quinta-feira, novembro 29, 2012

O Importante

            Depois de ter escrito e publicado: Sem margem de fuga; não posso nem quero deixar de escrever e de publicar, que em suma e em conclusão o que e quem mais conta para mim é o que e quem efectiva e substancialmente mais gosta de mim e/ou do que e de quem eu mais gosto. Seja que o que eu próprio acho a meu próprio respeito tendo importância, não pode ser o que mais importa, não só porque por um lado isso é um pouco de juízo em causa própria, podendo ou até devendo levar a que eu goste de mim mesmo, aquém e além de vital e universalmente eu o merecer ou não, mas também quando não raro eu não tenha a melhor das perspectivas a meu próprio respeito, inclusive por reflexos externos em e sobre mim, na medida em que o exterior por si só ou pela minha positiva impotência perante o mesmo e/ou ainda pelo exterior reflexo de retorno para comigo mesmo, do que de mim perante e para com esse mesmo exterior, em qualquer dos casos e se acaso tanto pior quando este último me transmita uma má ou enganadora imagem de mim mesmo _ sendo que já me senti ou imaginei sendo correcto perante e para com o exterior, como também já me senti ou imaginei sendo incorrecto perante e para com esse mesmo exterior, em qualquer dos casos sem por vezes ter recebido correspondentes reflexos, e se quando esses reflexos sucederam coincidentemente com o meu pensar e sentir ao respeito, por vezes também sucederam inversamente a isso.

            Pelo que a coisa é ou pode chegar a ser algo mais complexa do que possa parecer à primeira vista, a partir de que até como meio e forma de aprender a meu próprio respeito e a respeito do próximo ou do meio envolvente (exterior), em qualquer caso não deixando eu em absoluto de levar em linha de conta a (positiva ou negativa) imagem que o exterior me transmita de mim mesmo, no entanto e acima de tudo o que para mim mais conclusiva e substancialmente conta é o que de melhor eu sinto relativamente ao exterior ou que de melhor o exterior me faz sentir relativamente a si, a mim e/ou à própria vida.

            Sendo que vitalmente eu amo uma série de pessoas, de lugares, de coisas, etc. E isso sim é o que mais importa para mim, desde logo como justificativo meio e forma para eu estar aqui e agora a escrever e/ou a publicar o presente, com mais tudo o que me trouxe ao mesmo.

            E assim sendo, não deixando: Sem margem para fuga de ter o valor que tem enquanto por mim escrito e publicado, ontem mesmo (28-11-2012), aqui neste mesmo Curiosidades (Reveladoras); no entanto ao mesmo deve ser adicionado o presente, que apesar de e/ou até por este ultimo ser muito mais sucinto, ainda assim e/ou até por isso creio que de todo com não menos valor que o anterior, se acaso até bem pelo contrario, enquanto também este respectivamente escrito e publicado por mim!

                                                                                  VB

quarta-feira, novembro 28, 2012

Sem margem de fuga

           Entre a merda que sou eu, que é a minha vida e toda a merda que me rodeia, na maior parte do tempo apetece-me abstrair-me de mim mesmo e da realidade envolvente _ refugiando-me numa qualquer realidade fictícia ao estilo conto de fadas, onde supostamente todos são: cultos, inteligentes, sábios, justos, virtuosos e/ou por si só felizes! Talvez num ciclo que se sustenta a si mesmo, na medida em que enterrar a cabeça na areia _ num conto de fadas _ leva dalgum modo à preservação e sustentação do merdoso estado próprio e envolvente, já seja por inércia ou já seja por recorrente necessidade de escapar abstractiva ou ficticiamente ao mesmo. Tudo isto, com ressalva de que no meu caso, por vezes mergulho, ao menos mentalmente, na merda própria e envolvente, inclusive aos níveis mais profundos da mesma, como por exemplo atentando e se acaso até assumindo para mim próprio o mais negativo da vida: a dor, o sofrimento, a morte, etc., nas suas mais diversas e/ou mesmo radicais dimensões e expressões. Isso sim fazendo-o da forma mais pró positiva possível, designa e mais uma vez mentalmente imaginando-me por exemplo na pele dum médico, dum polícia ou dum qualquer outro profissional que tenha de lidar com o pior, com o mais difícil e radical, por não raras vezes mesmo com o mais macabro da vida, duma forma tão pró positiva e construtiva quanto possível, como por exemplo, entre outros, o fazem os profissionais atrás citados! Aliás sendo dentro ou de entre este paradoxos, diria mesmo que radicais paradoxos que apesar de e/ou até por tudo, ainda tenho algum mínimo nível de equilíbrio, de estabilidade, de definição, de objectividade e/ou de onirismo, que por exemplo e dalgum modo me permite e/ou mesmo exige estar a escrever o presente, no limite entre objectividade e subjectividade, na medida em que designadamente sentindo-me ou mesmo constatando-me objectivamente impotente desde globalmente sempre, quer perante o melhor quer perante o pior da própria vida, logo tendo a refugiar-me ou a abstrair-me numa subjectividade que me seja minimamente agradável ou suportável, pelo menos até ao momento em que a objectividade se me impõe para além de toda e qualquer minha capacidade de continuar a refugiar-me ou a abstrair-me na subjectividade, de entre o que no caso concreto resulta designadamente o presente _ por si só esta minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever _ que executo numa base semi objectiva e impulsiva, em sequência duma experiência de vida semi objectiva e subjectiva.

            E que por si só, pela merda que sou eu e que é a minha vida, deixei há muito, muito tempo de me sentir ou mesmo de me constatar, por exemplo com dignidade ou com autoridade moral ou qualquer outra para designadamente criticar a merda envolvente, mesmo quando não raro esta última me toque ou afecte dalguma directa ou indirecta mas efectiva e consequente forma, como por exemplo ao nível público. Mas agora aqui não sei imediata e objectivamente, nem quiçá seja importante saber, se por exemplo o simples facto de eu auto sobreviver em e a mim mesmo e a muito do que e de quem em qualquer dos casos merdosamente me diz respeito e/ou me rodeia, por inerência me confere alguma respectiva dignidade e/ou capacidade moral ou qualquer outra, o facto é que não me apetece mais ficar quedo e calado com relação a coisas que me ferem, até porque me tocam duma ou doutra muito consequente forma, mesmo que ao nível da minha merdosa existência própria; mas que se até nesta e por esta última chego ao ponto de me sentir com dignidade ou autoridade para criticar a merda envolvente, é porque esta última por si só e enquanto tal, é como mínimo, supostamente, superior a mim e à minha merdosa existência própria _ tanto pior se no conjunto das duas coisas.

            Desde logo e como subsequente melhor das hipóteses auto assumi-me há muito como nada e ninguém, ainda que enquanto tal, também como potencialmente tudo e todos. De resto paradoxo onde por exemplo cabem as minhas abstracções pró conto de fadas e à vez ou alternadamente os meus, no mínimo, mentais mergulhos no lado mais negro da vida. Por vezes num jogo psíquico, mental, anímico, emocional e até físico ou espiritual em que no fundo e basicamente tenho de auto sobreviver em e a mim mesmo, aquém e além de ao efectivo ou potencial pior envolvente, em que dalgum modo sou paciente e terapeuta, delinquente e polícia, arguido e juiz, etc., etc., etc. de mim mesmo, inclusive ao ter-me auto anulado ou abstraído de mim por mim mesmo, tendo respectivamente passado a absorver e dalgum modo a identificar-me com o melhor e o pior envolventes. Em que para não me tornar hostil ao exterior, auto assumi-me a mim mesmo pelo pior e o exterior como merecendo-me invariavelmente o melhor; seja que mesmo o pior exterior me merecia e merece o meu melhor; o que de resto tem sido fundamental para desde logo eu auto sobreviver no e ao meu efectivo ou potencial pior próprio e mas também a muito do pior envolvente; enquanto não raro o meu efectivo ou potencial melhor próprio sustentado no e pelo melhor envolvente. Que talvez isto por si só já explique ou clarifique minimamente um eu regra geral simpático, se acaso afável, prestável e/ou até por vezes abnegado perante e para com o exterior modo geral, mas que agora também se revela, por assim dizer, de entre o melhor e o pior próprio e envolvente, com e por esta escrita significativamente ácida, com significativamente longas fazes de introspectivo, circunspectivo, contemplativo, reflexivo, por si só austero e não raro critico auto isolamento pessoal e/ou existencial próprio de entre meio. 

            Pelo que perante e em sequência da minha globalmente critica e austera merdosa existência própria e dalgum modo muito significativa parte do meio envolvente que se veio colocar ou deixar cair em muito significativa e substancial parte à altura desta minha merdosa e/ou como melhor das hipóteses critica e austera existência própria. Logo não posso nem quero deixar de fazer algumas criticas ao meio envolvente, ao menos naquilo em que e como o mesmo me toca mais directamente, tendo por base que eu me tornei há muito e sou muito significativamente critico comigo mesmo e me parece o meio envolvente não ter desenvolvido suficiente sentido auto critico, algo que reiteradamente eu tenho (auto) apurado, não raro até ao limite das minhas forças _ inclusive ao auto assumir aqui e desta expressa e aberta forma, a minha global e essencialmente merdosa existência própria, duma forma tão pró positiva quanto possível. Enquanto parece que o meio envolvente não raro e nas suas mais diversas versões se auto assume como dono da razão, perante as restantes e diversas versões ou razões de si mesmo, tudo isto e tanto mais assim se por exemplo ao nível político(*) e/ou publico modo geral, que é do que vou tratar a seguir como merdoso exemplo prático, do meio envolvente.

            A partir de que remetendo dalgum modo aqui para o texto Razoável & Irrazoável - II, já postado neste mesmo Blog, acrescentaria duma forma mais objectiva que:

            Num Estado central (legislativo) e por inerência num Estado local (autárquico), no fundo num País globalmente sem dinheiro próprio, em critica e austera condição existencial própria, tanto mais se enquanto na minha merdosa existência própria vivendo eu com os meus pais sob tecto duma casa alugada por estes últimos ao Estado (local), enquanto casa onde jamais foram executadas obras de fundo, nem mesmo quando em tempo de vacas gordas, enquanto algo que vigorou durante cerca de duas décadas, desde logo com base em milhares de milhões provenientes de pró estruturantes fundo Comunitários (europeus). Gostaria que por exemplo alguém me explica-se o que é que a autarquia local anda a fazer ou a mandar fazer junto ao respectivo parque desportivo local, sendo que por exemplo vi serem arrancadas umas bancadas de betão armado, para serem (re)construídas outras no mesmo local, com estas últimas se não exactamente iguais pelo menos muito parecidas às anteriores; além de que ontem mesmo (26-11-2012) pude constatar que aquilo que me parece ser um dito circuito de manutenção construído precisamente em redor do parque desportivo e/ou enquanto tal integrado neste último, que aproveitando a natureza acidentada do terreno envolvente, eis que como base desse e para esse circuito de manutenção foi adicionada areia ao piso do mesmo(**) ou seja que não será necessário ser-se doutor, engenheiro ou sequer (muito) inteligente, no caso basta um merdoso como eu para concluir desde logo à prior e tanto mais se à posterior que quando chovesse dita areia seria arrastada pela respectiva água da chuva _ iria, como foi literalmente água a baixo _ em sequência do próprio terreno acidentado; isto quando em tempo de vacas magras, as obras do dito circuito de manutenção ou algo que o valha ainda nem estão concluídas. Seja que se por um lado aquilo que, como mínimo e à partida parece ser um erro de cálculo no relativo à areia como piso base do aparente circuito de manutenção, ainda possa ser corrigido, mesmo que com acréscimo de custos, por outro lado não terminei tão pouco de compreender a necessidade de ao nível autárquico (municipal) desmanchar o que estava feito para construir igual ou muito parecido, como fossem umas bancadas de recinto desportivo, com tudo mais envolvido, numa obra que segundo o tempo que tem levado a ser efectuada e alguma aparente sumptuosidade da mesma, deve custar umas largas centenas de milhares de €uros, por não dizer algum que outro milhão! Quando por exemplo e ao mesmo nível autárquico (freguesia), por exemplo o património da junta de freguesia local, que engloba uma série de casas de habitação, incluindo dalguma forma a casa onde os meus pais e no inerente caso eu mesmo habitamos, estarem em crescente decadência, designadamente e imagine-se, por falta de verba para obras!

            Enfim vá-a lá entender-se tudo isto, aquém e além de numa muito merdosa sequência de que eu mesmo sou desde globalmente sempre parte integrante, já seja por minha positiva passividade e/ou impotência própria perante a mesma e/ou porque eu próprio seja efectivo e concreto paradigma da respectiva!...

            E assim por mim mesmo falando não termino de passar dum esforçado, sofrível, quando não mesmo degradante e decadente ou como melhor das hipóteses critico e austero _ vulgo merdoso _ auto subsistente, desde logo e antes de mais de mim mesmo; tudo isto num meio envolvente que não raro e de diversas formas não é muito positiva, vital ou universalmente melhor do que eu; de entre o que em qualquer dos casos e no limite não posso pró vital, sanitária ou subsistentemente deixar de escrever coisas como esta, desde logo quando já não haja ilusório ou abstractivo conto de fadas em que me refugiar, nem por outro lado ficar apenas e tão só consciente e consequentemente preso na merda própria e alheia me é, desde logo sanitária ou subsistentemente viável, sem mais.

                                                                                              VB 

            (*) Atenção que eu não tenho interesses políticos do ponto de vista partidário e/ou ideológico, muito menos se unilateralistas do género eu é que valho e tu não. Seja que ao menos naquilo que e como me é objectivamente possível, procuro preservar e cultivar uma ideologia pró vital e universal tão transversalmente auto e extra critica(1) quanto literalmente possível, como espero seja constatável, mas em qualquer caso, cá estou eu para assumir responsável e consequentemente as respectivas consequências _ assim muitos outros assumissem as suas, aquém ou além de como pseudo eternos, incontornáveis e/ou infalíveis bons e salvadores da pátria!   

            (**) É supérflua e mesquinha esta minha preocupação com a areia do piso dum aparente circuito de manutenção?! Talvez ou seguramente que sim. Mas a minha própria vida é supérflua e mesquinhamente pequenina em si mesma. De resto se pegarem na minha vida por coisinhas pequeninas terão muito por onde pegar; ainda que a perfeição se faça ou concretize nos pequenos pormenores, sendo que em regra por detrás das coisas pequeninas estão coisa enormes, como por exemplo atrás da grande e pequena gestão politica e administrativa do respectivo Estado central e autárquico está actualmente uma imensa crise e austeridade económica, financeira e social e atrás da minha própria pequenez está uma energia vital que ao não ser expressada e canalizada tão positiva, construtiva, criativa, produtiva, satisfatória, condigna, virtuosa e/ou magnanimemente quanto devia, como melhor das hipóteses acaba por me ser e/ou me colocar muito mais perto da ineficiência do que do virtuosismo _ com intermédia ressalva para esta minha pequenina, mesquinha e/ou supérflua auto subsistência!

            (1) Que já agora ao falar em critica, tanto mais se a terminar, devo acrescentar que no meu caso procuro uma critica tão positiva ou pró positiva quanto possível, se acaso dizendo que apesar de e/ou até por tudo gosto muito deste país e da minha origem local muito em concreto, pelo que salvo a imodéstia de o reconhecer, ainda que com a modéstia de me alimentar referente e influentemente do respectivo enquanto externo a mim, aquém e além dos factores naturais alguma coisa boa tem sido humanamente feita ao longo dos tempos, desde logo dos séculos da nossa vasta história; agora o que é bom é bom e o que é mau é mau, não se tente pois é confundir e/ou tapar uma coisa com a outra consoante os interesses de cada qual, tanto mais se ao nível político, ideológico, partidário e/ou público, com as diversas facções e/ou interesses em causa, que em qualquer dos casos tendo toda(o)s e cada qual, respectivamente todo o vital ou universal e por si só democrático ou legitimo direito de existir, no entanto tendendo a auto assumirem-se a si mesma(o)s unilateralmente pelo melhor e ao outro, ao diverso, incluindo ou excluindo o inverso como o pior _ sendo que no caso dos inversos, estes tendem a tocar-se ou a confundir-se, desde logo nos seus efeitos e consequências, enquanto no mundo ou na dimensão global, vital e universalmente paradoxal em que e como na essência existimos! Depende de nós racionais e inteligentes humanos encontrarmos e/ou construirmos coerentes pontos de contacto e/ou de encontro, de entre os diversos e paradoxais(2) factores (globais, vitais e/ou universais) em causa.  

            (2) Ah! E ao falar em paradoxo, se acaso perdoe-se-me o meu, quando não, mal-educado _ merdoso _ discurso. Mas se por um lado me auto assumi há muito pela negativa ou como positivamente inócuo, não necessariamente por eu ser directa, activa e objectivamente negativo e sim mais porque não me consegui impor directa, activa e objectivamente pela positiva, o que em si mesmo me levou a sentir-me vulnerável perante a afectiva ou potencial negatividade própria e/ou envolvente. Além de que por outro lado, até ao ter começado a expor-me via esta minha própria forma de expressão escrita, como reflexo de minha existência própria, o que em si mesmo não tem de coincidir e em alguns casos e/ou aspectos até deve divergir da existência doutras pessoas, tanto mais ainda se quando comecei a expor-me publicamente via Blogger foi em sequência de mim pelo meio dum significativamente sensível e complexo conflito interpessoal e/ou sociocultural entre humanos, enquanto tal passível de suscitar simpatias e mas quiçá acima de tudo antipatias relativamente a mim por parte das facções em conflito, consoante a minha posição de entre o conflito e as respectivas facções em causa, com mais tudo o social e culturalmente envolvente modo geral. Ou seja que mesmo após anos a fazer um esforço de pró positividade pessoal própria perante e para com a vida, enquanto esforço que procurei necessária e reflexamente transportar para o conflito em causa, no entanto já fosse por minha positiva carência própria perante a muito significativa e substancial negatividade entre as partes envolvidas em conflito, com mais todas as suas co laterais repercussões socioculturais e/ou outras, o facto é que conclusivamente tive de voltar a remeter-me à minha auto assumida condição negativa ou positivamente inócua, vulgo merdosa. Tanto mais assim se ainda em sequência do dito conflito em causa, (re)constatei algo que eu já conheço desde a minha mais remota infância que foi e é o facto de que não raro a minha humanidade tende a reconhecer os defeitos duns, ficando cega e insensível perante os defeitos doutros, inclusive chegando a reconhecer e a difundir os pequenos defeitos duns, ignorando ou mesmo dissimulando os pequenos ou grandes defeitos doutros, consoante os interesses e/ou as simpatias pessoais, sociais, culturais e/ou outro(a)s. Pelo que sendo eu alguém que pessoal, humana, vital e universalmente procuro estar aquém e além de interesses e/ou de simpatias mesquinho(a)s, unilateralistas, corporativistas e afins, ao mesmo tempo que não termino de me afirmar e de me impor positivamente em e por mim mesmo, como que acabo ficando numa intermédia ou ambígua dimensão, em que tanto se pode simpatizar quanto antipatizar comigo por qualquer imediato factor de circunstância, aquém e além de qualquer substancia de fundo. Além de que até por tudo isto não sendo, nem tendo eu jamais construído algo de significativamente positivo ou de sensacionalmente vistoso, qualquer pequena merdinha em mim, parece logo uma grande merda _ tanto mais se reconhecida e/ou difundida por alguma eminente virtuosidade de facto ou aparente. O que ainda numa dimensão sociocultural e/ou existencial humana em que não raro se simpatiza ou antipatiza precisamente segundo interesses mesquinhos, unilateralistas, corporativistas e/ou preconceituosos, a partir de que tendo eu ficando numa posição bastante ingrata de entre o conflito em sequência do qual passei a expor-me publicamente via Blogger, suscitando quiçá mais antipatias do que simpatias; por inerência e tal como durante anos fiz intimamente de e para comigo mesmo, até para auto controlar pró positivamente tal facto a partir do meu próprio íntimo, o melhor ou único que me resta é mesmo auto assumir-me a mim mesmo pela negativa ou como positivamente inócuo _ merdoso _ mesmo que com isso arraste comigo, para uma merdosa dimensão, todos aqueles que a mim se equivalham na sua positiva inocuidade própria ou que até negativamente me ultrapassem, salvo que ai a responsabilidade seja de todos e de cada qual, aquém e além de mim. E atenção que parece-me haver muito boa gente que após cometerem dois... actos positivos, já se acham no direito de poder cometer um acto menos positivo ou mesmo negativo, porque supostamente os primeiros atenuam, anulam ou dissimulam o(s) segundo(s) _ tanto mais assim se numa dimensão sociocultural que não raro venera mais aparências do que substancias e/ou que valoriza e desvaloriza positiva ou negativamente segundo interesses mesquinhos, unilateralistas, corporativistas, imediatistas, elitistas e/ou preconceituosos!       

             E que ainda quanto a ser-se bem ou mal-educado, quiçá não seja muito difícil ser-se bem-educado quando a vida nos corre bem e/ou quando tenhamos quem faça o trabalho sujo por nós; inclusive pergunto se haverá algo ou alguém mais bem-educado do que as elites políticas, sociais, por si só culturais ou quiçá e acima de tudo religiosas?! No entanto quase todos os grandes conflitos humanos foram espoletados, liderados e/ou fomentados por essas mesmas elites, com tudo o que envolveu e envolve esses mesmos conflitos, quer ao nível de linguagem quer e quiçá pior de actos concretos duns seres humanos relativamente aos outros. Isso sim com base nuns valores que exigem um determinado código de conduta e respectiva educação para com os mesmos, com as respectivas elites como referência e inclusive como tutela máxima desses valores, códigos e respectiva educação para com os mesmos. Pelo que será bem ou mal educado quem respectivamente entrar e se mantiver dentro desses valores, códigos de conduta e educação ou não. Mas a partir de que há diversas culturas e inclusive civilizações instituídas, cujos termos boa ou má educação podendo e dalguma forma até devendo variar de entre umas culturas/civilizações e outras, até para que haja distinção entre as mesmas, a ponto de que no limite o que nuns casos é tido como boa educação numa determinada cultura ou civilização, possa por coincidente divergência ser considerado de má educação noutra respectiva cultura ou civilização, como por prosaico e simplista exemplo o facto de se comer directamente com as mãos nalgumas culturas aos invés de noutras, enquanto inclusive e a níveis mais profundos, complexos e abrangentes, designadamente culturais/civilizacionais em si mesmos e enquanto tais, com possível motivo para imprevisíveis e radicais conflitos inter culturais/civilizacionais humanos _ seja que os bem educados dum e doutro lado, se podem tornar deseducadamente hostis de entre si, na media em que as boas educações de cada qual se choquem incompativelmente de entre si. E no caso concreto, até por uma minha tão mais pró positiva, vital e universalmente transversal auto educação própria, eu mesmo não me sinto integral parte integrante de concreta e unilateral cultura alguma, dalgum modo tenho vindo a auto educar-me a mim mesmo, tendo por base o que e como vou conhecendo acerca das mais diversas culturas e/ou civilizações, procurando absorver e cultivar o que identifico como melhor em todas e cada uma das respectivas, à vez que até por isso procurando neutralizar e anular o que identifico como pior em todas e cada uma das respectivas, em qualquer dos casos no meu próprio intimo _ seja que se alguma vez as culturas ou as civilizações entrarem em vasto conflito aberto de entre si, já eu tenho feito o combate das mais diversas facetas das mesmas no meu próprio intimo, pró positiva e universal cultura de mim mesmo, perante e para com o outro. Mas de entre o que por exemplo e inclusive ao nível de boa ou má educação até auto reconheço que como no presente caso nem escrevo técnica ou conceptualmente bem e até onde o meu objectivo conhecimento alcança tão pouco ainda aderi ao já oficial e culturalmente instituído novo acordo ortográfico, pelo que em qualquer destes últimos casos não sou própria ou totalmente alguém bem educado. Mas, por exemplo dadas as globalmente criticas e austeras circunstancias que estamos a viver regra geral, pelo menos aos níveis económico, financeiro e social parece que a esmagadora maioria, aquém e além de mim, não é muito ou de todo mais bem-educada do que eu mesmo. Pelo que boa educação sim senhor e muito bem, sou apologista e o primeiro a defende-la, mas aquém e além da significativa subjectividade cultural ou absoluta do termo boa ou  educação, que até talvez por isso (re)conheço muito(a)s pseudo bem educado(a)s culturais ou absoluto(a)s, inclusive com alguma posição social, mas que quando chega a hora do aperto é um ver se te havias de linguagem ou actos, digamos que, menos bem educados! Como li ou ouvi alguém alguma vez referir, as pessoas conhecem-se nos maus momentos _ como no confesso e auto reconhecido caso concreto, pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal, também necessária e incontornavelmente eu próprio, que inclusive escrevo no limite ou em sequência dos meus maus momentos próprios e/ou dos maus momentos envolventes que me tocam consequentemente! 


              OBS: Já só mesmo a terminar, diria ainda que em toda a anterior sequência estou cada vez mais cansado de falsos moralistas, repito falsos moralistas, que exigem ao próximo o que não raro os mesmos não cumprem ou até violam, mais ou menos descarada ou dissimuladamente! Tudo tanto pior se ao mesmo adicionarmos intriga, inveja e/ou ressentimento _ que a quem o barrete servir que o enfie, se é que tem a mais mínima consciência ou capacidade para tal, pois que eu auto assume-me como e enquanto tal, por mim mesmo no que o respectivo me caiba ou no que o próximo (exterior) me leve a identificar-me com o respectivo, a partir de que combato-o pró positiva e vitalmente no meu próprio íntimo.      

segunda-feira, novembro 19, 2012

Anti-violência, pró Democracia

              Eu que não sou de manifestações, desde logo aquém e além desta minha responsável e consequente manifestação escrita; ainda que e/ou até pelo que compreendo e até apoio todo e qualquer tipo de legítima e/ou justificada manifestação individual ou colectiva(*). Dalgum modo tal como o que no limite legítima e justifica uma intervenção de choque policial, ainda que no caso eu não defenda o direito de manifestação contra a policia(**), como contra o que ou quem mais quer que seja, bem mesmo pelo contrário, até porque quando se chega ao ponto de ter de se manifestar contra... é porque já algo falhou ou está a falhar ao nível de se fazer positivamente por...; pelo que sim e acima de tudo defendo o direito de manifestação como meio e forma de indignação com relação a algo negativo e/ou de reivindicação de algo universalmente positivo por parte de quem anónima ou massivamente não tenha outra ou melhor forma de intervir, desde logo perante as próprias elites, designadamente governativas e/ou político/partidárias de poder que não raro levam o dito cidadão comum e anónimo e/ou as massas a sentirem-se enganado(a)s, ludibriado(a)s, prejudicado(a)s e afins, face aos poderes instituídos e suas acções ou inacções públicas. De resto manifestar-se simplesmente contra, tanto mais e pior se de forma violenta, equivale dalgum modo a legitimar-se aquilo contra o que ou quem se manifesta.  

            Violência

            Dado que do ponto de vista humano e/ou social modo geral, com toda uma mais ou menos infinda multiplicidade de interesses e de contra interesses que se cruzam, entre cruzam e/ou se chocam de entre si, respectivamente os violentos acontecimentos frente ao parlamento nacional no passado dia 14, suscitam-me uma reflexão significativamente extensa, profunda e complexa. Pelo que dalguma condensada forma, ao respectivo respeito, prefiro ficar-me pelo seguinte:

            A violência física mais básica e barbara duns poucos, com respectiva e mais ou menos proporcionada reacção das forças de segurança (PSP), como por exemplo a ocorrida frente ao parlamento na manifestação de dia 14 último, se não dá razão à mais subtil e refinada violência das elites de poder, como por exemplo duma relativa e não raro legitimada elite minoritária que retira proveito da crise dos globalmente restantes, ao menos faz distrair relativamente a esta última; em qualquer dos casos com prejuízo e mas também dalgum modo com passiva co-responsabilidade de muitos outros, designadamente passivos ou pacíficos de facto, aquém e além da violência duns (bárbaros) e doutros (refinados), com alguns dissimulados a confundirem tudo pelo meio!

            Pelo que Atenção ao(s) respectivo(o) proveito(s) que uns e outros retiram(os) ou podem(os) retirar da violência enquanto tal, inclusive e desde logo se em nome da não violência!?

            Até porque a própria polícia (PSP), com todo o seu peso e significado institucional, em legítimo e justificado nome de lutar contra uns poucos (minoritários) e ilegítimos violentos, acabou reprimindo ou pelo menos dispersando violentamente toda uma manifestação, ao menos à partida e supostamente legítima de muitos (maioritários) pacíficos.

            Que nesta última sequência não estando em absoluto em causa a actuação policial, até bem pelo contrário, enquanto relativamente aos efectiva e ilegitimamente minoritários violentos; no entanto após um evolutivo crescendo na atitude pró activa por parte desses quantitativamente poucos e mas qualitativamente muito (pró) violentos, enquanto algo que vem de trás e que inclusive as autoridades dizem conhecer e perante o que a esmagadora maioria dos pacíficos parece ser impotente ou pelo menos passiva; a partir de que dirigindo-me então a uns e a outros (violentos, autoridades e pacíficos), me leva a deixar no ar a questão: o que e quem está por de trás duma situação violenta como a ocorrida frente ao parlamento nacional no passado dia 14? Desde logo como se deixa chegar aquele ponto de provocação e de agressão duns poucos, energumenos, violentos com relação às próprias forças da autoridade do Estado, ainda que para justificar dita intervenção das forças de segurança ao menos democraticamente tenha de haver factos que a sustentem, tudo com uma esmagadora maioria de ditos pacíficos a assistir e/ou a ser directa ou indirectamente, passivas ou impotentes, vitimas da violência?

            Sequência de que inclusive eu pessoalmente ponho em dúvida, se os mais provocadora e agressivamente violentos terão sido na sua esmagadora e minoritária maioria, os que mais apanharam porrada em sequência da intervenção policial, até porque estou em crer que estando os primeiros com maldade, estariam também devidamente precavidos para ser os primeiros a porem-se ao largo quando as coisas aquecessem defensiva ou se pusessem contra ofensivamente violentas em sentido inverso, desde logo da policia com relação aos mesmos (violentos); sendo eventualmente então os ditos pacíficos ou ao menos passivos, que mais apanharão porrada e/ou que mais injustiçados se sentirão em sequência da repressão ou dispersão policial duma manifestação que à partida e na sua globalidade se tinha e manteria por pacifica, dado que estes últimos tendem a julgar que no seu pacifismo ou ao menos que na sua passividade não terão o que temer, mas depois e ao menos numa primeira instância acabam a apanhar pela mesma equitativa tabela dos quantitativamente minoritários e mas substancialmente violentos. Algo ao estilo de pagar o justo pelo pecador; no fundo ironias do destino, que é algo de que a vida está pejadíssima! 

            O facto é que uma esmagadora maioria de ditos pacíficos ou de minimamente civilizados, mas que em regra não passam de impotentes anónimos, com toda uma infinda multiplicidade de interesses inerentes aos mesmos e/ou aquém e além dos mesmos, mas que no limite faz com que estes tenham na manifestação de rua a sua única ou maior e melhor forma de expressão, inclusive face a umas ditas de legitimadas elites de poder instituídas e se acaso instaladas, no caso correndo os primeiros o forte e crescente risco de ter de deixar de se manifestar livre e democraticamente por injustificada acção duma meia dúzia de violentos, com respectiva luta dos poderes instituídos e das suas respectivas elites contra a violência, em argumentativo nome de todos!

             A ver vamos o que nos reserva o futuro, pois que de momento ganharam protagonismo os próprios minoritaríssimos violentos e a (pró) activa ou argumentativa luta contra estes, desde logo enquanto luta por parte das por si só minoritárias e legitimadas elites governantes/administrativas, se acaso justificando-se uns aos outros, em qualquer caso com reflexo sobre todos os, segundo leva a crer, esmagadoramente maioritários pacíficos (impotentes e/ou passivos) restantes... o dito mexilhão que fica entre a violenta força do mar e a inflexível dureza da rocha!

            Mas o que é a humanidade senão um reflexo da vida Natural e Universal no seu estado mais puro e bruto _ salvo a pseudo, que espero cada vez mais universalmente efectiva e abrangente, inteligência e racionalidade humana!?

                                                                                              VB

            (*) ...apoio à manifestação ou ao democrático direito de manifestação, desde logo de cariz social, como uma excepção e não como uma norma; ainda que numa sociedade que é sob e sobre muitos aspectos significativa ou mesmo tremendamente desequilibrada e até injusta como ao nível nacional interno, em alguns respectivos aspectos a manifestação social possa estar tão ou mais perto da norma que da excepção! Mas em qualquer caso com a violência mais primária e buçal, como algo que à partida não só não resolve o que quer que seja, como até complica e agrava tudo ainda mais, se acaso até as próprias injustiças e/ou a justificação para as mesmas!.... 

           (**) ...inclusive os próprios elementos inerentes às autoridades policiais também se manifestam, quando democraticamente assim o entendem e/ou necessitam, de resto enquanto direito que conquistaram por via de manifestação; agora isso sim e em qualquer caso fazendo-o de forma o mais digna e positiva possível, desde logo não destruindo e agredindo tudo à sua passagem ou em sequência das suas próprias manifestações. 

           

segunda-feira, novembro 05, 2012

Em Vosso Nome...

          O que se segue é um princípio, um meio e um fim em si mesmo, que se aplica ao passado, ao presente e ao futuro. Mas que até talvez enquanto tal, em associação a qualquer motivo ou razão de que eu não seja total e plenamente consciente, me está a ser suscitado escrevê-lo e expô-lo agora ao exterior, sem prejuízo de já o ter feito anteriormente e/ou de o reafirmar mais à frente, com uma ou outra variável de entre cada expressão e exposição do respectivo, que basicamente no e para o presente momento e contexto é:

            Tal como a minha existência modo geral, também no relativo a esta minha escrita em particular, se a mesma tem algo de positivo, o mesmo só pode estar dedicado a todas as pessoas de quem eu gostei e gosto e/ou que gostaram ou gostam de mim, desde logo à minha família que ora me inspirou o melhor da vida em e por si mesma ora me suscitou o melhor de mim mesmo perante e para consigo mesma.

            Eu por mim mesmo e sem mais é que jamais fui ou serei o que ou quem quer que positiva, substancial ou absolutamente seja, salvo talvez ao nível duma muito básica e rudimentar subsistência, apesar de e/ou até por tudo o que esta última contenha vital e universalmente de melhor e de pior!

            De resto em toda esta sequência devo aqui dizer que em regra escrevo de forma pró positivamente critica com relação a pessoas, ao próprio País, à minha própria humanidade, a mim próprio enquanto tal, pegando no excepcional lado pior ou mais feio das pessoas, das coisas e/ou desde logo de mim mesmo.

            Ainda que por norma me inspire pró positivamente nas pessoas, no próprio Pais, na minha própria humanidade, em mim próprio enquanto tal, pegando no por norma melhor ou mais belo lado das pessoas, das coisas e/ou desde logo de mim mesmo _ salvo que neste último caso não necessária e por vezes absolutamente de mim por mim mesmo, mas sim de mim enquanto inspirando-me ou identificando-me com o melhor e mais belo exterior e envolvente.

            E nesta global acepção, posso afirmar que apesar de e/ou até por tudo o que eu criticamente escrevo acerca e/ou em sequência de algo ou de alguém, é porque global e essencialmente gosto da própria vida, incluindo duma ou doutra forma e num ou noutro caso do algo ou do alguém criticado, desde logo e salvo a presunção a começar e terminar em e por mim mesmo, ainda que neste último caso enquanto (pró) positivamente inspirado pelo e para com o melhor exterior!

                                                                                              VB

           

domingo, novembro 04, 2012

Suspensão da Democracia!

           Como regra geral sempre, mais uma respectiva vez, aquém e além de substancialmente certo ou errado, de correcta ou incorrectamente escrito, em qualquer caso, salvo a modéstia ou a imodéstia, o que se segue não é para todos, desde logo não é para os donos de razões absolutas, nem tão pouco para os que não gostam de pensar _ se acaso para me contradizer ou para desmontar positivamente (responsável, consequente, por si só democraticamente) o que e como eu mesmo escrevo.

           A Dr.ª Manuela Ferreira Leite (MFL) ex. líder do PSD (Partido Social Democrata) insiste teoricamente na suspensão da democracia, para resolver problemas complexos, designadamente para ultrapassar interesses instalados!

            Não sou eu que vou contrariar essa perspectiva da Dr.ª MFL, pelo menos não sem consubstanciar mínima, responsável e democraticamente a minha própria perspectiva ao respeito. Desde logo começando por dizer que quero acreditar que quem tem uma perspectiva como a da Dr.ª MFL, só pode ou deve ser alguém acima de quais queres interesses corporativos ou unilateralistas, salvo o transversal interesse do todo Nacional e/ou acima de tudo do todo Universal. O que por si só e em qualquer dos casos já seria e é algo significativa e substancialmente complexo em si mesmo, dada a múltipla diversidade de interesses e/ou de expressões Nacionais e Universais _ como por exemplo e desde logo em nome do Supremo interesse Humano, que é algo Nacional e Universalmente transversal, ainda que no entanto estejamos sob e sobre muitos aspectos a levar o próprio Planeta e/ou a natural diversidade da vida Terrena à rotura, inclusive pelo crescente e ininterrupto aumento da população (humana) Mundial, com tudo o que isso implica a nível planetário, por exemplo com o complexo paradoxo de ser o supremo interesse Humano a ficar crescentemente em causa e nem sequer estou a puxar para aqui o complexo problema da população humana aumentar exponencialmente nuns países e numas culturas e não noutro(a)s, com prejuízo da própria diversidade humana. Enfim e desde logo quero eu dizer que da complexidade dos problemas ou dos problemas complexos jamais poderemos escapar, com mais ou menos democracia ou suspensão desta última. Pelo que tão só por isto, parece-me a mim, que a Dr.ª MFL estará a partir dum princípio erróneo (suspensão da democracia), para com um objectivo eventualmente ainda mais erróneo (resolver os problemas complexos) _ desde logo quando os problemas complexos são contínuos e ininterruptos, aquém e além de democracia ou de não democracia. De entre o que creio eu não se poderá jamais falar em suspender a democracia para resolver os problemas complexos, mas sim resolver os problemas complexos democraticamente ou então abolir pura, simples e absolutamente a democracia; seja que ou há o meio-termo democrático ou há o absolutismo antidemocrático, pois que dadas as circunstancias e por mim não estou a ver o que seja essa coisa de suspensão democrática, quem a defina, com que princípios, meios e objectivos a define e a aplica espaço, temporal e substancialmente na prática!? 

            Devo a partir daqui introduzir a minha muito básica e simples perspectiva própria de democracia, que no caso é ou será: um regime político, social, cultural e regra geral existencialmente livre, em que designadamente todos e cada um podem(os) dizer e/ou fazer o que muito bem entendamos, desde que com base numas regras éticas, morais e legais bastante definidas, que à partida todos e cada qual devemos conhecer e respeitar global e essencialmente.

            Sendo que tão só com base e em sequência da minha anterior definição de democracia, abre-se aqui um vastíssimo leque de possibilidades, desde logo de análise e discussão da democracia enquanto tal e da democracia concretamente em Portugal. Mas que para não estar a extrapolar em demasia, vou procurar restringir-me ao conceito de suspensão democrática da Dr.ª MFL, para resolver os problemas complexos, como por exemplo ultrapassar interesses instalados, necessariamente também segundo a minha responsável e democrática interpretação ao respeito, além de em qualquer dos casos aplicado ao nosso País, dizendo e/ou se acaso interrogando eu:

            _ Será que a nível nacional interno temos vivido de facto em democracia? Ou pelo menos será que temos sabido viver responsável e consequentemente em democracia? Desde logo e salvo as devidas excepções, aquém e além dumas elites políticas e sociais do tipo deixa-os falar e ir votando livremente com relação ao dito povo e/ou dum mesmo e respectivo dito povo do tipo deixa-os ir governando ou liderando à sua maneira, pois eles sempre fazem aquilo que querem com relação às elites políticas e sociais. É que a não ser assim e salvo as maiores ou menores devidas excepções, como se explica então que sucessivos governos e/ou executivos político/partidários eleitos democraticamente via voto universal, com base em promessas eleitorais ou eleitoralistas ora não cumpram, não raro até bem pelo contrário ou que só cumpram o que e como lhes interessa; por outro respectivo lado e aqui contra mim falo, com um sempre crescente alheamento popular com ralação ao voto democrático; seja com uma classe política cada vez mais e mais democraticamente desacreditada _ imagino, maliciosamente, eu que com possível benefício dalguma dessa mesma classe política com interesses pouco ou mesmo nada democráticos(!); ainda que também com um dito povo que não raro não quer saber de política e até mesmo dito povo que em muitos casos quando confrontado com as aldrabices e se acaso até falcatruas políticas, algumas inconsequentemente provadas e condenadas judicialmente, se limita a dizer então os homens (políticos) desenrascam-se, se eu estivesse lá fazia igual(!). Sendo que eu pessoalmente interpreto a política como uma extensão da sociedade em geral e vice-versa, tanto mais se em democracia _ que nesta acepção talvez ou seguramente a Dr.ª MFL tenha razão na sua teoria de suspensão democrática, na media em que e contra mim mesmo falando, muitos de nós, que ao que parece até pelas palavras da Dr.ª MFL com extensão à globalidade do todo nacional, não mereçamos de facto a Democracia.

            Enfim se vou continuar a desenvolver raciocínio na base anterior, melhor seria escrever um livro, uma trilogia ou até algum tipo de enciclopédia, etc. ao respeito dada a extensão e a complexidade do problema. Mas até por não me sentir nem estar objectivamente preparado para com qualquer das anteriores hipóteses, desde logo em sequência da teoria da Dr.ª MFL pró suspensão democrática para resolver os problemas complexos, como por exemplo ultrapassagem dos interesses instalados, na presente circunstância e contexto, por mim limito-me responsável, consequente, democrática e no caso conclusivamente a dizer:

            _ Os interesses instalados, parece-me mais ou menos consubstanciadamente a mim, atravessarem toda a estrutura nacional desde o supremo nível político, partidário, social, cultural, económico, financeiro e existencial, até ao zé pelintra como eu, com todos os seus diversos, por si só complexos e/ou infindos intermédios _ em qualquer dos casos sem prejuízo da eventual ou efectiva superioridade ética, moral, legal ou por si só existencial de a quem a mesma devidamente couber, como até dadas as circunstancias quero crer que à Dr.ª MFL. Ainda que sem esquecer que a própria Dr.ª MFL tem interesses políticos, partidários, ideológicos, etc., que sendo democraticamente legítimos, não o serão até por isso, mais ou menos legítimos que quais queres outros equivalentes, ainda que diversos ou até adversos aos seus. O que por si só me leva a questionar a Dr.ª MFL, no sentido de se está (pré) disposta a abdicar dos seus respectivos interesses, em nome duma suspensão democrática, imanada de equitativos interesses que não coincidam directa, objectiva ou absolutamente com os seus? Em qualquer dos casos em transversal nome da Pátria _ ainda que o que nos trouxe à nossa actual situação, por assim dizer critica e austera, que segundo a Dr.ª MFL a merecer suspensão democrática, também tenha sido em nome da Pátria!

            Além de que em todo este quadro e sequência pergunto ainda: quem, como, porquê, para quê, até onde, por si só em nome de que interesses suspende a democracia? Ainda que pressupondo que seja em transversal nome de interesses Nacionais, mesmo que isso seja suficientemente subjectivo, para designadamente se poder e não raro em efectivo se limitar de facto a proteger os interesses duns, face aos interesses doutros, designadamente com benefício dos primeiros em prejuízo dos segundos; até por isso o Estado de Direito Democrático é, sem qualquer excepção, o que para mim faz transversalmente mais Nacional e/ou Universal sentido, desde logo onde e como esse Estado de Direito funcione transversal e Universalmente de facto, o que desde logo sob e sobre muitos aspectos não tem acontecido a nível nacional próprio _ inclusive com políticos que se candidatam a cargos de gestão da causa pública nacional ou local, estando esses mesmos políticos ou pseudo políticos sob processos judiciais precisamente por suspeita de má gestão ou mesmo por abuso e fraude inerente à sua própria e prévia gestão pública e/ou que tanto pior ainda quando após os mesmos respectivos políticos condenados judicialmente continuarem impune ou indeterminadamente a exercer os seus respectivos cargos de gestão política da causa pública. Quando por exemplo e por outro lado um zé ninguém, como eu, pode eventualmente ir preso ou ficar cadastrado e socialmente apontado a dedo como um delinquente, se roubar, perdão e aqui permita-se-me equivaler-me às elites políticas e sociais, para em vez de dizer roubar dizer furtar ou melhor ainda desviar por exemplo uma caixa de caldo de carne do supermercado_ o que felizmente ainda não chegou ao meu caso concreto e tudo farei para que jamais chegue _, sendo que para exercer o básico cargo público de varredor de rua esse mesmo zé ninguém tenha de possuir cadastro limpo! De entre o que desde há muito ou desde globalmente sempre onde está a verdadeira Democracia nesta mesma base e sequência?

            E que tendo a nossa democracia derivado directamente de meio século de ditadura, respectivamente com todos e cada um de nós derivados de contextos sociais oprimidos ou opressores inerentes a essa mesma ditadura, o que por si só e em grande medida faz com que ainda hoje haja muito quem não saiba viver responsável, consequente e livremente em democracia. Pelo que talvez ou seguramente as palavras da Sr.ª Dr.ª MFL pró eventual suspensão democrática pouco ou nada mais sejam do que um reflexo dos efeitos e consequências desse meio século de ditadura e de até em sequência disso, levarmos já mais de trinta anos de não raro torpe democracia. Pelo que enquanto tal a teoria de suspensão democrática da Sr.ª Dr.ª assusta-me, mete-me real pavor, desde logo quando eu derivo das classes ou dos estratos sociais oprimida(o)s da anterior ditadura; sendo que entretanto tenho feito e continuo ininterruptamente a fazer, o que para mim é um imenso esforço pró democrático, ao invés de há algum tempo a esta parte e parece que continuamente a Sr.ª Dr.ª insistir na suspensão da democracia; tendo eu entendido que só os ditadores se sentem acima de todos os demais, para se atreverem a suspender a democracia, saberão os mesmos e/ou Deus em nome do quê e de quem(?), sendo que da nossa anterior ditadura, como de quase invariavelmente todas as ditaduras, o que derivou foi miséria de muitos em benefício de poucos _ até talvez ou seguramente por isso há muito não vivamos em verdadeira democracia em Portugal, pelo menos aquém e além de ainda se poder ir dizendo ou escrevendo coisas como esta e metendo ciclicamente o voto de quatro em quatro anos. E de resto com esta coisa da Troika(*), com mais tudo o internamente pré e pró inerente à mesma, sob e sobre muitos aspectos a democracia já foi há muito para o galheiro, até porque o verdadeiro Estado de Direito não funciona como devido, pelo que só falta mesmo instituir oficialmente a não democracia, com tudo o que se lhe queira chamar ou deixar de chamar, como por exemplo ditadura _ em qualquer caso com prejuízo para mim mesmo que confessamente jamais soube viver plenamente em democracia e mas até dado o (auto) esforço pró democrático que tenho feito, tão pouco gostava de chegar ou de regressar a uma suspensão democrática, quer como eventual oprimido quer como eventual opressor.

                                                                                  VB  

            (*) Aliás necessidade de recorrer à Troika que deriva da nossa má (auto) gestão interna própria, incluindo à cabeça as elites políticas, económicas, financeiras e sociais, apesar de em qualquer dos casos, todas e cada uma destas últimas falarem como se nada tivessem a ver com o assunto, no fundo à imagem do povinho relativamente às elites, não raro e em qualquer dos casos a referirem-se uns aos outros e/ou aos grandes responsáveis da crise, da austeridade e/ou das misérias internas, como sendo indefinida e subjectivamente responsabilidade: d'eles _ vulgo d'uns outros _ acima ou abaixo, à esquerda ou à direita, etc., mas jamais culpa própria de quem quer que seja e/ou por si só do todo! 

             De resto entre as, como origem do presente, teóricas palavras da Dr.ª MFL pró eventual suspensão democrática para resolver os problemas complexos do País e a recentemente proclamada, pelo próprio governo nacional, pró intervenção de técnicos do FMI na interna reforma do Estado, da minha perspectiva esta dupla conjuntura teórica/retórica de ex. ou actuais responsáveis governativos da nação, com mais ou menos aplicação prática, vem comprovar duas respectivas coisas: primeira é a de que regra geral não estamos internamente preparados de facto para viver responsável, consequente e positivamente em democracia; segunda, até dadas as excelentes condições naturais, geográficas, climáticas, territoriais e humanas do País, no entanto comprova-se que por nós mesmos não conseguimos auto gerir-nos positiva, construtiva e estruturadamente como um todo, no caso sendo necessário que venham outros externamente fazê-lo por nós, levando-me a bem ou mal comparadamente concluir, que com analogia a um nível clubístico/desportivo de entre nós nacionalmente, com relação aos mais bem sucedidos países do centro e norte Europeu, que neste último caso eu compararia a excepção interna Futebol Clube do Porto(FCP) versos a norma dos restantes Clubes nacionais, de estrutura frágil e enquanto tal a jogarem mais para não perder do que para ganhar e/ou na melhor das hipóteses a jogarem esforçada e sofrivelmente para ganhar, no caso com o FCP a funcionar como análogo País centro/norte Europeu devidamente estruturado, que leva ao sucesso de (quase) todos os que por lá passam, versos a norma nacional com os restantes Clubes internos, que lutam para sobreviver e/ou vã e desenfreadamente para vencer, com analogia no respectivo todo nacional próprio, em que por mais excelentes _ nesta acepção comigo não incluído _ que sejam muitas das nossas individualidades (pessoais ou institucionais) internas, no entanto o todo acaba por jamais terminar de sair da cepa torta e de passar a funcionar como estruturadamente devido, inclusive porque desde a partir das elites políticas, económicas e sociais de topo, que não raro se auto apresentam como salvadoras da pátria, mas que dadas as circunstancias não terminam de estar à devida altura do auto apregoado e prometido, com respectivo reflexo no todo social e vice-versa; de entre o que o FCP e outros que a respectivos diversos níveis sociais, culturais, económicos, industrias e afins internos são a excepção e infelizmente não a regra interna. Seja que as excepções funcionam por si sós, aquém e além do todo e vice-versa, talvez e/ou seguramente por isso em regra seja necessário as individualidades ou instituições nacionais serem valorizadas exteriormente, para então passarem a também valer internamente. Enfim onde não há uma estrutura sólida e coerente é o que e como se pode critica e austeramente constatar, inclusive sob necessidade de supervisão externa, para ao menos se tentar sair momentânea, pontual, circunstancial ou excepcionalmente da crónica ou recorrente norma de crise e austeridade interna!

            Nota: Como muito ou a globalidade do que e como eu escrevo e aqui publico, também o presente foi executado e está a ser publicado natural e espontaneamente, acto imediato, sem mais do que uma breve auto revisão, correcção e/ou complementação, no caso concreto após ter escutado a Dr.ª MFL na noite de ontem via rádio, a reiterar a sua teoria de suspensão democrática, para resolver problemas complexos, como ultrapassagem de interesses instalados! O que enquanto tal e escrito por mim, vale o que e como vale, tal como salvo as devidas distâncias, o que e como dito pela Dr.ª MFL vale o que e como vale _ em qualquer dos casos Democraticamente!     

quinta-feira, novembro 01, 2012

Mais uma vez e sempre a Musa

            A Musa inspirou e sustentou em mim o Melhor, o mais Positivo e mais Belo, da Vida.

            A partir duma crescente auto perspectiva negativa(*) ou positivamente inócua de mim mesmo, a Musa suscitou-me a pró positiva e construtiva transcendência de mim mesmo, o que enquanto tal é um processo contínuo e indefinido.

            Sequência de entre o que por exemplo nasceu e vive esta minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever.

            Dalgum modo, quando por mim mesmo perdi e deixei de seguir qualquer linha de horizonte, inclusive geográfico, a Musa conferiu-me linhas de horizonte interiores e suscitou-me a permanente transcendência das mesmas, se por natural acaso com inerente reflexo nas linhas de horizonte exteriores, designadamente geográficas!...

                                                                                  VB

            (*) ...Não necessariamente por eu ser negativo no mais pejorativo ou destrutivo sentido do termo, mas sim porque a partir de determinado momento da minha vida deixei acima de tudo de conseguir seguir a linha da minha vida de forma positiva e construtivamente coerente. Até porque eu fui originalmente educado para a mais básica subsistência, como melhor das hipóteses para a mais cómoda e segura subsistência, sem que por mim mesmo tenha conseguido preservar e fazer vingar continua e indefinidamente o meu mais pleno sentido vital ou universal. Mas como, creio, se pode constatar tão pouco desisti ou desisto de o procurar reencontrar, preservar e cultivar!...