Por mim não
tenho concluído sequer o nono ano lectivo escolar, desde logo porque por um
lado não estive confessamente à positiva altura ou com a naturalmente suficiente
disponibilidade, motivação, capacidade ou segurança interior para corresponder às
exigências do ensino convencional, como seja ensino diurno na sua natural
sequência original, desde o ensino primário até ao infinito!...
Por outro
lado, porque eventualmente devido a estupidez, a orgulho ou a ignorância, mas
também a auto exigência, a rigor e a perfeccionismo, em qualquer dos
respectivos casos da minha parte, tão pouco quis ou consegui aproveitar as
posteriores facilidades concedidas pelo ensino recorrente nocturno, nem a validação de equivalências proporcionada pelo projecto Novas
Oportunidades.
Pelo que
assim sendo, sem (auto e extra) imediatos julgamentos de valor e salvaguardadas
as devidas distancias ou comparações, em qualquer dos casos pelo melhor e pelo
pior, para o bem ou para o mal, eu sou constatável e redundantemente nada e ninguém, enquanto por exemplo o Senhor Miguel Relvas é concreta e
objectivamente Doutor e Ministro do governo da nação e/ou vice-versa.
Global
sequência de que só gostaria de fazer um conclusivo reparo que é o seguinte:
eventualmente para se ser um bom político, um bom ministro e/ou o que mais ou
menos quer que substancialmente seja, em certa medida e circunstancias quiçá ou seguramente não
seja necessário ser-se doutor, engenheiro ou coisa que o valha, como por exemplo Jacques Delors; Lula da Silva, entre outros _ salvo
necessariamente para se ser mesmo doutor, engenheiro e afins enquanto tais; pelo
que o que também creio é que ser-se doutor, engenheiro ou coisa que o valha
tipo a martelo e/ou esforçada,
artificial ou falsamente só para se ser ministro ou por se ter sido ministro é
que tão pouco me parece muito ou mesmo nada correcto, em ultima instância e
para tal está ou estará o estatuto de doutor honoris
causa e ainda assim neste último caso creio eu que será ou deveria ser necessário
ter-se contribuído positiva e comprovadamente de facto para o universal bem
comum, com base numa avaliação isenta por parte dum suficientemente qualificado
colectivo para tal. E não pela supostamente assinatura dum unilateral reitor ou
dum ou dois senhores professores universitários _ possivelmente amigos ou
correligionários do (pseudo) graduado doutor!? Enfim o que desde logo não pode
haver é dúvidas entre todas e cada uma destas legítimas ou ilegítimas
dimensões!... Ainda que dúvidas e confusões é o que cada vez mais não deixa de
haver neste país, em que parece que poucas coisas são suficientemente claras e
objectivas logo à partida e mas também à chegada, como para que este tipo de
confusões(*) e de polémicas não se gerem. Em especial quando envolve as elites políticas e sociais. Em qualquer caso o Doutor Relvas é já menos um a contar para os ainda relativamente
baixos níveis de escolarização nacionais _ de que neste último caso, sem
lamento nem regozijo, eu próprio sou frio e confesso paradigma _ ainda que e/ou
até porque parece que cada vez mais sobram os verdadeiramente qualificados ou
inquestionavelmente graduados, aquém e além do Dr.º Relvas!...
(*) Que até enquanto eu nada e ninguém, tenho tendência a identificar-me com o
meio envolvente e/ou a absorver as referências e influências envolventes, incluindo
necessariamente e em qualquer dos casos as confusões, como se de mim mesmo se
trata-se ou trate, como dalgum eventual modo (também) por aqui se pode
constatar _ com ressalva de que modéstia à parte, eu parto da confusão para a simplificação, designadamente entre nada e ninguém e tudo e todos!...
Victor Barão
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