segunda-feira, março 12, 2012

Unanimidade!?

            Como continuação dum pequeno texto que escrevi no Facebook...

            Com atenção para o facto de que eu sou significativamente auto critico e como tal tão pouco costumo ter contemplações com relação a criticar o que ou quem mais quer que seja, desde logo e por arrasto ou em primeira instância quem tenha qualquer tipo de ligação a mim e/ou então com aquilo com o que ou com quem eu sou crítico. Até talvez por isso haja cerca de quinhentas visualizações aos meus Blogs, em diversos ponto do globo, o que é proporcionalmente residual com relação às por si só centenas de milhões que falam português, ainda que sejam significativamente muitas visualizações com relação ao apenas um seguidor e respectivo comentador assumido dos meus Blogs!? Mas continuando...           

            Também eu aderi à divulgação do vídeo "Kony 2012" e naturalmente não me arrependo em absoluto disso, enquanto divulgação e condenação de abusos contra crianças e até só por isso contra a vida enquanto tal. Mas também confesso que conhecia muito pouco acerca do Uganda, aquém e além duma genérica e superficial noção acerca dum país com significativos problemas, incluindo conflitos armados internos e aparentemente eternos(!). Mas que desconfiando eu de unanimidades em geral e da aparentemente quase absoluta unanimidade relacionada com o vídeo "Kony 2012" em concreto, resolvi indagar um pouco a respeito do Uganda e de Josefh Kony; sequência e que para ser breve, entre a Wikipédia e um link _ que recomendo _ do jornal Globo(*); até a sustentar dalgum modo as minhas desconfianças com relação a unanimidades, tanto mais se (aparentemente) absolutas, ainda que muito superficialmente o que descobri, incluindo a comunidade internacional na sua ou na nossa cómoda indiferença durante décadas, foi e é que há alguns por não dizer muitos "pés de barro" ou "telhados de vidro" do lado oposto a Joseph Kony _ naturalmente que sem prejuízo das responsabilidades próprias deste último!...

            Inclusive, segundo o próprio Presidente do Uganda, o senhor Yoweri Museveni ao dizer que o movimento LRA (Lord’s Resistence Army) do senhor Joseph Kony está reduzido a poucas centenas de militantes, activistas ou operacionais e que o próprio Joseph Kony nem estará no Uganda. Ou seja agora que o senhor Joseph Kony, parece já não ter grande expressão prática ou consequente é que curiosamente o mesmo foi dado a conhecer ao mundo da forma e com a expressão que se pode constatar em sequência de “Kony 2012”; o que a meu ver e sentir como mínimo me parece irónico! Com a ressalva de que também segundo parece o mesmo já está no topo da lista dos mais procurados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), devido a crimes contra a humanidade, genocídio e crimes de guerra, desde a criação do próprio TPI em 2005. Enquanto o próprio senhor Museveni Presidente do Uganda, que em sequência de ter chegado ao poder pela força, como de resto (quase) todos os seus antecessores, no entanto e justiça seja feita, parece ter implementado o voto democrático, a liberdade de imprensa, acordos com o FMI, com o Banco Mundial e internacionalmente com uma série de países; mas parece também que como melhor das hipóteses não terminou, como mesmo e segundo rezam as crónicas, incluindo um dos responsáveis da ONG Invisible Children autora do vídeo “Kony 2012” cujo responsável em causa diz algo como: não fazer parcerias com corruptos em África é não as fazer com ninguém!”, pelo que parece o senhor Museveni estará directa e activamente implicado num dito fenómeno de corrupção interna, como de resto é comum por aquelas bandas _ sem prejuízo doutras!

            Enfim quero eu com tudo isto dizer que o senhor Joseph Kony pode até ser e/ou é mesmo o grande mau da fita, neste filme; mas aprece-me também que se não há outros culpados activamente falando, há pelo menos muitos passivos cúmplices, incluindo todos e cada um de nós que agora aderimos à divulgação do vídeo “Kony 2012”, pois creio eu que durante anos em que mulheres e crianças foram violadas, abusadas, torturadas, mutiladas, ...em última instância mortas, aquém e além de por outros parece que também ou acima de tudo pelo senhor Kony e o seu grupo (LRA), na altura essas mulheres e crianças teriam desejado e agradecido muito mais este actual movimento pró captura do senhor Kony, do que propriamente agora que segundo consta o mesmo já quase não tem consequente expressão prática no Uganda. Ou seja que não defendo em absoluto que se pare de perseguir judicialmente o mesmo, até bem pelo contrário; agora o que também acho e repito como mínimo irónico é que só agora ganhe força um movimento global com a expressão conhecida, contra este senhor em concreto, precisamente quando o mesmo parece ter perdido a força própria. Pelo que pergunto: será que para se perseguir os restantes facínoras do e no mundo, em especial quando os mesmos tenham concreto e efectivo poder armado, político, económico ou outro relevante, só faz verdadeiro ou mais objectivo sentido quando os mesmos perdem a força, o poder ou a influência envolvente aos mesmos?

            Claro que eu sei que a coisa é mais complexa do que tão somente isso, mas dadas as circunstancias não posso deixar de exclamar que talvez por isso houve e continue a haver conflitos sanguinários e/ou ditaduras profundamente castradoras dos mais plenos e universais direitos humanos, com as quais alguém ousou ou ousa meter-se concreta e objectivamente em força!        

            Ou seja ainda que desde que casos como o do Uganda ou de Josefh Kony esteja(m) fora do nosso imediato, objectivo ou consequente alcance e/ou interesse próprio: mesmo que, no mínimo, com nosso virtual ou mediático conhecimento do respectivo, tudo está bem para nós, no caso enquanto civilizada comunidade ocidental e/ou mundial, mesmo que desde logo e segundo a nossa própria noção ou concepção civilizacional, isso seja motivo e razão de mais ou menos constante e permanente tortura, opressão, injustiça, mutilação e morte para muitos outros!...

            Pelo que unanimidade na divulgação e condenação de violação dos direitos das crianças e/ou humanos e de vida em geral, tudo muito bem; agora que essa unanimidade pareça estar a recair unilateralmente num só senhor e segundo a divulgação pública dum único vídeo ao respeito, como se repentinamente o demónio tivesse sido descoberto, identificado e estivesse à beira de ser derrotado, é que me chega a parecer um pouco ou mesmo muito cínico e hipócrita e como tal talvez não tão consensual assim _ até porque o demónio habita antes, durante e depois do mais, também, em todos e cada um de nós sem a mais ínfima excepção! Pelo que ao menos da e pela minha unilateral parte, tudo isto suscitou-me esta espécie de conflito interno comigo mesmo, entre eu mesmo ter aderido com todo o gosto à divulgação do vídeo “Kony 2012”, mas não sem me suscitar esta respectiva espécie de expectativa com relação ao que se passou e/o se passa no Uganda, com respectiva indignação comigo mesmo, por duma ou doutra forma eu já saber há muito e de antemão que no Uganda, como em muitos outros pontos de África e até do mundo há verdadeiros dramas humanos, mas dalgum modo preferia ignorá-lo(s) ou relevá-lo(s) em objectivo, sendo necessário um pequeno e sucinto vídeo que de resto e só por certo é muitíssimo soft com relação à realidade concreta, para que por arrasto todos nos mostremos solidários, no caso concreto com as vítimas Ugandesas e/ou indignados e revoltados com os seus carrascos. 

            Cuja única ou melhor auto defesa que consigo encontrar de e para comigo mesmo é que por significativa norma sou uma pessoa triste, também por precisamente saber que há em permanência alguém a sofrer injustamente às mãos doutro alguém, em diversos pontos do planeta(1) e eu pouco ou nada posso fazer ao respeito; mas no caso não necessitando de vídeos como “Kony 2012” para me fazer pensar e sentir em permanência que alguém não está bem às mãos doutro alguém em diversos pontos do globo, ainda que participar na divulgação de vídeos como “Kony 2012”, me faça sentir mínima, residual ou ao menos simbolicamente útil para com a defesa, tanto mais se de indefesas ou inocentes vitimas em efectivo, com crianças como máxima expressão; mas também o género feminino em culturas machistas/paternalistas; a sociedade civil perante regimes políticos, militares, religiosos ou outros de cariz opressivo/repressivo; certas minorias sob certas maiorias; etc., com ressalva de que por vezes e pelo meio pode haver aparentes ou supostamente indefesas e inocentes vítimas humanas que não o sejam assim tanto, em qualquer dos casos duns humanos sob ou sobre outros humanos!...   

            _ (*) In Globo, no endereço: "Após sucesso de vídeo contra Joseph Kony, ONG é criticada", por Grant Oyston criador e responsável do Blog Visible Children, com relação ao vídeo “Kony 2012” e seus respectivos mentores na Invisible Children. Sequência a que devo acrescentar que cada qual responde por si e pelos seus actos ou pela carência destes últimos, a começar e terminar por mim mesmo, tendo por base o que e como aqui escrevo ao respeito.

            _ (1) Como complementação exterior do que e como dalgum modo eu próprio penso e sinto ao respeito, inclusive tendo eu procurado objectivamente essa complementar informação, para poder confirmar algumas situações e/ou pormenores, no caso acabando por fazer algo que eu não gosto muito ou mesmo nada de fazer, como seja poupar-me a palavras próprias, mas até para evitar um raciocínio próprio algo mais extenso, acabo mesmo remetendo directamente para as complementares informações nas palavras de outrens, no endereço: “China, Tibete e a Hipocrisia Internacional/Visão” e/ou ainda para “Direitos Humanos na Eritreia” e afins...

            Que devo no entanto e ainda salientar aqui o facto de que segundo a minha opinião a Comunidade Internacional tão pouco pode e/ou sequer deve fazer tudo, por todos e por mais alguns, pois que grande parte da responsabilidade pela vida de cada qual depende em grande medida de cada qual, já seja individual, cultural, religiosa, política, ideológica, nacional ou existencial modo geral. Mas, até por muitos terem a autonomia e/ou o livre arbítrio das suas vidas vedado logo à partida e não raro de forma opressiva ou repressivamente violenta, também há casos em que a comunidade internacional não se devia abster de agir, enquanto casos por si sós e/ou em comparação a outros onde a comunidade internacional ou pelo menos significativa parte desta acaba por agir, mais ou menos injustificadamente ou com justificações pouco ou nada claras e em certa media até fictícias, como por destacado exemplo no Iraque, entre outros...

            ...e depois todos e cada um de nós indivíduos humanos, tanto mais se do ocidente dito de civilizado, até nos pode ficar muito bem juntarmo-nos ou solidarizarmo-nos com casos como o ocorrido ou a ocorrer no Uganda, por exemplo ao divulgarmos via Net o vídeo “Kony 2012”, mas o facto também é que pouco ou nada mais fazemos ao respeito e de resto os “Josefh Kony’s” deste e neste mundo vão continuar a actuar aqui e ali, a diversos níveis e nos mais diversos pontos do globo, com abjectas e criminosamente atrozes violações dos mais elementares direitos humanos, como por exemplo da equitativa igualdade dos direitos de género (sexual), sem que regra geral isso nos interesse muito ou quiçá mesmo nada, pelo menos até que não surja um qualquer novo vídeo a expor tais situações ou a expor-nos a nós mesmos relativamente a essas mesmas situações e então lá clicamos de novo e a vida continua!... 


               O quê?! Isto que e como eu escrevo, não nos faz sentir muito bem connosco mesmos e/ou corta em certa media o satisfatório barato da divulgação do vídeo "Kony 2012"? Mas em parte o meu objectivo é esse mesmo, porque simplesmente os "Joseph Kony's" deste e neste mundo não se esgotam, nem eventualmente jamais se esgotarão no Joseph Kony propriamente dito e por si só!...


              E agora já mesmo a terminar gostaria ainda de deixar algo muito simples para reflexão que é o seguinte: nas minhas origens quando algo pouco ou nada agradável vinha ao de cima ou nos afectava e nós dava-mos activa, objectiva, expressiva ou reflexa conta dessa afectação imediatamente algo ou alguém procurava disfarçar a coisa, na melhor das hipóteses dizendo esquece isso e/ou se acaso reprimindo desagradavelmente algo que já era desagradável em e por si só, sendo que no meu caso tudo o que eu esqueci ou fingi esquecer em determinado momento regressou mais tarde de forma multi ampliada e tanto pior se de forma inconsciente através doutro acontecimento; pelo que auto aprendi ou pelo menos subentendi que o melhor mesmo é mergulhar logo no que dói e procurar resolvê-lo no momento ou quando e enquanto possível, para mais tarde não ter de se retornar ao mesmo duma forma, com um peso e com uma complexidade multi ampliada(o)s;... 


               ...mas cada qual é livre de fazer ou de deixar de fazer o que muito bem entender da e com a sua própria vida, por exemplo com relação a ler ou não ler o que e como eu aqui escrevo, e que se em caso de ler tem também sempre a possibilidade de corresponder afirmativa ou negativamente ao mesmo ou a mim e para comigo, seja que com todos os efectivos ou potencias defeitos inerentes, pelo menos esse mérito e essa virtude (ainda) nos resta aqui no velho continente ou na dita civilização democrática e pró universalista _ havendo muita(o)s que não se podem gabar do mesmo, não raro até bem pelo contrário!...

domingo, março 11, 2012

Realista


            A começar pelo que e como escrevo, posso parecer e em certa medida até ser algo pessimista; mas creio que acima de tudo sou ou pelo menos pretendo ser realista. Um realista que por positiva ou absoluta insegurança própria se auto anulou prática, activa e funcionalmente perante a vida; passando na sequência a absorver empaticamente o melhor e o pior exteriores, em qualquer dos casos melhor e o pior exteriores como se fossem meus ou como se fosse eu mesmo fosse à vez ou alternadamente os respectivos, num processo incontornavelmente esquizofrénico, que no mínimo dalgum potencial ou virtual modo assim é de facto. Respectivamente, no meu caso concreto, procurando exorcizar o pior e preservar ou cultivar o melhor intrínseco ou extrínseco a mim, se tanto quanto possível em e por mim mesmo, perante e para com o exterior. No caso concreto, enquanto (auto) exorcização do pior e preservação e/ou culto do melhor de dentro para fora e de baixo para cima, ainda que inspirado de fora para dentro e de cima para baixo. Global processo (pró) existencial este, da e pela minha parte, de que por intermédio exemplo faz parte integrante esta minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever, inclusive como efectivo ou potencialmente (pró) prático, activo e funcional reencontro comigo mesmo e respectivamente com o exterior _ salvo que na pior das hipóteses, do subsequentemente esquizofrénico e/ou no limite maniqueísta conflito interno em e comigo mesmo, acabe por não restar positiva ou absolutamente nada, de mim!?

            Seja que, no mínimo, com o aparente pessimismo do costume, mas acima de tudo realisticamente não podia ou não pude evitar este último aparte, até como semi irónica ou efectiva sustentação do meu optimista desafio de baixo para cima e de dentro para fora, ainda que inspirado em mim de cima para baixo e de fora para dentro e/ou da negativa para com a positiva, nesta última acepção enquanto tendo-me eu auto assumido há muito pela negativa ou como positivamente inócuo, ainda que e/ou até porque procurando ser tão positivo quanto constante, permanente e literalmente possível _ aquém e além de que no que e como aqui escrevo e exponho ao exterior já não deixará de restar algo de mim!...

quinta-feira, março 08, 2012

Crise! Qual crise?

           Mais uma vez, salvo a modéstia ou a imodéstia, para auto e extra reflectir e/ou para quem não temer revoluções, convulsões ou reformulações interiores próprias:

            Crise! O que é a crise?

            A Crise está na moda, não há noticiário em que não se fale em crise, nem acontecimento a que não esteja ou pelo menos a que não se lhe associe, por vezes até despropositadamente a afamada ou a malfadada crise, eu mesmo já fiz referência à respectiva ao longo do que e como tenho escrito e exposto neste Blog. Mas afinal o que é a crise? Desde logo não será necessário recorrer ao dicionário, mas até segundo este ultimo o conceito de crise pode aplicar-se a muitas coisas e de diversas formas desde a saúde individual ou colectiva patologicamente falando, até dificuldades ou disfuncionalidades políticas e sociais modo geral, por ai fora até ao infinito. Sendo que a crise de que tanto se fala, quiçá seja tão abrangente e transversal quer no relativo a todos os conceitos de crise quer a quem, salvo as devidas excepções, a mesma socialmente afecta, que até talvez por isso tanto se fale na respectiva!

            Global sequência de que na minha modesta perspectiva própria, me resta fazer uma respectivamente modesta reflexão, em qualquer dos casos a respeito da dita crise e que é assim:

            Desde logo do ponto de vista meramente pessoal, da e pela minha parte, associar-se instabilidade de emprego, salários baixos, corte de salários ou de subsídios, etc. à respectiva crise, então tenho de chagar à (auto) conclusão de que vivo em crise desde sempre, pois até por meu positivo defeito ou negativo feitio próprio jamais tive estabilidade de emprego, respectivamente não tive ou tenho estabilidade e/ou linear progressão de salário, não raro até pelo contrário, quanto a subsídios designadamente de natal, de férias e afins não me recordo muito bem ou de todo o que é isso, enfim para mim verdadeira crise será não conseguir simplesmente sobreviver e ainda assim depende das circunstâncias, não só porque não se pode (sobre)viver eternamente, nem a partir de determinado ponto sobreviver por sobreviver faz grande ou mesmo qualquer sentido _ mas isso é ou pode ser por levar por si só a um outro assunto! Seja que o conceito de crise sendo ou podendo ser um conceito absoluto, também é ou pode ser muito relativo; até porque a vida tal como a entendemos, conhecemos ou vivemos é certo e sabido que por norma e/ou até por natureza própria não é só, nem linearmente sempre bonança ou abundância, pelo que a crise é algo mais ou menos inevitável, até para dar sentido aos termos bonança e abundância, com ressalva de variantes como o facto de que não raro as crises duns derivarem da bonança doutros e vice-versa _ mas mais uma vez isto pode ser motivo para um outro assunto! 

            E até por directa sequência do anterior, mas passando agora para um nível mais abrangente do que o mero nível pessoal, devo começar por dizer que não sei exacta e objectivamente como é noutros países ou noutras culturas, mas a nível nacional interno, mais uma vez e sempre segundo a minha modesta perspectiva e/ou vivência ao respeito, tenho de chegar à conclusão de que vivemos numa senão linearmente eterna, pelo menos recorrentemente cíclica crise económica, política, social ou existencial própria. Pois que até as últimas duas ou três décadas de aparentes vacas gordas _ vulgo bonança _, parece que mais e melhor não fizeram do que contribuir para o agravar duma crise que nos é mais ou menos crónica! Ainda um dia destes no programa televisivo “Prós e Contras” na RTP1, dizia um dos convidados: ...temos formação académica e profissional indiscutivelmente ao nível do melhor do mundo e respectivamente alguns dos melhores técnicos do mundo nas mais diversas áreas profissionais e afins!... Mas o facto e aqui já volto a dizer eu, é que antes, durante e até após esse mesmo programa a genérica conclusão a que tem de se chagar é a de que salvo pontual e excepcionalmente, por norma isso não se nota na prática, pelo menos a nível nacional interno, já que também nessa mesma sequência parece que a mão-de-obra nacional tem muita aceitação e respectivo reconhecimento além fronteiras, inclusive a mão-de-obra dita de não muito qualificada, mas que tanto mais se qualificada ou mesmo licenciada. Pelo que tem de se chegar ainda à subsequente conclusão de que podemos ser muito ou relativamente bons cada um de per si ou enquanto integrados em sociedades ou sistemas sociais e culturais significativamente bem organizados, pois que conjuntural e internamente em e por nós mesmos deixamos muitíssimo a desejar. E aqui voltando um pouco a mim, diria que o mais ou menos bom, mas desde logo o melhor de mim mesmo, ainda que ironicamente inspirado no e pelo melhor exterior, no entanto deriva do meu auto isolamento e não da minha interacção com o exterior, além de que aprendi desde sempre a não confiar muito e tanto pior se incondicionalmente no que ou em quem quer que seja _ em primeira ou última instância a começar e terminar em e por mim mesmo que não raro não consegui ou consigo ser positiva, vital ou universalmente melhor do que o pior que me rodeia. Até por isso o meu melhor deriva do meu auto isolamento, enquanto inspirado no e pelo melhor exterior, na medida em que não podendo eu confiar positivamente em mim mesmo, subsequentemente não me sentia nem muito menos me constatava ao nível do melhor exterior, mas não querendo ser activa parte do pior exterior e/ou potencialmente intrínseco a mim próprio, o melhor que me restou foi mesmo auto anular-me activa e funcionalmente e/ou na melhor das hipóteses auto isolar-me apoiando-me referente, influente e consequentemente no que e/ou em quem me inspira-se positivamente de fora para dentro e de cima para abaixo, dalgum modo ao encontro do e para com o meu efectivo ou potencial melhor próprio.

            Permita-se-me ainda e a partir daqui introduzir um outro conceito, inclusive e imediatamente pré afamada e badalada crise, que é ou foi o também muito badalado conceito de sucesso. Para no caso dizer que até há relativamente pouco tempo atrás, seja até imediatamente antes se começar a falar em crise acima de qualquer outra coisa falava-se de ter-se sucesso de ser-se bem sucedido. Mais uma vez e tal como no relativo a crise haveria ou haverá que designar o conceito de sucesso e também mais uma vez tal como no relativo a crise e mesmo sem recorrer ao dicionário, diria que o mesmo pode ser um conceito relativamente alargado e multifacetado, desde logo dependendo das circunstâncias, o simples facto de se auto subsistir básica, imediata e rudimentarmente pode ser um sucesso absoluto, aquém e além de toda a relatividade inerente. De resto o Portugal de Salazar era a este nível um Portugal que se pode denominar de sucesso: sobrevivia-se ou auto subsistia-se. Pelo que concretizando um pouco mais e também mais uma vez dizendo que em termos concretos e objectivos não sei com exactidão como é extra nacionalmente, mas a nível nacional interno e também mais uma reiterada vez segundo a minha modesta e mas creio que também vivida perspectiva ao respeito, o conceito de sucesso passou e/ou passará na prática ainda muito por: ser-se doutor, engenheiro e afins, no fundo ter-se um canudo; se acaso ser-se futebolista, artista ou afamada figura pública modo geral; ser-se empresário por conta própria, tanto mais se estatutariamente patrão doutrens; em primeira ou última instância ser-se funcionário público nas suas diversas versões, neste último caso tendo por base o dito emprego certo e seguro, se possível limpo e pouco ou nada esforçado e/ou ainda de aposentação o mais prematura possível. E que tudo isto poderá ser e/ou será universal ou pelo menos socioculturalmente muito legítimo, mas não raro também com distorções ou perversões como por exemplo em que para tal e de todo em demasiados casos, pouco ou nada interessava a natural vocação; a maior ou menor competência técnica ou prática; a maior ou menor formação ética ou moral; em que não raro me parece que se perderam muitas legitimas vocações naturais em nome de sucessos artificiais e/ou em que por si só entraram ou entrarão eventualmente ainda os ditos padrinhos, enquanto tal e por si só com no mínimo potencial viciação de factores como aquém e além de vocação natural, também de competência técnica ou prática duns em detrimentos doutros com eventualmente menos competências, mas segundo constata desde há muito, bem ou pelo menos oportunamente apadrinhados. Mas enfim isto é um mundo e uma dimensão demasiado escorrediço(a)s, nebuloso(a)s e/ou quiçá até demasiado correntes para ainda que se sintam na pele no entanto não sejam constatável ou lucidamente visíveis por si sós e/ou nas suas causas, efeitos e consequências como devido ou mesmo em absoluto. Tudo a um nível sociocultural interno significativamente alargado e transversal.

            E agora concretizando ainda um pouco mais, para o nível das elites politicas e sociais modo geral e mais uma vez aquém e além de como é extra nacionalmente, até porque a esse nível tanto nos podemos comparar com países ou culturas africanas, asiáticas, sul ou norte americanas, europeias de sul, do centro ou do norte, que de resto certos políticos e segundo as conveniências tanto fazem a comparação com África mais pobre, como com o Norte Europeu e afins _ sem positivo prejuízo duma ou doutra das regiões do globo em causa de per si, mas desde logo com todas as diferenças (re)conhecidas de entre si! Pelo que sem sequer recorrer ao passado remoto ou recente, ou seja tendo por base apenas factos bastante actuais do que e como se pode por exemplo designar por (in)justiça social ou gestão política e social como mínimo enviesada e como máximo viciada por todos os lados. 
            Nesta global sequência ainda que deixando a via das dúvidas em aberto logo à partida, mas por um lado temos uma suposta empresa ou sei lá como é que isso se chama, mas que desde logo se designa de GFK e que faz a leitura de audiência televisivas, como algo fundamental, desde logo para a gestão do mercado publicitário inerente; cuja dita GFK supostamente está a cometer erros grosseiros, mas em que para mim nem sequer são esses erros que estão em causa, o que acima de tudo está em causa é que também alegadamente num creio que concurso, mesma dita GFK parece ter ficado em último lugar ao substancial nível técnico, mas ainda assim foi a escolhida por quem de direito ou seja uma dita de CAEM _ tudo demasiado confuso e a cheira a esturro como demasiado frequentemente. Sendo que a mim nem me interessa estar a especificar quem são estas entidades (CAEM e GFK) que valem e falarão por si sós e/ou pelas suas acções, o que a mim me intriga e me leva recorrentemente a não ter motivos para confiar no que ou em quem quer que seja, é que sendo duma ou doutra forma estas entidades partes integrantes das elites sociais nacionais, como mínimo pareçam ser pouco ou mesmo absolutamente nada confiáveis, nem técnica nem no limite até ética e moralmente _ sem natural prejuízo de como tudo isto se venha a esclarecer e/ou a resolver inclusive a eventual e consubstanciado favor de ditas entidades. Mas pelo menos e para já dadas as circunstancias do momento, em associação a alguns exemplos do passado recente ou remoto, a desconfiança é o que tem de prevalecer ao menos para o cidadão dito de comum como eu. Mas a coisa naturalmente não começa nem termina na e pela GFK ou pela CAEM; pois parece também que o próprio governo acaba de atribuir uns milhões à Lusoponte, como supostamente costumava fazer em sequência de no mês de Agosto as portagens na ponte 25 de Abril ficarem suspensas, só que no passado ano não houve dita suspensão. Sendo que entretanto a Lusoponte assume ter recebido os milhões em causa, enquanto o governo se apressou a dizer que não tinha concedido esses milhões à Lusoponte, mas entretanto até parece que o Estado já assumiu que afinal os milhões até foram indevidamente entregues à Lusoponte mas que serão descontados mais tarde, enquanto oportunamente a Lusoponte diz não pensar devolver os milhões indevidamente recebidos ao Estados, porque e veja-se a oportunidade, supostamente o Estado lhe deve dinheiro _ a eterna e estonteante confusão do costume, do mal o menos que tudo entre gente boa, séria, justa, independente e competente! O facto é que para quem está de fora o que parece é que a nebulosa pública-privada continua de vento em popa, com uns certos cruzamentos partidários pelo meio e em regra tudo costuma ficar auto desculpado como um lapso dos responsáveis, ao invés do rigor que é exigido ao país em geral, sem esquecer os excepcionais privilégios na TAP, creio que na CP e agora a RTP natural e legitimamente também já quer, que não haja cortes salariais no seu seio, ao invés do que vem a acontecer em muitos outros sectores, sendo que pelo meio até há uns assalariados de médio e baixo estatuto na TAP em concreto que alegadamente até nem têm aumentos salariais há anos e como tal mesmo que agora excepcionalmente “privilegiados” ao não sofrerem cortes salariais o não serão assim tanto, ainda que isso também possa sempre ser comparado com outros que também não tiveram aumentos mas que têm cortes e/ou com outros que eventualmente tendo aumentos não terão cortes; bem a imensa confusão do costume, tudo isto sob gestão dum governo que parece que entrou com força, discurso ou atitude de justiceiro, desde logo para com os mais fracos, mas que de justiça parece ter e/ou ser isso mesmo: aparente ou quiçá já nem isso!

            E assim cá vamos e continuaremos a ir andando como cronicamente sempre!

            Que já agora e muito significativamente devo referir que na medida em que nós assim o queiramos ou necessitemos, até dadas as referências do passado, não é propriamente a existência de Portugal enquanto tal que está em risco, especialmente se enquanto associado à nossa vontade e necessidade tivermos bons aliados _ tudo com ressalva de que como o que excepcionalmente acontece ou está para acontecer na TAP e afins, em que tão só porque estes têm poder reivindicativo relativamente a muitos outros, aquém e além de que estamos num dito mercado global e/ou como diz o Sr. º Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho em que: o dinheiro não tem fronteiras, pelo que mercado global em que se podemos fazer positivamente alguma diferença aqui ou ali, mas em que também somos muito relativamente insignificantes, tanto mais quando regressando à TAP que enquanto eventual empresa estratégica nacional, haja quem externamente ofereça muito melhores condições profissionais e/ou remuneratórias aos pilotos e/ou pessoal técnico da TAP e/ou outros, na respectiva sequência o país tenha mesmo de fechar, no mínimo temporariamente para balanço e/ou para remodelação, salvo privatização da TAP como doutras eventuais empresas públicas; aquém e além de que até também dadas as referências e os exemplo passados e/ou presentes, com ou sem balanços e/ou remodelações, o que me parece é que salvo nomeadamente os sectores empresariais e/ou estratégicos do Estado caiam em boas mãos privadas, de resto creio que jamais passaremos duma dita cepa torta e/ou duma dita injustiça social crónica, que desde logo não depende só dos governos, nem das elites políticas ou sociais, mas também de todos e de cada um de nós que apesar de e/ou até por todas as pessoas e entidades universalmente sérias e/ou dignas pelo meio de tudo isto, inclusive e entre muitos outros, os próprios funcionários da TAP que alegada e creio que efectivamente auferindo menores rendimentos que outros seus colegas europeus no entanto contribuem decisivamente para o prestígio da TAP a nível internacional, quer em termos de segurança quer de serviço em geral, como seja temos a mão de obra e as competências, mas numa economia globalizada em que estamos integrados há muito quem nos faça frente ou em certos aspectos até nos atropele, de entre o que também parece é que regra geral mais e melhor não conseguimos por nós mesmos individual e colectivamente, para por exemplo e desde logo merecermos melhores elites _ sendo que em certa medida as elites derivam do dito povo, enquanto massa abstracta que apesar de e/ou até por tudo somos todos e cada um de nós, que salvo as sempre incontornáveis, pelo melhor e pelo pior, devidas excepções, de resto e regra geral a nível interno sempre vivemos em crise ao menos comparativamente a muitos ou a alguns exteriores!...

            Pelo que como resultado final apetece-me perguntar: Crise! Qual crise?
            Para quem salvo raras e pontuais excepções sempre viveu em crise, só se pode mesmo falar em crise após precisamente um excepcional lapso de tempo em que ilusoriamente se pensou não haver crise ou até haver crescente e linear abundância! Bastando-nos por exemplo regressar a uma dimensão existencial pró básica e imediata auto subsistência, como durante décadas ou séculos e a crise se não fica eliminada, pelo menos fica muito atenuada ou relativizada!

            Finalmente a crise para mim é acima de tudo de valores, desde logo de confiança, naturalmente com tudo o que a isso levou ou leva: política, social, económica, financeira, cultural ou existencialmente modo geral, em especial quando os responsáveis ou beneficiários da crise parecem não existir definidamente em efectivo, já os pagadores da crise parecem estar devida e definidamente identificados, no caso são ou somos alegadamente todos, mas que afinal tal como os beneficiários da crise parece que os pagadores da dita também não são ou serão assim tão efectivamente todos!...          

            Nota: Lamento que muitas pessoas que comentam este tipo de assuntos nas redes sociais ou nas páginas electrónicas dos meios de comunicação social como por exemplo dos jornais diários, mesmas ditas pessoas na maioria dos casos não se identifiquem ou seja que o façam sob nomes fictícios ou simplesmente como anónimos. A quem na sequência eu pergunto têm medo de quê? De ser perseguidos, presos, mortos pelo sistema ou têm medo de si próprios?!...
            Por mim e como melhor das hipóteses vou interpretá-lo como ainda reflexo da antiga senhora _ vulgo ditadura _ em que uns eram opressores e outros oprimidos, e respectivamente agora os que eram oprimidos ou ao menos os filhos e netos destes vivam ainda o genético ou cultural trauma inerente e respectivamente os que eram opressores ditatoriais ou seus respectivos filhos e netos, em qualquer dos casos agora em democracia quer uns quer outros (ex. oprimidos e opressores) tenham algum receio de se expor, mas enfim mais uma vez é o país que temos e enquanto tal não se pode pedir responsabilidade a quem está por cima, como por exemplo a nível governativo, se quem está por baixo, até em democracia tem receio de se assumir aberta e responsavelmente.
            Pelo que nesta sequência, mais uma vez por mim mesmo falando, até posso ser perseguido, preso ou em ultima instância até morto pelo sistema; longe vá-a o agoiro e o dramatismo, mas a sê-lo, sê-lo-ei por existir e não pró não existir.
            Desde e logo e dadas as circunstâncias dou-me aqui responsável, consequente, desde logo identificadamente às balas, dalgum modo também em nome de quem se esconde no anonimato, sejam quais forem as razões e perspectivas ou falta delas que assintam esse(s) mesmo(s) alguém(s)!... 
            Ah! E faço-o sem imunidades parlamentares ou outras, sem as costas quentes numa boa conta bancária e respectivos bons advogados e/ou ainda sem sequer ser pago para isso, nem tão pouco com outras imediatas, objectivas ou absolutas pretensões que não a de existir em e por mim mesmo e enquanto tal, sem mais. Ainda que e/ou até porque se poder viver ou ao menos sobreviver da e para com a minha própria existência, como qualquer pessoa ou entidade que esteja em verdadeira, positiva e plena sintonia com a energia vital ou universal, como por exemplo: ...do sapateiro ao poeta, do gestor ao pastor, etc., com respectivamente eventuais ou efectivo(a)s defeitos e virtudes próprio(a)s, mais e melhor creio que não posso esperar, pedir ou ambicionar desta e nesta vida, do que existir pessoal, humana, vital e universalmente, tanto quanto (pró) positiva, constritiva, criativa, produtiva, satisfatória, condigna, integral e/ou plenamente possível.   

terça-feira, março 06, 2012

Paradoxos

            Ainda que tudo o que e como eu escrevo modo geral, mesmo que acerca do e sobre o exterior, acabe dizendo directa ou reflexamente, tanto ou mais acerca de e sobre mim mesmo quanto acerca desse mesmo exterior; no entanto, apesar de e/ou até pelo que aqui fica algo essencialmente acerca de e sobre mim mesmo:

            Quando em tempo de vacas gordas ou seja quando a sociedade envolvente vivia a vertigem de milhões a fundo perdido em circulação e eu tinha trabalho e por isso dinheiro correntemente disponível, no entanto resisti ao apelo do Mundo Virtual, pelo que salvo curiosidade inicial ou circunstancial necessidade de resto nem me sentia genericamente atraído por este último, inclusive nem compromisso com operadoras telefónicas ou de Internet eu tinha. Ainda que há altura eu investisse tanto quanto possível em mim mesmo, de fora para dentro e de cima para baixo, como por exemplo adquirindo e lendo tantos livros, revistas, jornais e afins; assistindo a tantos eventos culturais; absorvendo e interiorizando referências e influências exteriores que me fosse ou se me aparentassem positiva, vital e universalmente superiores a mim, em qualquer dos casos tanto quanto me foi possível ou em algumas circunstâncias até indispensável. Ainda que enquanto tal ficando equitativamente exposto e susceptível às respectivas referências e influências negativas intrínsecas ou extrínsecas a mim: diria que em parte absorvendo tudo positiva e negativamente com viva intensidade, mas até por isso sem imediata ou posteriormente prescindir de espírito (auto e extra) critico e/ou reflexivo, pela e para com a positiva, sendo que no limite preferia ou prefiro voltar a negatividade própria ou envolvente contra mim próprio e se ou como imediata e subsequentemente possível tentando auto sobreviver-me a mim mesmo e/ou ao exterior! Tudo numa sequência e respectiva história existencial, desde logo da e pela minha parte, senão tremenda pelo menos significativamente sensível e complexa, no limite envolvendo factores(*) maniqueístas, esquizofrénicos, paranóicos, etc., que não cabe(m) descritivamente no presente contexto, mas que o que e como eu escrevo modo geral acaba por reflectir duma ou doutra objectiva ou subjectiva forma, pelo que continuando:

            Curiosa e irónica ou quiçá tão só circunstancial ou providencialmente, agora que estamos em tempo de vacas magras ou seja de profunda Crise económica/social envolvente e em que não tendo eu trabalho remunerado e inclusive tenho uma série de agravantes condicionantes com relação à minha maior disponibilidade com relação ao trabalho que foi e/ou tem sido desde globalmente sempre o factor físico ou seja que com baixo nível escolar, com mais de quarenta anos de idade e uma série de agravantes condicionantes físicas, sem esquecer a complexidade ou perdão a Crise económica/social vigente(!...), as perspectivas não são as melhores a respeito de emprego ou a trabalho remunerado da e pela minha parte, pelo que já fosse para (auto) investir em mim em tempo de vacas gordas ou para (auto) subsistir com um mínimo de positividade e dignidade em tempo de vacas magras, sendo-me em qualquer caso e por exemplo providencial o confesso facto de estar (ainda) encostado ao lar maternal/paternal; e precisamente logo agora, em tempo de vacas magras, me vejo na circunstancial ou providencial contingência de mais que nunca ter de recorrer ao Mundo Virtual e às Redes Sociais em concreto, enquanto estas últimas relativamente às que eu tinha quase aversão, tudo isto levando-me a ter de me comprometer a prazo com uma operadora telefónica e de Internet em concreto, para que ao menos a médio prazo, entre uma minha parca poupança pessoal e acima de tudo a directa ou indirecta ajuda maternal/paternal, se me torne minimamente viável a nível económico a satisfação desta minha necessidade, que no fundo é a circunstancial ou providencial necessidade de exteriorizar após muito e quase exclusivamente interiorizar.

            Global sequência de que o ideal, enquanto ideal perfeitamente concretizável na prática seria eu (re)encontrar algum positivo, construtivo, criativo, produtivo, satisfatório e/ou condigno equilíbrio pessoal, humano, vital e universal próprio entre interiorização e exteriorização. De entre e para com o que por si só o presente, inclusive enquanto pró vital, sanitária ou subsistente forma de exteriorização me é absolutamente indispensável. Pois que quanto a equilíbrio entre interiorização e exteriorização e/ou vice-versa, vejamos o que o futuro reserva, sendo que há cerca de quatro anos que quase não consigo ler o que quer que seja, muito menos me consigo inter relacionar natural, corrente e/ou comprometidamente com quem quer que seja, ainda que nesta última acepção, salvo intermédias e pontuais ou desastradas excepções, é algo que já vem globalmente de há muito mais do que meros quatro anos, mas ao menos ao nível de leitura em que me vi significativamente bloqueado de há mais ou menos quatro anos a esta parte, desde logo porque a minha necessidade de exteriorizar após anos essencialmente a interiorizar se me impôs pró vital, sanitária ou subsistentemente acima de qualquer outra necessidade, desde logo acima da necessidade de continuar a interiorizar, de entre o que diria que estou numa fase não sei se de objectiva, mas pelo menos de intuitiva e/ou de impulsiva/compulsiva procura de equilíbrio(s) próprios, perante e para comigo mesmo e o exterior e/ou vice-versa; procurando faze-lo isso sim de forma o mais objectivamente (pró) positiva, construtiva, criativa, produtiva, satisfatória, condigna que me é pessoal, humana, vital e universalmente possível _ até por isso necessitei e procurei interiorizar durante anos; o que dadas as presentes circunstancias ou os presentemente constatáveis resultados não será a forma perfeita, bem longe disso(...), mas ao menos continuo ininterruptamente a procurar que a mesma seja pessoal, humana, vital e universalmente o mais perfeita possível _ pelo que no caso serei talvez uma espécie de perfeccionista ou de idealista, de dentro para fora e de baixo para cima, ainda que e/ou até por enquanto inspirado ou impulsionado de fora para dentro e de cima para baixo; tendo por base uma infinidade de paradoxos ou mesmo de incompatibilidades e sua infinidade de intermédias variantes, desde logo entre mim e o exterior, na pior das hipóteses entre positividade (bem) e negatividade (mal) intrínseca(o)s ou extrínseca(o)s a mim, de per ou de entre si!

            Cujo respectivo resultado em mim, sem lamentos nem regozijos, mas tão só como constatação pró existencial da minha parte, é (também) o que e como se pode constatar!

            (*)... que não pensem as efectivas ou potenciais entidades de má fé utilizar o mesmo contra mim ou em seu unilateral proveito próprio, porque má fé é sempre má fé e de quem respectivamente a comporta, aquém e além de meus positivamente efectivos ou potencias defeitos e/ou de minhas maniqueísta, esquizofrénica ou paranoicamente efectivas ou potenciais complexidades próprias. Pelo que se não podem ou não sabem fazer algo de positiva e universalmente melhor por si sós ou com relação a mim e ao exterior modo geral, por favor mantenham-se consequentemente à distância ou então (auto e extra) assumam-se como tal _ de resto a este último nível estou certo e seguro que muito(a)s não resistiriam ou mesmo não sobreviveriam a si mesmo(a)s, porque seguramente não poderiam consigo próprio(a)s, até por isso necessitam projectar-se negativamente no outro ou fazer do outro alvo das suas positivas fraquezas ou mesmo das suas negatividades próprias!...

            Até porque tomando-me a mim mesmo como pessoal, humana, vital ou universal referência própria, se auto resisto e/ou subsisto a mim mesmo, não é necessariamente porque eu seja positivamente mais ou melhor que quem mais quer que seja, que não raro e em muitos casos, senão em efectivo pelo menos em potencia, até bem pelo contrário! Pelo que se tal acontece, inclusive enquanto tendo-me auto assumido há muito (décadas) a mim mesmo pela negativa ou ao menos como positivamente inócuo, regra geral tudo o que positivamente melhor me restou foi ou é quando evitei ou evito interferir referente, influente e consequentemente com a vida alheia e/ou então ao auto assumir-me como e enquanto tal, pela negativa ou como positivamente inócuo, no meu caso procurando (também) auto subsistir o mais (pró) positiva, construtiva, criativa, produtiva, satisfatória e/ou condignamente possível em e a mim mesmo, por norma inspirado pelo e para com o positivamente melhor exterior, ainda que dadas as circunstâncias muitas vezes mais e melhor não podendo eu na prática do que reflectir uma certa e/ou substancial ambiguidade própria entre ter-me auto assumido a mim mesmo pela negativa ou como positivamente inócuo, versos o positivamente melhor que eu procurava e/ou encontrava no exterior por si só ou com relação a mim; de entre o que já agora e em qualquer caso espero que o positivamente melhor de tudo isto enquanto inerente a mim possa também ser minimamente constatável, no que e como eu (aqui) escrevo, aquém e além de pela minha, mais ou menos passiva ou activa prática de vida concreta _ que neste último caso, outrens que comigo se inter relacionaram de perto e/ou com quem eu interferi duma ou doutra referente, influente e consequente forma poderão dum ou doutro respectivo modo ter constatado e/ou constatar em e por si sós ou não!?... 


domingo, março 04, 2012

Após uma pausa a que outras se seguirão...


            Na base em que e como eu escrevo, digamos que global e essencialmente de dentro para fora e de baixo para cima, ainda que em regra inspirado de fora para dentro e de cima para baixo, diria que no presente momento nem ao meu nível sociocultural próprio e de proximidade, nem ao nível sociocultural em geral há significativas novidades, pela positiva ou pela negativa, acerca do que eu escreva. A partir de que bem sei que há muitas coisas, positivas e negativas, a passarem-se permanentemente no Mundo, mas dumas eu simplesmente não tenho absoluto conhecimento e doutras eu não tenho objectivo domínio.

            Sequência a partir de que salvo pela cada vez pró positivamente maior afirmação dos países emergentes no mundo, relativamente ao que no mínimo me apetece dizer que: todos têm direito à vida e/ou a conhecer ao menos uma vez na respectiva vida, o chamado sucesso, seja qualquer for o nível ou a forma desse sucesso, desde que: económica, financeira, política, social, cultural, ecológica e/ou vitalmente positivo e sustentável modo geral!

            Já por outro lado ou pela negativa o que mais imediatamente salta à vista e aos sentidos é a situação na Síria, relativamente ao que no mínimo me apetece dizer que: o chefe máximo Sírio, o Sr. º Bashar al-Assad só por certo pensa estar a fazer o melhor pelo seu Povo ou pelo seu País e eu não tenho a mais mínima dúvida de que o está a fazer de facto. O problema pode estar ou está em que o Sr. º Assad, não fazendo inveja a qualquer totalitarista, em qualquer parte do mundo, me parece (auto) julgar-se o melhor de entre os melhores, o que associado à forma como começou a mais consequente contestação ao seu governo _ o que eu (ainda) desconheço objectivamente _, em associação à forma, contexto e momento em que a Comunidade Internacional entrou referente e influentemente em acção com relação ao seu País e/ou ao seu governo, naturalmente que mais uma vez ao melhor estilo totalitarista o Sr. º Assad passou a sentir-se alvo de conspiração internacional contra si, com base no seu próprio povo ou em parte deste deste último que o Senhor al-Assad vê como susceptível à Comunidade Internacional contra si próprio, o que não sou eu que vou confirmar ou desmentir, mas que dadas as circunstâncias parece-me que o maior inimigo do Sr. º Assad é ele próprio, ao dizimar internamente aqueles que o contestam, incluindo ou excluindo os efeitos colaterais do como mínimo aparente genocídio em causa, como se mais uma vez ao estilo totalitarista o Sr. º al-Assad estivesse ou esteja acima de qualquer contestação!...

            E mas não menos importante ou até fundamental é que para além das puras e duras vitimas (civis) inocentes de entre tudo isto, que no caso se passa na Síria, o que eu mais temo neste tipo de casos e de sequências _ sem prejuízos das boas intenções de partida, desde logo por parte da comunidade internacional _ é que muitos dos que criticam ou estão interna ou externamente contra o governo Sírio do senhor al-Assad e no caso das suas práticas alegadamente genocídas, tenham eventualmente tanto desejo de vingança ou de fazer àqueles que apoiam o senhor al-Assad, quanto este último faz aos seus opositores, de entre o que a Comunidade Internacional é mesmo muito importante, mas parece que demasiadas vezes, em demasiados casos e circunstancias também demasiado impotente na prática, quer para prevenir e evitar os genocídios, quer para prevenir e evitar as respectivas vinganças, num ciclo de ódio potencialmente redundante e eterno _ muitas vezes com sectores ou elementos da comunidade internacional com interesses unilaterais ou corporativos próprios relativamente a um ou a outra lado da barricada dos e nos conflitos alheios, em qualquer caso com muitas vitimas civis e/ou inocentes pelo meio.

            Global sequência de que a terminar diria que talvez ou seguramente à falta de assunto mais próximo e/ou de meu objectivamente maior e melhor conhecimento ao respeito, até porque deixo isso objectivamente para o jornalismo, para a diplomacia internacional, etc., a partir de que resta-me escrever acerca de algo que me é pessoal e socioculturalmente distante, ainda que humana e universalmente tão próximo como a (pró) positiva situação dos países emergentes ou como a negativa situação na Síria em concreto, para que eu esteja de facto e sentidamente a escrever ao(s) respeito(s), mesmo que a um nível bastante básico, primário, superficial e/ou simplesmente genérico e comum, salvo a modéstia ou a imodéstia, tendo por base esta minha comummente humanista ou universalista perspectiva ao respeito, que ainda assim e/ou até por isso espero possa tocar minimamente pela positiva ou pelo menos pró reflexivamente, quem o (me) leia!?...  

quinta-feira, março 01, 2012

Desconfiança


            (Também) desta vez, talvez eu tenha exagerado extensivamente na exposição da minha reflexão em causa, mas como eu escrevo para quem circunstancial ou providencialmente tome contacto com o mesmo e se sinta naturalmente motivado a lê-lo, o que salvo a imodéstia dalguma forma implica até quem não tiver receio de revoluções, convulsões ou reformulações interiores, cá está e fica o que na presente circunstancia acabo de escrever, com base na actualidade politica e social, para quem o quiser ou poder ler.

            Como já disse e repito, até por inversamente ao que se espera, se exige e/ou se (auto) propõem, não creio que governante algum, pelo menos à partida, entre para a gestão dum país ou duma região com a intenção de prejudicar quem quer que seja e o bem comum enquanto tal.
            O que como respectivamente também já disse ou escrevi preteritamente, enquanto aplicado ao actual Primeiro-Ministro Dr. º Pedro Passos Coelho, me parece muito bem aplicado, desde logo porque há qualquer coisa na pessoa do Sr. º Primeiro-Ministro actual que me inspira confiança, desde logo e/ou acima de tudo no sentido ético e moral; inclusive quando pessoas doutros quadrantes políticos lhe reconhecem esse mesmo mérito _ vulgo de pessoa séria, honesta, competente e afins _ talvez com ressalva de que prometeu eleitoralmente uma coisa e fez outra. Além ainda que também por mim reconheço ser necessária coragem, lucidez, sobriedade e convicção para o nível (pró) reformista, quase a roçar o revolucionário a que o actual Senhor Primeiro-Ministro está a trabalhar, com aparente ou efectiva serenidade e tranquilidade com que o está a fazer. Sequência de que não estarei como de facto não estou a ser irónico se disser que o admiro por isso. Mas na mesma global sequência não posso deixar de alertar para o seguinte:

            _ Primeiro a ideologia do Senhor Primeiro-Ministro pode não ser universalmente mais certa ou mais errada que qualquer outra, desde logo e como mínimo terá tantas efectivas e potenciais virtudes e defeitos quanto qualquer outra. Mas como no caso concreto é o Senhor Primeiro-Ministro que está à frente dos destinos do País que como tal deve tomar decisões e pô-las em prática, no caso natural e coerentemente coincidente com a sua ideologia própria. Pelo que até aqui, salvo ter prometido eleitoralmente uma coisa e feito outra, de resto absolutamente nada a opor, até bem pelo contrário, sou o primeiro a dizer, mais uma vez sem qualquer assomo de ironia que enquanto tal deve seguir em frente, aquém e além de olhar mais ou menos referente e orientativamente para trás e/ou para os lados ou não, ainda que digo eu que convenha ver e ouvir todas as perspectivas em jogo! A partir de que em qualquer caso o resultado vê-se no final da legislatura em causa, que desde logo por mim mesmo ou se tanto mais por aqueles que eu mais amo, faço votos para que seja um resultado positiva, vital e universalmente positivo. Com ressalva de que à partida o que ou quem quer que seja é absolutamente perfeito, pelo que não se esperem, desde logo eu não espero milagres, muito menos humanos ou governativos.

            _ Segundo, até em directa sequência do primeiro, será bom que o Senhor Primeiro-Ministro conte com o facto de que não governa sozinho e que mesmo sem querer ser eu a levantar suspeitas com relação aos seus respectivos colaboradores, assessores ou desde logo a restante equipa ministerial, com relação a poderem nem sempre nem de todo coincidir na prática com as ideias e/ou com a elevação ética e moral da pessoa do Senhor Primeiro-Ministro, o que refiro em abstracto e tendo por base pretéritos ou externos exemplos, pois que em objectivo não conheço as pessoas em causa enquanto tais. Isto referindo-me tão só aos que trabalham mais directamente com o Senhor Primeiro-Ministro, até porque depois e tanto ou até mais importante está toda uma sociedade civil, em que até por razões históricas(...) quase todos desconfiam de quase todos os restantes: o Estado desconfia da própria Sociedade Civil, não será por acaso que há tanta e crónica burocracia; a Sociedade Civil desconfia do Estado, até porque o Estado é muito pronto a aprovar e a cobrar impostos, se acaso com juros, mas não raro demora tempo infindo a pagar o que deve e em regra sem juros; o sector por assim dizer Patronal desconfia do sector também por assim dizer Operário e vice-versa, até porque muitas, de todo demasiadas vezes, no fundo algo idêntico ao que se passa no Estado relativamente à Sociedade Civil, o primeiro (sector Patronal) pede sacrifícios (ao sector Operário) em nome da Empresa ou seja do colectivo, que não raro ditos sacrifícios se esfumam não se sabe bem como nem para onde ou talvez se saiba(!?...), isto falando ao nível democrático, porque no tempo da ditadura em muitos casos andava-se próximo da escravatura, do tipo trabalhar pela (pouca) comida, salvo seja como os cães, levando à desconfiança dos segundos (Operários) nos primeiros (Patrões); que não sei se por inerência do anterior ou se por uma questão cultural mais vasta e abstracta, não raro a classe Operária tem fama e terá por vezes o proveito de se encostar e/ou se acaso de procurar ganhar o mais possível com o respectivo menor esforço possível, que já agora é mais ou menos socialmente transversal, mas que enquanto aplicado à classe operária, levando à respectiva desconfiança da classe Patronal na classe Operária; resumindo tudo isto por si só e o mais possível, regra geral ou seja salvo as devidas e maiores ou menores excepções os Ricos desconfiam dos Pobres; os mais Velhos dos mais Novos; os mais Cultos dos mais Incultos; os Géneros Sexuais um com relação ao outro; por si só o Governantes dos Governados, com todos os seus respectivos inversos e ainda com uma infinidade de intermédias variantes mais ou menos moderadas ou tolerantes de entre uns e outros. Ou seja que da minha perspectiva e ao estrito nível Nacional e/ou sociocultural interno, salvo ao genérico nível dos nossos afamados Brandos Costumes de resto parece-me que em (mais ou menos) regra geral desconfiamos todos uns dos outros. E não vale a pena tentar tapar o sol com a peneira, como por exemplo políticos e/ou governantes que vêm recorrentemente dizer que têm muita confiança nos seus concidadãos, o que é compreensível e aceitável, desde logo como efeito (pró) psicológico para não se cair no desespero generalizado, inclusive em sequência da governação dos primeiros, mas também para os primeiros não perderem de todo a confiança dos segundos; mas como eu não sou político, nem governante e interessa-me muito mais a realidade concreta e um efeito psicológico o mais realista possível do que a demagogia e a ilusão, no caso não posso deixar de constatar uma falta de confiança, mais ou menos, generalizada de uns com relação aos outros, quando não com carência de positiva, autónoma ou responsável confiança de cada qual em si mesmo, porque isso são factos que vem de longe e que até se podem estar ou não(!?) a alterar positivamente, mas que em muito significativa ou mesmo maioritária escala é assim, lá isso é efectivamente. E que não raro quando os que ganham confiança ou não chegam sequer a perder confiança própria, dentro das genéricas e frequentemente viciadas circunstâncias em causa, não raro tornam-se vaidoso(a)s, quando não mesmo arrogantes, prepotentes e em regra não querem misturas com os restantes ou com os mais inseguros, eventualmente por receio de contágio, o que pode ser por si só sinónimo de que não sejam tão positiva, vital ou universalmente (auto) confiantes quanto se julguem ou sintam em e por si sós e/ou aquém e além das viciadas circunstancias em causa!

            _ Terceiro, pelo que por mim mais uma vez e sempre falando, até porque mesmo quando falo no todo faço-o em meu nome individual, pelo que por minha unilateral responsabilidade própria, permita-se-me que apesar de e/ou até por tudo desconfie deste presente Governo da Nação presidido pelo Excelentíssimo Senhor Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, desde logo quando já se antevê um abrandamento das medidas de austeridade governativas e de subsequente retoma económica para a segunda metade de dois mil e treze, aqui talvez seja má vontade ou má fé da minha parte, mas como gato escaldado de água fria tem medo, parece-me ser isso demasiado coincidente com o aproximar do fim da presente legislatura e o início dum novo ciclo legislativo ou governativo; no fundo mais do mesmo, tendo por base todo o pretérito democrático Nacional. Sendo que se o Senhor Primeiro-Ministro, inclusive como uma regra instituída há algum tempo por antecedentes seus, já deixou de cumprir muito do que prometeu eleitoralmente e que não raro fez mesmo o inverso do prometido, também a táctica de apertar com eles _ vulgo connosco Sociedade Civil modo geral _, no inicio dum ciclo legislativo democrático sustentado por uma maioria parlamentar, para com o aproximar do final desse ou deste mesmo ciclo vir então dar umas esmolas ou umas benesses, na melhor das hipóteses ao Povo ou ao País, não raro com fito no voto e ao arrepio dos pretéritos sacrifícios que muitas vezes e em muitos casos saberá Deus com que base, para que fins e/ou com que custo para muitos!? Que até ao presente momento tem sido para o que e como se vê: Crise económica; Crise financeira; Crise de valores; Crise de justiça; Crise de saúde; Crise de confiança em quase tudo e todos; pelo menos da e pela minha parte, em especial quando não tenho interesses partidários, nem me servi, me sirvo ou no que e como depender de mim jamais me servirei da Política, do Estado ou do Bem Público em meu unilateral, corporativo, partidário, político ou ideológico beneficio próprio, mas incluídos os meus positivos defeitos próprios e estando não raro cercado de cinismo, de hipocrisia, de mentira, de ilusão, de banha da cobra à venda em cada esquina ou em cada mercado, não posso mesmo deixar de desconfiar de tudo isto, como seja de tudo e de todos, a começar e terminar em e por mim mesmo que não raro não consigo ser melhor do que o que e quem me rodeia, no caso e apesar de ou até por tudo sou cada vez mais forçado a desconfiar inclusive do próprio Senhor Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho e do seu respectivo governo, em que por outro lado gostaria de acreditar e quero mesmo acreditar, até pela já referida e ao menos aparente serenidade, tranquilidade, segurança e/ou por si só confiança com que o Senhor Primeiro Ministro apesar de e/ou até por tudo está a governar _ salvo que isso possa significar outras coisas(!...), em que ai é que eu já não quero entrar sob pena de eu estar mesmo com má fé.

            _ Quarto, aqui e até enquanto querendo eu acreditar na sinceridade e boa fé do Senhor Primeiro-Ministro actual, Dr. º Pedro Passos Coelho, limitar-me-ei a mesmo que só virtual e hipoteticamente deixar-lhe uma pergunta em aberto no ar, que é: dado tudo o preteritamente passado e o respectivo presente, o Senhor Primeiro-Ministro acredita profunda e sinceramente que alguma vez seremos um País autónomo e independente verdadeiramente equilibrado, justo e desenvolvido política, social, económica, tecnológica ou existencialmente modo geral em e por nós mesmos, aquém e além de ditaduras castradoras e/ou de democracias esforçadas e sofríveis? A pergunta está feita apenas com o reparo de que não me refiro à existência do País enquanto tal, porque nesse aspecto somos historicamente dos mais antigos da Europa e até do Mundo, pelo que refiro-me sim à essência sociocultural deste, apesar de e/ou até por tudo: belo e (ainda!) acolhedor País que é Portugal. Além de que até para não desesperar de todo, eu mesmo quero acreditar no País inerente à pergunta em causa, mas não necessária e imediatamente para dois mil e treze, eventual ou seguramente nem para enquanto vida do Senhor Primeiro Ministro actual ou por si só enquanto vida de mim próprio que inclusive sou algo mais novo que o Senhor Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho _ levando em conta que os mais novos viverão mais tempo. Que talvez em sequência desta minha auto resposta, se caso o Senhor Primeiro-Ministro tivesse oportunidade e/ou vontade de me responder, talvez aproveitasse a minha anterior deixa para eventualmente me dizer algo equivalente a que estamos no caminho desse e para esse País! Mas como isso faz parte do senso comum até por isso eu mesmo estou a responder-me e a contra responder-me a mim mesmo e que qualquer outro Primeiro-Ministro poderia responder da mesma equivalente forma, pelo que em qualquer caso o que eu gostaria era de escutar ou de ler a verdadeira e sentida resposta do Senhor Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, dado que os resultados práticos dos seus antecessores em certa media afastaram o País de tal Ideal _ do mal o menos que veio a conjuntura de crise internacional para justificar ou desculpar os governativos e sociais pecados internos próprios. Sim porque como muitas vezes, em especial ao nível do governo anterior do Eng. º José Sócrates se quis fazer crer que connosco estava tudo bem, pois que os males e os pecados eram todos exteriores a nós ainda que lamentável e colateralmente nos atingissem, o que não deixando de ser verdade no relativo aos males alheios, o facto é que para mal dos nosso pecados e da nossa carência de autoconfiança, nós não éramos, nem estávamos positivamente melhores do que a média externa, em muitos aspectos até bem pelo contrário; a partir de que valho-nos o futebol e a respectiva selecção nacional, até para justificar os milionários salários futebolísticos e as astronómicas somas em transferências, desde logo em importação de futebolistas, num País em que o vencimento mínimo não chega aos quinhentos €uros e em que valha a ironia muitas empresas, extra futebol, fecham e outras nem chegam a abrir precisamente por isso: elevados vencimentos, enquanto regra geral o futebol soma e segue _ e eu até gosto ou aprendi a gostar de futebol (desporto), mas já a industria futebol versos a sociedade em geral, parece-me paradigma do carente fosso de valores e de confiança em que estamos mergulhados, que ao fazer-se socioculturalmente do futebol o meio de dispersão de tensões e/ou de pró sustentação de (auto) confiança de quem individual ou colectivamente não a tem, acaba justificando socialmente os excessos da industria do futebol, versos as carências sociais modo geral! Ou seja estamos a pagar socialmente bem alto, a quem nos possa mesmo que só hipotética ou virtualmente conferir um pouco da confiança que regra geral não temos em nós mesmos individual e colectivamente. Claro que eu naturalmente gosto que por exemplo os clubes de futebol ou a própria respectiva selecção nacionais ganhem além fronteiras, mas já houve tempo em que mais que gostar eu dependia mesmo dalguma significativa forma dessas vitórias futebolísticas, para ao menos durante algum tempo me sentir mínima ou ilusoriamente bem e/ou seguro de mim mesmo, mas o que por diversos motivos e razões, incluindo o facto de dores próprias e envolventes que nem o futebol conseguiu disfarçar, aquém e além de que a minha futebol dependência em determinada fase da minha vida se me tornou dolorosa em e por si só, hoje ou crescentemente de há tempo a esta parte passei a depender acima de tudo de mim mesmo, ainda que naturalmente tendo necessidade do exterior a diversos níveis, inclusive ao nível dalgumas referências inerentes ao futebol, mas que não numa cada vez mais unilateral dependência do exterior, mas sim de mim perante e para com o exterior e/ou de entre mim e o exterior _ ainda que de entre meio tenha de escrever coisas como por exemplo esta, para tão só me poder suportar a mim mesmo e/ou a muito do que e de quem me rodeia!    

            _ Quinto e último, por mim só posso garantir que lutarei até onde e como me seja possível, como melhor ou pior das hipóteses para me manter subsistentemente à tona da vida, inclusive sem para tal perder de todo de vista a plenitude vital ou existencial que me parece cada vez mais e mais distante, mas que enquanto esta energia vital fervilhar em mim, creio que algum residual raio de luz vital ou universal brilhará ao fundo do túnel, enquanto raio de luz a que não posso deixar de me agarrar para tão só subsistir básica, imediata e rudimentarmente, tanto mais se não perdendo de todo de vista a plenitude vital que está na fonte desse mesmo raio de luz. Porque quanto ao resto e apesar de ou até por tudo, dado que em demasiados aspectos a minha humanidade há muito, nem recordo desde quando deixou de me ser devida e não raro absolutamente confiável, na respectiva sequência já só me resta senão tentar ser como excepção os positiva, vital e universalmente Melhores, pelo menos tentar não ser como excepção os positiva, vital e universalmente Piores, no fundo ser como a generalidade que se limita a ir andando e dizer: SEJA O QUE DEUS QUISER!...           

             Nota: Não sei até que ponto isso é ou não importante, desde logo com todas as efectivas ou potenciais virtudes e/ou defeitos inerentes do ponto de vista da naturalidade e da espontaneidade, o facto é que acabo (02-03-2012, 20.577h) de escrever o presente de forma literalmente natural e espontânea, imediatamente antes de o postar responsável e consequentemente em Blog. Em qualquer caso, pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal, não quis evitar deixar aqui esta breve nota ao respeito _ sem prejuízo que já após postado em Blog eu o possa editar complementarmente num ou noutro ponto, naturalmente que mantendo a estrutura e a essência do respectivo. Mas como as minhas edições á prior costumam ter tendência para a eternização, prefiro expô-lo e se acaso i-lo editando na media do possível ou do necessário, dentro dos parâmetros estruturais e substancias em causa!