segunda-feira, janeiro 04, 2016

Datas especiais

Claro que em sequência de determinadas circunstancias que nos marcam duma ou doutra (pessoal, familiar, comunitária, nacional, humana ou vital) consequente forma, em associação ao momento temporal em que tal ocorre, acabo por entender e aceitar o culto de certas datas especiais, como por destacado exemplo o Natal católico.

Mas ao mesmo tempo não gosto pessoalmente de datas especiais, não só porque prefiro que todos os momentos sejam especiais, como até estou certo que todos os constantes e permanentes momentos são de facto especiais _ independentemente da marca que deixam em nós seja, no limite, mais positiva ou mais negativa. Além de que por exemplo datas especiais para uns não coincidam com datas especiais para outros, por exemplo o Natal católico não diz nada a outros cultos religiosos que não católicos e vice-versa, no entanto somos todos humanos, além de que dentro dos próprios católicos para uns é mais data de celebração religiosa/familiar e para outros mais um pretexto essencialmente consumista, enfim as variantes são potencialmente infindas consoante cada qual e/ou os cultos a que obedeça, em que desde logo para uns as datas especiais têm um significado e para outros têm outro significado completa ou mesmo inversamente diverso _ em que indo para dois exemplos práticos radicais de entre si, por exemplo a significado do Natal e/ou da passagem de Ano não teve seguramente o mesmo significado para os que estavam pessoal e familiarmente bem, versos por exemplo e por mais não dizer os que se viram pessoal ou familiarmente vitimas dos não menos tradicionais e não raro fatais acidentes automóvel desta fase.

De entre o que por mim pessoalmente prefiro e/ou não posso mesmo evitar que cada constante e permanente momento seja especial em si mesmo, aquém e além de datas especiais, como por exemplo o Natal e/ou a subsequente passagem de Ano, em qualquer dos casos no seu efectivo ou potencial melhor e pior próprio, consoante a perspectiva e/ou as circunstancias de vida de cada qual.

Global sequência que por si só justifica a minha inclusão das duas inerentes fotos abaixo e substancialmente diversas de entre si, ainda que feitas a uma distancia espacial de cerca de cem (100m) metros e a uma distancia temporal de cerca de duas (2h) horas de entre uma e outra, em qualquer dos casos na noite de 31/12/2015 para 01/01/2016. Em que o melhor da vida não deixou de estar ao menos potencialmente presente em mim quando fiz a primeira foto, no caso, dum assunto considerado desagradável ou mesmo repulsivo, pelo menos de e para nós mesmos, como um sem abrigo; tal como também ainda o pior da vida não deixou de estar ao menos potencialmente presente em mim quando fiz a segunda foto dum assunto considerado positivamente agradável e/ou por si só atractivo, como fogo-de-artifício na celebração de passagem de Ano; desde logo porque em qualquer dos casos e para a mim a vida interessa-me como um todo e em todo o momento, que não como uma mera parte e/ou a espaços temporais, segundo a conveniência _ sem natural prejuízo de se celebrar ou de se pesar a vida sempre que tal se justifique, o que ao menos em potência é constante e permanentemente para ambos os casos (celebração ou pesar), sendo que por mais contraditório que seja ou que pareça, o facto é que, como bem se sabe ou deve saber na subtil complexidade e/ou no enigmático paradoxo da vida, nem sempre e mas também não raro um caso (celebração) pode levar circunstancialmente ao outro (pesar) e vice-versa!...



                                                                                                                     VB

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