O facto é que antes, durante e depois de tudo, em especial os banqueiros como por assim dizer
a nata do sistema capitalista, que aquém e além de fieis depositários e gestores
dos bens financeiros ou outros de todos e de cada um de nós que lhes confiamos esses bens; respectivamente e que até por isso, na
sua esmagadora maioria ou pelo menos em significativa parte (os banqueiros) são gente bastante
competente e eficaz, que com mais ou menos legitimidade ou ilegitimidade legal,
vital ou universal, mas desde logo muito discretamente sabem levar e levam a
água ao seu respectivo moinho. Desde logo sabem defender os seus interesses, inclusive
em nome dos que lhes confiam o deposito e/ou gestão dos seus (nossos) respectivos bens.
A partir de
que tenho de concluir que, apesar de e/ou até por tudo, inclusive na vertigem
do lucro e numa feroz competição liberal pelo mesmo, os banqueiros tiveram
grande ou mesmo substancial responsabilidade na “crise” e na “ austeridade” com a inerente e crescente desestruturação social que estamos a viver _ pelo que talvez e em certos
aspectos, também os banqueiros, estejam tão ou mais próximos da esperteza matreira que da inteligência
universal. Mas então e a partir do que tão pouco e/ou acima de tudo, posso
deixar de taxar de incompetente e/ou de corresponsável a respectiva gestão
política, com respectiva e activa ou passiva cumplicidade democrática de todos
e de cada um de nós sociedade civil _ necessária, natural e invariavelmente que
com mais responsabilidade duns que outros. Até porque são os políticos que gerem a sociedade modo geral e por isso também a própria política financeira e bancária, sendo que quem elege os políticos, em democracia, somos nós _ dito povo. Pelo que se nem os políticos sabem o povo com quem lidam e que os elege para pelos mesmos serem ou sermos dirigidos, nem respectivamente o povo conhece os seus políticos a ponto de se cair cíclica e redundantemente nos mesmos erros eleitorais _ salvo a pobreza de alternativas _ em qualquer dos casos é grave e pode explicar dalguma forma a "crise", a "austeridade" e a crescente desestruturação social em que estamos mergulhados e que se fazia adivinhar há muito!
Que como já
referi com acrescida responsabilidade prática estão os banqueiros, enquanto
nata do sistema capitalista; com a à prior, à posterior ou paralela
responsabilidade da gestão política, que devia precaver e em ultima instância
evitar males maiores do dito “capitalismo selvagem” e não o fez, bem mesmo pelo
contrário; salvo as devidas excepções, de resto e em regra com todos e cada um
de nós sociedade civil, que quer a eleger-mos democraticamente os políticos em
causa, quer a sustentar duma ou doutra forma o sistema capitalista “selvagem” enquanto
tal _ desde delegando em alguns ou em muitos casos, para além do devido, inclusive com base em "produtos financeiros tóxicos" quer o depósito quer acima de tudo a gestão dos nosso
bens à banca, quer a respectiva ou até prévia gestão social modo geral nos políticos, em causa! Acabando por estarmos todos duma ou doutra forma envolvidos no melhor(?!) e no pior inerente à situação política, económica, financeira e social actual.
Sequência
de que salvo sempre as devidas excepções, de resto e regra geral
ponhamos todos a mão na consciência, antes, durante e depois de apontarmos o
dedo ao próximo. Sendo que aqui todos se acusam uns aos outros, sendo sempre o
outro o único ou pelo menos o mais responsável. E claro que neste aspecto, quer
as elites financeiras, quer políticas que enquanto tais como efectivas maiores
responsáveis deviam ser os primeiros a fazer mea culpa, ao invés de como não raro fazem ao colocarem-se em
“bicos de pés” do alto duma superioridade que em parte só possuem porque a
sociedade lha confere. Mas até também por esta ultima acepção, regra geral quem
quer que seja jamais está social e totalmente livre de correspondentes
responsabilidades, tanto mais se num sistema político/social dito de
democrático e livre.
E quanto a positivas ou alternativas propostas de solução para a "crise", para a "austeridade" e para a respectiva desestruturação social, poucos as apontam, inclusive parece haver sempre quem esteja mais predisposto a destruir ainda mais, com base no que já é precário e decadente, do que a construir o que quer que positiva e alternativamente seja. Por mim remeteria aqui para o Blog: Pensando e Falando, de que de resto sou seguidor desde há significativo tempo, e para o respectivo post: A crise...PKP..., em qualquer caso de autoria duma cidadã dita comum Armanda Barbosa _ Verdinha, que no caso faz aquilo a que eu chamo uma critica positiva!
E quanto a positivas ou alternativas propostas de solução para a "crise", para a "austeridade" e para a respectiva desestruturação social, poucos as apontam, inclusive parece haver sempre quem esteja mais predisposto a destruir ainda mais, com base no que já é precário e decadente, do que a construir o que quer que positiva e alternativamente seja. Por mim remeteria aqui para o Blog: Pensando e Falando, de que de resto sou seguidor desde há significativo tempo, e para o respectivo post: A crise...PKP..., em qualquer caso de autoria duma cidadã dita comum Armanda Barbosa _ Verdinha, que no caso faz aquilo a que eu chamo uma critica positiva!
Que por mim e na minha muito significativa e positiva impotência(*) pessoal, política, social, económica,
financeira, etc., aquém e além de ir escrevendo e expondo coisas
como esta, de resto só posso esperar que as causas, os efeitos e as consequências
de tudo isto, desde logo da “crise”, da “austeridade” e/ou da significativa
desestruturação social inerentes, sejam em conclusão o mais transversalmente
positivas, se acaso uma muito boa lição para todos relativamente ao futuro.
Entretanto
e acima de tudo que viva a Democracia e a livre responsabilidade de todos e de
cada qual, pelo melhor e pelo pior, para o bem e/ou para o mal; que se como
humana, vital e universalmente devido, só por certo é e será sempre pelo melhor e para o bem!
Responsável,
livre e consequentemente:
Victor Barão
(*) Impotência sim. E ao dize-lo não estou a ser falso
modesto, cínico, hipócrita ou dissimulado, porque de facto, auto gerir a minha
vida ou existência própria, já é algo com que não raro me vejo tremendamente “engasgado”.
Seja que tenho passado a vida por um lado a tentar (re)entrar-me comigo mesmo
e por outro lado a tentar mudar-me naquilo que e como não gosto em mim, sem que
um ou outro dos empreendimentos em causa esteja efectiva e definitivamente
concluído ou pelo menos estabilizado. Pelo que nem de perto, nem de longe posso
sequer imaginar poder “mudar o mundo” e/ou o que ou quem mais quer que seja aquém e
além de mim mesmo _ sendo que no caso nem isso tenho conseguido, pelo menos com
total satisfação. O que posso, isso sim e nesse aspecto, com ou sem imodéstia, admito-o,
é que neste e com este meu auto gestionado processo existencial próprio, possa
duma ou doutra semi objectiva ou subjectiva forma influenciar o que ou quem mais
quer que seja, desde logo e por paradigmático exemplo, tendo por base o que e
como aqui escrevo e exponho pró publicamente _ mas mais ou melhor que isso, é
algo que está imediata ou absolutamente fora do meu objectivo alcance, algo ao invés de como por exemplo
fazem os políticos ao apresentarem-se como salvadores
da pátria e se acaso até do mundo,
aquém e além da maior ou menor substancia de partida e de chegada em que e com
que o fazem!
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