domingo, junho 16, 2013

Entregues a quem?!

            Salvo excepcional e justificadamente, de resto e por norma não sou propriamente favorável a crises políticas, muito menos se a crises (es)forçadas ou artificiais, muito menos ainda se à mais mínima contrariedade e/ou se quando até pelos antecedentes é de todo espectável que após uma crise política se solicite outra logo de seguida, mesmo que e/ou até porque entretanto mude a respectiva gestão política; tão pouco gosto de criticar a classe política ou qualquer outra só porque sim e/ou indiscriminadamente como um todo, tanto mais ou menos assim quando apesar de e/ou até por tudo, creio que sem classe política multipartidária não há ou não haveria democracia, pelo menos democracia política e dadas as circunstancias parece que a democracia ainda é o melhor dos sistemas políticos/sociais, inclusive permitindo-me escrever e partilhar democraticamente (responsável e consequentemente) o presente; até porque o que resta é básica e genericamente a opressiva/repressiva imposição dumas ideologias, religiões, classes sociais, etc., sobre outras, o que salvo algumas excepcionais e (intra ou extra) criticas elites políticas, económicas, culturais, religiosas e sociais modo geral, de resto e por norma com uma mais ou menos imensa e amorfa massa popular pelo meio, que tanto se dispõe a aclamar ou a exultar quer os poderes opressivos/repressivos, quer os podres democraticamente instituídos_ quiçá como uma das causas e das consequências da nossa colectiva e recorrentemente critica/austera condição existencial própria_ o que desde logo a mim não me agrada particular, democrática ou absolutamente, como creio reflexamente constatável no e pelo presente; além ainda de que tão pouco tenho particulares preferências partidárias, por um ou por uns partidos políticos sobre outro(s), ainda que cultural e/ou vivencialmente eu simpatize mais com a dita ideologia de esquerda que com a respectiva ideologia de direita política, mas ainda assim encontro virtudes e defeitos em cada uma das duas  ideológicas partes de per si, pelo que talvez como anatomicamente ao nível dos membros do corpo humano, duma ou doutra forma o melhor mesmo seja a complementar e/ou democrática conjugação das duas coisas, no caso concreto de direita e de esquerda politicas/ideológicas. Mas dito isto e apesar de e/ou até pelo mesmo, repare-se:

            O excelentíssimo Senhor Presidente da Republica, na pessoa do Senhor professor Aníbal Cavaco Silva, disse recentemente algo como: “dissolver a assembleia da republica _ vulgo demitir o actual governo _, equivaleria a deixar ou a remeter o País para uma situação muito mais grave (critica e austera) do que aquela em que o mesmo se encontra actualmente!”. Algo que desde já e confessamente eu não me atrevo a discutir ou a contrariar, até porque pessoalmente, na minha imensa e confessa ignorância prática, teórica, técnica ou qualquer outra designadamente ao nível da gestão política, não sei se e/ou até que ponto assim é e seria ou não(?!); tanto mais se quando também o próprio Senhor Primeiro Ministro actual, na pessoa do Senhor Doutor Pedro Passos Coelho repete várias vezes que o caminho seguido pelo seu governo é o único possível _ ainda que aqui eu deva dizer que conheço mil e um caminhos para chegar a Roma; sem esquecer que, como referido no inicio deste texto, até dados os antecedentes da governação política nacional, designadamente que atrás duma crise política, por norma e ao nível da oposição política e/ou ao menos de parte do próprio povo, se peça logo uma outra crise política, o que à imagem e semelhança do dilema acerca de quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha, tão pouco já sei se a solicitação de crises politicas e concretização das mesmas é por inerência do que em sequência das diversas gestões políticas nos traz(em) recorrentemente de crise económica/financeira e social em crise económica/financeira e social, com correspondente(s) crise(s) política(s) e/ou se pelo seu inverso(?!). Mas a partir de que em qualquer caso permita-se-me o desabafo e a questão final que respectivamente é:

            Num País como o nosso em que respectiva e “”surpreendentemente”” se vem a encontrar o País de tanga, à beira da ruptura, à beira da banca rota, etc., etc. pela boca de diversos e sucessivos governos políticos da nação e dos seus respectivos lideres de há muito a esta parte; em que desde as mais altas instâncias políticas e sociais, até ao zé-povinho, (quase) toda a gente assume e/ou reconhece a actual crise económica, financeira e social actual; em que até como causa ou consequência desta última haja muito quem também aos mais diversos e transversais níveis políticos e sociais, por censurável norma com relação ao outro, afirme e reafirma que o País e/ou o povo andou a viver acima das suas (nossas) possibilidades, mas em que curiosa, irónica e/ou quiçá sintomaticamente seja a própria pessoa do Senhor Presidente da Republica actual, a assumir publicamente que não ganha para as despesas pessoais/familiares próprias ou pelo menos que tem dúvidas ao respeito, quando este último tem no curriculum político duas maiorias absolutas como ex. Primeiro-Ministro da Nação e já vai no respectivo segundo mandato como Presidente da Republica Nacional; o que sem ir descritivamente muito mais longe e mas que com todas as causas, efeitos e consequências inerentes a tudo o transacto me leva conclusivamente a perguntar: meu Deus estamos entregues a que pessoas; a que ideologias; a que fundamentos; a que princípios; a que objectivos; a que competências técnicas, práticas, políticas, sociais e/ou outro(a)s? Que desde logo, enquanto democraticamente, estamos ou estaremos entregues a nós mesmos, algo que segundo tudo leva a crer e digo eu para o qual talvez não estejamos (ainda) tão cultural, vivencial, responsável, consequente e por si só democraticamente preparados quanto por vezes pensemos ou queiramos pressupor, inclusive com as nossas cerca de quatro décadas de democracia vigente a derivarem de cerca de meio século de opressiva/repressiva ditadura, com uma romântica e florida revolução, que como constatável redundou em frustrada e murcha ilusão, pelo meio; apesar de e/ou até pelo que me resta ainda em respectiva e derradeira conclusão perguntar se não mereceremos todos e cada um de nós algo mais e melhor, antes, durante e depois do mais de e para nós mesmos e até por isso de e para com quem nos governa, do que esta recorrentemente triste, critica, austera, na melhor das hipóteses alegremente ignorante ou (auto e extra) demissionária e/ou digo eu ainda lamentável condição política, social e/ou existencial colectiva e até por isso individual e/ou vice-versa em que, salvos as devidas excepções, de resto e por genérica norma recorrentemente vivemos, caímos e/ou existimos(*)?

                                                                                              VB

            (*) Porra! Quero eu dizer que se não estamos colectivamente contentes com os políticos e/ou governantes que temos, no caso somos nós que democrática e colectivamente os elegemos e/ou então que nos demitimos de o fazer; aquém e além de que talvez e/ou até por tudo isso esperemos ou exijamos dos políticos o que não estamos dispostos a fazer por nós mesmos e pelo colectivo nacional/universal; pois que se estamos colectivamente contentes com os políticos e/ou governantes que temos, salvo momentâneos, pontuais, circunstanciais ou até naturais contratempos, de resto não sei propriamente do que tanto e tão genericamente reclamamos, desde logo a ponto de se pedir ou exigir recorrentemente a queda de governos _ vulgo crises políticas _ salvo que não vivamos tão democraticamente quanto pensamos ou julgamos, com respectiva e crescentemente unilateral imposição duma(s) ideologia(s) e afins sobre outra(s), com uma maioritária e amorfa massa popular a assistir passiva, resignada e intermediamente de bancada(!?), só se manifestando democraticamente quando a coisa dói ou passa a doer para além da norma e/ou até do suportável; que por mim pessoalmente devo dizer que se não gosto de todo em todo de ditadores políticos ou outros, a começar e a terminar logo pelos muitos pequenos e mas também muito diversos e consequentes ditadores por ai divagam _ gente frustrada e amarga que tem ou encontra na arrogância, na prepotência e afins perante e para com o próximo, a sociedade e a própria vida a sua maior ou melhor expressão _ o facto é que tão pouco gosto de no caso concreto políticos que em democracia governam tanto ou mais em oportuna e/ou até sensacional função de ciclos eleitorais, do que propriamente em função do que verdadeira e realmente necessário, que tudo tanto pior quando pré eleitoralmente se fazem promessas políticas irrealistas, que ou não se cumprem pós eleitoralmente com a recorrente ou surpreendentemente argumentativa desculpa do(s) anterior(es) governante(s) afinal parecer terem deixado ou circunstancialmente estarem a deixar cada vez mais e mais o país de tanga, à beira da rotura e/ou da banca rota ou então e por outro inverso lado cumprem-se algumas dessas ditas de promessas irrealistas às custas da miséria _ vulgo da crise e austeridade _ colectiva nacional, com o dito povo a cair redundante e recorrentemente no engodo, talvez porque o povo desconhece as suas (nossas) verdadeiras capacidades e/ou limitação próprias e/ou do próprio país, que desde logo, por mim mesmo e à cautela, como inclusive espero constatável no e pelo presente, com tudo o que o antecedeu e o que posteriormente venha em sua sequência, diria que me limito há muito ao estritamente necessário, sendo que ultrapassar o estritamente necessário do momento e das circunstancias presentes, equivale a passar ao estritamente necessário do momento e circunstancias seguintes, o que em si mesmo é pouco ou nada monótono, se acaso é mesmo positiva, vital e universalmente muito aliciante, ainda que até por isso e dadas as circunstancias próprias e envolventes a mim, não seja necessária ou absolutamente nada fácil; em qualquer caso e duma ou doutra forma, ao menos em democracia, os políticos e os governantes derivam do povo e enquanto tal o povo tem e terá os políticos que merece e que indefinidamente continuar merecer, com o seu respectivo e correspondente inverso. Em qualquer caso e enquanto tal, sem qualquer ironia que Viva Portugal, desde logo um Portugal que espero e gostaria eu, fosse ou seja um Portugal ao democrático serviço de si mesmo e do todo Universal. 

           


                 

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