exemplo
eu mesmo estar a escrever pró positiva, vital ou subsistentemente o presente em
sequência de significativa austeridade existencial própria, até porque viver em
constante e permanente prosperidade é algo naturalmente inviável, salvo se sob
artificialidade humana que se paga cara a mais curto, médio ou longo prazo,
desde logo e sob forma de frustrante austeridade derivada de se exigir crescente
prosperidade que não é naturalmente sustentável em continuo e em permanência.
Seja que em determinados momentos, casos e/ou circunstancias a austeridade é
algo inevitável, aquém e além da vida normal e corrente do dia-a-dia já exigir
por si só alguma natural dose de austeridade. Pelo que ignorar isso equivale a
ignorar a própria vida no seu todo e/ou na sua plenitude _ dalgum modo é como
ignorar a vida no seu natural paradoxo, desde logo de entre amor e ódio,
prosperidade e austeridade, etc., etc., etc., em suma e no limite de entre vida
e morte. Ainda que aqui deva dizer que austeridade por austeridade e/ou
austeridade duns em favor do unilateral fausto doutros é que é tão anti-natura ou
anti-vida quanto não querer austeridade alguma. A partir de que com todas as
complexas e responsáveis causas, efeitos e consequências inerentes, no caso concreto
da Grécia enquanto devedora, face aos Mercados credores, diria que nem a Grécia
tem toda a razão ao não querer pagar o que recebeu e gastou mal, nem os
Mercados ou a Troika em alternativo nome dos Mercados têm toda a razão ao
pretenderem receber a qualquer austero custo aquilo que emprestaram, mais ou
menos irresponsável e inconsequentemente, desde logo com base na ganância ou na
de todo errónea ilusão de ininterrupto e imparável crescimento económico da
Grécia ou de qualquer outro país ou factor humano. Ainda que aqui eu tenha uma
teoria própria que é a de que em directa sequência dos milhares de milhões de
€uros disponibilizados a fundo perdido
durante anos pela Comunidade Europeia aos seus respectivos membros
economicamente mais frágeis como Portugal, Grécia, etc., pró convergência
económica entre todos os membros comunitários, respectivamente os Mercados
vulgo os Bancos, viram nessa disponibilização uma oportunidade de,
mais ou menos legítima ou ilegitimamente, recolher a maior parte desses milhares de milhões de €uros
através dos juros derivados da não raro cega ou incompetente e em algum que outro caso até
ostensivamente imposta (fraudulenta) facilidade de crédito disponibilizado pela respectiva
banca, desde logo aos povos dos países receptores desses milhares de milhões,
precisamente com base nesses mesmos milhares de milhões e da respectiva liquidez inerente. De resto e com o andar
das circunstancias começo até crescentemente a crer que tendo sido esses
milhares de milhões disponibilizados pelos Estados mais economicamente
prósperos da Comunidade Europeia, como por exemplo a Alemanha, Grã-Bretanha,
etc., e sendo respectivamente os bancos destes últimos Estados a significativa parte
dos grandes credores dos respectivos Estados como Grécia, Portugal, etc., receptores dos ditos milhares de
milhões a “fundo perdido” e mas ainda
assim e/ou até por isso com estes últimos como os mais endividados para com os
Mercados, vulgo para com a Banca internacional; o que enquanto tal é não só
sinónimo de que duma ou doutra forma os Estados mais prósperos tentaram reaver(*) esperta
e ambiciosamente com juros o que disponibilizaram a “fundo perdido”, mas também e/ou acima de tudo é sinónimo da
incompetência e incultura económica/financeira dos Estados receptores desses
mesmos fundos, enquanto Estados que por si sós e/ou através dos seus Bancos internos foram solicitando crédito à Banca internacional (quase) imparavelmente. Pelo que de entre a ganância duns e doutros, versos a não menor
e vital/universal cega incompetência de todos, redundou na crise que agora tão
bem reconhecemos e vivemos _ espero que na pior das hipóteses como uma
conclusivamente boa (positiva) lição para todos!
Segundo,
em directa sequência do anterior, mas agora com relação ao continuamente
prospero crescimento económico, enquanto recorrente e não raro demagogicamente
na boca de políticos e/ou de toda a espécie de doutos ideólogos sociais/civilizacionais;
diria e digo reiteradamente que dito crescimento económico jamais será algo
continuo e ininterrupto, aquém e além de qualquer artificialidade humana que
natural, vital ou universalmente se pagará cara a mais curto, médio ou longo
prazo. É que desde logo e por mais não dizer, a própria vida natural modo geral
e por inerência a vida humana em particular não funciona(m) de forma linear
neste ou naquele outro ascendente ou descendente sentido _ salvo mais uma vez
artificialidade humana. Pois que por natureza Universal, a vida funciona de
todo mais de forma cíclica do que linear, com respectivos ciclos melhores ou
piores, bons ou maus, positivos ou negativos, ascendentes ou descendentes, prósperos
ou recessivos, faustosos ou austeros, etc., etc., neste ou naquele outro global
ou unilateral sentido. Pelo que Governos, Mercados e/ou em qualquer caso
ideólogos e demagogos políticos, económicos e sociais que andam recorrentemente
a “vender” a ideia e/ou pior se a fazer a exigência de continuo e linear
crescimento económico ou qualquer outro, isso é pura e simplesmente enganosa
ilusão, quer para os próprios quer para quem social ou popularmente lhes
“compre” essa mesma ilusão. Desde logo com críticos ou pró catastróficos resultados
como o que se assiste não só na Grécia, como em muitos outros países Europeus,
inclusive na própria União Europeia e pior se a nível Mundial, em que de entre
natureza universal e artificialidade humana uns morrem literalmente de fome e
outros vivem no mais ostensivo fausto, com uma infinidade de intermédias
dimensões inerentes. E não, com isto tão pouco estou a pressupor e muito menos
a exigir uma “igualdade” designadamente económica e/ou existencial de entre
todos e cada qual, porque tão pouco isso é natural e universalmente
viável ou sequer desejável. Agora o que tão pouco me agrada em absoluto é uma
desigualdade baseada em artifícios humanos que levam uns a viver no maior dos
faustos, muitas vezes e sob muitos artificiais aspectos sem o merecerem e pela
inversa outros a passarem dificuldades ou que no literal limite morrerem mesmo de
fome, muitas vezes ainda com estes últimos em nome da mais elementar
subsistência própria a sustentarem a infinda ambição dos primeiros, sem excluir
que muitos dos últimos gostavam de estar no lugar dos primeiros, aquém e além
de toda e de qualquer moralidade ou imoralidade duns e doutros ou de entre uns
e outros, tudo enquanto tal sob uma pseudo inteligência e racionalidade humana,
modo geral. Em que desde logo o mais gravoso da auto exigência humana pró continuo,
ininterrupto e linearmente ilusório crescimento económico/financeiro em
concreto, tal como a qualquer outro nível humano ou existencial terreno levará
sempre a gravosas consequências a prazo, como por mais destacado e/ou gravoso
exemplo dessas consequências na continua e crescentemente irracional exploração/destruição
de todos e de mais um dos recursos naturais e/ou vitais terrenos, em nome do
alegadamente continuo e crescente bem de todos, mas com o constatavelmente
continuo mal de muitos e muito previsivelmente conclusivo mal de todos, na
circunstancia tendo mais uma vez por unilateral base o (pró) contínuo e
ininterrupto crescimento económico/financeiro _ vulgo materialista!
Global
sequência de entre o que eu como mero subsistente básico e imediato, não raro mesmo esforçado, sofrível e/ou
austero, que sob muitos aspectos me custa viver a
minha própria vida por si só e/ou face à complexidade e não raro mesmo
perversidade envolvente, não posso ter, nem enquanto tal tenho soluções para toda
a humanidade modo geral; ainda que até pela minha auto subsistência nas e às
minhas dificuldades existências próprias, mas também e/ou acima de tudo
às dificuldades existenciais envolventes a mim, me permite ou mesmo me exige ter
alguma mínima ideia de possível solução ou de pró solução dessas dificuldades
próprias e envolventes, que no entanto auto reconheço ser algo essencialmente
genérico e básico, no caso algo baseado na educação para uma cidadania alargada, desde
logo baseada no respeito pela e para com a vida Universal, sem subsequente e incontornavelmente
esquecer a biodiversidade natural, de que desde logo e em qualquer dos casos todos
e cada um de nós humanos somos partes integrantes; em oposição ou pelo menos em
alternativa a uma educação essencialmente pró competitividade entre indivíduos e/ou
entre sectores sociais em unilateral nome de pragmático crescimento e/ou conclusivo sucesso económico/financeiro, sem mais. De entre o que eu por mim mesmo tenho técnica,
objectiva, prática, substancial e/ou positivamente pouco ou nada que
acrescentar, mas designadamente a efectiva ou suposta inteligência e
racionalidade humana no seu todo individual e colectivo deveria ter em
permanência senão a solução pelo menos a abertura a uma solução para os ciclos
naturais menos bons ou mais negativos, recessivos e austeros, mas pela inversa o que não
raro parece é que a própria humanidade acaba criando artificialmente ciclos
menos bons, mais negativos, recessivos e/ou austeros a si mesma, aquém e além
da natureza Vital ou Universal, que em si mesma integra a própria humanidade. A
partir de que tomando mais uma contextual vez como exemplar caso concreto de
entre a Grécia e a Troika, enquanto tal sem previsível e satisfatório fim à
vista, que se acaso bem mesmo pelo contrário, com ainda directa ou indirecta e
mas tão efectiva quanto múltipla extensão a uma série doutros Estados Europeus
e à própria União Europeia no seu todo, por já não falar na complicada e não
raro incompatível multiplicidade civilizacional, cultural, ideológica, vivencial,
etc., humana a nível Mundial, pergunto onde está ou onde fica a verdadeira
inteligência e racionalidade humana, desde logo de entre continua exigência de progresso
e prosperidade versos mais ou menos ciclicamente inevitável recessão e austeridade económica/financeira ou existencial, em qualquer caso com não rara falta de respeito humano pela
biodiversidade natural e/ou pela própria vida Universal?!
Por
mim que, mais ou menos consubstanciadamente, até não me tenho por ser muito dotado quer em
termos de subjectiva fé quer de objectiva racionalidade própria, tanto mais e pior se perante a generalizada loucura humana envolvente e/ou subjacente a tudo
o atrás abordado, inclusive enquanto não raro sob muitas e muito supremamente doutas e
engenhosas entidades humanas, apesar de e/ou até por tudo, apetece-me conclusivamente dizer: _ Que Deus nos valha!
VB
Nota: Não gosto muito do titulo, nem do respectivo final do transacto texto, desde logo na medida em que gostava de ser mais positivamente afirmativo e consequente em e por mim mesmo. Mas de entre a minha afirmativa e consequentemente positiva impotência própria perante problemas humanos, por si só económico/financeiros e existenciais que me ultrapassam em muito, respectivamente foi e/ou é o "melhor" titulo e final que consegui, inclusive ou acima de tudo como também uma forma de critica à não raro meramente arrogante e/ou pseudo suprema inteligência e racionalidade humana!
(*) Para não cair numa teoria da conspiração simplista ou absoluta, agora que remexi nesta matéria algum tempo após ter postado o texto acima, está-me a ser dado acrescentar que a este nível tão pouco creio que tenha havia uma intensão pré planeada da mais poderosa banca internacional e dos respectivos Estados em que a mesma se integra; agora que em qualquer caso houve como mínimo circunstancial e ambiciosa irresponsabilidade, pelo menos a mim parece-me algo inquestionável, pois que, por assim dizer, a leviandade com que se concedeu crédito barato e ao desbarato quer de entre bancos nacionais e internacionais, por respectiva inerência de concessão de crédito da banca às empresas e aos privados (sociedade geral), em qualquer dos casos ainda com base nos ditos milhares de milhões de €uros a fundo perdido em circulação, foi mais do que já historicamente óbvio, até ao dia em que isso se tornou naturalmente incomportável. De entre o que mais me indigna é que quando a dita "bolha" rebentou foi a própria banca _ vulgo mercados _ a ficar credor/a dos Estados, das empresas, dos indivíduos, da sociedade numa perspectiva de que os mercados é que têm toda a razão, inclusive em Portugal sucedeu que imediatamente após rebentar a "bolha" _ vulgo crise internacional _ houve ao menos um banqueiro que num tom absolutamente superior, arrogante, quase incriminatório, como que dono de toda a razão disse: "acabou-se o crédito fácil", quando quem impingiu inclusive e mais uma vez até ostensivamente crédito fácil e a torto e direito foi a própria banca, de que esse senhor banqueiro era protagonista desde havia muito. Enfim e resumidamente estamos na era da ditadura mercantil, em que sejam quais forem as circunstancias, os mercados têm sempre razão, se acaso inquestionável razão. E agora os Mercados vivem no fausto, inclusive enquanto credores de Estados e da sociedade civil modo geral, com os Estados e a sociedade civil a viverem na austeridade imposta pelos respectivos Mercados como que estes últimos sendo absolutos e inquestionáveis (pseudo) donos de toda a razão, enquanto os Estados e seus respectivos povos subsistem austeramente como os Totós disto tudo! Em alguns casos sob uma designada Troika que se substitui intermediamente de entre Mercados e Estados/Sociedade Geral, em que não raro ou mesmo em regra os gerentes/agentes da dita Troika deambulam funcionalmente de entre a própria Troika, a gestão da Banca e dos Estados credores ou devedores, numa espécie de ciclo vicioso em que, mais uma vez, uns têm toda a razão e outros não têm razão nenhuma: DITADURA
Nota: Não gosto muito do titulo, nem do respectivo final do transacto texto, desde logo na medida em que gostava de ser mais positivamente afirmativo e consequente em e por mim mesmo. Mas de entre a minha afirmativa e consequentemente positiva impotência própria perante problemas humanos, por si só económico/financeiros e existenciais que me ultrapassam em muito, respectivamente foi e/ou é o "melhor" titulo e final que consegui, inclusive ou acima de tudo como também uma forma de critica à não raro meramente arrogante e/ou pseudo suprema inteligência e racionalidade humana!
(*) Para não cair numa teoria da conspiração simplista ou absoluta, agora que remexi nesta matéria algum tempo após ter postado o texto acima, está-me a ser dado acrescentar que a este nível tão pouco creio que tenha havia uma intensão pré planeada da mais poderosa banca internacional e dos respectivos Estados em que a mesma se integra; agora que em qualquer caso houve como mínimo circunstancial e ambiciosa irresponsabilidade, pelo menos a mim parece-me algo inquestionável, pois que, por assim dizer, a leviandade com que se concedeu crédito barato e ao desbarato quer de entre bancos nacionais e internacionais, por respectiva inerência de concessão de crédito da banca às empresas e aos privados (sociedade geral), em qualquer dos casos ainda com base nos ditos milhares de milhões de €uros a fundo perdido em circulação, foi mais do que já historicamente óbvio, até ao dia em que isso se tornou naturalmente incomportável. De entre o que mais me indigna é que quando a dita "bolha" rebentou foi a própria banca _ vulgo mercados _ a ficar credor/a dos Estados, das empresas, dos indivíduos, da sociedade numa perspectiva de que os mercados é que têm toda a razão, inclusive em Portugal sucedeu que imediatamente após rebentar a "bolha" _ vulgo crise internacional _ houve ao menos um banqueiro que num tom absolutamente superior, arrogante, quase incriminatório, como que dono de toda a razão disse: "acabou-se o crédito fácil", quando quem impingiu inclusive e mais uma vez até ostensivamente crédito fácil e a torto e direito foi a própria banca, de que esse senhor banqueiro era protagonista desde havia muito. Enfim e resumidamente estamos na era da ditadura mercantil, em que sejam quais forem as circunstancias, os mercados têm sempre razão, se acaso inquestionável razão. E agora os Mercados vivem no fausto, inclusive enquanto credores de Estados e da sociedade civil modo geral, com os Estados e a sociedade civil a viverem na austeridade imposta pelos respectivos Mercados como que estes últimos sendo absolutos e inquestionáveis (pseudo) donos de toda a razão, enquanto os Estados e seus respectivos povos subsistem austeramente como os Totós disto tudo! Em alguns casos sob uma designada Troika que se substitui intermediamente de entre Mercados e Estados/Sociedade Geral, em que não raro ou mesmo em regra os gerentes/agentes da dita Troika deambulam funcionalmente de entre a própria Troika, a gestão da Banca e dos Estados credores ou devedores, numa espécie de ciclo vicioso em que, mais uma vez, uns têm toda a razão e outros não têm razão nenhuma: DITADURA
Sem comentários:
Enviar um comentário