Ao Amor que eu jamais tive a Arte de saber Viver
Em sequência duma minha prática, activa e
funcional auto anulação própria, com tudo o que pessoal e envolventemente me
levou e/ou trouxe à mesma, acabei por cair num significativamente profundo vazio
existencial próprio. Vazio existencial próprio que como melhor das hipóteses
acabou preenchido pela Arte, como seja a expressão artística humana
propriamente dita e a Arte de viver modo geral de quem em qualquer dos casos
externo a mim me expressava e/ou inspirava essa mesma Arte. Cheguei
inclusive a fazer culto desse vazio existencial próprio, designadamente com
recurso a prática, activa e funcional auto anulação própria de forma objectivamente recorrente, para que de entre outras coisas como por exemplo a realidade da vida
no seu melhor e pior, mas que no que depende-se de mim auto impregnando-me acima de tudo e o mais
objectivamente possível de referências e influências Artísticas (literárias,
musicais, pictóricas, imagéticas, por si só de vida em geral) externas a mim, mas que me tocavam ou tocam, como se de mim mesmo se trata-se ou trate.
No caso e resumidamente auto
anulei-me por me ter auto assumido pelo pior,
ainda que e/ou até porque inspirar-me no, pelo e para com o melhor da própria vida. Levando-me enquanto tal, a um introspectivo, circunspectivo, contemplativo, por si só solitário processo de
auto gestão existencial própria, que não está de todo em todo terminado, que de
resto creio ser até mesmo potencialmente infinito, mas que a partir de
determinado momento espero possa passar a integrar prática, (inter)activa e
funcionalmente outras pessoas. Mas mesmo que assim não seja, e em que estando eu presentemente numa fase existencial de entre abrir-me interactiva, prática e
funcionalmente ao próximo e ao exterior ou simplesmente não o fazer, neste último caso perpetuando o meu processo de auto gestão existencial própria, de
base essencialmente solitária, que só faz sentido em nome da Arte; já no primeiro caso essa dita abertura ao
exterior e/ou ao próximo só faz sentido em nome do Amor ao próximo e/ou à própria vida; em qualquer dos casos (Amor e/ou Arte) de base e
essência Universal, mesmo que por via de e para com algo ou de alguém em concreto!
Tudo apesar de que e/ou até porque por
diversos motivos e razões, no caso sinto-me de todo mais próximo de continuar indefinida
e/ou perpétuamente o meu processo de auto gestão essencialmente solitário em (pró) nome da Arte, do que de reverter o mesmo para um processo existencial prático,
interactivo e funcional em nome do Amor; salvo que como creio Amor sem Arte e/ou
Arte sem Amor não façam grande ou eventualmente mesmo qualquer substancial ou
absoluto sentido! De entre o que enquanto não termino de me (re)encontrar a mim
mesmo com a Arte e o Amor própria(o) e relativamente ao exterior, passo
a partilhar um pouco da Arte e do Amor alheia(o)s, no caso por via dum
sublime poema de Florbela Espanca, que Amo e que passo a partilhar na voz de
Luís Represas (Trovante), via Youtube, o que é assim:
VB
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