Em sequência duma mistificação humana, no
caso a partir da correlação humana com os elementos naturais, designadamente com
as temperaturas e respectivas amplitudes térmicas climáticas, mas que até também
pelo genérico mental sociocultural humano inerente, aproveito para reflectir um
pouco ou mesmo muito mais além da particular mistificação em causa, tendo por base a seguinte frase, socioculturalmente, feita:
"O frio é psicológico”, sendo uma expressiva frase que eu já ouço desde há muito, dalgum modo desde sempre ao nível das minhas origens, no entanto mais recentemente também li essa mesma frase aqui na Net em sequência dos, mais ou menos, tradicionais banhos de Ano Novo, já seja no mar ou em rios, mas em qualquer caso em cursos d’água naturais, ao ar livre
e com a, no caso, fria e em alguns casos mais a norte nacional ou continental
mesmo gélida temperatura ambiente do ar e da água, logo podendo considerar-se como valentes os e as que se atrevem a banhar-se nessas mesmas águas geladas, em alguns casos inclusive mais duma vez por
ano, designadamente aquém e além do excepcional banho de Ano Novo. Em que no
relativo ao excepcional banho de Ano Novo eu próprio já cheguei a fazê-lo e de
noite, mas uma única vez e nas águas apesar de tudo relativamente tépidas aqui
do Sul continental, logo não me tenho como muito valente enquanto tal, mas para
quem o faz por tradição, inclusive para além do Ano Novo e ainda mais se ao
nível do gélido Norte Europeu e/ou até Mundial, como reflectem algumas noticias na comunicação social _ https://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=10&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjL_PvtiajKAhWDfRoKHZkVCQUQFghOMAk&url=http%3A%2F%2Fwww.tsf.pt%2Fsociedade%2Finterior%2Fimunes-ao-frio-na-siberia-4967584.html&usg=AFQjCNEdrI2oZ9OsxTLQRC3wFto-yGwQYA&sig2=fC7S88HPjkswlmzqIzg7TQ _, eu diria que esses e essas são mesmo uns e umas
valentes, desde logo ao nível psicológico e mas creio que também físico e mental.
Sequência de que a valentia em causa é
ou só pode ser, no mínimo, psicológica, mas logo e enquanto tal não sendo eu, no mínimo, psicologicamente muito valente, no entanto resta-me, ao menos, ainda alguma
capacidade de raciocínio, para dizer que o frio não é de facto psicológico. Seja que o frio
existe de facto climatericamente e constata-se fisicamente. Até porque se o
frio fosse meramente psicológico, até não seria só o frio e mas também o
calor, o que enquanto tal quereria dizer que não havia amplitudes térmicas
naturais, haveria sim uma temperatura constante, que depois a psique de cada qual humanamente falando interpretava à sua maneira, como quente ou fria, como
mais quente ou mais fria e/ou ainda duma forma mais constante ou mais intermitentemente
quente ou fria segundo as circunstancias em que se encontrasse a
psique de cada qual, a cada momento. O que como se sabe ou pelo menos eu julgo saber que, mais uma vez, não é só
ou sequer de todo assim de facto.
Pelo
que, também mais uma vez e ao menos eu, tenho de chegar à conclusão de que o
frio tal como o calor, no fundo as temperaturas e suas respectivas amplitudes
térmicas climáticas existe(m) de facto, agora a maior ou menor adaptabilidade
e/ou resistência às mesmas é que já depende (também) muito da psique de cada
qual. A partir de que entre a frase o
frio é psicológico e o que eu acabo de escrever ao respeito, quer-me ainda parecer
que uns seremos mais fortes psicologicamente e outros mais fortes racionalmente, independentemente de ambos ou outros sermos também mais fortes ou mais fracos duma outra qualquer forma, designadamente física; mas que em qualquer caso se conjugadas positiva e construtivamente as fortalezas e as
fraquezas duns e doutros, o que eu também creio que surge ou pode surgir é a
Luz, no caso concreto a Luz do auto e do interconhecimento pessoal, humano,
vital e universal. No caso auto e interconhecimento este que é tão mais potencialmente
infinito quanto mais positiva e construtiva for a sua respectiva gestão e posta
em prática por parte de todos e de cada qual e/ou pelo menos pela maioria de
todos e de cada um de nós humanos por nós mesmos e de entre uns e outros. Sendo que com isto tão pouco creio que eu esteja
a dizer/escrever algo de extraordinário, crendo sim que estou tão só a auto e interassumir
a realidade Vital/Universal e no caso terrena de que as temperaturas térmicas existem de facto,
relativamente às que a adaptabilidade e/ou a resistência humana é que varia de
entre uns e outros, por si só dependendo do próprio estado psicológico, mas também do estado físico, anímico, mental e espiritual de cada qual, podendo
esse estado variar inclusive radicalmente de entre uns e outros e/ou por si só em
cada qual segundo diversos momentos e circunstancias da nossas próprias vidas individuais ou colectivas. Em
qualquer caso é a humanidade que se adapta e/ou que resiste às reais amplitudes
térmicas climáticas, segundo também a condição psicológica do individuo ou do colectivo humano; em vez das amplitudes térmicas serem uma mera projecção
psicológica humana, como se as mesmas não existissem climatologicamente de
facto, no caso aquém e além da psique humana. Mas tudo isto não mereceria tanta conversa
se não fosse o que se segue, enquanto da minha perspectiva derivado de
misticismos simplistas como o de que “o
frio é psicológico”, como se o simples frio climático não
existisse realmente de facto.
A partir de que creio eu ser de todo
em todo melhor (re)conhecer a realidade do que mistificá-la, até porque se por
norma a realidade é simples e a sua mistificação simplista, já de entre uma
coisa (realidade simples) e outra (misticismo simplista) o que costuma resultar
são grandes complicações, ainda que não necessariamente ao nível de casos como
o de que o frio é psicológico, que é
relativamente insignificante em si mesmo, mas já pela mentalidade sociocultural
simplista associada ao mesmo podem resultar e não raros resultam de facto complicações
de maior, como por exemplo xenofobias várias, designadamente raciais, políticas,
nacionais, religiosas, culturais, etc., cujo uma das consequências é a de que
em vez de se procurar conjugar as inevitáveis e até desejáveis diferenças individuais
ou conjunturais de entre uns e outros, duma forma positiva, construtiva e/ou
por si só inteligente com base na realidade, o que não raro se faz é tentar
subjugar ou mesmo aniquilar a diferença duma forma negativa, destrutiva e/ou
estúpida com base em mistificações da realidade _ por exemplo ao nível de
misticismos políticos, religiosas e afins, por norma numa base do eu e o meu
partido, eu e a minha religião, eu e a minha ideologia, etc., etc., é que sou o bom e
o correcto, já tudo e todos os que sejam diversos, tanto pior se opostos a mim,
ainda que e/ou até porque os opostos se confundam, serão inferiores a mim e logo exploráveis, desprezáveis ou mesmo
aniquiláveis por mim. O que subentenda-se é uma complicação que, como histórica
e mas também correntemente bem se sabe costuma levar incontornavelmente a um
ciclo degradante, cadente e no limite até catastrófico.
Pelo que a terminar algo que tem potencialmente muito o que se lhe diga, mas que aqui para o presente sucinto contexto voltaria
ao paradigma da Luz já figurativamente focado atrás, ainda que agora concretamente focado para o em si mesmo e mais literal nível da Luz de origem eléctrica, para por concreto exemplo _ que já alguma outra vez utilizei _ dizer que esta última (Luz de origem eléctrica) nasce de dois pólos que são não
só diversos como até mesmo inversos, designadamente um positivo e outro
negativo, ainda que quando conjugados inteligentemente dão origem à corrente e
respectiva Luz eléctrica; mas já se os mesmos ditos pólos confrontados de forma meramente
aleatória e/ou pior se objectivamente frente a frente sem mais acabam
repelindo-se com violência, dando origem a curto-circuito e logo inviabilizando
qualquer positivo, inteligente ou absoluto aproveitamento _ dalgum modo
originando as trevas ou pelo menos que não termine de se sair destas últimas _ podendo a energia eléctrica neste último caso ser irracionalmente encarada como um místico poder diabólico; ainda que
quando racionalmente encarada e aproveitada (a energia eléctrica) como a simples realidade Vital/Universal
que é, acaba por dar origem à corrente eléctrica que paralela e mas
inversamente à sua irracional mistificação se pode considerar uma dádiva Divina. Tudo isto, mesmo que de entre meio, o racional e objectivo conhecimento da simplicidade da Vida possa
exigir e de facto exige um significativo e não raro complexo esforço humano,
mas que no final e se esse esforço for de origem e com um objectivo positivo
acaba sempre por compensar humana, vital e universalmente, não só pelo efectivo (re)conhecimento humano da realidade Vital/Universal, mas também pelo positivo/construtivo bom uso desse (re)conhecimento. Pelo que apesar de
e/ou até por, de entre meio, com algum maior ou menor esforço humano, acrescido ainda dalguma maior ou menor complexidade racional pró (re)conhecimento humano da realidade, mas em qualquer caso pró detrimento das trevas por inerência da simplista mistificação humana da realidade, acima
de tudo que faça-se Luz com base na simples realidade tal como ela Vital/Universalmente é de facto, mais o seu real (re)conhecimento humano. VB
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