Pelo
discurso, pela acção e o respectivo resultado de ambas as coisas, a conclusão a
que cheguei desde um primeiro momento e que se mantém, de resto cada vez mais
convicta e comprovadamente é que a base de pensamento e respectiva acção do
senhor Primeiro-Ministro (actual) é: houve
uma consecutiva série de injustiças, de incompetências e/ou de passividades, em
qualquer dos casos políticas e sociais, ao longo de décadas e em especial na
última década, que inclusive para com o seu efectivo ou possível inverso, me
trouxeram ao governo! E agora _ ao estilo justiceiro _ cheguei eu justo, incorruptível, competente, impassível e/ou (pró)
activo para resolver a coisa da única forma possível, designadamente a minha e
a de quem referente, influente e consequentemente me rodeia _ de minha
confiança, pessoal e/ou política.
Atrás e
escrito a itálico está a minha
interpretação da pessoa e/ou da acção política e governativa do senhor
Primeiro-Ministro como se fosse o próprio a pensar, o que respectivamente e na essência creio
não andará longe da verdade, se é que não acertei em cheio!? Mas a partir de
que voltando a falar tão-somente por mim pessoal e tão sincera quanto
responsavelmente, mesmo não querendo em absoluto duvidar da seriedade ética, moral e/ou até técnica/profissional da pessoa do senhor
Primeiro-Ministro. No entanto e até precisamente por eu querer acreditar na seriedade geral da sua pessoa, com tudo o mais que lhe está pré, pró e pós ou paralela e divergentemente inerente, concretamente enquanto aplicado ao governo da nação, com a
multiplicidade de interesses instalados, inclusive e a começar logo por parte da
classe política e dos próprios correligionários
partidários do senhor Primeiro-Ministro; creio, repito, creio eu que a sua efectiva ou suposta seriedade geral, pode até
chegar a ser contra producente, desde logo com relação ao governo da nação!
E não, não estou a ser irónico, nem objectiva ou subjectivamente contraditório; no caso estou ou pelo menos pretendo apenas reflectir o irónico e paradoxal da situação nacional e/ou da sua condição política/governativa enquanto Primeiro-Ministro em si mesmo e/ou enquanto derivado dum partido que, sem prejuízo das respectivas responsabilidades de quem mais quer que seja, desde logo a começar e terminar por mim mesmo, mas no caso concreto o seu partido (PSD) tem directa e indirectamente largas responsabilidades na "critica" e "austera" situação nacional que estamos a viver e que o senhor pretende sanear!
E não, não estou a ser irónico, nem objectiva ou subjectivamente contraditório; no caso estou ou pelo menos pretendo apenas reflectir o irónico e paradoxal da situação nacional e/ou da sua condição política/governativa enquanto Primeiro-Ministro em si mesmo e/ou enquanto derivado dum partido que, sem prejuízo das respectivas responsabilidades de quem mais quer que seja, desde logo a começar e terminar por mim mesmo, mas no caso concreto o seu partido (PSD) tem directa e indirectamente largas responsabilidades na "critica" e "austera" situação nacional que estamos a viver e que o senhor pretende sanear!
Explico, é
que o senhor Primeiro-Ministro, ao menos em democracia, não pode governar
sozinho, como seja segundo a sua unilateral perspectiva, opinião ou convicção
própria, sob risco de precisamente estar a ser anti democrático e ainda assim
ou até por isso sem garantia de que em qualquer dos casos esteja a ser
verdadeira e transversalmente justo, quer com relação ao passado, ao presente
e/ou ao futuro de todos e de cada qual _ do colectivo. Quero eu dizer que a não
ser assim e/ou ainda assim, o senhor necessitará sempre de quem o ajude a
governar e no caso concreto enquanto derivando e mesmo pertencendo o senhor
Primeiro-Ministro a um dos partidos, com suas diversas personalidades, diversas facções e sub facções por si só internas, também com profundas responsabilidades
na “critica” e “austera” ou por si só desastrosa e injusta situação actual;
mais uma vez creio e volto a repetir, creio, eu que o ciclo ou a redundância do
ciclo estão duma ou doutra forma garantido(a)s!
Que se se quiser fazer uma
análise mais detalhada e profunda das circunstancias em causa, até se poderia
chegar à conclusão de que quais queres efectivas ou eventuais inversões ou
variações do ciclo, derivariam ou derivarão também e em alguns casos precisamente da acção
política e social anterior, com no caso também destacada responsabilidade do seu partido e/ou de directa ou indirectamente dos seus correligionários político/partidários, de que de resto o senhor depende duma ou doutra forma para governar, desde
logo e ao menos para ter sido eleito como Primeiro-Ministro.
Mas como o
objectivo aqui é ser o mais breve, sucinto e genérico possível, excepção feita
às causas, aos efeitos e as consequências prática(o)s mais ou menos
conhecida(o)s de todos, de resto tão pouco eu tenho dados concretos e
objectivos para esmiuçar esta minha análise, ainda que necessariamente pode-se
ir significativamente mais longe ao respeito. Mas por enquanto fico-me por uma única
causa, um único efeito e uma única consequência de entre muita(o)s outra(o)s,
que é desde logo e por si só a bastante substancial causa, efeito e
consequência da falta de confiança, por assim dizer de todos nós, não raro em nós mesmos, mas até por isso e acima de tudo com
relação uns aos outros e aos políticos muito em concreto _ salvo sempre as devidas excepções, como em tudo mais da e na vida.
Com tudo o
imediatamente anterior para tão só por dar dois muito genéricos e mas também
objectivos exemplos práticos daquilo a que aqui me refiro e que dá titulo ao presente; além de que na mesma base e sequência se nos
voltarmos para a vertente do subjectivo como por exemplo quando por si só os
políticos em geral e o senhor (P-M) muito em concreto falam em nome da Nação, da
Pátria, do Povo, de Todos os Portugueses, etc., etc., ao menos por mim e aquém
e além de tudo o mais, não sei em concreto do que, de quem, porque ou para que
estão a falar. Quer dizer, eu tenho a minha própria e benévola interpretação, desde
logo de que, pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal, estão ou
estarão a falar de facto em nome de Todos e/ou do País. O problema é que uma e
outra vez isso parece não se confirmar na prática, desde logo quando há muitas
nações dentro da Nação, quando há muitas pátrias dentro da Pátria e assim sucessivamente,
inclusive com base em corporativismos político/partidários em si mesmos, com respectivamente
diversas facções e sub facções, com os mais diversos e respectivos interesses próprios,
que não raro se auto defendem acima de todo a si mesmos, aquém e além de qualquer colectivo Nacional,
Patriótico, Público ou outros que colectivamente tais!
Dir-me-ão
aqui que tudo isto, toda esta multiplicidade de perspectivas, de interesses e
afins é a própria democracia a funcionar. Com o que em parte eu tenho de
concordar e dalgum modo até defender, inclusive porque ninguém é literalmente
igual a alguém mais e eu mesmo sou profundo auto defensor da minha
personalidade, identidade e liberdade própria. Só que antes, durante e depois
há uma coisa em si mesma e por mim chamada de comum partilha humana, vital e
universal, se se quiser pública que é comum a todos sem excepção _ seja que há coisas que quer queiramos quer não nos são comuns a todos e a cada qual, que devemos partilhar o mais positivamente possível. Mas é precisamente aqui que a porca torce o
rabo no sentido em que não só parece, como mesmo frequentemente se comprova
uma e outra vez que não raro o eu e
os meus está e estão acima de tudo e
de todos ou de todos os mais: individual, corporativa, colectiva, pública ou universalmente.
E que segundo parece, mesmo que muito bem intencionado
até enquanto à partida em nome do colectivo público, nacional, vital ou universal, o
próprio senhor Primeiro-Ministro, segundo rezam as crónicas e os factos
concretos está a cair na teoria e na prática do eu e dos meus, desde logo
ao tomar e anunciar medidas tão importantes e transversais à sociedade como no
relativo à TSU de forma unilateral do ponto de vista político e governativo, de sua suprema
responsabilidade. Inclusive por isso o senhor Primeiro-Ministro pela sua própria governação, mas também por
tudo o que no caso politica e governativamente está prévio ao senhor, começa a
sentir a insatisfeita correspondência do colectivo, mesmo que com intermediamente desenrascada e/ou costumeiramente
branda cumplicidade e responsabilidade da generalidade deste último (colectivo). Sequência de que o problema é ou começa a ser quando colectivo geral começa a sentir ou mesmo a
constatar estar a pagar muito para além da sua cúmplice responsabilidade
própria, nos maioritários e não raro ilegítimos proventos dalguns poucos em
detrimento do todo ou da generalidade. Mesmo que a revolta popular, pelo menos da parte dalguns,
derive tanto ou mais de inveja e/ou de ressentimento de e por não ter comido tanto quanto aqueles de quem
agora se queixam e/ou relativamente aos quais dão respectivo sinal de revolta.
Referindo-se esta última acepção a todos aqueles ditos governados ou
subordinados que frequente e recorrentemente diziam ou em alguns casos ainda
dirão com relação aos governantes e superiores: pois os homens desenrascam-se, quem me dera estar lá para poder fazer o
mesmo! Seja que ao menos publica e politicamente, a injustiça e a
impunidade daqui derivadas têm reinado sob e sobre muitos aspectos, inclusive
tem-se cimentado e por inerência agravado com o passar do tempo _
necessária e culturalmente também por auto desenrascada
e/ou costumeiramente branda cumplicidade
e respectiva responsabilidade de
todos e de cada qual.)
Conclusão
final de que meu Caro senhor Primeiro-Ministro Pedro Passo Coelho muito em
concreto, mais uma vez e como tudo aqui de minha interpretação e respectiva
responsabilidade própria digo-lhe eu: ou o senhor está positiva, justa, efectiva e
transversalmente muito acima de tudo o senão genérica, pelo menos muito significativamente
corruptível, incompetente, passivo e/ou inconfiantemente envolvente, ou então e até porque por
mim tenho as mais sérias e cada vez mais até comprovadas dúvidas dessa sua
superioridade, ao menos em termos práticos ou aquém e além de se estar a limitar a lutar contra moinhos de
vento, o que até por inerência da força com que o senhor entrou e parece
insistir em continuar, como melhor das hipóteses e até por mim que quero mesmo e ainda acreditar na sua seriedade geral ou superioridade ética, moral e técnica/profissional, no entanto e até
por isso possa a sua pessoa não passar mesmo dum puro, duro e mero voluntarioso ou no limite até mesmo dum ingénuo, política e governativamente!
Entretanto e/ou aquém e além do mesmo é a confiança de todos e de cada um de nós relativamente uns aos outros e aos
políticos muito em concreto que vai ficando mesmo cada vez mais e mais minada na sua ou na nossa mais profunda essência. Remetendo eu aqui para o meu anterior post Medidas de Austeridade...
Victor Barão
(*) Que se a
cultura do desenrascanso e dos brandos costumes adicionarmos comodismo
e irresponsabilidade individual e colectivo(a)s, então estão criadas todas as
condições, para o mais diverso tipo, não só de aleatórias injustiças, como tão respectiva
quanto inversamente de injustos totalitarismos, se acaso e não raro com estes
últimos em irónico nome de luta contra as injustiças! Pobres e infelizes de nós
que estamos muitíssimo longe de provar ser colectivamente merecedores de
liberdade democrática. Pelo que venham de lá os totalitarismos de esquerda ou
de direita, militares ou civis, religiosos ou ateus, elitistas ou proletários
e/ou paradoxalmente afins até ao infinito. Se acaso e até como melhor das
injustas hipóteses, para contrabalançar um pouco as injustiças de há muito e
até ao presente momento. De resto, salvo as mais ou menos qualitativas e
quantitativas excepções, sobra-nos a incontornável e implacável justiça
Universal, por mais e melhor não ser, com possível eterna expressão nesta nossa
miserável, injusta e inconfiante
condição existencial de per e de entre nós, com respectiva necessidade de quem
nos governe com totalitária mão de ferro!
Triste
e indigna auto e extra desconfiança!
Legenda cromática: Dado que eu tenho tendência a expandir-me no que e como escrevo, até dada a base e o objectivo em que, como e para que o faço(!); por inerência e sempre que possível ou que assim se justifique passarei a salientar o essencial a preto e por assim dizer o mais complementar a cinzento _ neste último caso como uma espécie de mais ou menos longo parêntesis, com relação ao primeiro caso, para eventualmente assim não assustar muito as pessoas logo no primeiro contacto com esta minha expressão escrita. Além de que enquanto tal possa até suscitar algum interesse ou curiosidade relativamente a quem ao mesmo acede. Para o que no caso concreto destaco ainda a azul a respectiva base que me suscitou escrever o presente. Ao que finalmente acrescem, mesmo que isso desde há já algum tempo, estas minhas notas, observações, complementações, etc. finais a castanho.
Legenda cromática: Dado que eu tenho tendência a expandir-me no que e como escrevo, até dada a base e o objectivo em que, como e para que o faço(!); por inerência e sempre que possível ou que assim se justifique passarei a salientar o essencial a preto e por assim dizer o mais complementar a cinzento _ neste último caso como uma espécie de mais ou menos longo parêntesis, com relação ao primeiro caso, para eventualmente assim não assustar muito as pessoas logo no primeiro contacto com esta minha expressão escrita. Além de que enquanto tal possa até suscitar algum interesse ou curiosidade relativamente a quem ao mesmo acede. Para o que no caso concreto destaco ainda a azul a respectiva base que me suscitou escrever o presente. Ao que finalmente acrescem, mesmo que isso desde há já algum tempo, estas minhas notas, observações, complementações, etc. finais a castanho.
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