_ Primeiro e por mim mesmo não gosto de
radicalismos políticos de direita ou de esquerda; civis ou militares;
religiosos ou ateus, etc., etc.; de resto e a meu ver, inclusive onde pode
naturalmente caber algum radicalismo individual, colectivo, político, social,
nacional e afins, como designadamente seja em auto defesa com relação a ofensivos
radicalismos externos, ainda assim da parte dos não convicta e activamente radicais
deve haver alguns limites, algumas normas e regras legais e/ou de conduta ética/moral. Mas
enfim este como qualquer outro assunto verdadeiramente interessante e/ou
consequente da e na vida, pode ter e tem muito o que se lhe diga e este não é o
momento nem o contexto para desenvolver raciocínio ao respeito.
_ Segundo
e até por directa inerência do primeiro, diria que há muito (décadas) que não
exerço o cívico e por si só (pró) Democrático direito ao voto, precisamente
porque não confio Democraticamente nos extremos políticos e porque o respectivo
centro político, com extensão a todo o passado “democrático” nacional e mas no presente caso tendo
tão só como condensada base os dois últimos governos da nação, o primeiro dos quais e entretanto caído,
sob a sigla do PS (Partido Socialista), da respectiva responsabilidade do
Eng.º José Sócrates como Primeiro-Ministro _ agora detido; já o segundo e ainda
vigente sob a sigla do PSD (Partido Social Democrata) e respectiva
responsabilidade do Dr.º Pedro Passos Coelho em maioritária coligação ao CDS/PP
(Centro Democrático Social/Partido Popular) sob responsabilidade do Dr.º Paulo
Portas, se pode resumir e da minha perspectiva se resume precisamente a Perversidade! E passo a explicar:
. Salvo erro e se bem recordo, o primeiro e
maioritário governo PS sob responsabilidade de José Sócrates foi exercido com
base numa, creio inclusive que a mais expressiva maioria absoluta democrática
de sempre em Portugal. E que segundo toda a oposição, inclusive com substantivo
destaque para o PSD e CDS/PP como auto designados partidos de unilateral e
parece que comprovada alternativa democrática ao PS _ vulgo “arco da governação”
_ , foram em qualquer caso muito críticos do primeiro e maioritário governo PS de Sócrates,
inclusive com argumentos de que o mesmo estava a levar o País à ruína _ vulgo e
como constatável mais tarde à (pré) banca rota. A partir de que tendo o
imediatamente seguinte governo PS de Sócrates apenas uma maioria relativa e
inclusive insistindo crescentemente o PSD e o CDS/PP que também o governo minoritário
de Sócrates nos estava a levar à “ruína”, por mim mesmo nunca entendi, nem jamais
entenderei razoavelmente porque sustentou o próprio PSD de Passos Coelho, o respectivo
segundo governo minoritário do PS de Sócrates até um dito “Pack quatro”, como seja e segundo o próprio PSD à própria ruína (pré)
banca rota, designadamente ao ponto do País ter dependentemente
de recorrer a ajuda externa. Seja que para não ir mais longe me limito a
perguntar porque não deixou o PSD de sustentar mais cedo, desde logo
imediatamente após as eleições democráticas que levaram ao segundo governo PS
de Sócrates, na circunstancia minoritário e enquanto tal dependente de
terceiros e mais concretamente dependente do PSD que o foi sustentando, inclusive
quando a substancial e/ou absoluta discordância/oposição do PSD com relação a
esse sucessivo segundo e no caso minoritário governo PS de Sócrates vinha
inclusive do primeiro e imediatamente anterior governo de maioria absoluta do mesmo
PS de Sócrates?
A partir de que entra a minha humilde
e mas também responsável e consequente interpretação e conclusão ao respeito
que é a de que das duas uma: ou a oposição PSD de Passos Coelho não sabia exacta e objectivamente o que
estava a sustentar ao ter sustentado o segundo governo minoritário do PS de Sócrates até, pelo menos à
por o próprio PSD aludida pré banca rota, o que enquanto tal foi e é grave e/ou
então, até segundo as sucessivas criticas opositivas do PSD aos dois sucessivos
governos PS, o próprio PSD sabia muito bem o que estava a sustentar, o que é de
todo mais grave ainda, porque enquanto tal tudo leva a crer que às custas do
próprio País, o PSD sustentou a própria decadência do PS de Sócrates, em subsequente
e conclusivo suposto nome de aproveitamento político/partidário do PSD de Passos Coelho às
custas da correspondente decadência do PS de Sócrates, com os conhecidos custos
para o País, o que a confirmar-se foi e é efectivamente Perverso e/ou como mínimo dos mínimos conclusivamente mesquinho! Tudo isto
tanto pior quando e por quanto com a globalmente passiva ou activa e alheada ou
interessada conivência e cumplicidade do dito povinho desde as elites até às bases sociais no seu todo, de que eu
mesmo sou incontornável parte integrante, pelo melhor e pelo pior, para o bem
ou para o mal, no meu caso concreto pela vertente das bases.
De entre o que temos politicamente os centrais PS's e os PSD’s, com mais os seus Sócrates
e os seus Passos Coelhos e ainda os extremos políticos ou quais queres outros extremos
que em qualquer dos casos merecemos, o que na circunstancia se resume a algo Perverso. É que se desde logo o PS de
Sócrates, após democraticamente eleito “arruinou” o País, segundo a interessada
interpretação política/partidária do próprio PSD com base no despesismo
desmedido, algo que eu mesmo sustento enquanto com base na minha própria
interpretação da política socrática essencialmente pró betão e asfalto, mas no
caso e ao menos em parte com a enquanto tal perversa sustentação do PSD até ao
limiar da banca rota no que ao segundo e minoritário governo PS de Sócrates se
refere. Já o subsequente e ainda vigentemente minoritário governo PSD de Passos
Coelho em maioritária coligação com o CDS/PP parecem ter senão “arruinado” pelo
menos debilitado muito fortemente o País com base em austeridade, mais
austeridade, vezes austeridade, igual a austeridade, enquanto esta última derivada
da suposta governação despesista do PS de Sócrates, que com base no argumento
da “responsabilidade democrática” o
próprio PSD sustentou até ao limiar da banca rota e a que depois retirou apoio
precisamente nesse mesmo limiar, levando ao correspondente pedido de resgate
externo do País e subsequentemente à entrada da dita Troika e inerente
aplicação das reconhecidas medidas de austeridade, enquanto com a própria
receita de austeridade já aplicada convictamente pelo próprio governo PSD, em maioritária
coligação ao CDS/PP. Resumidamente com a dita austeridade por sucessão da
governação e da respectiva queda do segundo governo minoritário do PS de Sócrates;
neste último caso em sequência de com o argumento da “responsabilidade democrática”
o PSD ter sustentado mesmo dito minoritário governo do PS de Sócrates até precisamente
ao limiar da banca rota; por
inerência disso ter tido Portugal de recorrer à ajuda externa da dita Troika
(União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional),
enquanto Troika que por si só e desde logo para naturalmente salvaguardar os
seus próprios interesses impôs medidas austeras ao País, mas medidas
austeras estas que o próprio e ainda vigente governo PSD em maioritária coligação
com o CDS/PP se prontificou desde sempre a austeramente transcender, inclusive
dizendo com relação ao pico do contexto de austeridade imposto pela Troika, que:
“…temos de ir para além da Troika”(*).
Tudo isto com todos e cada um de nós a assistir activa ou passiva e interessada
ou aleatória, mas em qualquer dos casos democraticamente.
A partir do que estando o minoritário
governo PSD em maioritária coligação com o CDS/PP ainda em vigência, não me
atrevo a julgar o mesmo para além do que e como todos e cada qual sintamos e
vivamos na própria pele no dia-a-dia, pelo que o que em resumo posso concluir e
concluo por mim mesmo é que continuo a não poder confiar num PS que levou o
País à beira da banca rota; nem tão pouco e muito menos num PSD que
sucessivamente sustentou isso e depois inclusive com o argumento de “que se lixem as eleições” aplicou
medidas de austeridade duríssimas, que curiosa e mas para mim expectavelmente
agora que se aproximam eleições legislativas a passos largos, até já se pode
aumentar o vencimento mínimo nacional e alguma que outra equitativa “benesse”,
para mim e como desde democraticamente sempre ao invés do “que se lixem as eleições” e de todo mais ao estilo de quem dá um
doce à criança pobre e analfabeta para a mesma calar qualquer insatisfação própria
e tanto mais se com relação ao supremo exterior, de resto como alegadamente disse
um responsável político/partidário e até governativo da actual coligação
maioritária PSD e CDS/PP: “...se nós políticos não
mentirmos ao povo este não vota em nós”; sequência de que _ tendo por base o
estado semi-debilitado e austero em que se encontra o País após cerca de quatro
décadas de democracia liderada essencialmente pelo centro político (PS, PSD e
no ainda presentemente vigente caso governativo com o coligativo apêndice CDS/PP)
e com mais os respectivos extremos políticos e sociais nunca suficiente e/ou
desde logo democraticamente confiáveis _ cada qual que retire as suas devidas e
se possível frias e imparciais conclusões e se acaso me diga objectiva e consubstanciadamente a mim em quem verdadeiramente confiar e respectivamente votar!?
Por
mim limito-me a subscrever-me responsável e consequentemente:
Victor Barão
(*) ...Inclusive confirmando a falta de credibilidade dos políticos e/ou a minha própria carência de substancial confiança nos respectivos políticos, está já o facto de que com o aproximar de eleições legislativas no corrente ano 2015, parece que a pró transcendente e intransigentemente austera maioria PSD e CDS/PP já começou a afrouxar nas medidas de austeridade, com ainda previsão de assim oportuna, circunstancialmente continuar, pelo menos até às eleições legislativas próximas, no caso com dito afrouxamento ao arrepio das austeras medidas impostas pela troika internacional que o próprio governo interno a seu tempo acatou e austeramente até transcendeu, mas que agora mesmo com indicação das mesmas instituições internacionais que formaram a troika a aconselharem a continuidade das medidas de austeridade, parece que o governo nacional interno ao invés de como anteriormente transcender ditas medidas de austeridade parece até querer contrariá-las _ enfim as incrédulas e inconfiáveis contradições do costume, uma, outra e mais outra vez, independentemente de com os mesmos ou outros protagonistas. Mas nesta particular sequência deixo mais uma pergunta no ar que é: se o actual governo maioritário PSD e CDS/PP estão tão seguros de que seguiram o melhor e/ou como eles não se cansam de repetir até "único" caminho possível que era e é o da austeridade _ que de resto, dada a situação em que o País se encontrava e ainda encontra, eu não discuto _ me leva a perguntar se não é puro oportunismo e tacticismo eleitoralista, em véspera de eleições, então o que mais substancial ou melhor é este repentino e crescente afrouxar nas medidas de austeridade por parte do governo (PSD e CDS/PP) da austeridade?!...
...sendo que mais ou menos consubstanciadamente, eu não acredito que partido político algum de esquerda ou de direita, do centro ou dos extremos, a este nível pró eleitoralista fizesse positiva, substancial e coerentemente mais ou melhor do que o como mínimo aparente oportunismo e tacticismo dos actuais partidos (PSD e CDS/PP) da presente maioria governativa democrática. E pasme-se que em plena democracia, a maioria do "povinho" aplaude e engole a como mínimo demagogia e como máximo falsidade inerente!
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