Na passada
noite de antes-de-ontem (15-10-2012) num painel composto pelos excelsos e em qualquer dos casos ex. Ministros das finanças nacionais: Dr.º Miguel
Beleza, o Dr.º Luís Campos e Cunha e o Dr.º Pina Moura, com mediação do mais consagrado
jornalista televisivo do momento: José Rodrigues dos Santos, falava-se acerca
do crítico e austero estado político, social, económico e financeiro do País,
tendo por base a recente apresentação da proposta de Orçamento de Estado (OE) por
parte do corrente governo democrático PSD-CDS/PP, para o próximo ano 2013.
De entre o
que aquém e além de ter sido grosso modo unânime e consensual de entre todos,
desde logo de entre os três ex. Ministros das finanças do Estado, com mais ou menos nuances daqui e dali, que no fundo pelo melhor e pelo pior,
haverá poucas ou nenhumas alternativas à proposta de OE em causa.
Mas a
determinada altura referindo-se concretamente o Dr.º Miguel Beleza à questão
demográfica, designadamente de entre as gerações mais idosas que vivem cada vez
mais anos e a carência de novos nascimentos que possam sustentar a prazo com os seus
respectivos descontos para a segurança social, as respectivas pensões de
reforma dos mais velhos.
Sendo que a
partir daqui pode-se desde logo discutir se afinal não foram já os mais velhos
que por si sós descontaram durante anos para a sua própria pensão de reforma,
não necessitando quem o faça por eles!? Mas eu até nem quero entrar por ai,
pois que o que a mim mais me intriga e salvo duma perspectiva
perversa/controversa, se acaso até conspirativa, de resto e ao menos duma
perspectiva positiva e racional por mim mesmo confesso não conseguir entender o
que se pretende quando como o Dr.º Miguel Beleza, com extensão a todos os
restantes que o acompanhavam, por assim dizer no fórum televisivo da noite
passada, desde logo porque nenhum dos restantes contestou ou sequer questionou
o primeiro ao respeito, além de com extensão ainda a todas as pessoas que
assim pensem e sintam, no entanto e no meu caso pergunto: porquê e para quê mais
nascimentos, mais gente nova?
Sim, desde
logo quando por um lado é necessário sustentar as
pensões de reforma dos mais velhos, aquém e além dos descontos que os próprios
fizeram durante anos, então porque não se mantém os mesmos na vida activa e
respectivamente a descontar mais anos? Inclusive a própria classe política e associados que parece se aposenta(m) ou podem aposentar algo
prematuramente!? Além de que quando não raro e parece que cada
vez mais se despendem pessoas de meia-idade, sem grandes perspectivas de em
absoluto se lhes voltar a proporcionar emprego ou pelo menos trabalho com um
mínimo de condições sociais, tão pouco estou a ver onde e como a possibilidade de prolongar o tempo de vida activa dos mais velhos _ inclusive da minha,
actualmente (pró) activa geração própria _ em prol de si mesmos e/ou dos ainda mais velhos, com base no e para com o dito Estado Social!?
Por outro
lado ainda num mesmo País em que a taxa de desemprego ao nível dos alegadamente poucos jovens e tanto pior se entre os jovens mediana e superiormente
qualificados é altíssima, inclusive o próprio governo já chegou ao ponto de
sugerir a emigração jovem, onde cabem aqui mais nascimentos e tanto pior se
mais mão-de-obra qualificada? De resto se o País tem assim tanta carência de
mão-de-obra, pergunto ainda para onde foi a inédita onda de imigração que
assolou o País na cerca de última década e meia? Não que eu esteja a defender a
imigração como alternativa a uma maior taxa de natalidade interna própria,
agora o que me intriga num País que se diz com carência de mão-de-obra, desde
logo mão-de-obra jovem para inclusive sustentar as pensões de reforma dos mais velhos, no entanto nem para os
imigrantes, designadamente de leste e sul americanos que viviam mais ou menos
miseravelmente na sua terra e para cá vieram trabalhar, o País conseguiu terminar de ser aliciante para os mesmos, inclusive ao invés dos emigrantes nacionais no estrangeiro; pelo que na sequência não posso deixar de questionar ainda, acerca de que esperança de vida e
de futuro pode oferecer este mesmo País aos seus próprios conterrâneos, tanto
mais se aos mais jovens e/ou adultos activos, que inclusive são objectiva, circunstancial e/ou até estruturalmente convidados a emigrar? Inclusive somos acima de tudo o País de emigração.
Enfim, dado
que por norma são doutas individualidades que publicamente nos meios de
comunicação social, designadamente na televisão, dizem recorrentemente em tom algo superior, desde logo com aparentemente inquestionável convicção que faz falta mais
nascimentos (maior taxa de natalidade interna), logo eu que desde há
muito me habituei a colocar-me em causa a mim mesmo, que inclusive não passo
dum mero auto subsistente de base, seja que nem de perto nem de longe sou doutor ou coisa
que o valha, seguramente serei eu que estarei errado, por tão só questionar tão
doutos e aparentemente superiores ou convictos ditos em público.
Mas ainda por mim e em
demográfico resumo diria que dadas as circunstancias não termino de entender o
recorrentemente douto ou público apelo ao acréscimo da taxa de natalidade
nacional, salvo se a justificar precisamente uma perspectiva
perversa/controversa e se acaso até conspirativa, em nome de muita e crescente
mão-de-obra barata, com base na mais imediata e elementar necessidade de
subsistência de muitos e de cada vez mais e mais. Até porque num País pobre, com uma agricultura residual e regra geral de baixa produtividade, sem industria própria de monta, por si só com uma economia própria globalmente sofrível, logo o crescente e mais ou menos indefinido acréscimo populacional só poderia ou poderá mesmo levar a uma oferta de mão-de-obra quantitativamente superior à procura e enquanto tal a uma mão-de-obra barata(*) _ o que estou certo, até por uma pretérita e diria mesmo crónica cultura interna, ao menos por parte de alguns é o que se espera! Pois caso contrário, num
mesmo respectivo País que também apela a crescente mão-de-obra qualificada, que
inclusive investiu durante décadas nessa qualificação e agora não tem o que dar
que fazer a essa mesma mão-de-obra jovem e qualificada, como mínimo parece-me ser
tudo demasiado confuso, a tender para o absurdo, com mais ou menos óbvia
desestruturação política, social, económica, financeira, laboral e demográfica
interna.
E se eu não
tenho alguma substancial razão nesta minha básica e (auto) subsistente perspectiva,
então por favor que alguém de direito corresponda consubstanciadamente às
questões que coloco atrás, se acaso desmontando-as positivamente. E que senão fazendo-o por mim que não
passo dum básico, por norma mesmo esforçado e sofrível auto subsistente(**), que
até enquanto tal e gostando eu _ no sentido universal do termo_ muito de
crianças(***), nem de perto nem de longe me atrevo por mim mesmo e/ou nas
circunstancias envolventes a contribuir para a taxa de natalidade; mas ao menos
ou ao mais que quem de direito corresponda às minhas transactas questões em nome de todas as pessoas, diria mesmo do grosso nacional que com
potencialidades para tal, no entanto não se atreve a conceber (mais) filhos, porque como também costuma dizer-se: a vida não está para isso!
Pelo que se for o caso, em nome da própria Pátria, que alguém venha consubstanciar positiva e comprovadamente por A+B, acerca de porquê e para quê ter mais filhos, como um eventual e se acaso douto contributo para a taxa de natalidade, aquém e
além de se ir à televisão dizer mais ou menos superficialmente e por alto que: não há gente nova
suficiente para sustentar as pensões de reforma dos mais velhos!!! Quando a alegadamente pouca gente nova e não raro mediana ou superiormente qualificada que há, está mais ou menos votada ao ostracismo, à inutilidade prática e/ou até à infame exploração _ por exemplo e nesta última acepção em sucessivos estágios não remunerados!
Salvo ainda que aquém e além da mais ou menos douta ou superior racionalidade de muitos, no fundo e na verdade não passe tudo duma questão de Fé, inclusive a começar e terminar por conceber filhos mais ou menos indiscriminadamente!?
VB
(*) ...Mão-de-obra barata que até se poderia justificar como equitativa à própria pobreza do País, mas no caso podendo e devendo também os benefícios inerentes reverterem em nome do colectivo Pátrio e das suas mais diversas instituições e individualidades. O problema é que essa mão-de-obra barata, não raro ou mesmo por norma e desde globalmente sempre é em nome das elites dominantes, sejam elas quais forem e de que índole política, ideológica ou qualquer outra forem; de resto parece que desde há muito as elites se auto assumem como merecedoras de vencerem ao nível dos Países mais ricos da Europa e/ou até do Mundo, sob ameaça de mesmas ditas elites se ausentarem do País, levando naturalmente consigo a sua riqueza própria, se é que a mesma não está já e há muito fora do País(!?) _ mesmo que riqueza em muitos casos e em grande medida conquistada às custas de mão-de-obra barata interna e/ou pelo menos ao nível da pobreza do próprio País _ sendo que o próprio País, desde logo o Estado, está cada vez mais pobre e as elites, discretamente dominantes, cada vez mais ricas!!!
(**) ...Ainda que eu não seja pró positiva e vitalmente um desistente, bem longe disso.
(***) Tive e deixei na infância o efectivo ou potencial melhor de mim! De resto minha infância a que tenho de regressar com recorrente e resiliente frequência, para poder continuar pró positiva e/ou vitalmente em frente em e por mim mesmo, aquém e além de referências, influências e/ou se acaso até de tutelas exteriores. Sendo que de entre a naturalidade, espontaneidade e até inocência infantil, com alguns ideias infantis ou juvenis pelo meio, em associação, comparação ou contraste com a não raro esforçada, artificial e até malícia da experiência e vivência adulta, pelo melhor e pelo pior, se encontra por assim dizer esta minha pró vital, sanitária ou subsistente existência. Em qualquer caso a infância enquanto tal teve, tem e terá para mim um valor transcendental, pelo que se eu pode-se ou poder contribuir mínima ou residual e directa ou indirectamente para a indefinida continuidade do melhor da infância na vida de quem mais quer que seja, será eventualmente tudo quanto de melhor me resta ou restará de mim e da minha própria infância!? Mas entretanto e até por tudo o demais inerente não me sinto, nem me constato à objectiva altura de educar quotidiana e continuamente uma criança, desde logo uma minha eventual descendência própria com suficiente e devida estabilidade, definição, objectividade e coerência. Pelo que sem me sentir ou constatar própria ou absolutamente uma má influência para a infantilidade, no mais pejorativo ou negativo sentido do termo má influência, no entanto tão pouco me sinto à altura de num contexto quotidiano poder contribuir prática e activamente para o melhor duma criança, desde logo quando eu ando às voltas com o melhor da minha própria infância, para poder continuar em frente com o efectivo ou potencial melhor da minha vida adulta!
(*) ...Mão-de-obra barata que até se poderia justificar como equitativa à própria pobreza do País, mas no caso podendo e devendo também os benefícios inerentes reverterem em nome do colectivo Pátrio e das suas mais diversas instituições e individualidades. O problema é que essa mão-de-obra barata, não raro ou mesmo por norma e desde globalmente sempre é em nome das elites dominantes, sejam elas quais forem e de que índole política, ideológica ou qualquer outra forem; de resto parece que desde há muito as elites se auto assumem como merecedoras de vencerem ao nível dos Países mais ricos da Europa e/ou até do Mundo, sob ameaça de mesmas ditas elites se ausentarem do País, levando naturalmente consigo a sua riqueza própria, se é que a mesma não está já e há muito fora do País(!?) _ mesmo que riqueza em muitos casos e em grande medida conquistada às custas de mão-de-obra barata interna e/ou pelo menos ao nível da pobreza do próprio País _ sendo que o próprio País, desde logo o Estado, está cada vez mais pobre e as elites, discretamente dominantes, cada vez mais ricas!!!
(**) ...Ainda que eu não seja pró positiva e vitalmente um desistente, bem longe disso.
(***) Tive e deixei na infância o efectivo ou potencial melhor de mim! De resto minha infância a que tenho de regressar com recorrente e resiliente frequência, para poder continuar pró positiva e/ou vitalmente em frente em e por mim mesmo, aquém e além de referências, influências e/ou se acaso até de tutelas exteriores. Sendo que de entre a naturalidade, espontaneidade e até inocência infantil, com alguns ideias infantis ou juvenis pelo meio, em associação, comparação ou contraste com a não raro esforçada, artificial e até malícia da experiência e vivência adulta, pelo melhor e pelo pior, se encontra por assim dizer esta minha pró vital, sanitária ou subsistente existência. Em qualquer caso a infância enquanto tal teve, tem e terá para mim um valor transcendental, pelo que se eu pode-se ou poder contribuir mínima ou residual e directa ou indirectamente para a indefinida continuidade do melhor da infância na vida de quem mais quer que seja, será eventualmente tudo quanto de melhor me resta ou restará de mim e da minha própria infância!? Mas entretanto e até por tudo o demais inerente não me sinto, nem me constato à objectiva altura de educar quotidiana e continuamente uma criança, desde logo uma minha eventual descendência própria com suficiente e devida estabilidade, definição, objectividade e coerência. Pelo que sem me sentir ou constatar própria ou absolutamente uma má influência para a infantilidade, no mais pejorativo ou negativo sentido do termo má influência, no entanto tão pouco me sinto à altura de num contexto quotidiano poder contribuir prática e activamente para o melhor duma criança, desde logo quando eu ando às voltas com o melhor da minha própria infância, para poder continuar em frente com o efectivo ou potencial melhor da minha vida adulta!
Claro que não espero correspondência às minhas transactas questões, por parte do Doutor Miguel Beleza ou de qualquer dos seus respectivos interlocutores na noite televisiva do passado dia 15 do corrente 10 de 2012.
ResponderEliminarAté porque mesmo que remotamente todos e cada um dos citados, tomassem conhecimento da minha anterior interpelação, por si só em sequência do que os mesmos disseram ou deixaram de dizer, tenho como genérico dado adquirido que tais Eminências, não descem cá tão abaixo!
Ainda que alguma vez eu tenha ouvido ou lido algures, que verdadeiramente Grandes são os que, não deixando de ser quem são, conseguem descer ao nível dos mais Baixos! O que não é efectivamente para todos, quiçá nem para uma significativa maioria, em especial se tanto mais que de doutores estivermos a falar de adoutorados _ aquém e além de doutorados ou não!?