O que se segue é um texto significativamente extenso, tendo por base a descrição dum acidente automóvel, pelo que em qualquer dos casos não creio que seja para toda/os!...
Há muito, dalgum modo desde sempre que eu sabia
objectiva ou pelo menos cultural, educacional/criacional, vivencial, em suma existencialmente, mas só agora e mais que nunca isso se está enquanto tal a confirmar
na prática:
Aquém
e além de muitas outras coisas, a começar e terminar logo por não dever existir enquanto tal, como personalidade, identidade ou vida própria, de entre o que mais concretamente eu não devia
conduzir, automobilisticamente falando. Não porque, salvo possível eventual
erro que como qualquer outra pessoa eu já tenha cometido ou venha a cometer a
volante, inclusive e até porque em vinte e dois anos de carta de condução a
conduzir em todo o tipo de vias e não raras vezes a conduzir nas cidades mais
movimentadas do País, salvo um
acidente que tive há, mais duma dezena e meia de, anos com uma carrinha de
trabalho porque simplesmente não dormia o suficiente e/ou a espaços até de todo
durante mais de vinte e quatro horas seguidas, o que natural e cautelarmente
deixou de suceder há muito; mais o recente acidente em que me vi envolvido há
pouco mais duma semana atrás, concretamente a 09-12-2014 e que neste último
caso me está a trazer ao presente, de resto posso dizer que jamais apanhei um
susto ao volante por minha unilateral responsabilidade e mesmo por
responsabilidade alheia têm sido raros os casos em que tal sucedeu. Seja que
basicamente não me sinto, nem muito menos me constato um perigo ao volante,
inclusive e no que a velocidade diz respeito por uma qualquer minha natureza
própria nem gosto de conduzir rápido e quanto ao resto procuro ser tão
literalmente prudente e cumpridor das regras de condução quanto me seja
permanentemente possível.
Pelo
que ao dizer que eu não deveria conduzir, o que quero dizer é que me posso ser
prejudicial a mim mesmo. Na medida em que por principio sociocultural, familiar
e vivencial e/ou educacional/criacional
original, aprendi desde básica e globalmente sempre que perante a mais ínfima
duvida relativa à razão de ser disto e deste ou daquele, comigo envolvido como
uma das razoáveis partes em confronto, incontornavelmente o outro, o mais
velho, o mais rico, o hierarquicamente superior a qualquer nível existencial
tinham ou teriam sempre razão sobre mim _ sem qualquer direito a retaliação ou
a contraditório da minha parte, sob pena de no mínimo ser taxado de mal criado/educado e/ou de estar a faltar ao
respeito ao outro, tanto pior se ao superior. Ora este tipo de princípio do
qual confesso ainda não me consegui libertar positiva ou absolutamente de todo,
se já é profundamente castrador com relação a qualquer conflito de interesses
e/ou de razões da e na vida em geral, no caso da condução automóvel e dum
respectivo acidente que deixe a mais mínima dúvida com relação a quem tem ou
deixa de ter mais ou menos culpa no dito acidente é absolutamente flagrante
e/ou suicida para mim _ porque para
mim é por referente e influente tendência mais cultural, vivencial e
educacional/criacionalmente viável ou
fácil assumir a minha culpa do que lutar pela minha razão, por mais que
inclusive esta última me assista, desde que a outra parte em conflito apresente
meros 0,0000…1% da razão.
E
foi isso o que precisamente se passou comigo no passado dia nove do corrente
Dezembro de 2014, tendo por base o acidente automóvel que passo a descrever,
tal como e tão minuciosa quanto possível o expus à minha companhia de seguro,
no caso contrariando este meu principio cultural, educacional/criacional, vivencial, pois que no
momento do acidente e se numa primeira reacção ainda tentei defender a minha
razão perante a outra pessoa envolvida e enquanto tal a grande responsável do acidente,
mas rapidamente perante os argumentos auto defensivos da outra pessoa me acabei
auto anulando com relação à minha própria razão, limitando-me a pouco mais ou
nada que a ceder às razões da outra pessoa e mais concretamente ao meu
princípio cultural, educacional/criacional
e vivencial original. A partir de que só posteriormente e por conflituosa
pressão intrínseca a mim de entre a minha razão e a razão apresentada pela
outra pessoa e/ou por mim concedida à mesma, acabei então fazendo a dita de tão
minuciosa exposição quanto possível à minha companhia de seguros e que salvo
presente exclusão das matriculas dos veículos envolvidos e respectiva
identificação dos seus proprietários ou condutores no momento do acidente, do
nome das seguradoras especialmente da minha evitando objectiva publicidade
positiva ou negativa e ainda de pormenores acerca da localização, de resto podendo
eu agora melhorá-lo em muito, no entanto para o transcricional presente contexto
e sua essência foi e é como se segue, sob a distintiva cor azul:
Exposição…
Complemento a Declaração Amigável de Acidente Automóvel
Com
relação aos factos constantes na Declaração
Amigável de Acidente Automóvel de que o presente é complementar anexo, eu
Victor Barão enquanto proprietário e condutor do veiculo acidentado
identificado como Veiculo (B), devo acrescentar que imediatamente após o
acidente me vi na contingência de ter de assumir substancial responsabilidade
pelo acidente em causa, na medida em que para ultrapassar um veiculo
parado/estacionado, em qualquer caso imobilizado na faixa de rodagem sem o
respectivo condutor ao volante e identificado na declaração como Veiculo (C),
refira-se que isto após ter eu tomado as devidas precauções, designadamente só
tendo avançado quando nos poucos metros visíveis à minha frente não constatei
nenhum veiculo circulando em sentido inverso ao que eu mesmo seguia, sendo que
na circunstancia para eu poder prosseguir a minha própria marcha tinha e tive
de invadir a faixa de rodagem esquerda inversa aquela em que eu mesmo naturalmente
seguia pela direita, para poder ultrapassar o Veiculo (C) enquanto este
parado/estacionado (imobilizado) à minha frente. Tendo-se tudo isto passado na
entrada duma curva com um parque infantil e uma passadeira de peões
imediatamente adjacentes a essa mesma curva da rua duma localidade do concelho
do Seixal. Seja que aquém e além da legitimidade ou ilegitimidade do Veiculo
(C) para poder estar parado/estacionado (imobilizado) naquele ponto da via, à
entrada duma curva e sobre a faixa de rodagem, a que acresceu ainda a presença
dum outro veiculo parado/estacionado (imobilizado) imediatamente à frente do
Veiculo (C) e na mesma posição que este último como seja sobre a faixa de
rodagem cujo este outro veiculo passará a estar aqui identificado como Veiculo
(D), não deixando em qualquer dos casos quer o Veiculo (C) quer o veiculo (D) espaço
para quem como eu que com o Veiculo (B) seguia na mesma faixa de rodagem e
respectivo sentido em que se encontravam parados/estacionados (imobilizados) os
Veículos (C) e (D), sem ser comigo condutor do Veiculo (B) invadindo a faixa
contrária, tal como de resto o fizeram outros condutores antes e depois de mim,
salvo que os outros não tiveram o “azar” do contacto com qualquer outro veículo
que circula-se em sentido inverso, tal como sucedeu de entre o Veiculo (B) por
mim conduzido e o Veiculo (A) conduzido pela Sr.ª condutora que comigo colidiu;
seja que se para ultrapassar o Veiculo (C) e também o Veiculo (D) tive de
invadir a faixa contrária (esquerda), o que associado ao ininterrupto aproximar
do Veiculo (A) acabei por ter de parar de entre todos eles, como que
ensanduichado, cuja respectiva e ininterrupta marcha do Veiculo (A) acabou
levando ao contacto do próprio e o Veiculo (B) por mim mesmo conduzido; e/ou
ainda que aquém e além de nesta mesma sequência a própria Sr.ª condutor do
veiculo (A) não ter conseguido evitar o contacto entre o seu veiculo e o
Veiculo (B) por mim mesmo conduzido, o facto é que substancial parte da
responsabilidade é sempre minha como condutor do Veiculo (B) porque na
circunstancia era este último (eu) que estava a invadir a faixa de rodagem
inversa (esquerda) ao meu próprio e natural sentido de marcha pela direita. A
partir de que estando eu a invadir a faixa de rodagem naturalmente pertencente
ao Veiculo (A) conduzido pela outra Sr.ª condutora logo esta última afirmou a
sua ‘razão’ desde um primeiro momento e enquanto tal com toda a efectiva razão,
tendo por base precisamente o facto da mesma estar a circular no devido sentido
e na correspondente faixa de rodagem que a mesma naturalmente ocupava pela
respectiva direita, sentido este último que no caso eu condutor do Veiculo (B)
invadi enquanto circulando em sentido inverso ao Veiculo (A), para assim poder
ultrapassar os Veículos (C) e (D) parados/estacionados (imobilizados) à minha
frente, cortando estes últimos o meu próprio natural sentido de marcha pela
minha direita.
Ainda
que e/ou até porque tudo isto com a, auto defensiva ressalva da minha parte que
passa pelo facto de aquém e além da legítima ou ilegítima
paragem/estacionamento (imobilidade) quer do Veiculo (C) quer do Veiculo (D) no
local e da forma descrito/as e/ou de por si só o Veiculo (A) poder ter
encostado um pouco mais à sua direita, porque tinha espaço para isso e se em
ultima instancia até ter parado, tal como de resto eu mesmo fiz de entre todos
os restantes veículos: enquanto tendo eu o Veiculo (A) a circular a partir da
minha frente para a minha esquerda, com mais o Veículo (C) e o Veiculo (D)
parados/estacionados (imobilizados) da minha frente para a minha direita; sendo
ainda que em qualquer caso estávamos a circular na rua duma povoação com todas
as limitações de velocidade e mais toda uma infinidade de efectivos ou
potenciais obstáculos inerentes, ao invés de por exemplo circular numa estrada
nacional ou num auto-estrada aberta/os. O que neste caso é a minha modesta e
auto defensiva opinião, sustentada apenas pelo imodesto facto de enquanto
estando eu na posição inversa ou seja na posição do Veiculo (A) no contexto
aqui em causa, na paradoxal circunstancia face a mim enquanto eu como aqui
condutor do Veiculo (B), já mais duma vez eu próprio evitei acidentados
contactos equivalentes ao aqui ocorrido entre o Veiculo (A) conduzido pela
outra Sr.ª condutora acidentada, em movimento e o Veiculo (B) conduzido por mim
próprio imobilizado.
Pelo
que se for o caso, sem absoluto prejuízo quer da condutora do Veiculo (A) com
matricula ………., quer do condutor do
Veiculo (C) com matricula …………, quer
ainda do condutor do Veiculo (D) com matricula ………….. contradizerem ou complementarem pela sua própria perspectiva
esta minha versão dos factos enquanto eu como condutor do Veiculo (B) com a
matrícula ………….; de resto esta é a
minha mais distanciadamente fria versão dos mesmos respectivos factos, para
além de tudo o já por mim Victor Barão assumido e assinado conjunturalmente com
a Sr.ª condutora do veiculo (A) imediatamente após o acidente na própria e
adjacente Declaração Amigável de
Acidente Automóvel; sendo que entretanto o Veiculo (D) desapareceu em
definitivo do local, seguramente porque o seu condutor foi à sua própria vida e
o próprio Veiculo (C) também desapareceu do local do acidente, seguramente por
motivos da condição de comerciante local do seu condutor, só tendo
circunstancialmente regressado após eu Victor Barão e a Sr.ª condutora do outro
veiculo acidentado (A) já termos preenchido e assinado a correspondente Declaração Amigável de Acidente Automóvel _
aquém e além de quem nem o Veiculo (C) nem o Veiculo (D) estiveram directamente
envolvidos no acidente, no sentido em que não bateram nem foram batidos, ainda
que tenham tido decisiva influência em mesmo dito acidente. Querendo eu com
tudo isto dizer que por mim e como creio constatável não fujo em absoluto à
minha responsabilidade, designadamente ao não ter conseguido evitar o acidente
em causa e de até ser substancial responsável pelo respectivo, ainda que nas
circunstancias em causa me pareça que a minha maior responsabilidade tenha sido
a de ter estado no “local errado à hora errada”, de entre o que o
correspondente factor de “erro” não me parece em absoluto exclusivamente meu,
pelo que o que agora e sempre também seria muito bom era que houvesse o bom senso de toda(s) e quais quer
restante(s) parte(s) envolvida(s) além de mim mesmo, quer com relação a poder
ter-se evitado o acidente, quer depois deste último ter ocorrido de facto o
correspondente bom senso com relação
a resolver o mesmo da forma mais universalmente justa!...
…para com o que ainda junto um desenho
do acidente um tanto mais pormenorizado e muito mais completo do que o primeiro
desenho efectuado imediatamente a quente na inerente Declaração Amigável de Acidente Automóvel imediatamente após o
respectivo acidente, em que sem prejuízo do desenho já presente na Declaração Amigável de Acidente Automóvel
o novo desenho, não necessariamente bem proporcionado, mas globalmente
ilustrativo do acidente e que é o seguinte:
…no
caso que para melhor percepção do sentido de circulação dos veículos, tendo por base a minha própria perspectiva como condutor do veículo (B), deve a foto do
desenho aqui em causa ser vista na vertical, rodando a mesma na direcção do
movimento dos ponteiros do relógio, para a direita a partir da aqui sua
presente posição horizontal. Com um pormenor importante que não aprece no
desenho, porque nas diversas tentativas de o fazer o mais claro e objectivo
possível, acabei esquecendo-me de acrescentar a aludida passadeira de peões, que
cheguei a colocar e alguma outra versão a que entretanto nestas últimas lhes
faltavam outros pormenores, mas cuja passadeira está aqui virtual e mas lá no
sítio efectiva e imediatamente à frente do veiculo (D). Com a designação dos veículos
(A), (B), (C) e (D) na presente versão do desenho destacada a vermelho/encarnado e com as
respectivas setas a vermelho indicando o sentido de circulação dos veículos (A)
e (B), já que o (C) e o (D) estavam imobilizados, sendo estas as duas únicas
alterações com relação à versão que disponibilizei à minha companhia de
seguros.
Cuja
conclusão da minha anterior disposição foi-me ontem mesmo (18-12-2014)
comunicada via telefone pela minha própria seguradora e que é sucinta e algo
contraditoriamente a de que: “_ a culpa/responsabilidade
do acidente ser unilateralmente minha, derivado a eu ter ocupado parte da faixa
contrária ao ultrapassar outro veiculo estacionado, isto quando na minha
exposição eu sempre me referi a esse e a um outro veículo em circunstancias
idênticas como indefinidamente imobilizados, como seja de entre parados
e estacionados, porque eu não podia argumentar que estavam objectivamente
parados ou estacionados, mas sim e sempre que estavam imobilizados sem os seus
respectivos condutores ao volante; com a ainda argumentativa contradição por
parte da minhas seguradora de que: primeiro e enquanto eu ocupante da faixa
contraria teria eu mesmo ido embater no outro veículo(A), perante o que
tendo-me eu subsequentemente defendido com o efectivo argumento de que não
embati de todo no outro veiculo até porque no momento do contacto entre os
veículos eu estar parado precisamente para evitar chocar/contactar com qualquer
deles (A), (C) e (D), com o meu veiculo como (B) e de que enquanto tal a outra
condutora é que inclusive tendo espaço para se desviar um pouco mais para a sua
direita e/ou para parar em qualquer dos casos evitando o contacto, no entanto
não fez nem uma coisa nem outra embatendo então com a traseira do seu carro na
traseira do meu próprio carro, a partir do que me foi então contra-argumentado,
tudo isto e mais uma vez pela minha própria seguradora, que ao estar eu a
ocupar a faixa contrária e a condutora do outro veiculo não tendo tido tempo
para parar foi embater no meu carro; ou seja que para a minha seguradora eu sou
sempre culpado/responsável pelo acidente quer tenha ido eu embater no outro
veiculo quer este último tenha vindo embater no meu próprio veículo e
independentemente do espaço quer para parar, quer para desviar um pouco mas
para o lado, designadamente por parte do outro veiculo(A) acidentado e de quem
o conduzia”_ enfim uma trapalhada que eu só imaginava a um nível muito
básico, elementar e pouco, muito pouco sério e responsável, por exemplo ao
nível dum básico cidadão como eu, que no entanto se esforça por ser sério,
responsável e nada trapalhão, ainda que possa ser eventualmente complicado _ o
que numa sociedade e cultura envolventes genericamente complicadas em e por si
sós, por mim prefiro em absoluto ser (pró) positivamente complicado do que
simplistamente adverso! Seja que a minha própria seguradora não lutou pela
razão do seu segurado, eu mesmo, e enquanto tal por si mesma. O que me levou
imediatamente a concluir uma coisa, que pode ser ou não ser certa, mas que como
mínimo é o que me parece mais razoavelmente plausível, que é o facto de segundo
a minha exposição em que declaro que numa primeira e não auto defensiva
instancia eu me ter limitado a ceder à argumentativa razão do/a outro/a
condutor/a; mas em que numa segunda, muito mais minuciosa e de todo responsável
exposição escrita eu ter defendido a minha própria razão e com isso a minha
própria seguradora. Pelo que quando é a minha própria seguradora a não lutar
minimamente por essa (minha) razão, me leva a crer que foi e é porque dado os
relativamente poucos danos materiais apresentados no outro veículo acidentado
seria ou será mais económica/financeiramente vantajoso à minha seguradora pagar
esses mesmos danos do que estar a lutar pela minha própria razão, por exemplo e
no limite tendo de eventualmente reconstituir o acidente reunindo os quatro
veículos, os seus respectivos condutores e eventuais diversas seguradoras enquanto
por mim citado/as na minha mais minuciosa exposição do acidente! O que até é economicamente
compreensível por parte da minha seguradora, mas tem pouco ou nada que ver com
a substancial razão na responsabilidade do acidente _ ainda que com elação a esta
última acepção eu deva admitir que numa primeira instância eu fui o primeiro a
não me auto defender. Sendo que por exemplo e em qualquer caso isso leva a que
eu fique com uma mancha no meu cadastro de condutor e de segurado automóvel, o
que mesmo sem natural prejuízo de eu procurar as apólices de seguro e/ou as
seguradoras mais económicas do mercado, mas em qualquer caso e se acaso até
também com aumento da minha anuidade do seguro automóvel, derivado duma
responsabilidade e/ou duma culpa por um acidente de que eu estou longe de ser,
no mínimo, o único e de todo o maior responsável/culpado. Mas repito que na
minha perspectiva de justiça universal e não de mera razão individual, não
deixo de merecer essa culpa e essa responsabilidade na por si só justa medida
em que não consegui defender objectiva, imediata, substancial e absolutamente a
minha razão desde um primeiro momento, após o acidente; nesta acepção talvez
com a paradoxalmente auto-defensiva salvaguarda da minha parte, na medida em
que a minha inerente e aludida incapacidade auto-defensiva imediata e por vezes
até em absoluto, deriva duns princípios que me foram original e insistentemente
impostos de fora para dentro e de cima para baixo. Sendo que para não complicar com relação a algo que é
significativamente complexo, quer de mim por mim mesmo, quer de mim perante e
para com o exterior e vice-versa, vou-me ficar já por aqui nesta minha (pró)
auto defensiva exposição, enquanto tal violadora dos meus princípios culturais,
educacionais/criacionais, vivênciais
e em suma existências próprios.
E mas
de facto agora e a partir daqui, salvo motivo de força maior ou que me transcenda, de resto e por mim mesmo sou também já eu que não me apetece mais lutar por
esta causa, não só pelo meu princípio cultural, educacional/criacional, vivencial e existencial de
perante a razão alheia abstrair-me da minha própria razão e/ou auto
assumir esta última como nula; mas também ainda ou acima de tudo porque também não
tenho meios económico/financeiros próprios, nem disponibilidade de tempo e
interior própria para por mim mesmo estar a travar essa mesma luta. Pelo que
acatarei, inconformadamente, a decisão da minha própria seguradora e enquanto
tal a minha “”culpa”” pelo acidente
em causa. Mas ainda assim não desistirei de conduzir, muito menos pelos motivos
em causa, porque desde logo e a partir de agora mais que nunca estou disponível
a de futuro e desde o primeiro momento lutar pela minha razão, na medida em que
a mesma natural, justa, objectiva e universalmente me assinta, seja perante
quem quer que individual, colectiva ou institucionalmente seja. Ainda que e/ou
até porque isso implique também uma luta interna de e comigo mesmo de entre ser
ou não fiel aos meus princípios em causa, designadamente de obediência e/ou de
auto anulação perante a razão alheia e/ou hierarquicamente superior! Que já
agora refira-se que o que não falta neste País por não dizer neste Mundo são
pessoas e/ou culturas com princípios desequilibrados, nomeadamente e como
inversa justificação do meu próprio princípio cultural, educacional/criacional e por inerência existencial
de não razão de partida e própria perante a razão alheia e/ou hierarquicamente
superior, esteve e está o inverso princípio de quem auto assume e se for o caso
auto impõe superiormente a sua razão independentemente das circunstancias,
inclusive e no limite independentemente da substancia e justa razão lhe
assistir ou não. O que voltando a mim e em qualquer dos casos de fidelidade ou de
não fidelidade aos meus princípios culturais, educacionais/criacionais, vivênciais, em suma existenciais, procurarei sempre
que essa fidelidade ou infidelidade seja e se processe da forma mais
universalmente justa e correcta possível, com desde logo uma substancial
diferença com relação ao caso do acidente aqui em apreciação, que é ou passará
a ser o facto de que defenderei tão justa e correctamente quanto possível a
minha razão desde um primeiro momento, independentemente da razão ou da não
razão de quem reiteradamente mais quer que individual, colectiva o
institucionalmente seja.
Conclusiva
lição a retirar é a de que por vezes nada melhor que um determinado
acontecimento, no caso um acidente automóvel para nos despertar consequentemente
para a nossa razão, se acaso e dalgum modo para a própria vida!
Victor Barão