terça-feira, janeiro 05, 2016

A “inteligência” humana

Humanamente falando somos de facto inteligentes: temos consciência da nossa própria vida e morte; conseguimos raciocinar a um nível que transcende a nossa própria existência humana e/ou terrena; recriamo-nos a nós mesmos e à própria vida; somos engenhosos a ponto de construir tecnologias, como desde logo a que me permite estar aqui e agora a escrever e subsequentemente a partilhar o presente com o “resto do mundo”; etc., etc., etc.; no entanto e apesar disso ou até por isso não conseguimos terminar de evitar estarmos permanente e/ou mesmo cada vez mais acrescidamente à beira de nos auto destruirmos directa ou indirectamente. 

De entre o que no entanto não gosto, nem quero ser profeta da desgraça. De resto o que vou escrever de seguida não é a objectiva antecipação de nenhuma catástrofe, até porque não tenho objectivos dados para tal e muito menos ainda tenho qualquer vocação divinatória do porvir, já seja pelo melhor ou pelo pior. Mas dada a experiência de vida acumulada que nos vai concedendo dados que nos permitem calcular certas e determinadas situações, a partir de respectivas determinadas premissas e/ou circunstancias correntes, tudo aquém e além dum factor mais subjectivo e em regra ignorado como é por exemplo ainda a intuição. Em que nesta sequência e tomando por referência base tudo o que objectiva/cientificamente já se conhece acerca da intervenção humana na vida terrena em geral e na vida (fauna e flora) natural em particular, já seja por via da intensiva/extensiva exploração agrícola com mais ou menos indiscriminado recurso a meios mecanizados e/ou químicos; a que acresce ainda a genérica e intensa exploração industrial ou transformadora nas suas mais diversas formas; em qualquer dos casos com muito directo e imediato proveito para a humanidade, mas não raro e como se sabe com prejuízo para o clima e para a vida (fauna e flora) natural, com respectivas repercussões a médio e longo prazo na própria vida humana. Sequência esta em que se integra a civilização em que humanamente vivemos, em si mesma por nós humanamente constituída desde há muito e até ao presente momento, por destacado exemplo enquanto essencialmente baseada em matérias-primas e energias de origem fóssil, com toda uma infinda variedade de seus derivados, inclusive químicos e por si só pró industriais modo geral. Cujo, salvo algumas eventuais excepções, de resto e por norma sempre com prejuízo do clima atmosférico, mais da vida (fauna e flora) natural modo geral. Clima atmosférico que em associação à (fauna e flora) natural, com toda a infinidade de factores físicos e químicos natural e originalmente inerentes, pelo seu efectivo ou potencial melhor e pior próprio, acaba por ser e é a base da vida neste planeta humanamente designado Terra, que por si só integra e sustenta a própria vida/existência humana, ainda que e/ou até porque sendo esta última muito significativamente anti-natura, mesmo sem incluir aqui as vertentes mais comummente criminosas, como por exemplo doloso e/ou indiscriminado vazamento de resíduos industriais durante décadas no solo e/ou em cursos de água; no limite até uns ditos de incêndios florestais a nível Global com origem na negligente e/ou mesmo maldosa mão humana; etc., etc., etc., no caso não faltando múltiplos exemplos do mais directo ou indirecto atentado humano à mãe natureza. 

Seja que, incluindo ou excluindo as vertentes (mais) criminosas, no entanto e tão só com base e em sequência das actividades agrícolas, industriais, comerciais, etc., tidas e ditas como humana, social ou civilizacionalmente legitimas, são também e conclusivamente as normas climáticas, mais respectivamente a fauna e a flora naturais que estão a ser cada vez mais continuamente alteradas, desequilibradas ou mesmo destruídas, tudo levando a crer que para com o caos climático e/ou para com o esgotamento e extinção da esmagadora maioria dos recursos naturais a relativamente curto ou médio prazo, tudo enquanto essencialmente à mão humana, aquém e além de quais queres factores naturais em e por si sós. Em que para os mais naturalmente insensíveis, devo acrescentar que claro que por exemplo na medida do auto defensivamente possível não nos vamos deixar devorar, designadamente, por um leão, em nome da defesa da vida natural; mas até com base na própria e auto designada racionalidade e inteligência humana tão pouco creio eu que seja necessário extinguir todos os leões, com extensão a uma infinidade doutras espécies animais que pode ir até ao mais ínfimo insecto, para nos podermos humanamente auto defender face aos mesmos, até porque salvo desequilíbrios naturais que como se sabe também podem ocorrer e ocorrem por si sós desde sempre aquém e além da acção humana, no entanto e regra geral todas as espécies animais e vegetais que existem fazem parte do ciclo de vida natural que por si só integra a própria humanidade, ao menos ao nível Terreno. De entre o que precisamente a verdadeira e efectiva inteligência humana pode fazer a diferença pela positiva, ainda que pela equitativa e inversa estupidez associada também pode fazer a diferença pela negativa. Sendo aqui, nesta última sequência que podem entrar a entra a fé e esperança na própria humanidade ou não!? Pois que entretanto e o facto é que de entre preceitos, preconceitos, tradições, luxos, ignorância, ambição, ganância, vaidade, etc., humanas, por exemplo entre muitas outras espécies, mas pegando ainda no mero exemplo dos leões e dos grandes felídeos modo geral, tão só por directa ou indirecta e legitima ou ilegítima acção humana estão a ser levados literalmente à extinção quando também por outro mero exemplo os abutres necessitam das carcaças de leões e afins para se alimentarem e assim sucessivamente no imenso, complexo e delicado ciclo de vida natural em que todos os seres e/ou espécies dependem duma ou doutra forma de todos os restantes, com o ser humano no topo da cadeia. De resto e veja-se o absurdo quando por mais um mero exemplo, tão só para com a mais básica necessidade de orgânica alimentação humana, em absoluto desnecessariamente mas inclusive de forma industrial, literal e criminal, ainda que não criminizadamente, se mandem por exemplo e literalmente borda fora múltiplas toneladas de variado pescado, em favor de só se aproveitarem umas poucas toneladas duma ou duas espécies de pescado mais económica/financeiramente valorizadas no mercado humano. O que é de todo vital, natural e universalmente mais estúpido do que inteligente da parte humana no seu todo, ainda que muito espertamente por parte dalguns humanos, com repercussão sobre todos, até por com mais ou menos activa ou passiva e consciente ou inconsciente conivência geral. Pelo que creio eu que com os desequilíbrios e tanto pior se com a múltipla, continua e crescente interrupção ou mesmo destruição dos ciclos naturais, quem também natural e conclusivamente sofrerá será a própria humanidade no seu todo, mesmo que e/ou até porque entretanto quem mais estúpida, egoísta e unilateral do que inteligente, racional e universal proveito tirou foi e é também a própria humanidade, pelo menos em parte e temporariamente.

De entre o que em qualquer caso e como resumo final vou deixar algo de que inclusive jamais ouvi ou li ao respeito enquanto dito ou escrito por alguém em lugar algum, pelo que logo é algo que ou não está estudado ou pelo menos não está divulgado cientificamente e/ou nem ainda e muito menos social/civilizacionalmente consciencializado ao nível da população geral, ainda que a partir de algo que sim todos nós devia-mos conhecer objectiva, consciente, racional e inteligentemente que é o facto de que tudo nesta humana/natural vida terrena, tem causas, efeitos e consequências, não sendo necessário ser-se doutor, engenheiro, cientista e/ou afins para o saber; a partir de que uma das multiplamente diversas consequências que tem por causa a exaustiva e diria mesmo (quase) criminosamente exclusiva exploração de combustíveis fosseis durante décadas e décadas, foi e é o do por si só também decisivo e este sim já (re)conhecido contributo para alteração climática, com subsequentemente directa ou indirecta interferência nos recursos naturais modo geral. Mas por exemplo o que eu jamais ouvi falar ou li é a respeito das consequências dessa exaustiva e durante décadas (quase) exclusiva exploração dos combustíveis/energias fosseis no próprio subsolo. Sim porque por experiencial A+B eu não acredito em absoluto que os efeitos de tal exaustiva/exclusiva exploração do subsolo sejam tão só e sem mais inconsequentes para o próprio Planeta. E com isto não estou a tentar dizer que não se deviam explorar humanamente os recursos energéticos, com mais toda uma infinidade de inerentes matérias-primas de origem fóssil, o que quero dizer é que desde literalmente sempre isso se devia ter complementado com o desenvolvimento duma diversidade doutras energias e matérias-primas, que no entanto os vital/universalmente cegos e/ou unilaterais interesses económico-financeiros humanos subjacentes à exploração dos recursos fosseis activa ou reflexamente não permitiu desenvolver outras complementares formas energéticas ou de matérias-primas menos naturalmente agressivas ou até mesmo mais harmoniosas com e para com o meio ambiente natural. Tendo sido ou estando a ser necessário chegar-se ao cada vez mais aceleradamente próximo limite do esgotamento dos recursos fosseis para então se passar a apostar noutras alternativas, ainda assim muito lentamente e com muitos interesses mais unilaterais ou corporativos do que vitais ou universais por parte da humanidade ou pelo menos de determinados grupos humanos. Global sequência de que até porque não quero ser profeta da desgraça, logo não vou estar aqui a antecipar efectivas ou potenciais consequências negativas. Mas dado que ao nível da população humana modo geral andamos suficiente ou mesmo demasiadamente ocupados com tão só sobreviver e/ou se acaso com ser um pouco mais materialmente ricos, como para que até por isso e em qualquer dos casos não nos importarmos muito ou mesmo nada com coisas como esta das efectivas ou potenciais consequências das nossas acções humanas, pró mero, imediato e unilateral interesse humano, na e sobre vida natural e planetária em geral. De entre o que apesar de eu próprio ser mera e comum parte integrante da população humana dum modo geral, no entanto não consigo nem quero deixar de perguntar a quem é ou pelo menos deve ser de objectivo, douto ou cientifico entendimento da matéria, o seguinte: _ quais as efectivas ou pelo menos potenciais consequências positivas e negativas do indefinidamente imenso vazio que fica abaixo da crosta terrestre em directa sequência da exaustiva e pró esgotável extracção de matérias/combustíveis fosseis? E por favor não me venham dizer que não há consequências ou pior que se a haver essas consequências as mesmas são só positivas, porque então digo eu que quem o disser ou é um/a profundo/a ignorante vital/universal e/ou então está pura e simplesmente a mentir por unilaterais ou corporativos interesses próprios.  
  
Finalmente da minha unilateral e respectivamente infínda impotência própria ao respeito, aquém e além do que por aqui vou escrevendo e seus reflexos em e para mim mesmo e logo de mim perante e para com o meio humano, vital, universal e/ou por si só natural envolvente, sabendo eu no entanto e de antemão que quem quer que seja, de devido direito e/ou de correspondente competência, me vai corresponder em sequência do que aqui escrevo e/ou aqui pergunto em concreto, até porque enquanto tal esse(s) alguém(s) de devido direito ou de correspondente competência sequer lerão o que aqui escrevo e pergunto, logo termino então com um por si só inteligivelmente impotente dito subjacente às minhas origens socioculturais, familiares e existências próprias que era e se quando acaso continua a ser, na presente circunstancia tendo por base a acção humana no e sobre o meio ambiente natural, cujo dito é: _ “Seja o que Deus quiser”!

                                                                                              VB     

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