Mal comparado
seja, mas recordaria aqui um exemplo de quando eu cumpria o serviço militar, ao
nível da chamada recruta (formação básica e de especialidade), em que um
determinado dia, no início dessa mesma recruta, um Sr.º Major, Comandante de
Batalhão (de formação), com todo o respectivo batalhão formado em parada e correspondente solenidade do momento, deu
azo a um discurso acerca do que e como é ser militar, tendo por base a
apresentação, a postura, etc. etc. e nesta mesma sequência eis que a páginas
tantas o Sr.º Major em causa, pôs-se a exemplificar na prática, designadamente
como se marcha militarmente em formatura, mas como o Sr.º sofria duma qualquer
descoordenação motora, marchou com o braço e a perna do mesmo lado ao mesmo
tempo, dando correspondente azo a algum tipo de colectivo riso abafado, mas não
tão abafado quanto para que o Senhor não se tivesse dado conta do mesmo,
emendando o Sr.º Major de imediato a mão, inclusive num tom algo humorado, com
as seguintes palavras: ...bom! Posso não
estar a fazer bem, mas vocês façam como eu digo, não façam como eu faço!
Com o
anterior não quero em absoluto dizer que aquele Senhor Major militar era uma
pessoa negativa ou negativista, que até pela forma inclusive algo humorada como
de imediato e de improviso deu resolução aquela situação, em que o próprio se
tornou motivo de riso para todo um batalhão militar que lhe era
hierarquicamente obediente. Pelo que o que quero dizer e digo é que por vezes
há pessoas que elas sim são tão suficientemente negativas e que levando-se a si
mesmas tão a sério, acabam projectando a sua negatividade no e sobre o próximo,
inclusive auto assumindo-se a si mesmas como (quase) permanentemente correctas
e ao próximo como (quase) permanentemente errado, até porque tendem a auto
assumirem-se a si como uma espécie de virtuosas, se acaso ao colarem-se ao
virtuosismo alheio, à vez que respectiva e inversamente tendem a perspectivar o
próximo como incapaz, em especial aquele próximo que não se lhes imponha directa e/ou imediatamente de forma superior, já seja por só procurarem no próximo a ineficácia do
mesmo ou já seja por projectarem no próximo a sua própria ineficácia. Seja ainda
e mais especificamente que há pessoas que no lugar daquele Senhor Major não só
teriam dificuldade em auto assumirem o seu erro prático, como até procurariam
projectar no próximo esse erro e/ou a dificuldade em auto assumi-lo, se acaso
procurando tudo o que fossem erros alheios, para mandar o próximo positivamente
a baixo, como se com isso pudessem tapar ou compensar os seus positivos erros
próprios, com respectivo prejuízo do reconhecimento dos positivos acertos
alheios e de respectivamente puxar positivamente o próximo para cima, salvo
o facto de que ao reconhecerem ou ao colarem-se aos positivos acertos alheios
fosse ou seja como uma imediata auto promoção própria, mesmo que sem prática e
continua projecção no espaço e no tempo, enquanto não baseada num seu efectivo
mérito próprio. Dalgum modo diria que são pessoas que aquém e além do que
(inter)pessoal, social, cultural, vivencial ou existencialmente a isso as levou
ou leva, em regra tendem a “viver” com base no melhor e o pior alheio
e/ou no que correcta ou incorrectamente as mesmas têm como melhor e pior alheio,
colando-se ao melhor como se lhes
fosse próprio e enfatizando o pior
como unilateralmente próprio do outro, dependente ou independentemente dos seus
respectivos méritos ou deméritos próprios. Por também dalgum modo definir este
tipo de pessoas, diria que são pessoas que não existem concreta e efectivamente
com uma personalidade e identidade própria devida e/ou positivamente
estruturada, limitando-se a ir subsistente e/ou circunstancialmente na corrente, ainda que e/ou até porque
com uma latente noção de certo e de errado, de positivo e de negativo, de eficiente
e de ineficiente, em última instância de superior e de inferior.
Que como refiro logo ao inicio do
presente, eu mesmo já fui tão negativo assim, não raro projectando a minha
negatividade no próximo, desde logo procurando reconhecer e enfatizar os erros
alheios e/ou colando-me ao virtuosismo alheio para me sentir algo ou alguém que
positivamente eu mesmo não era ou não sou por mérito próprio. E talvez por tudo
isso, num respectivo processo em que procuro por mérito próprio aproximar-me ou
equivaler-me tanto quanto literalmente possível aos mais positivamente
virtuosos, ainda que a partir de eu ter sido e/ou ser (ainda!...) muito
positivamente ineficaz, o facto é que não raro me toca ter de intermediamente
lidar (conviver e interagir) com pessoas essencialmente inseguras e
negativistas, perante e para com as quais eu mesmo tenho de ser tão positivo
quanto literalmente me seja possível, enquanto no meu próprio processo pró virtuosismo
ou pelo menos pró auto subsistente. O que não é globalmente fácil, por
vezes e em certas circunstancias chega até a ser-me (quase) desesperante, mas
que enquanto sendo essa dificuldade e/ou (quase) desespero, pró vital,
universal e/ou técnica parte integrante do processo, acaba por ser também equitativamente
aliciante.
Dalgum modo
diria que auto navego de entre o copo meio cheio (positividade) e o copo meio vazio (negatividade); após já
ter tocado e dum ou doutro modo continuar a tocar por dentro e/ou por fora quer
uma dimensão quer outra. De entre o que me resta, não só esperar, como até tudo
fazer para retomar e se tanto quanto possível preservar indefinidamente a virtuosa
perspectiva própria e envolvente do copo meio
cheio, até por conhecer bem a ineficiente perspectiva própria e envolvente do
copo meio vazio!
VB
(*) Por exemplo e de momento trabalho ao mais básico nível
da plantação de árvores, como prática e concretamente seja a abrir covas à base
de trabalho braçal para plantar as árvores, incluindo a plantação destas
últimas enquanto tais, isto numa empresa de prestação de serviços
agro-florestais.
Nesta
mesma anterior sequência poder-se-á perguntar o que e como é que é para mim um
trabalho positivo e/ou virtuoso a este nível de plantação de árvores?
Desde
logo que, até por há uns anos atrás eu já ter trabalhado nesta área, tenho uma
mínima e/ou quiçá significativa noção do que e como é plantar (bem) árvores.
Mas dependente ou independentemente dessa noção ou não, por exemplo ao ser este
um trabalho essencialmente físico, duma unilateral perspectiva própria um bom
trabalho a este respeito seria aquele em que eu sai-se o menos cansado e/ou
dorido ao final de cada dia ou seja em que rapidamente eu tenderia semi
objectiva ou intuitivamente a procurar as formas mais fáceis e/ou cómodas de
trabalhar, aquém ou além das árvores ficarem bem ou mal plantadas em e por si
sós, incluindo ou excluindo ainda uma minha maior ou menor consciência disso _ que no limite desta acepção, não as plantar seria a melhor solução. Pelo
que duma perspectiva mais pró vital e universalmente multilateral, aquém e além
do terreno ser mais fácil ou mais difícil de cavar; das árvores estarem em
melhores ou em piores condições para serem plantadas; do meu patrão, dos proprietários
dos terrenos a plantar ou dos meus companheiros de trabalho, etc., etc., serem
mais ou menos positivos ou negativos, comodistas ou esforçados e afins; por mim
mesmo procuro através de quem sabe e/ou do que o próprio trabalho me possa
ensinar em e por si só, o que e como é a melhor forma de plantar uma árvore em
natural e objectivo proveito desta última e a partir dai as próprias árvores
tornam-se para mim o mais importante. Assim sendo mais importante do que eu, do
que o meu patrão, do que os proprietários dos terrenos a plantar, do que os
meus companheiros, chefes e encarregados se os houver, são e estão acima de
tudo as próprias árvores; seja ainda que sem deixar em absoluto de levar em
linha de conta as ordens e/ou orientações de patrões, de encarregados, de
chefes e/ou as considerações de colegas, em qualquer caso procuro fazer o
que até em toda esta global e múltipla sequência a minha respectiva consciência
me dita enquanto com base no que me seja ensinado e/ou eu aprenda no relativo
ao objectivo do trabalho em causa que é a plantação de árvores, com estas últimas
como o factor fundamental. Seja ainda que se no caso enquanto plantador de árvores eu
fizer o meu trabalho tão bem feito quanto vital, universal e/ou tecnicamente
devido, só por certo isso ser-me-á útil a mim(**), ao meu patrão, aos proprietários
dos terrenos a plantar, aos meus colegas e assim sucessivamente até ao
infinito, no fundo será algo positivamente útil à humanidade e/ou à própria vida
universal. Cujo respectivo virtuosismo está ou estará no equilíbrio de entre os
mais diversos interesses, factores e/ou intervenientes em causa, no caso tendo
as próprias árvores como base central e/ou fundamental. Tudo o mais são ou
serão comodismos, egoísmos, unilateralismos, interesses mesquinhos, por si só
negativismos que pouco ou nada têm ou terão a ver com vital ou universal
virtuosismo; o que no caso concreto e por mim mesmo falando, virtuosismo
coincide com fazer um trabalho que seja o mais vital e universalmente continuo,
eficiente e competente possível, na circunstancia tendo por base a plantação de
árvores _ vulgo (re)florestação. E que se quando a minha consciência ao
respeito for violada, sem uma positivamente plausível e/ou fundamentada
justificação para tal, reservo-me em permanência o respectivo direito de por
exemplo e justificativamente me (auto) retirar; já e se pela inversa for eu
e/ou a minha consciência a estar positiva, vital e/ou universalmente errado(a),
não só aceito, como até agradeço ser positivamente corrigido; a partir de que
pró positiva e/ou virtuosamente, pouco ou nada mais me resta que em qualquer
circunstancia e perante quem quer seja, desde logo perante a minha consciência, é procurar fazer o que e como pessoal, humana, vital e universalmente melhor me
seja possível _ o que no meu caso, não raro é algo essencialmente esforçado e
sofrível, enquanto a partir ou de dentro dum positivo desencontro comigo mesmo
e com a própria vida, ainda que creio também o suficientemente empenhado,
enquanto pró positivo reencontro comigo mesmo e com a própria vida, que como
pior das hipóteses enquanto pró positiva ou subsistente equivalência ao que e a
quem mais vital e universalmente me inspira ou me motiva, a começar e a terminar
na e pela minha própria família! De e para com o que em primeira, intermédia ou
última instância se inclui pró vital, sanitária ou subsistentemente, também, o
presente.
(**) No caso e por mim mesmo falando, ser-me-á e/ou é-me útil desde logo ao nível da minha auto exigente, quando não mesmo idealista e perfeccionista consciência própria; ainda que e/ou até porque eu esteja muito mais próximo da frustração do que de qualquer efectiva concretização idealista e/ou perfeccionista!
(**) No caso e por mim mesmo falando, ser-me-á e/ou é-me útil desde logo ao nível da minha auto exigente, quando não mesmo idealista e perfeccionista consciência própria; ainda que e/ou até porque eu esteja muito mais próximo da frustração do que de qualquer efectiva concretização idealista e/ou perfeccionista!
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