Se for o caso perdoe-se-me auto arrogar-me do único mérito, por si só do único
raio de vida que me restou e resta, o que implica dizer que a mais ou menos
duras penas e por respectiva auto reconhecida carência de autoconfiança, de
auto estima e de amor própria/os, sempre com ressalva para as devidas e mais ou
menos qualitativas ou quantitativas excepções, diria e digo que inclusive a
minha auto aludida carência de autoconfiança, de auto estima e de amor própria/os
derivou do facto de desde há muito, dalgum modo desde globalmente sempre me ter
sentido positiva, prática, funcional e não raro absolutamente impotente quer
perante o que e quem não me era nem me é de positiva ou de absoluta confiança,
quer até por isso também respectivamente perante o que ou quem me
inspirou e inspira a melhor, mais positiva e incondicional confiança desta e
nesta vida. Seja que as minhas positivas carências podem ser e são-me de facto
próprias, mas ao menos em parte foram-me e são-me suscitadas pelo mais genérico
e transversal meio sociocultural envolvente.
De entre o que cujo mérito ou raio de
vida que me restou e resta em si mesmo ou como minha possível (re)projecção pró
plenitude vital, foi e é o mérito da honestidade e a sinceridade. Desde logo honestidade
e sinceridade nisto que e como escrevo a partir duma base e a um nível de todo
mais pró racional, intelectual e espiritual do que prático, (inter)activo e
funcional. Pois que em termos práticos deixei há muito de existir interpessoal,
humana e socialmente, não tendo por exemplo vida pessoal, familiar, social e/ou
sequer profissional própria; na prática limito-me a ir (auto)subsistindo o mais
e o melhor que posso e sei, não raro ou mesmo básica e essencialmente por
passivo e abnegado e/ou voluntariosos e esforçado abandono ao que ou a quem
legitimamente me proporcione as mínimas condições para isso (sobreviver). Tudo isto
apenas com excepção para esta minha forma de expressão, de existência e de pró
plenitude vital ou existencial própria, por via da escrita que por si só me é pró vital,
sanitária ou subsistentemente fundamental. Seja que em termos de vida prática e
plena, por exemplo interpessoal e socialmente já nem recordo quando existi pela
última vez, aquém e além de muito pontual, residual, intermitente, fugaz e/ou
efemeramente aqui e ali, perante esta ou aquela outra pessoa; já em termos
profissionais pura e simplesmente jamais existi, aquém e além de em diversas
actividades laborais de pró básica e imediata subsistência. Ainda que
precisamente nessa base em associação ou dissociação à minha natural e
primordial energia vital, se tenha desenvolvido, ao menos, esta minha vertente
pró racional, intelectual e espiritual, desde logo como circunstancial ou
providencial meio e forma de pró fé e esperança de alguma vez e dalguma forma
reencontrar e retomar a minha plenitude vital própria e até enquanto tal a
plenitude vital modo geral, já agora da forma mais (pró)positiva, construtiva,
criativa, produtiva, satisfatória e condigna possível.
Mas se e/ou enquanto isso não sucede,
resta-me ser tão pró racional, intelectual e espiritualmente honesto e sincero quanto
literalmente possível, como por exemplo o estou impessoal e (pró) publicamente
a ser ou a fazer neste preciso momento e/ou em mais tudo o que, como e quanto
natural e espontaneamente escrevo.
A partir de que como contraponto à
desonestidade e à mentira que grassam pelo mundo, desde logo e acima de tudo
genérica e transversalmente pela sociedade humana desde a sua base até ao seu
topo, permita-se-me então concretizar e expor honesta e sinceramente o meu
seguinte raciocínio, precisamente com base e em sequência na desonestidade e na
falta de sinceridade humana e social dum modo geral e que é assim:
A básica essência social da
democracia é a classe média.
Classe média que em Portugal, baseada
em gestões políticas e/ou num genérico culto social interno pseudo
democrático(s) de longa data, na base do “amigo”, do “padrinho”, do
“afilhado”, da “troca de favores”, do “corporativismo”, por já não falar no
egocentrismo e afins, chegou aquilo que hoje e parece que cada vez é _ digo
eu _ mera, lamentável e democraticamente residual. E precisamente nesta tão cada
vez mais e mais pseudo democracia quanto cada vez mais e mais residual é a
classe média, respectivamente quando alguém reclama, protesta ou se manifesta
mesmo que com a mais substancial das razões contra o que esteve e está politica
e socialmente mal, logo e segundo a ideologia e/ou os interesses de quem é alvo
e/ou interprete da queixa, do reclamo ou da manifestação de indignação, não
raro leva o queixoso, reclamante ou manifestante a ser depreciativamente
apelidado de comunista, de fascista e/ou por si só de subsequente “burro” cuja
“voz não chega nem no contexto em causa jamais chegará ao céu”; tudo isto aquém e além
de que eu mesmo não seja muito ou mesmo nada de me queixar, de reclamar ou de me
manifestar, ao menos aquém e além do que e como esta minha escrita possa conter
ou deixar transparecer. De entre o que em qualquer caso faça-se atenção porque
nas circunstancias em causa eu pessoalmente indignava-me ou indigna-me menos
que se impose-se ou se imponha um regime comunista, fascista ou qualquer outro
radical “ista”,desde que honesto e sincero enquanto tal, do que efectiva e
profundamente me indigna esta pseudo democracia desonesta e mentirosa, enquanto tal profunda,
crescente e redundantemente injusta. Ainda que e/ou até porque os pseudo democratas acabassem sendo os mentores e/ou carrascos dum qualquer radicalismo político, ideológico e/ou existencial modo geral, mas ao menos ai sim passariam a ser honesta e sinceramente coerentes(*)!
De entre e/ou aquém e além do que
tendo eu aprendido a amar a democracia enquanto dimensão política e social em
que cada qual tem direito e liberdade de escolha designadamente com relação ao
que e como fazer da e com a sua própria vida, dentro dum natural quadro de
universal direito legal democrático, à partida de igual para igual de entre
todos e cada qual(**). Bem e desde já com base nos pseudo democratas, não se me
confunda, porque não estou a defender liberdade ideológica e muito menos
existencial entre todos e cada qual, porque isso simples e naturalmente não
existe nem tão pouco e muito menos à força, estou sim a defender igualdade de
verdadeiros, concretos, naturais e consequentes direitos, desde logo e por si
só, universalmente democráticos _ se é que me faço entender!? A partir de que
então e por exemplo digo:
Que se lixe o comunismo e os
comunistas dos gulags e afins; que se lixe o fascismo e os fascistas dos campos de
concentração e afins; mas que se lixe também a pseudo democracia e os pseudo democratas
do egocentrismo e afins; que viva a democracia dos verdadeira e universalmente justos,
que eu me esforço honesta, sincera e por si só pró democraticamente há muito
por procurar ser, aquém e além de o conseguir ou não!?
VB
(*) Parece-me a mim, mais ou menos constatavelmente, desde logo por exemplos que surgem recorrentemente com expressão publica, inclusive enquanto derivados de cargos políticos/públicos, que muitos nem terão qualquer convicções de direita, de esquerda ou quais queres outras, aquém e além dum egocêntrico sentido de oportunidade para se aproveitarem da tolerância e da liberdade democrática em seu unilateral, corporativo ou por si só parcial proveito próprio e não para servir universalmente o bem do colectivo democrático. Que em muitos casos e segundo a posição que ocupem na hierarquia política e social democrática, parece até que perversamente contra esta última, alguns acabam criando condições de impunidade para si mesmos e para o seu egocentrismo individual, corporativo e em qualquer caso meramente parcial _ pontualmente criminoso e recorrentemente indecente.
(**) Por vezes quanto mais próximos estamos das coisas menos as vemos ou menos as discernimos objectivamente e eu estou tão por dentro de tentar praticar os valores que se seguem, que acabei por passar referencialmente ao lado dos mesmos quando escrevi e postei o transacto, valores aplicados ao sequencial ponto assinalado no texto transacto e a que agora dou continuidade, são os seguintes: ... aquém e além de mero estado de direito universal com base na lei democrática, mas também e/ou acima de tudo com forte sentido de valores éticos, morais, em suma de universal respeito próprio, pelo próximo e pela própria vida.
(*) Parece-me a mim, mais ou menos constatavelmente, desde logo por exemplos que surgem recorrentemente com expressão publica, inclusive enquanto derivados de cargos políticos/públicos, que muitos nem terão qualquer convicções de direita, de esquerda ou quais queres outras, aquém e além dum egocêntrico sentido de oportunidade para se aproveitarem da tolerância e da liberdade democrática em seu unilateral, corporativo ou por si só parcial proveito próprio e não para servir universalmente o bem do colectivo democrático. Que em muitos casos e segundo a posição que ocupem na hierarquia política e social democrática, parece até que perversamente contra esta última, alguns acabam criando condições de impunidade para si mesmos e para o seu egocentrismo individual, corporativo e em qualquer caso meramente parcial _ pontualmente criminoso e recorrentemente indecente.
(**) Por vezes quanto mais próximos estamos das coisas menos as vemos ou menos as discernimos objectivamente e eu estou tão por dentro de tentar praticar os valores que se seguem, que acabei por passar referencialmente ao lado dos mesmos quando escrevi e postei o transacto, valores aplicados ao sequencial ponto assinalado no texto transacto e a que agora dou continuidade, são os seguintes: ... aquém e além de mero estado de direito universal com base na lei democrática, mas também e/ou acima de tudo com forte sentido de valores éticos, morais, em suma de universal respeito próprio, pelo próximo e pela própria vida.