Auto-gestão
pessoal ou existencial modo geral, com reflexo na auto-gestão sanitária e
física em particular e/ou vice-versa. Tudo dentro dum contexto pessoal próprio
e sociocultural envolvente, por assim dizer e como mínimo, sanitária ou
existencialmente duvidosos. E não o digo como mutua partilha de insanidade
existencial própria e envolvente para evitar carregar essa insanidade toda só
para mim, mas porque o que precisamente também estou já cansado é de e
unilateralmente auto carregar essa insanidade, desde há muito, só para mim.
Seja
que ao sanitário nível pessoal e físico em concreto, sofro de luxação
espontânea no joelho esquerdo desde há cerca de trinta e dois anos e em
sequência duma pancada a jogar futebol sofro de luxação no joelho direito desde
há cerca de trinta anos, em qualquer dos casos a esta parte. Ou seja que tão só
de entre a revelação espontânea de luxação no joelho esquerdo e a revelação de
luxação em sequência duma pancada a jogar futebol no joelho direito, tudo isto
ainda durante a minha adolescência ou pré-adolescência passaram-se cerca de
dois anos em que no caso concreto se cimentou agravadamente a luxação no joelho
esquerdo, sem que apesar disso eu tenha deixado de jogar futebol, a ponto de me
ter surgido luxação no joelho direito precisamente em sequência duma pancada a
jogar futebol cerca de dois anos após me ter surgido acto espontâneo a luxação
do joelho esquerdo também a jogar futebol. Sendo que entretanto e tão só nesses,
cerca de, dois anos a rotula do joelho esquerdo saiu em processo de luxação
seguramente mais duma e não sei ao certo se não mesmo duas ou mais dezenas de vezes.
Que só para se ter uma ideia a rótula esquerda chegava sair-me duas vezes por
semanas e ainda assim eu não parava, não conseguia, nem queria parar de jogar
futebol. Tendo chegado ao ponto em que a rótula me saía nas circunstâncias mais
banais e correntes do dia-a-dia, como por exemplo ao fazer uma simples rotação
corporal sobre o joelho, nos mais comuns movimentos diários, aquém e além dos
movimentos mais bruscos ou mesmo dos choques subsequentes à prática do futebol _
que salvo uma derradeira e dadas as circunstancias também algo despropositada e
pró depressiva experiência pré-profissional, de resto numa prática meramente amadora
como sempre o pratiquei.
Bem
mas a partir daqui e tão só pelo anterior, já se pressupõe um processo
existencial da minha parte e dalgum modo sociocultural e existencial envolvente
a mim, em qualquer dos casos e por assim dizer pouco saudável modo geral. Sequência
de que não me querendo, nem sequer me devendo alongar muito ao respeito neste
presente contexto que se quer o mais sucinto e objectivo possível, no entanto posso
e devo adiantar que se não havia já no anterior alusivo à prática do futebol
pela minha parte, um meu processo de auto-gestão existencial geral e sanitária
em particular, seguramente a partir dai essa auto-gestão se me impôs
crescentemente. Auto-gestão que enquanto a partir da minha pré adolescência e
mas mais objectivamente a partir da minha adolescência derivou de eu ter
deixado de confiar positiva e/ou até absolutamente em mim mesmo e mas também em
muito do que e de quem em envolvia; o que enquanto da minha parte e à altura apenas
com auto-confiante ressalva para o nível duma minha auto didáctica evolução na
prática futebolística e tão só por isso eu não conseguia deixar de praticar
futebol, por mais obstáculos ou limitações inerentes, até ao dia em que claro
essa impossibilidade se me impôs crua e duramente acima de qualquer minha
vontade ou necessidade em positivo sentido contrário. Tudo isto ainda numa
sequência em que por minha original natureza própria eu nem sequer gostava de
futebol, nem de ver nem de jogar, salvo como inicial meio de socialização e/ou
de afirmação perante e para com um factor social de destaque como já era e
continua a ser o futebol, isto quando logo a partir da infância eu sempre senti
significativas dificuldades na integração e pior se na afirmação interpessoal,
social e curricular escolar. Tendo apesar de ou até por tudo, encontrado circunstancial/providencialmente
no futebol um misto de escape à minha global e crescente frustração
interpessoal, social e curricular que por si só não incluía sequer oficial ou
curricularmente a vertente desportiva ou de educação física, mas encontrei
também na prática futebolística o minimamente razoável meio de socialização
modo geral e com o meu género masculino em particular. Seja que resumidamente à
posterior posso concluir que o futebol se me apresentou
circunstancial/providencialmente como um “presente envenenado” em si mesmo,
ainda que apesar de e/ou até por tudo e à altura me tenha concedido a ideia de
que eu tinha algumas positivas potencialidades próprias por vida da minha auto
didáctica evolução técnica e táctica ao nível futebolístico, mas também correspondentes
potencialidades interpessoais e sociais por directa ou indirecta via e em
sequência dessa mesma prática futebolista. Que mais directamente por via de e
para com todos e todas o/as demais ligado/as à prática do futebol e mais indirectamente
derivado da mínima autoconfiança em mim mesmo que essa prática futebolística me
proporcionava reflectida nas interacções pessoais e sociais modo geral. Só que
quanto a impossibilidade de poder continuar a praticar futebol se me impôs
acima de qualquer outra, o que também resultou em e para mim foi o inicio da
minha primeira grande depressão, designadamente carência de motivação, de força
anímica, de objectivas ou absolutas perspectivas relativamente ao que mais quer
que fosse, inclusive às relações interpessoais e sociais que até então estavam
essencial e até então essencial e/ou circunstancialmente baseadas na prática
futebolística pela minha parte. Inclusive nesta sequência cheguei mesmo a
sentir ódio de mim mesmo, já que não terminava de positivamente fracassar, já
fosse no que a sociedade me propunha ou impunha como por exemplo ao nível
interpessoal, social e curricular escolar, mas também no que inclusive por isso
eu me auto propunha a mim mesmo, como ao nível da prática
futebolística/desportiva de índole físico, no fundo e na verdade era e foi como
deixar de confiar em mim fosse a que nível fosse: interpessoal, social,
racional, intelectual, cultural, agora também físico e em suma existencial
próprio modo geral. Ainda que tão pouco tenha deixado de ser providencial o
facto de eu não poder continuar a jogar futebol, já que as interacções pessoais
e sociais por mais positivas e dignas que fossem como de facto eram enquanto
ligadas à prática do futebol, no entanto não tinham própria e naturalmente que
ver com a minha natureza pessoal própria, que de origem incluía o facto de eu
nem gostar de futebol. De entre o que se algo positivo se salvou, da minha
auto-didáctica prática futebolística, foi precisamente (também) a minha auto
noção de que não deixava de ter algumas positivas potencialidades próprias,
ainda que até então essencialmente baseadas em algo, prática futebolística, de
que não gostava originalmente e em que acabei por fracassar (também) por
(congénitas) limitações físicas, quando entretanto já havia fracassado
redundantemente no para mim muito marcante processo interpessoal, social e
curricular escolar. Seja que fosse qual fosse o meu futuro, o meu presente
estava essencialmente marcado por todo um globalmente fracassado passado. Sequência
de que o melhor que circunstancial/providencial e depressiva/autogestionariamente
consegui foi auto assumir-me a mim mesmo pela negativa ou como positivamente
inócuo, ainda que não tendo perdido de todo a noção de bem e de mal e/ou do que
era positividade própria e na circunstancia acima de tudo positividade envolvente,
porque a minha positividade própria era algo cada vez mais meramente latente e
em regra baseado em apesar de ou até por tudo eu ainda ir conseguido
identificar a positividade alheia/envolvente, como reflexo da minha latente
positividade própria, de entre o que como que acabei por duma vez por todas
entrar em cada vez mais auto-consciente processo de auto-gestão existencial
própria. Isto quando entretanto e apesar de ou até por tudo o subjacente a mim
e mas também a muito do que e de quem me envolvia, como que acabei perdendo a
positiva a não raro mesmo absoluta confiança não só em mim mesmo mas também em muito
do meio sociocultural e existencial envolvente. Até porque sem pretender passar
todas as responsabilidades dos meus males ou das minhas positivas misérias para
o exterior, no entanto tão pouco quero mais auto assumir essas mesmas
responsabilidades exclusivamente para mim, pois creio eu que o facto é que o
meu rotundo fracasso interpessoal, social e curricular escolar e existencial
modo geral não pode ter dependido só de mim, pelo menos assim o perspectivo à
distância temporal e circunstancial. De entre o que tão pouco creio que tenha
dependido só de mim a minha insistência na auto-prática do futebol durante
cerca de três a quatro anos para além de tudo o que se pode considerar razoável
nas circunstancias em que eu continuava a fazê-lo de entre ter-se-me revelado a
dupla luxação em ambos os joelhos e o posterior momento em que por força das
circunstancias tive mesmo de deixar de praticar futebol. Seja que enquanto
auto-prática futebolística e em contexto de auto-gestão existencial própria modo
geral, em qualquer dos casos a partir da minha pré adolescência, essa
respectiva prática fizesse todo o sentido para mim, creio eu que o meio
envolvente não deixou de ter as suas responsabilidades inerentes, desde quem
quer que individual ou institucionalmente fosse me tivesse ajudado a encontrar
um natural caminho vital ou existencial próprio, quando quase tudo e todos se me apresentavam directamente em nome do meu próprio bem, incluindo até o meio médico que à partida está para o bem de quem quer que seja, mas em que à
altura por mais que eu me queixa-se dos problemas que sentia nos
joelhos, com fé de que os mesmos fossem medicamente tratáveis ou que pelo menos
que me tivessem dito por A+B que assim não era em efectivo; o facto é que sempre
esbarrei com um sistema sociocultural em geral e posteriormente também médico em
particular que a mim e à altura por todos os motivos e mais um me fez sentir
insignificante, impotente e em resumo descrente no e perante o mesmo sistema sociocultural
geral e médico em particular, aquém e além de eu jamais ter terminado de crer/confiar em mim mesmo. Sendo que o meio sociocultural geral era, por
assim dizer, significativamente ambíguo sob e sobre diversas perspectivas, desde
logo enquanto recentemente derivado dum regime ditatorial para um
revolucionário regime democrático, de entre o que a minha própria e para mim fundamental
família em concreto o mais e melhor que desde há muito me demonstrava
semi-implícita e explicitamente era a sua efectiva ou auto-crível positiva
impotência própria por si só e/ou face a mim, já que por exemplo durante e para
com todo o meu percurso interpessoal, social e curricular escolar o mais e
melhor que a minha família e os meus pais em concreto foram capazes de me
transmitir baseava-se em “estuda para
seres alguém na vida, para não teres de ser como nós que não somos nada nem
ninguém, não somos exemplo para ti”. O que a corresponder eu aos conselhos
dos meus pais equivalia a ir contra mim mesmo ou contra o que e como os meus
pais eram por si sós e/ou significavam para mim, o que neste último caso desde
logo originalmente e certa medida até determinado ponto era/m literalmente tudo
para mim. Tanto mais ainda assim quando tanto ou mais do que positivo respeito, acima de tudo eu devia obediência aos meus pais, tal como de resto a qualquer estatuto superior que desde logo alega-se ou se supusesse agir em nome do meu próprio bem, a partir de que nem o meus pais nem um qualquer estatuto superior necessitavam ser positiva, objectiva ou conclusivamente coerentes por si só e para comigo ou para com qualquer estatuto inferior, bastando imporem-se hierarquicamente de cima para baixo e ponto. Que por exemplo no relativo a ser positiva, objectiva e conclusivamente coerente vou dar um exemplo muito prosaico e sucinto que era e quando se acaso ainda é o exemplo dos adultos fumarem e mas dizerem ou mesmos proibirem os filhos ou os mais jovens de o fazerem, porque no limite e alegadamente faz mal à saúde; sendo que para mim o exemplo prático, concreto e corrente na educação/formação de quem quer que seja e da própria sociedade como um todo está no exemplo prático, pelo que quando esse exemplo prático é tão incoerente e no limite até degradante e prepotente quanto este último, está mais ou menos tudo dito ao respeito. Seja que associado a toda a respectiva referência e influência
sociocultural geral, diria que enquanto tal a minha família me deixou sem
positiva ou coerente base de sustentação própria e próxima a que referente e
consequentemente me agarrar. Dalgum modo e tão só por isso me senti e vi
entregue a mim mesmo, o que enquanto não tendo eu por mim mesmo jamais
cimentado uma estabilidade existencial e escolar positiva e coerentemente própria,
redundou em ter-me tornado uma espécie de perdido de mim mesmo e do meio
envolvente, com refugio na auto anulação, na rebeldia e/ou como melhor das
hipóteses na prática desportiva/futebolística. De entre o que, se isso me é legitimamente permitido, à minha família apenas
atribuo a responsabilidade de não ter por si só conseguido estar ou de
colocar-se positiva e coerentemente acima das globais circunstancias envolventes,
no caso limitando-se a ser apenas mais uma das infindas famílias meramente
designadas de humildes e/ou no limite de obedientes de baixo para cima, perante
e sob o estratificado contexto geral envolvente de que a mesma derivava e era
parte integrante desde sempre, aquém e além de serem famílias mais ou menos
funcionais ou disfuncionais em e por si própria/s _ o que em si mesmo fazia
muita diferença de entre umas famílias e outras, aquém e além do meio
envolvente, não será por acaso que sempre houve mais ou menos funcional sanidade
ou insanidade quer em famílias de estrato superior quer de estrato inferior,
independentemente de em regimes ditatoriais ou democráticos, que nestes últimos
ainda inclui estratos intermédios entre altos e baixos. Dalgum modo e mesmo que
de inicio não o percebe-se racionalmente como tal e no seu todo, no entanto com
o tempo racionalizei o conselho dos meus pais para que estudasse e enquanto
tal não ter de ser como eles, mas ao mesmo tempo tão pouco me afastar ou
esquecer deles que tudo faziam ao seu
alcance para tal, como sendo um conselho dos meus pais para meu próprio bem, mas também uma forma de
por assim dizer resgatar a sua (dos meus pais) auto noção de pelo menos positiva
nulidade, impotência ou insignificância social/existencial própria, derivada de
durante décadas também assim terem sido extramente considerados ou tratados por
uma sociedade altamente estratificada, com discriminação e/ou mesmo opressão dos
estratos superiores ou pelo menos pseudo superiores sobre os estratos
inferiores ou pelo menos pseudo inferiores, com todas as positivas ou solidárias virtudes porque as havia em significativa margem de entre estratos ou dentro de cada estrato de per si, mas também sem esquecer pequenas/grandes
invejas e/ou traições de entre estratos diversos ou equivalentes, a partir dum contexto
político e social ditatorial em que ainda nasci e os meus pais nasceram e
cresceram, com subsequente reflexo em posterior contexto político e social
democrático (ainda!...) presentemente vigente. Global sequência em que no meu pessoal
caso concreto enquanto já em subsequente contexto político e social geral e do
ensino oficial escolar em particular democrático/s, nem por mim mesmo, nem
pelos meus pais/familiares eu consegui vingar positivamente quer na escola quer
na vida modo geral. Isto a partir de quando natural e ao menos originalmente eu
tinha na minha família e nos meus pais em concreto a minha maior, melhor quando
não mesmo única referência de vida, desde logo era com quem de origem e
genericamente eu podia contar pelo menos pró prosaica subsistência básica, o
que em certa medida e até certo ponto de origem era (quase) literalmente tudo.
Seja
que sem me alongar muito mais a todo este respeito, mais uma vez no e para o
presente contexto que se quer o mais sucinto e objectivo possível. Resumiria
dizendo que em toda a anterior sequência tudo me foi remetendo para aquilo que
pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal se resumiu e resume a um meu
logo processo de auto gestão que me vem de longe, dalgum modo da infância e mas
acima de tudo ou pelo menos mais objectiva e racionalmente a partir da
adolescência. Um processo de auto gestão que continuamente, mas no presente e
concreto e era aqui que eu queria chegar, tendo como no e para o presente
contexto por base a minha auto gestão sanitária e física concreto, me leva por
recorrente exemplo a situações concretas como a que passo a descrever a seguir:
Por
parte dum pequeno empresário agrícola próximo, no dia de ontem (08-09-2015), foi-me
solicitado ir hoje mesmo (09-09-2015) ajudá-lo a ele e aos seus familiares e
colaboradores a apanhar umas ovelhas, vulgo acondicionar umas ovelhas para
poderem ser vacinadas, fazer-se recolha de sangue e ainda colocar-se chips e
brincos identificativos nas respectivas. Mas antes de continuar e dado que
entretanto e ao invés do que sucedeu durante cerca de três décadas de auto
gestão existencial geral e sanitária em particular, no entanto dada a
aceleradamente negativa evolução da saúde os meus joelhos em concreto vi-me
forçado a ter de voltar a recorrer ao sistema de saúda, após no que a este
assunto dos joelhos se refere em concreto já não o fazer desde 1989, última vez
em que o havia feito em concreto, até que o voltei a fazer há três ou quatro
meses atrás. Seja que desde então a minha auto gestão sanitária e física em
concreto, que por si só deriva da minha auto gestão existencial geral, sendo
que entretanto e inclusive por minha não sei se congénita, mas ao menos já
crónica carência de confiança interpessoal e social, logo (quase) todas as
minhas actividades de subsistência básica e imediata assentam em actividades
laborais/profissionais de índole físico como por exemplo aos níveis
agro-florestal, construção civil e afins, mesmo que apesar de e/ou até por eu
tão pouco e cada vez menos puder confiar no meu físico, no entanto e em resumo
foi-me sempre mais directa e imediatamente simples e fácil disponibilizar o
físico, do que uma qualquer e mais substancial ou subtil confiança interpessoal
e social que não tenho desde há muito, dalgum modo e salvo raras e pontuais
excepções desde globalmente sempre. Resumo de que a minha auto-gestão modo
geral e no que ao problema dos meus joelhos em concreto se referes tem-se
baseado em durante anos eu ter auto ignorado esse problema pelo menos
explicitamente perante e para com o exterior, como seja agindo por norma como
se nada de anormal se passa-se, dando desde logo uma ideia errónea de perfeita
saúde da minha parte para com o exterior, tanto mais quando e porquanto até
tenho um aspecto exterior significativamente saudável e se acaso até algo
robusto. Mas no entanto o problema teve, tem estado e está cá desde há muito. Inclusive
porque até dado o circunstancial facto de que em regra tendo eu de praticar
actividades laborais/profissionais de mera subsistência básica e imediata de
índole físico, quando entretanto havia há muito deixado de poder praticar
actividades físicas mais lúdicas/prazenteiras e se acaso como possível forma de
vida, como por exemplo ao nível futebolístico/desportivo de índole físico, que neste
último caso me chegou a proporcionar algum prazer, ou inclusive ainda ao nível
da simples corrida ou de andar de bicicleta, o facto é que paralelamente a
essas circunstanciais actividades laborais/profissionais de mera subsistência
com base no físico, na medida do que e como me foi sendo possível tão pouco
jamais deixei de auto praticar actividades físicas de base lúdica e/ou de
manutenção aeróbica e física em geral, como corrida e/ou bicicleta aquém e além
da saúde ou falta dela nos meus joelhos. Seja que dando sempre uma ideia errada
do meu estado de saúde física, no caso ao nível do joelhos perante e para com o
exterior e dalgum modo enquanto tal auto ignorando-o até de e para mim mesmo,
ainda que sabendo-o empiricamente bem vivo, activo e até continuamente agravado
em mim. Com intermédia ressalva de que se eu pode-se ter praticado actividade
física, como corrida, bicicleta, natação, etc., segundo o que e como eu sentia
ou constava estar ao meu natural alcance, mesmo que tão só em auto gestão
própria e apesar dos problemas nos meus joelhos, apesar de e/ou até por tudo
creio que teria joelhos para uma boa série de anos mais; mas a conjunção de
autogestionada prática física com actividades laborais/profissionais de índole
físico durante anos, neste último caso durante várias horas ao dia, em regra sem
fazer prévios aquecimentos nem posteriores exercícios de compensação aos vários
esforços exercidos, etc., etc., acabou conjunturalmente levando à degradação da
saúde dos meus joelhos até ao ponto em que de há cerca de três anos a esta
parte que deixei de sequer poder correr, mesmo que a um ritmo moderado de mera
manutenção aeróbica e muscular, mais recentemente de tão pouco poder andar de
bicicleta, mesmo sem me levantar do selim com desde há décadas a esta parte e agora
cada vez mais me afecta e mesmo condiciona sequer o caminhar normal e
correntemente do dia-a-dia sem sentir dor ou pelo menos sem uma forte e
consubstanciada sensação de fragilidade/instabilidade ao nível dos joelhos. Em
que por exemplo estar algum tempo (quinze ou vinte minutos) sentado ao
levantar-me nos primeiros imediatos passos sinto dificuldade em caminhar desde
logo sem poder distender ambas as pernas até ao seu natural limite dadas as
incontornáveis dores ao nível dos joelhos e/ou em que ao caminhar algum tempo
de seguida (um ou dois meros quilómetros), pior se em terreno acidentado e pior
se a descer sinto dor e/ou mal-estar e instabilidade geral nos joelhos. Todo
quando entretanto e como já referi anteriormente voltei a recorrer ao sistema
se saúde, tendo inclusive já feito alguns exames radiológicos e magnéticos que
confiram os problemas que entretanto aguardo serem avaliados por especialista
ortopédico, com correspondente consulta entretanto já marcada para durante ainda
o corrente mês de Setembro de 2015. Mas já agora e apesar de intermédias
evoluções e retrocessos qualitativa/os e quantitativa/os nos serviços de saúde,
incluindo os seus muitos positivos méritos, devo no entanto também referir que de
qualquer modo e no meu caso em concreto continuo a não confiar muito no sistema
de saúde, talvez por trauma, talvez por intuição, talvez por constatação
dalguns factos mais ou menos correntes, com suscitação de positivas duvidas do e
no mesmo, que em mim são dúvidas que vêm de há muito, no mínimo desde meados
dos anos oitenta do passado século XX em que senti e mesmo constatei a positiva
ou absoluta impotência do próprio sistema de saúde face às já na altura minhas
queixas relativas à situação dos meus joelhos em concreto. Sequência de que
restou-me entrar em auto gestão já não só existencial modo geral, como
sanitária em particular e da situação sanitária dos meus joelhos em especial,
pelo menos até que passadas mais de duas décadas e meia, recentemente ter
voltado ao sistema de saúde público/a e por inerência a reassumir aberta e
socialmente o problema nos meus joelhos _ com tudo o mais que da minha parte e
do meio envolvente lhes esteja associado!
Sequência
de que voltando ao que aqui quero objectivamente dizer, por exemplo ontem
(08-09-2015) em que o empresário agrícola que acima referi me veio solicitar
ajuda para apanhar/segurar umas ovelhas, foi a segunda vez que disse a alguém
logo à prior que estou fisicamente limitado, enquanto alguém que me propõe um
trabalho em concreto, mesmo que trabalho dum só dia como foi o caso. Que já
agora a primeira dessas vezes foi há cerca de dois meses com relação a um
trabalho na construção civil, enquanto trabalho que eu já havia praticado outras
vezes durante meses consecutivos e alguma vez até mais dum ano consecutivo, mas
que desta última vez desde logo por saber como está o estado sanitário dos meus
joelhos e tendo assumido o trabalho no entanto avisei logo antemão que tentando
corresponder em pleno, no entanto não sabia até onde nem como aguentaria(?!),
sendo que no caso tive de deixar em menos de duas semanas a prática do
respectivo, por não suportar mais a crescente dor e mau estar nos joelhos, agravadamente
no direito em concreto. Portanto desta segunda vez, no caso para um trabalho
agro-pecuário, mesmo que de um só dia, ineditamente também perguntei logo se
seria para executar uma actividade que exigi-se muito dos joelhos(?), ao que no
caso me foi respondido que seria tão só para apanhar/segurar umas ovelhas
devidamente condicionadas numa manga _ o que para quem não sabe o que e como é,
se resume a pouco mais que segurar a cabeça das ovelhas com estas ultimas
devidamente condicionadas num espaço confinado para o efeito. Algo, trabalho de
um dia e a que acedi e a que respectivamente hoje 09-09-2015 compareci, com a conclusão
de que pouco mais que estar a andar dum lado para outro num espaço de quinze ou
vinte metros em terreno plano e mas durante seis horas consecutivas, levou a
que findo esse tempo e essa respectiva actividade, após ter chagado a casa,
tomado um duche e em suma arrefecer, posteriormente e de momento até como
inspiração para escrever o presente sinto os joelhos agravadamente afectados a
ponto de após meros cinco ou dez minutos sentado de seguida ao levantar-me ter
de caminhar como um semi-inválido sem poder distender a articulação dos joelhos
na sua totalidade durante os primeiros passos após levantar-me da posição de
sentado, o que se já se tornou uma norma após um “pequeno” esforço adicional como
o de hoje acabo por ver essa dificuldade aumentada em muito, aquém e além da
permanente sensação de fragilidade por vezes acompanhada de dor mesmo enquanto
sentado. Seja que estado agravado num só dia, para os sintomas desse
agravamento enquanto tais durarem pelos menos alguns dias mais, face por
exemplo ao que e como estavam até esta manhã antes da actividade de seis horas
a segurar ovelhas e após algumas semanas de auto gestão dos mesmos joelhos, em
que estando momentânea e circunstancialmente desempregado e logo dispondo de
(quase) todo o tempo para mim, vou ao longo de cada dia procurando não estar nem
muito tempo sentado/imóvel, nem muito tempo em pé ou em movimento, o que leva conjuntural
e sustentadamente a suportar melhor a precária condição sanitária a que, por
assim degenerativamente dizer, chegaram já os meus joelhos. Como ainda eu
costumo cada vez mais dizer: “os meus joelhos não querem muito movimento nem
muito repouso” tendo quase de fazer um culto de procurar o equilíbrio entre
movimento e repouso.
Mas
por exemplo de entre tudo isto e enquanto sequência dum meu logo processo de
auto gestão: se não falo do problema e/ou faço uma auto gestão pró sustentação
do problema acabo dando uma imagem de perfeita saúde que no caso não é de todo
assim e como tal leva a que se me continue a fazer proposta de trabalho físico,
que tem sido a base da minha subsistente existência, que depois e enquanto tal
eu não posso ou nem quero rejeitar com consequente agravar da precária saúde
dos meus joelhos; mas se falo do problema, sem objectivamente explícita
expressão do mesmo, designadamente coxeando, que na medida do possível eu
procuro evitar e/ou ainda sem objectiva comprovação medica das minhas
limitações inerentes, tanto mais quando até por todo o meu percurso existencial
global e essencialmente fracassado pela positiva, com correspondente auto
perspectiva negativa ou positivamente inócua de mim mesmo reflectida duma ou
doutra forma no exterior, o que resulta é o que e como eu sempre senti, até porque
alguma que outra vez o constatei objectiva e explicitamente que foi e/ou é que
não se acredite em mim, pressupondo-se que sou desleixado ou mesmo manhoso _ vulgo
tipo: “não quer é fazer nada!”
Enfim
e conclusivamente são ingratidões resultantes dum longo, significativo ou mesmo
profundo processo de auto-gestão existencial e sanitária própria, de onde
apesar de e/ou até por tudo e do mal, o menos resulta esta minha
circunstancial/providencial e por si só, pró vital, sanitária ou subsistente
forma de expressão e de existência escrita. Sendo que ontem à noite de entre
dia 08 e 09 só dormi cerca de três horas, com seis horas de trabalho físico de
entre meio no próprio dia 09 já ontem, e até ao presente momento, sendo que quando
escrevo esta linha são já de novo 02:23h(*) da própria madrugada do dia
(10-09-12015), sentindo-me num misto de cansaço e de à vez não conseguir parar
de escrever, auto rever, corrigir complementar o presente, com tudo o que está
para trás, sendo ainda que na própria noite de dia 07 para dia 08 só dormi
cerca de duas horas, complementada por uma hora e pouco de sono durante o dia, para
também poder ou dever escrever outras coisas e assim sucessivamente, ainda que
e/ou até porque tudo inserido neste meu mesmo continuo processo de auto gestão
desde há muito, dalgum modo desde globalmente sempre, para o julgamento
exterior ou de muitos exteriores é próprio de e para quem “não quer é fazer nada na vida!”.
Victor
Barão
(*)
Finalmente às 03:15h da madrugada do dia de hoje 10-09-2015, vencido pelo
cansaço e mas acima de tudo sentindo que havia chegado à conclusão dum texto
com princípio, meio e fim minimamente consubstanciado, coloquei o computador em
suspensão e fui-me deitar. Antes de adormecer ainda me surgiram espontaneamente
algumas ideias de pequena correcção ou complementação dum ponto ou outro do
texto, que para não ficar com a sensação de que as podia esquecer ou pelo menos
para não lutar na manhã seguinte para as recordar uma a uma e no devido
contexto do texto em que as mesmas se integravam, acabei por pegar papel e
caneta e apontei-as manuscritamente à mão, após o que então finalmente
adormeci, só retomando a escrita pouco depois das subsequentes 08:00h da manhã,
o que incluindo a conclusão e partilha dum outro texto directamente no FB, dou
por pró publicamente terminado o presente texto agora às 20:20h, após uma única auto revisão geral durante a tarde do também dia de hoje 10-09-2015.