Salvo excepcional e justificadamente, de resto e por norma não sou propriamente favorável a crises políticas, muito menos se a crises (es)forçadas
ou artificiais, muito menos ainda se à mais mínima contrariedade e/ou se quando
até pelos antecedentes é de todo espectável que após uma crise política se solicite outra logo de seguida, mesmo que e/ou
até porque entretanto mude a respectiva gestão política; tão pouco gosto de
criticar a classe política ou qualquer outra só porque sim e/ou
indiscriminadamente como um todo, tanto mais ou menos assim quando apesar de
e/ou até por tudo, creio que sem classe política multipartidária não há ou não haveria democracia,
pelo menos democracia política e dadas as circunstancias parece que a
democracia ainda é o melhor dos sistemas políticos/sociais, inclusive permitindo-me
escrever e partilhar democraticamente (responsável e consequentemente) o
presente; até porque o que resta é básica e genericamente a
opressiva/repressiva imposição dumas ideologias, religiões, classes sociais,
etc., sobre outras, o que salvo algumas excepcionais e (intra ou extra)
criticas elites políticas, económicas, culturais, religiosas e sociais modo geral, de resto e por norma com uma mais ou menos imensa e
amorfa massa popular pelo meio, que tanto se dispõe a aclamar ou a exultar quer os poderes opressivos/repressivos, quer os podres democraticamente instituídos_ quiçá como uma das
causas e das consequências da nossa colectiva e recorrentemente critica/austera
condição existencial própria_ o que desde logo a mim não me agrada particular, democrática ou absolutamente, como creio reflexamente constatável no e pelo presente;
além ainda de que tão pouco tenho particulares preferências partidárias, por um ou por uns partidos políticos sobre outro(s), ainda que cultural e/ou vivencialmente eu
simpatize mais com a dita ideologia de esquerda que com a respectiva ideologia de direita política, mas
ainda assim encontro virtudes e defeitos em cada uma das duas ideológicas partes de per si, pelo que
talvez como anatomicamente ao nível dos membros do corpo humano, duma ou doutra forma o melhor mesmo
seja a complementar e/ou democrática conjugação das duas coisas, no caso
concreto de direita e de esquerda politicas/ideológicas. Mas dito isto e apesar
de e/ou até pelo mesmo, repare-se:
O
excelentíssimo Senhor Presidente da Republica, na pessoa do Senhor professor
Aníbal Cavaco Silva, disse recentemente algo como: “dissolver a assembleia da republica _ vulgo demitir o actual governo _,
equivaleria a deixar ou a remeter o País para uma situação muito mais grave (critica
e austera) do que aquela em que o mesmo se encontra actualmente!”. Algo que
desde já e confessamente eu não me atrevo a discutir ou a contrariar, até
porque pessoalmente, na minha imensa e confessa ignorância prática, teórica,
técnica ou qualquer outra designadamente ao nível da gestão política, não sei
se e/ou até que ponto assim é e seria ou não(?!); tanto mais se quando também o
próprio Senhor Primeiro Ministro actual, na pessoa do Senhor Doutor Pedro
Passos Coelho repete várias vezes que o
caminho seguido pelo seu governo é o único possível _ ainda que aqui eu
deva dizer que conheço mil e um caminhos
para chegar a Roma; sem esquecer que, como referido no inicio deste texto,
até dados os antecedentes da governação política nacional, designadamente que
atrás duma crise política, por norma
e ao nível da oposição política e/ou ao menos de parte do próprio povo, se peça
logo uma outra crise política, o que
à imagem e semelhança do dilema acerca de quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha, tão pouco já sei se
a solicitação de crises politicas e
concretização das mesmas é por inerência do que em sequência das diversas gestões
políticas nos traz(em) recorrentemente de crise
económica/financeira e social em
crise económica/financeira e social, com correspondente(s) crise(s) política(s) e/ou se pelo seu
inverso(?!). Mas a partir de que em qualquer caso permita-se-me o desabafo e a
questão final que respectivamente é:
Num País como o nosso em que
respectiva e “”surpreendentemente”” se vem a encontrar o País de tanga, à beira da ruptura, à beira da banca
rota, etc., etc. pela boca de diversos e sucessivos governos políticos da
nação e dos seus respectivos lideres de há muito a esta parte; em que desde as
mais altas instâncias políticas e sociais, até ao zé-povinho, (quase) toda a
gente assume e/ou reconhece a actual crise
económica, financeira e social actual;
em que até como causa ou consequência desta última haja muito quem também aos
mais diversos e transversais níveis políticos e sociais, por censurável norma
com relação ao outro, afirme e reafirma que o País e/ou o povo andou a viver acima das suas (nossas) possibilidades, mas em que curiosa, irónica e/ou quiçá sintomaticamente
seja a própria pessoa do Senhor Presidente da Republica actual, a assumir
publicamente que não ganha para as
despesas pessoais/familiares próprias ou pelo menos que tem dúvidas ao respeito, quando este último tem no curriculum
político duas maiorias absolutas como ex. Primeiro-Ministro da Nação e já vai
no respectivo segundo mandato como Presidente da Republica Nacional; o que sem
ir descritivamente muito mais longe e mas que com todas as causas, efeitos e
consequências inerentes a tudo o transacto me leva conclusivamente a perguntar:
meu Deus estamos entregues a que pessoas; a que ideologias; a que fundamentos;
a que princípios; a que objectivos; a que competências técnicas, práticas,
políticas, sociais e/ou outro(a)s? Que desde logo, enquanto democraticamente, estamos ou estaremos entregues a nós mesmos, algo que segundo tudo leva a crer
e digo eu para o qual talvez não estejamos (ainda) tão cultural, vivencial, responsável,
consequente e por si só democraticamente preparados quanto por vezes pensemos ou queiramos pressupor, inclusive com as nossas
cerca de quatro décadas de democracia vigente a derivarem de cerca de meio
século de opressiva/repressiva ditadura, com uma romântica e florida revolução, que como constatável redundou em frustrada e murcha ilusão, pelo meio; apesar de e/ou até pelo que me resta ainda em respectiva e
derradeira conclusão perguntar se não mereceremos todos e cada um de nós algo
mais e melhor, antes, durante e depois do mais de e para nós mesmos e até por
isso de e para com quem nos governa, do que esta recorrentemente triste, critica, austera, na melhor das
hipóteses alegremente ignorante ou (auto e extra) demissionária e/ou digo
eu ainda lamentável condição política, social e/ou existencial colectiva e até
por isso individual e/ou vice-versa em que, salvos as devidas excepções, de
resto e por genérica norma recorrentemente vivemos, caímos e/ou existimos(*)?
VB
(*) Porra!
Quero eu dizer que se não estamos colectivamente contentes com os políticos e/ou
governantes que temos, no caso somos nós que democrática e colectivamente os
elegemos e/ou então que nos demitimos de o fazer; aquém e além de que talvez
e/ou até por tudo isso esperemos ou exijamos dos políticos o que não estamos
dispostos a fazer por nós mesmos e pelo colectivo nacional/universal;
pois que se estamos colectivamente contentes com os políticos e/ou governantes
que temos, salvo momentâneos, pontuais, circunstanciais ou até naturais
contratempos, de resto não sei propriamente do que tanto e tão genericamente
reclamamos, desde logo a ponto de se pedir ou exigir recorrentemente a queda de
governos _ vulgo crises políticas _ salvo que não vivamos tão democraticamente
quanto pensamos ou julgamos, com respectiva e crescentemente unilateral
imposição duma(s) ideologia(s) e afins sobre outra(s), com uma maioritária e amorfa
massa popular a assistir passiva, resignada e intermediamente de bancada(!?),
só se manifestando democraticamente quando a coisa dói ou passa a doer para além da norma e/ou até do suportável;
que por mim pessoalmente devo dizer que se não gosto de todo em todo de ditadores políticos ou outros, a começar e a terminar logo pelos muitos pequenos e mas também muito diversos e consequentes ditadores por ai divagam _ gente frustrada e amarga que tem ou encontra na arrogância, na prepotência e afins perante e para com o próximo, a sociedade e a própria vida a sua maior ou melhor expressão _ o facto é que tão pouco gosto de no caso concreto políticos que em
democracia governam tanto ou mais em oportuna e/ou até sensacional função de
ciclos eleitorais, do que propriamente em função do que verdadeira e realmente
necessário, que tudo tanto pior quando pré eleitoralmente se fazem promessas
políticas irrealistas, que ou não se cumprem pós eleitoralmente com a recorrente ou surpreendentemente argumentativa desculpa
do(s) anterior(es) governante(s) afinal parecer terem deixado ou circunstancialmente estarem a deixar cada vez mais e mais o país
de tanga, à beira da rotura e/ou da
banca rota ou então e por outro inverso lado cumprem-se algumas dessas ditas de promessas
irrealistas às custas da miséria _ vulgo da crise e austeridade _ colectiva nacional,
com o dito povo a cair redundante e recorrentemente no engodo, talvez porque o
povo desconhece as suas (nossas) verdadeiras capacidades e/ou limitação próprias e/ou do próprio país,
que desde logo, por mim mesmo e à cautela, como inclusive espero constatável no
e pelo presente, com tudo o que o antecedeu e o que posteriormente venha em sua
sequência, diria que me limito há muito ao estritamente necessário, sendo que
ultrapassar o estritamente necessário do momento e das circunstancias presentes,
equivale a passar ao estritamente necessário do momento e circunstancias
seguintes, o que em si mesmo é pouco ou nada monótono, se acaso é mesmo
positiva, vital e universalmente muito aliciante, ainda que até por isso e
dadas as circunstancias próprias e envolventes a mim, não seja necessária ou
absolutamente nada fácil; em qualquer caso e duma ou doutra forma, ao menos em
democracia, os políticos e os governantes derivam do povo e enquanto tal o povo
tem e terá os políticos que merece e que indefinidamente continuar merecer, com
o seu respectivo e correspondente inverso. Em qualquer caso e enquanto tal, sem qualquer ironia
que Viva Portugal, desde logo um Portugal que espero e gostaria eu, fosse ou
seja um Portugal ao democrático serviço de si mesmo e do todo Universal.
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