Cresci com a culpa católica, de Jesus Cristo ter morrido para remissão dos meus próprios pecados;
cresci com a culpa de ser eu, quando a
individualidade valia pouco ou nem era conveniente; cresci com a culpa de
ser pobre, porque isso era coisa de gente que não se podia valer
por si só _ com todos os riscos inerentes! Sendo que nesta última acepção, de gente pobre não se valer por si só, o
facto é que por mim próprio fracassei ao fundamental nível interpessoal, social
e curricular escolar, em recorrente, oportuna e pró afirmativa alternativa
procurei apostar no factor sócio-desportivo de índole física, mas aquém e além das minhas potencialidades técnicas ou outras para tal, o próprio
físico falhou organicamente; o que em associação a tudo o resto, como por global exemplo, um
contínuo fracasso pessoal e existencial modo geral, excepção feita para a mais
básica auto subsistência, me levou a odiar-me a mim mesmo, neste caso com ressalva
para o que e/ou quem externamente a mim, me suscitava algo de vitalmente
positivo.
Mas,
entretanto e precisamente com base no que e/ou em quem me inspirava algo de
vitalmente positivo, fiz ou tenho feito o que para mim foi ou tem sido um
imenso, por vezes até mesmo um incomensurável esforço pró positivo e objectivo. Mas de
entre o que a espaços e/ou em determinadas circunstâncias foi e é como se a
minha vida não valesse por si só e enquanto tal foi ou é como se eu tivesse de
(re)inventar uma vida própria, com tendência a refugiar-me numa realidade paralela, no limite numa realidade esquizofrénica, autista e/ou maniqueísta, por exemplo com base no que as outras pessoas ou
o culto sociocultural envolvente espere de mim ou ao menos com base no que e
como eu próprio penso que o exterior espera de mim, na media em que deixei de
esperar o que quer que fosse de mim e por mim próprio. Resultado de que por
exemplo há dois fins-de-semana atrás, como algo que há muito não sucedia, até porque sinceramente o havia auto assumido como algo que em tempos idos chegou a ser recorrente em mim, no caso fiz uso duma
mentira, que só não digo ter sido uma mentira inocente porque, ainda que a mesma não envolvesse outras pessoas nem algo de transcendente importância, no
entanto não acredito em mentiras inocentes, desde logo quando no presente caso a minha mentira me remete para uma realidade paralela, aquém e além de qualquer realidade
objectiva e factual, sem esquecer que se a mentira em causa chegasse ou chegar
a ser descoberta, com tudo o dai derivado, como no limite podendo levar à
quebra de confiança doutras pessoas, na minha própria pessoa!
Tudo
com base numa inocente mentira, que
enquanto tal não é tão inocente assim! Na circunstancia mentira para tão só evitar
ter de estar a justificar coisas pessoais que não me apeteceu justificar, ainda
que duma forma, que não vem agora ao caso, tenha sido eu próprio a criar essa
necessidade de justificação perante o exterior, que tanto pior ainda quando num meu acesso de carência de
autoconfiança, de auto estima ou por si só de positividade e de objectividade
própria, acabei por me
justificar, por assim dizer,
duma forma personalizada e se por possível acaso (auto) valorizante, ainda que com base numa mentira _ acerca do que nem
há necessidade de estar a fazer grandes especificações ao respeito, porque tudo
o inerente é suficiente ou mesmo demasiado mesquinho e ridículo, para dever ir
descritivamente mais além ao respeito. No caso tudo isto após anos dum meu
esforço pró positividade, objectividade e sinceridade própria, por e para comigo
mesmo e respectivamente perante e para com o exterior, a um ponto em que ironicamente
por vezes as outras pessoas chegam a não acreditar em mim, precisamente por eu
estar a ser sincero e objectivo! Em especial quando eu faço uso duma
sinceridade e objectividade que não é muito comum, como por exemplo ao auto
assumir inclusive o efectivo ou potencial pior de mim mesmo, para além do que é
comum fazer-se. Sendo que pela inversa há verdades, especialmente positivas que
eu nem me atrevo a contar, por um lado porque o que em regra as pessoas
conhecem de mim tem aparentemente pouco ou nada que ver com essas verdades e
depois porque as mesmas servem acima de tudo para alimentar positivamente o meu
próprio Ego, especial e precisamente quando
a minha corrente normalidade própria o não alimenta!
Mas
de entre o que o facto é que com uma “pequena”
e “inocente” mentira pode-se estragar
anos de não raro sacrificado esforço pró objectividade e sinceridade própria. Com
todas as consequências inerentes a essa degradação, como por reiterado e
destacado exemplo, a perda de confiança por parte do exterior em mim, na subsequente
melhor das respectivas hipóteses com pró positiva e objectiva auto flagelação,
reflexão e austeridade da e pela minha parte. Sendo que inclusive senti
necessidade de imediatamente à altura escrever o presente e de agora à
posterior também o dever expor ao exterior, para precisamente me libertar do
peso dessa mesma mentira, em especial
após anos de esforço, senão directamente contra esta última, ao menos ou ao
mais em prol da _ vulgo _ verdade ou realidade dos factos.
Global
sequência, que com todas as suas causas, efeitos e consequências enquanto sub e
sobresequentemente inerentes à minha vida desde globalmente sempre e até ao
presente momento, que por não menos destacado exemplo inclui esta minha pró
vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever; sendo que no que e
como eu escrevo, tanto mais ou menos que uma realidade objectiva e concreta ou
subjectiva e paralela _ sem lugar a mentiras ou a verdades, mas tão só com
lugar a Ser e/ou a Estar enquanto tal _ aqui sou e estou eu mesmo, essencialmente, a Nu!
VB
Sem comentários:
Enviar um comentário