quarta-feira, julho 18, 2012

Caso Relvas _ Lusófona

            Após toda a gente ter já dito ou escrito algo acerca do caso Relvas _ Lusófona, tão pouco quero ou no caso enquanto naturalmente suscitado em mim, sequer posso também eu deixar de dizer algo próprio ao respeito e/ou na imediata sequência, que é:

            Por mim não tenho concluído sequer o nono ano lectivo escolar, desde logo porque por um lado não estive confessamente à positiva altura ou com a naturalmente suficiente disponibilidade, motivação, capacidade ou segurança interior para corresponder às exigências do ensino convencional, como seja ensino diurno na sua natural sequência original, desde o ensino primário até ao infinito!...

            Por outro lado, porque eventualmente devido a estupidez, a orgulho ou a ignorância, mas também a auto exigência, a rigor e a perfeccionismo, em qualquer dos respectivos casos da minha parte, tão pouco quis ou consegui aproveitar as posteriores facilidades concedidas pelo ensino recorrente nocturno, nem a validação de equivalências proporcionada pelo projecto Novas Oportunidades.

            Pelo que assim sendo, sem (auto e extra) imediatos julgamentos de valor e salvaguardadas as devidas distancias ou comparações, em qualquer dos casos pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal, eu sou constatável e redundantemente nada e ninguém, enquanto por exemplo o Senhor Miguel Relvas é concreta e objectivamente Doutor e Ministro do governo da nação e/ou vice-versa.

            Global sequência de que só gostaria de fazer um conclusivo reparo que é o seguinte: eventualmente para se ser um bom político, um bom ministro e/ou o que mais ou menos quer que substancialmente seja, em certa medida e circunstancias quiçá ou seguramente não seja necessário ser-se doutor, engenheiro ou coisa que o valha, como por exemplo Jacques Delors; Lula da Silva, entre outros _ salvo necessariamente para se ser mesmo doutor, engenheiro e afins enquanto tais; pelo que o que também creio é que ser-se doutor, engenheiro ou coisa que o valha tipo a martelo e/ou esforçada, artificial ou falsamente só para se ser ministro ou por se ter sido ministro é que tão pouco me parece muito ou mesmo nada correcto, em ultima instância e para tal está ou estará o estatuto de doutor honoris causa e ainda assim neste último caso creio eu que será ou deveria ser necessário ter-se contribuído positiva e comprovadamente de facto para o universal bem comum, com base numa avaliação isenta por parte dum suficientemente qualificado colectivo para tal. E não pela supostamente assinatura dum unilateral reitor ou dum ou dois senhores professores universitários _ possivelmente amigos ou correligionários do (pseudo) graduado doutor!? Enfim o que desde logo não pode haver é dúvidas entre todas e cada uma destas legítimas ou ilegítimas dimensões!... Ainda que dúvidas e confusões é o que cada vez mais não deixa de haver neste país, em que parece que poucas coisas são suficientemente claras e objectivas logo à partida e mas também à chegada, como para que este tipo de confusões(*) e de polémicas não se gerem. Em especial quando envolve as elites políticas e sociais. Em qualquer caso o Doutor Relvas é já menos um a contar para os ainda relativamente baixos níveis de escolarização nacionais _ de que neste último caso, sem lamento nem regozijo, eu próprio sou frio e confesso paradigma _ ainda que e/ou até porque parece que cada vez mais sobram os verdadeiramente qualificados ou inquestionavelmente graduados, aquém e além do Dr.º Relvas!...

            (*) Que até enquanto eu nada e ninguém, tenho tendência a identificar-me com o meio envolvente e/ou a absorver as referências e influências envolventes, incluindo necessariamente e em qualquer dos casos as confusões, como se de mim mesmo se trata-se ou trate, como dalgum eventual modo (também) por aqui se pode constatar _ com ressalva de que modéstia à parte, eu parto da confusão para a simplificação, designadamente entre nada e ninguém e tudo e todos!...

                                                                                              Victor Barão

              

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