Sequência de que não só uma das razões, como até a principal razão de eu tender a ser muito extensivamente descritivo no que e como escrevo explica-se pelo seguinte:
Como
é já significativa e globalmente comum, também eu pessoalmente simpatizo com a, natural e genuína, personalidade
do Papa Francisco. Mas apesar disso ou até por isso não tenho de estar sempre
de acordo ou pelo menos plenamente de acordo com o que diz o Papa. Por exemplo
na sua última palestra em território Norte Americano (EUA), inclusive em tom
humorístico o Papa disse algo como: _ “nas
famílias por vezes voam os pratos!”. O que como alusão a que naturalmente
nem sempre tudo corre bem no seio de qualquer família, logo com a metafórica ou
mesmo literal figura do prato a voar
como sinónimo dos naturais e mas também excepcionais desencontros familiares a
poder funcionar muito bem e inclusive humoristicamente. O problema é quando a
figura de estilo dos pratos a voar é
não só literal como até a norma de determinadas famílias, em regra com um dos
membros, por norma o masculino e/ou paternal a impor-se unilateralmente pela razão
da força e não pela força da razão, até porque esta última se prevê natural e
familiarmente repartida.
Seja
que para uma família dita normal em
que há naturais desentendimentos e/ou desencontros de entre os seus membros,
mas cujo esses desentendimentos ou desencontros funcionam como parte do (pró) positivo
e genericamente harmonioso entendimento e/ou crescimento familiar, as
respectivas palavras do Papa foram e são de facto humorísticas. E de resto
creio que foi nessa base que o Papa proferiu ditas palavras. Mas quando há
muitas, de todo demasiadas famílias como de resto aqui em Portugal vem
crescentemente a suceder e diria mesmo que se vem a vulgarizar, em que no limite
é um dos elementos familiares a assassinar o outro ou mesmo a restante família suicidando-se
de seguida ou não, na circunstância como expressão (homicida/suicidária) mais
grave duma dita violência doméstica que inclui literalmente pratos a voar e não só, como uma de todo
lamentável norma e não excepção de e em certas famílias. Pelo que neste último caso
creio eu que as palavras do Papa Francisco já não são tão ou mesmo de todo humorísticas.
De resto é por isso que eu próprio falo improvisadamente cada vez menos e escrevo
reflexivamente cada vez mais, desde logo para ser o menos mal interpretado
possível, pois que na minha reflexiva expressão escrita procuro introduzir as mais
diversas vertentes e/ou perspectivas possíveis de qualquer assunto ao qual me
refira, como no caso do assunto agora aqui presente.
A
partir de que não discordo de todo das humorísticas palavras do Papa Francisco
com relação aos familiares pratos a voar,
mas como mínimo e enquanto tal também acho que o Papa deveria ter acrescentado uma
contextualização para essas suas palavras, desde logo fazendo ressaltar que há
muitos casos, de todo demasiados casos, relativamente aos que essas palavras pouco
ou mesmo absoluto humor algum têm, bem pelo contrário. De resto imagine-se a
felicidade ou a insuflação de poder que essas palavras devem
ter significado para todo/as o/as que exercem violência doméstica/familiar,
versos a angustia e a impotência que essas mesmas palavras devem ter
significado para o/as que inversamente são vitimas de violência
doméstica/familiar.
Enfim
na minha humilde insignificância pessoal, prefiro ainda assim ou até por isso
escrever extensiva/descritivamente muito e ser pouco lido por quem quer que qualitativa
ou quantitativamente seja, do que dizer ou escrever sucinta/popularmente coisas
que por muito boas intenções de partida que tenham, não raro também carregam em
si todo o inverso peso negativo que de resto faz parte integrante do paradoxo
que é a própria vida enquanto tal. Inclusive eu que mesmo nasci e cresci num
contexto sociocultural, familiar ou existencial geral em que era perspectivado
pela negativa logo à partida, seja que senão permanente pelo menos
recorrentemente tinha de justificar muito bem o que e como dizia ou fazia. O que para além de que há coisas que não exigem explicação dado que são o que e como são e ponto, mas
especialmente ainda ao nível da infância e/ou da adolescência não raro me tenha sido difícil
explicar justificativa/descritivamente sempre tudo o que e como dizia ou fazia
natural e espontaneamente, mas a partir de que por mais positivo que isso fosse, no entanto havia sempre quem me interpretasse pela negativa, neste caso como algo que em certa medida até é natural dado que jamais algo ou alguém será universalmente consensual para tudo e/ou para todos, a partir de que o problema é quando somos interpretados pela negativa como norma de princípio, tanto mais se com base em preceitos e preconceitos mesquinhos e/ou socialmente discriminatórios por parte duns estratos sociais sobre outros, como por exemplo para o que está aqui global e essencialmente em causa com a estratificação sociocultural dos géneros sexuais, salvo seja, com o género masculino sobre o feminino, enquanto algo com que jamais terminei de me identificar aquém e além dalguma rebuscada artificialidade, sem esquecer ainda algumas invejas e/ou traições de entre estratos equivalente ou de entre elementos dum mesmo estrato; o que no meu caso levou
a que me tenha auto fechado reflexiva/contemplativamente em e sobre mim mesmo,
o que podendo ter pendido para o lado da rebeldia ou da revolta, no ainda
meu caso pessoal (auto) procurei e procuro que penda para a positiva
introspecção/circunspecção pessoal, humana, vital e universal, de que depois e
dadas as circunstancias resulta esta minha forma de expressão e/ou de
existência escrita, em que se acaso perdoe-se-me ou agradeça-se-me pela extensiva
descrição inerente, que apesar de ou até por tudo através da mesma procuro e por inerência espero ser o mais vital/universalmente transversal e razoável possível.
Em qualquer caso e de qualquer modo responsável e consequentemente:
Em qualquer caso e de qualquer modo responsável e consequentemente:
Victor Barão
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