Antes do mais, devo dizer que eu mesmo não sou Santo, bem longe disso, mas até por ter
essa auto consciência e por isso estar permanente e pró positivamente
predisposto a assumir os meus erros, também procuro ser constante e
permanentemente melhor pessoa na prática concreta do dia-a-dia, e que até
talvez ironicamente por ou de entre isso, em associação ou dissociação às
minhas origens humildes/obedientes, à minha personalidade auto exigente e
rigorosa e ao genérico meio envolvente que não raro está pejado dum chico espertismo porco ou mesmo
criminoso, como não raro se constata até aos mais altos níveis políticos e
sociais, de entre o que no seu conjunto e por mim não termino de sair da cepa torta _ vital ou existencial
própria e em geral. Global sequência se entre o que também conheço muito boa gente, inclusive pseudo
civilizadamente urbana ou cosmopolita, que ao menos externa e/ou retoricamente
aparenta uma pretensa superioridade e em alguns casos até com sucesso, ao
menos, materialista, mas a exemplo de casos como o que se segue não só são,
como parece que fazem gáudio de ser, na melhor das hipóteses uns puros patos bravos!
Hoje mesmo (06/01/2016), tendo o meu
carro circunstancialmente parado à beira duma das vias públicas de acesso e
de saída do meu local de residência _ sede de freguesia local. Eis que, na
circunstância estando eu algo distante e mas com vista para o carro, a
determinada altura vejo aproximar-se outro veículo, como naturalmente já outros
dois antes e outro depois disso passaram mesmo ao lado do meu carro, já fosse
entrando ou saído da localidade. Mas o veículo a que aqui me refiro, vindo a
sair da povoação, precisamente quando a par do meu carro o condutor ou
condutora, que à altura e dada a distância, a posição da luz no pára-brisas e o
facto de eu não conhecer o carro em questão, não consegui identificar o/a
condutor/a, mas o facto é que com a maior das desfaçatezes e das displicências este/a
acabou por atirar pela correspondente janela do lado de condução algo para a
via pública, mesmo ao lado do meu carro. Imediatamente vociferei algo como “quem será o porco ou a porca!?” “será que não havia um contentor de lixo
antes ou depois onde deitar o lixo que atirou pela janela do carro?!”, “patos bravos, é que por ai mais há são patos
bravos”_ unissexualmente bem entendido.
Um
par de dezenas de minutos após, quando regressei ao meu carro deparei-me então
com o lixo atirado pela janela do carro anteriormente de passagem e em causa,
cuja posição e proximidade em que o lixo ficou com relação ao meu carro, se eu
não soubesse que não tinha sido eu a fazê-lo até desconfiaria de mim próprio
como autor da façanha de atirar aquele lixo para ali. Lixo que na circunstância
reparei ser papel embrulhado aleatoriamente _ como de resto lixo que era _
aproximei-me um pouco mais e numa primeira instância conclui ser um ou mais
envelopes postais, que dadas as respectivas circunstâncias e até porque me
ocorreu logo escrever algo ao respeito, não resistir nem de resto quis
circunstancialmente resistir a por um lado a tirar uma ilustrativa foto da
posição em que aquele lixo ficou na via publica e face ao meu carro, dado que a
minha estância ali se devia a eu ter ido fazer algumas fotos dum motivo
relacionado com a fauna natural e já que estava “armado” de máquina fotográfica
não resisti a fazer duas ou três circunstanciais fotos do sucedido, mas após o
que tão pouco e muito menos resisti a ver se podia identificar o destinatário
do/s envelope/s postal(ais) em causa. Identificação que acabou por suceder,
sendo então o destinatário e também por isso o alegado autor da façanha de
atirar lixo indiscriminadamente pela janela do veículo para a via pública, uma
pessoa de identidade masculina relativamente jovem e originária, da própria
freguesia local, mas de residência localmente externa.
Sendo
ainda que como já referi atrás, eu havia parado o carro naquele local
precisamente para ir fazer umas fotografias dum motivo relacionado com a fauna
natural, tendo aproveitado para fazer uma foto da referencial posição do lixo face
ao meu carro e à posição na via publica de saída da localidade em causa, mas
também posteriormente a fazer duas fotos identificando esse mesmo lixo, que no confirmado
caso eram dois envelopes postais, de cujas fotos dos mesmos ocultei
editorialmente à posterior a identidade quer do remetente quer do endereço, ao
menos dum dos envelopes, já que o outro era de janela e logo não possuía
endereço externo _ e naturalmente dentro dos envelopes postais não havia nada.
Resumindo
e independentemente de eu vir ocasionalmente a dizer na cara de quem, ao menos
alegadamente e dada a identificação num dos envelopes, cometeu o acto de atirar
lixo para a via pública mesmo ao lado do meu carro e dalgum modo “nas minhas barbas”,
o que penso ao respeito, que no limite fica desde já aqui expresso pela
transcrição que fiz acima do que vociferei na altura do acto em si e que
reitero com extensão a todas as pessoas que cometem actos iguais ou idênticos. Incluindo
ainda que se esta pessoa aqui em causa e em concreto quer continuar a atirar
lixo pela janela do carro para a via publica, ao menos que o faça a partir de
lixo que não o identifique à posterior _ salvo que este parece ser o tipo de
mentalidade em si mesma do tipo chico espertista
ao estilo vou fazendo merda, desde que
e/ou até que não se possa provar in loco a autoria da respectiva merda, sem
sequer imaginar que isso pode funcionar e funciona ao menos durante um tempo e
em unilateral ou corporativo proveito próprio, mas mais tarde ou mais cedo e
duma ou doutra directa ou indirecta forma acabará por pagar caro por isso, o problema é que não raro paga-se a partir e através da acção individual ou corporativa no colectivo e por isso em sequência do prejuízo colectivo _ mas
pobres mentalidades que nem entendem a tamanha infinidade da sua mesquinhez pessoal, humana,
vital e universal. No fundo este é um tipo de mentalidade que vive tanto ou mais
de aparência e/ou de possessão, do que de essência e/ou de genuíno Ser(*).
Entretanto deixo seguidamente as fotos que fiz no local,
após ter chegado próximo do meu caro e também depois de ter desembrulhado e
identificado o destinatário dos envelopes postais, com estes últimos como materialização
do lixo em causa.
(*) Por mim pessoalmente, desde há muito que passei em objectivo a preferir, por exemplar limite, ser um medíocre genuíno, a ser um génio aparente _ até porque o primeiro pode sempre contar com a solidez da genuína verdade, enquanto o segundo só pode contar com a volatilidade da aparência e mais tarde ou mais cedo e duma ou doutra forma deixa cair a mascara, mesmo se fazendo um sacrificado esforço para que a mascara se mantenha! Ainda que, no meu caso, ao não me conformar com a mediocridade especialmente própria, passei a necessitar esforçar-me para ser um pouco positivamente mais ou diverso que mero medíocre. Sendo que a natureza desse esforço é constante e permanente em si mesma. Mas esforço que nesta última acepção não é necessariamente um vicioso sacrifício, mas sim um virtuoso prazer ou pelo menos pró virtuoso prazer!
VB
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