Seja
que por um lado a todo (pseudo) poderosa UE, dentro da que cujos muitos dos seus responsáveis
políticos e económicos dizem já possuir “os
mecanismos suficientes para minorar ou mesmo neutralizar os efeitos perversos
de por exemplo a saída dum dos seus membros, como a Grécia, da plataforma do €uro
e/ou mesmo da própria UE”, por exemplo e por si só o Sr.º Presidente da Republica
aqui de Portugal _ “País de cofres cheios e que governativamente não teme para
nada a saída ou não saída da Grécia da comunidade do €uro ou até da própria EU" _,
resumiu simplista e (quase) indiferentemente o caso do diferendo entre a UE e a
Grécia da seguinte forma: “os membros da UE
integrantes do €uro somos dezanove (19), se sair um, como a Grécia, ficam
dezoito (18).” No entanto toda a UE pareceu desesperada por chegar a acordo
com a Grécia, mesmo que no caso isso implique o contínuo agudizar do
endividamento da Grécia para com o exterior, desde logo para com a própria UE. Enquanto
por outro lado o governo Grego do Siriza todo ele pseudo independente com
relação à UE e pró coerência para com as suas respectivas promessas eleitorais internas
de colocar fim na austeridade imposta pelo exterior, desde logo e acima de tudo
imposta pela UE, incluindo com isso necessária rotura com os respectivos governos Gregos
precedentes, acabou cedendo às imposições da UE, inclusive pró apoio interno
dos partidos de governo que o precederam, ao invés das suas promessas
eleitoralistas internas que o levaram ao poder, inclusive promessas
eleitoralistas com reforçado apoio popular derivado do recente referendo
interno na Grécia, com o governo do Siriza a perguntar ao seu povo se queria ou
não o acordo com a UE, ao que o respectivo povo Grego respondeu maioritária,
por não dizer massivamente: NÃO.
Enfim,
bem sei que há motivos de peso no relativo à Grécia, designadamente a sua condição geoestratégica, mas como pelo menos objectiva e expressamente isso parece não interessar no plano das negociações e como auto confessamente eu só tenho ou pelo menos me sinto com dois ou três meros
neurónios vivos e activos, logo não consigo chegar por mim mesmo a uma conclusão
clara, objectiva e coerente ao respeito. Pelo que então e se possível que haja
alguém que me explique clara, objectiva e coerentemente quais os verdadeiros e
concretos motivos de satisfação da UE pelo “acordo” alcançado com a Grécia,
versos a insatisfação do povo Grego face a esse mesmo “acordo” e/ou que se pela
inversa que haja alguém que me explique quais os motivos de insatisfação
da UE por um possível “não acordo” com a Grécia e a subsequente satisfação do
povo Grego com esse mesmo “não acordo”?!
É que
em resumida conclusão, da minha neurologicamente residual perspectiva própria,
o “acordo” entre a UE e a Grécia pressupõe sempre um agravamento da condição
económica, financeira e em suma existencial da Grécia por si só e face à
própria UE; enquanto que com ou sem “acordo” a Grécia jamais se poderia ou
poderá livrar de maior austeridade. Pelo que da minha perspectiva, quer da
parte da UE para com o governo Grego, quer por parte do governo interno
da Grécia para com o seu próprio povo, o que se deveria ter perguntado era: _
Quer-se austeridade na Grécia imediatamente minimizada com “acordo” com a UE, mesmo que
aprazo isso possa (quase) invariavelmente significar austeridade acrescida, em
qualquer dos casos por imposição externa, da UE, para com a Grécia? Ou em alternativa:
_ Quer-se imediatamente acrescida austeridade em sequência da autonomia da própria Grécia face ao exterior e à própria UE em concreto,
com possivelmente acrescida ou diminuta austeridade aprazo consoante a própria
capacidade Grega para lidar ou não de forma positiva com a sua autonomia face ao exterior, à
UE e/ou à comunidade do €uro? Pois que a meu neurologicamente residual ver e sentir próprio, dependentemente de com ou sem “acordo”, nem a Grécia se
libertará de acrescida austeridade, nem a UE se libertará de acrescidos
problemas face à Grécia, em qualquer dos casos no imediato e/ou aprazo.
Ainda
que e/ou até porque isto seja a perspectiva dum mero e por si só significativamente austero subsistente de base, eu
mesmo, que inclusive e enquanto tal só tenho alguma residual actividade
neurológica, designadamente de entre autonomia própria e dependência do exterior.
VB
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