Da minha parte, no que se segue, não
há interesses partidários ou sequer ideológicos do ponto de vista político, há sim
ou pelo menos eu pretendo que haja básica e essencialmente interesses (pró)
objectivos e acima de tudo (pró) universalistas.
A partir de que sem rodeios e logo a
começar diria e digo que o actual governo nacional PPD/PSD-CDS/PP é um governo
indecente e perverso. Desde logo é um governo indecente e perverso porque: com mais
ou menos razão quer o PPD/PSD quer o CDS/PP são visceralmente críticos com
relação ao governo PS que os precedeu, designada e muito razoavelmente acusando
o anterior governo PS de ter deixado o País em (pré) estado de banca rota,
tendo nacionalmente de se recorrer a ajuda financeira externa (FMI, BCE e EU).
Só que por mais não dizer o precedente governo PS enquanto parlamentarmente
minoritário foi sustentado governativamente pelo próprio PPD/PSD, na circunstância,
até ao limite da (pré) banca rota. O que por si só e basicamente das duas uma:
ou o PPD/PSD não sabia o que estava a sustentar, o que é grave ou então e mais
grave ainda, como tudo leva objectivamente a crer, sabia-o e mas sustentou-o
com algum perverso interesse, como por eventual exemplo o interesse de
desgastar o governo PS até ao limite do razoável ou do possível, com as conhecidas
consequências para o País, enquanto consequências por si só tão criticadas pelo
PPD/PSD, como designadamente a consequência limite de, no mínimo, (pré) banca
rota. A pressupor tacticismo político-partidário, no caso, por parte do
PPD/PSD, em nome do País e mas na circunstancia também às custas do Pais ou seja
indecente e perversamente. De resto e no
respectivo limiar do razoável com o próprio PPD/PSD a retirar a base de
sustentação parlamentar ao minoritário governo PS, precisamente por segundo o próprio PPD/PSD se ter
chegado ao alegado limite do aceitável para que o que até então o próprio PPD/PSD sustentadamente contribuiu, com subsequente queda do governo PS, acabando mesmo por _ numa parece
que por si só e cada vez mais indecente e perversamente dita de alternância democrática entre PS e
PPD/PSD _ ter sido o PPD/PSD a ganhar
as subsequentes eleições legislativas em desprimor do PS, com respectiva e
unilateral minoria parlamentar do PPD/PSD, levando à posterior coligação deste
último com o CDS/PP para poder(em) formar um governo de coligação maioritária;
aquém e além de que tendo tudo há altura levado a crer que a minoritária
vitória eleitoral do PPD/PSD foi de todo mais por um reactivo acto punitivo
publico com relação ao prévio governo PS, do que de todo por positivo mérito do
próprio PPD/PSD que por si só sustentara parlamentarmente o governo PS, até então.
Pelo que logo aqui e se enquanto tal há uma profunda indecência e perversidade
no actual governo liderado pelo PPD/PSD, aquém e além de coligado ou não ao
CDS/PP.
Mas a coisa é muito mais grave a
complexa se a partir daqui se analisar a coligação governativa entre PPD/PSD e
CDS/PP com recorrentes confusões e com alguma que outra grave tropelia
coligativa de entre meio; que tanto pior se na recorrente atitude governativa em
grande medida anti constitucional, ainda que e/ou até por enquanto constituição
democrática que por si só levou à minoritária eleição governativa do PPD/PDS e
à respectiva coligação maioritária de entre este último e o CDS/PP. E mas ainda
mais indecente e/ou perversamente grave quando e por quanto o PPD/PSD ganhou
minoritariamente as eleições legislativas e pró governativas com promessas
eleitorais que imediatamente após, já enquanto governo eleito, não cumpriu em
absoluto e/ou que até inverteu literalmente com relação ao eleitoralmente
prometido.
Enfim o rol de indecência e até de
perversidade é tão infinito quanto o tempo que dura e/ou que durar a governação
de PPD/PSD e CDS/PP nos moldes actuais ou seja de há, pelo menos, cerca de
quatro anos a esta parte. Inclusive um infindo rol que não cabe descritivamente
no presente contexto, mas de que creio tão só o que e como responsável e
consequentemente refiro atrás já dará suficiente ideia do que está em causa.
A partir de que no e para o presente
contexto que se deseja e necessita tão sucinto quanto possível, resumiria que
após mais uma recente inconstitucionalidade governativa, cuja respectiva
confirmação de inconstitucionalidade por parte do respectivo tribunal
constitucional, também mais uma recorrente vez essa inconstitucionalidade não
foi nada bem aceite e/ou pelo menos nada bem vista pelo respectivo governo e
correspondente maioria parlamentar PPD/PSD-CDS/PP; o que pró eventual futuro
eleitoral me leva consubstanciadamente a dizer que se o PPD/PSD e/ou o CDS/PP
pretendem afrontar, alterar e/ou mesmo revolucionar a actual constituição
democrática da república, então que tenham a decência e a moralidade de
constitucionalmente se voltarem e candidatar a novas eleições democráticas
dizendo aberta, objectiva, frontal, clara e eleitoralmente o que e em que
medida pretendem com relação à actual e universal constituição democrática da
República. Desde logo para evitar a por si só indecência e perversidade de ter
de vir um elemento governativo e/ou responsável pelos partidos da coligação
PPD/PSD–CDS/PP, à posterior do acto eleitoral, indecente e perversamente,
dizer que: se não mentirmos o povo não vota em nós. No caso a pressupor ou mesmo a auto afirmar a
indecência e a perversidade do actual governo ao ter sido eleito com base no
engano pré eleitoral do seu respectivo eleitorado, ainda e enquanto tal com a eventual
ou segura indecência e perversidade do próprio eleitorado em questão não saber
o Pais em que vive, para que com base em cegas fidelidades partidárias e/ou em
interesses mais ou menos unilateralistas ou outros que tais acabar por votar com
base em promessas eleitorais, que o próprio governo eleito a partir dessas
mesmas promessas, imediatamente após tomar posse governativa trata de demonstrar
prática, objectiva e/ou retoricamente o quanto essas promessas eram irrealistas.
Enfim o rol de indecência e de perversidade parece ser cíclica e redundantemente
infinito.
Sem assumir em absoluto extremismos, até bem pelo contrário, mas ao menos e justiça lhes seja feita, que
quer a extrema-direita quer a extrema-esquerda partidárias ou ideológicas
assumem aberta, clara, objectiva e frontalmente a sua posição anti sistema, por
si só e se no limite anti universal constituição democrática como e enquanto
tal. Pelo que salvo o PPD/PSD e o CDS/PP sejam extremistas dissimulados ou
perversamente infiltrados, sendo que o CDS/PP é ao menos a legitima extrema direita parlamentar/democrática, de resto estão a portar-se indecente e perversamente
pior do que qualquer radical extremismo assumido, que enquanto tal este último tem ao
menos o (pró) decente e/ou moral mérito de ser assumido.
Quanto ao mais, se eu fosse dado a
impropérios sabia muito bem como terminar linguisticamente este texto, tendo o
actual governo como fonte de inspiração e respectivamente como alvo!...
Assim, salvo as devidas distancias, tal como costuma usar sua
Excelência o Sr.º Presidente da Republica, subscrevo-me responsável e
consequentemente:
Victor Barão
Obs: Tendo
por base este mesmo anterior texto, sob título: Indecência e perversidade, disse-me uma pessoa do meu ciclo
existencial próprio que tem dificuldade de ler o que eu escrevo, porque
segundo ela escrevo duma forma complicada
que leva a que a mesma e suponho que outras pessoas se percam quer discursiva
quer motivacionalmente no que e como eu escrevo.
Sequência
de que para não me alongar também agora muito ou por si só para não me
complicar discursiva e/ou justificativamente ao respeito, de momento, apenas
digo que: de facto confesso auto reconhecidamente não ter formação e respectiva
capacidade linguística, nem tão pouco estrutura racional ou intelectual
suficientes para poder tornar simples a respectiva complexidade daquilo acerca
do que eu mesmo (aqui e regra geral) escrevo. Mas o que por mim mesmo não
posso, nem quero é deixar de o escrever e também já de o expor ao exterior, inclusive e se acaso como um meu processo próprio não só de exposição, mas também de pró simplificação do que é complicado ou complexo, a partir do meu próprio intimo; sequência de que a quem natural, espontânea, objectiva, circunstancial, providencial
e/ou ocasionalmente lhe for dado lê-lo tudo muito bem e que o leia, caso
contrário também tudo muito bem com relação a quem não o leia. Tudo aquém e além de que
salvo as devidas distâncias, por mim mesmo falando um dos textos mais difíceis
e/ou complexos que li, foi também um dos que mais profunda e indelevelmente me
marcaram, como no circunstancial/providencial aludido caso concreto foi o subjacente ao titulo literário: O Sentido da Alma de Thomas Moore.
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