terça-feira, outubro 30, 2012

Razoável & Irrazoável - II

             Exporia aqui um exemplo concreto, de que eu mesmo sou não só prático conhecedor, como até parte integrante do respectivo, no que a razoabilidade e irrazoabilidade inerente ao factor da Constrição Civil (CC), tanto mais assim se em sequência de gestão política/partidário do próprio Estado. Como, no caso, seja que vivendo eu confessamente (ainda) com os meus pais, respectivamente vivendo estes numa casa alugada à Junta de Freguesia(JF) local, por um lado não se pode dizer que seja uma casa em ruínas, como a própria e respectiva Câmara Municipal(CM) local interpretou em sequência duma carta enviada por uma das minhas irmãs para a mesma respectiva CM a dar conta dalgumas anomalias derivadas de degradação da própria estrutura da casa em questão, em que segundo me consta a minha irmã jamais falou em ruína. Que inclusive e por mim mesmo diria que quem dera muita gente poder viver numa casa como esta em que eu vivo com os meus pais! O que no entanto não invalida que por um lado jamais tenham sido efectuadas obras verdadeira e globalmente estruturantes na casa em questão, ainda que se vá-a recorrentemente investindo em remendos ou em obras de circunstancia, inclusive com recorrente incomodo para nós que cá habitamos, já seja pelos motivos que levam a essas obras de recurso ou já seja pelas recorrentes obras em si mesmas.

            E que não refiro tudo isto por mim mesmo, que inclusive enquanto vivendo eu ainda com os meus pais, quiçá ou seguramente, eu não mereça mais ou melhor do que desde logo os meus respectivos pais possuem por si mesmo ou pelo que lhes é proporcionado exteriormente _ de resto eu jamais reclamei o que quer que fosse ao respeito, mas tão pouco quero ou posso ficar eterna e indefinidamente quedo e calado, quando tanto ou mais do que o que e como eu mereça por mim mesmo, esteja ou comece a estar em causa o que o exterior ache ou queira que eu mereça por si só! Pelo que não o faço (escrevo e exponho) por mim mesmo, que nas circunstancias em causa, até eventualmente com algum prejuízo para mim mesmo(!?); nem tão pouco o faço pelos meus pais, que afinal de contas não conseguiram por si sós mais do que aquilo que e como são ou têm, além de que fazê-lo pelos meus pais equivaleria dalguma forma a fazê-lo por mim mesmo; nem muito menos o faço por motivos políticos/partidários, que dadas as mesmas respectivas circunstâncias me chegam a ser motivos algo repulsivos; nem sequer o faço pelo erário público, que quiçá ou seguramente, entre outras, também pelas mesmas respectivas circunstâncias mereça ser e estar no estado crítico e austero em que e como é e está; a partir de que quiçá e acima de tudo o faça em nome da verdade universal, a que quem quer que seja pode escapar, mesmo que e/ou até porque mentindo, seja a verdade universal qual for por si só e enquanto inerente aos factos em causa. Perante e para com o que subsequentemente, por mim mesmo e ao respeito, continuo dizendo que: além de obras efectuadas nos tectos dumas repartições e não noutras respectivas repartições da casa, designadamente com vigas _ vulgo paus _ de madeira(1) tradicionais que sustentam o tecto substituída(o)s numas e não noutras repartições, levando a que os respectivos tectos com vigas velhas venham a ficar crescentemente côncavos(2) a meio, com todos os riscos a isso inerentes, em especial se vier um inverno mais rigoroso e/ou alguma chuvada dita de mais forte; sendo que duma ou doutra forma jamais faltaram goteiras(3) cá em casa, ainda que para além de pontuais reparações de recurso por parte de mestres de obras, também ano atrás ano eu e o meu próprio pai damos um jeito nas telhas e/ou em alguma fenda no cimento dos rebordos e do cordão central(4) que sustenta as próprias telhas, para senão anular de todo as goteiras, pelo menos reduzi-las ao mínimo possível; incluindo ainda a degradação do reboco(5) da parede exterior norte da casa que está em crescente decadência, sendo que já no passado ano, eu mesmo influenciei a minha mãe a não gastar tinta e/ou cal em mesma dita parede, na media em que a mesma já tem dificuldade em sequer aceitar essa tinta ou cal, quanto mais em sustentá-la durante um ano inteiro.

            (1); (2); (3); (4); (5) Aqui poderia e eventualmente até deveria adicionar algumas fotos comprovativas do mesmo, mas aquém e além do que aqui digo ou no caso escrevo ao respeito, por si só a realidade concreta é a realidade concreta aquém e além de provas ou de não provas, além de que até onde e como possível, a mesma está disponível para quem a quiser constatar.

            E atenção que com o anterior não me estou a referir tão só aos actuais executivos políticos quer da JF quer da CM, enquanto estes como órgãos autárquicos locais, no caso da JF como directo senhorio da casa em questão e a CM como órgão autárquico máximo a nível local, pois que a situação em causa, vem desde globalmente sempre ou seja tem atravessado diversos executivos políticos a nível das JF e CM locais e dadas as circunstancias não há perspectivas de que dita situação melhore, tanto mais quando até pelas circunstancias em causa o Estado em geral e as Autarquias Locais em particular estão crítica e austeramente, sem dinheiro. Enquanto que passando as circunstancias em causa, por tudo já anteriormente referido, no caso relacionado quer com a gestão política do País modo geral, quer com a casa propriedade da JF em que os meus pais e eu vivemos, cujo nesta última acepção as circunstancias em causa passam ainda também e por exemplo pelo seguinte:

            _ Durante anos reclamou-se a construção duma casa de banho, para servir esta respectiva casa da JF em que os meus pais e eu habitamos, sob aluguer dos meus pais à respectiva JF. Mas sucessivos executivos locais(JF), incluindo o que acabou por construir a casa de banho, segundo me consta sempre argumentaram que: isso não era urgente; que havia outras prioridades; que não havia dinheiro disponível; etc., etc.. Até que um dia, coincidente com ano de eleições autárquicas, uma das minhas irmãs _ no caso a mesma que enviou uma carta à CM a expor a situação algo decadente da casa _ acabou por enviar uma carta, creio que, conjuntamente à JF e à CM, precisamente a reclamar a construção da casa de banho. E ironia das ironias, em especial quando se estava em vésperas de construção do genérico saneamento básico público cá no sítio e ninguém melhor que a JF e a CM sabiam previamente disso, no entanto acabaram por construir a casa de banho com uma aparente urgência como jamais visto, inclusive ao invés de como até então. Pelo que, oportunamente coincidente com véspera de eleições politico/partidárias autárquicas, lá foi construída a casa de banho, no caso com fossa séptica, enquanto prévia ao genérico saneamento básico público. Seja que cerca de dois anos após a sua construção a fossa céptica teve de ser inutilizada e entupida(6), por inerência da construção e inauguração do genérico saneamento publico local(7).

            (6); (7) Também aqui poderia adicionar comprovativas fotos, mas aplico-lhe a mesma regra que anteriormente, no relativo a integração de fotos comprovativas. 

            Quero eu dizer que, mesmo com benefício da minha família, por inerência da construção da casa de banho no momento, sequência e circunstancias em que tal sucedeu, com toda a propriedade diria e digo que aqui está um mau exemplo de investimento público, com base no sector da CC, ao ter-se adiado durante anos a construção duma casa de banho, que depois foi construída quase em cima da execução e inauguração de saneamento básico público, com intermédia construção e respectiva inutilização duma fossa séptica, que na prática não serviu mais que um ano e pouco. Imaginando eu, mal intencionado(!), que tudo em nome de circunstanciais e oportunos valores eleitoralistas, pelo que mesmo com eventual prejuízo para mim próprio, levando-me tudo isso a ter desprezo por essa coisa de eleições político/partidárias, ditas, de democráticas!!!   

            Que já agora a casa da JF em que eu e os meus pais vivemos, sob aluguer dos meus pais à respectiva JF, mesmo quando os meus pais em vida laboral/profissional activa própria mostraram interesse em comprar a casa, para que a família fize-se as obras que dentro das possibilidades acha-se possível ou indispensável, no caso nem a JF nem a CM se mostraram efectiva e consequentemente interessadas em vender, ainda que tão pouco fizessem verdadeiras obras de fundo _ de resto a exemplo duma série doutras casas propriedade da respectiva JF, a nível local. Do tipo e como diria a minha avó: não fazem, nem deixam fazer!

            Pelo que talvez se espere o desaparecimento dos meus pais, que por inerência eu mesmo vá-a para a rua, não só porque não sou titular de arrendamento, nem porque dalgum modo tenho sólido meio de sustentar o mesmo, mas também porque inclusive com reflexos sobre a minha restante família, imagino mais ou menos consubstanciadamente que ao escrever coisas como esta me esteja a tornar uma espécie de persona non grata, entre porreiros! Mas que a ser assim, que seja em nome de posteriormente se fazerem verdadeiras e estruturantes obras na casa, até para se poder alugar a mesma por valores superiores aos que os meus pais pagam e/ou então para que se possa vender a mesma por valores superiores aos que até por antiguidade de arrendamento da mesma por parte dos meus pais, estes deveriam pagar. Ainda que parecendo constatavelmente que a JF e/ou a CM não têm tido dinheiro sequer para arranjar localmente outras casas de sua propriedade própria, enquanto casas essas mais pequenas e enquanto tal menos dispendiosas de arranjar do que esta em que os meus pais e eu vivemos, logo respectiva e circunstancialmente parece-me pouco provável que essas obras se venham algum dia a efectuar nestas mesmas casas _ valorizando as mesmas pró arrendamento ou pró venda.

            Enfim são as eternas confusões, quando não mesmo os joguinhos e/ou os interesses mais ou menos ocultos, controversos, mesquinhos e/ou obscuros do costume, na melhor das hipóteses oportunamente eleitoralistas; enquanto algo de que em qualquer dos casos eu mesmo me quero distanciar, inclusive pelo melhor e pelo pior, se acaso com meu prejuízo próprio, desde logo ao escrever o que e como aqui escrevo ao respeito.

            Já agora devo também referir que com o presente não pretendo resolver a situação da casa, já seja pela vertente da realização de estruturantes obras de fundo por parte do senhorio (JF) ou já seja pela venda da casa, no caso concreto aos meus pais, em qualquer dos casos com beneficio da minha família enquanto arrendatária da casa em questão _ que dadas as mesmas respectivas circunstancias, se calhar até bem mesmo pelo contrário!? Pelo que no caso limito-me a fazê-lo (escrevê-lo e expô-lo), responsável e consequentemente, à minha maneira, como seja desta forma pró pública e universal, como paradigma da não raro má ou mesmo péssima gestão do próprio património público, por parte do respectivo senhorio Estado (central ou autárquico) _ o que só não digo com respectivo prejuízo da minha família ou desde logo de mim mesmo, porque dadas as mesmas ditas circunstancias, se calhar não merece-mos ou pelo menos eu próprio não merecerei algo mais ou melhor! Mas desde logo com prejuízo duma razoável utilização da CC, versos benefício duma irrazoável utilização da CC, no caso concreto por parte da gestão política/partidária do Estado (central ou autárquico) _ e agora aqui sim digo com prejuízo de quem como os meus pais e eu nos deixamos depender dalguma forma do património do Estado, sob gestão política/partidária desse mesmo património do Estado, até por isso merecendo nós, sob diversos aspectos, a algo precária situação habitacional em que desde globalmente sempre vivemos

                                                                                                     VB    

sexta-feira, outubro 26, 2012

Razoável & Irrazoável - I

           Aquém e além de entidades oficiais, como sindicatos, associações e/ou empresas directamente ligado(a)s ao ramo da Construção Civil (CC), ultimamente tenho também ouvido diversas pessoas que eu mesmo conheço a defenderem a tese de que a construção faz mexer a economia e desde logo o mercado de emprego, mais que qualquer outro factor sócio/económico. Algo com o que eu tenho de concordar e de resto com o que me identifico, ao menos com base no respectivo paradigma sócio/económico em que temos vivido e com base no qual evoluímos nas últimas décadas, tanto mais quanto num país como o nosso em grande medida carente do mais diverso tipo de infraestruturas em especial após meio século de conservadorismo.

            Mas a partir de que se podem e devem colocar diversos problemas ou diversas questões, desde logo no relativo a que se todas ou mesmo grande parte das infraestruturas entre tanto executadas seriam as mais necessárias ou se sequer seriam necessárias enquanto tais e/ou nos moldes em que e como foram executadas? Como por exemplo auto estradas construídas, aparentemente com base em especulativas projecções pró futuro e não em necessidades concretas e objectivas, sem sequer incluir aqui as em qualquer caso escandalosas, eu diria mesmo pecaminosas e crónicas derrapagens orçamentais inerentes. Tendo ainda por outro e não menos ou até mais substancial lado o facto de que o próprio planeta Terra tem limitações, não só ao nível de mais ou menos massiva e indiscriminada ocupação de espaços naturais, agrícolas ou outros, no caso, em prol da actividade de CC, bem como ao nível dos recursos naturais necessários a essa mesma CC, por exemplo até que ponto a crescente carência de areia nas praias, não tem directamente a ver (também ou acima de tudo) com a massiva extracção de areias do leito dos rios e seus afluentes, para fins de CC?!  

            Quero eu com tudo isto dizer que pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal, a coisa não tem de ser tão linear e absoluta assim, quer a favor quer contra o factor sócio/económico da CC ou de qualquer outro legitimamente instituído. Da minha perspectiva parece-me é que havia de ter-se tido e de ter-se continuamente mais bom senso ao respeito desde sempre, desde logo e de todo em todo com menos interesses mais ou menos unilateralistas e obscuros pelo meio, além de que parece-me a mim, ainda que sendo eu nada e ninguém ao respeito, mas também com base numa CC em significativa parte a viver à base de orçamentos inflaccionados duzentos, trezetos ou mais por cento (200%, 300% ou mais %) e com quem como a gestão do Estado se predisponha a pagar essa inflacção, no caso até mesmo um zé ninguém como eu se sente à altura de opinar ao respeito, além de que ao menos humanamente tão pouco deixo de pensar dalgum mínimo modo ao mesmo respectivo respeito, para na circunstância dizer que uma economia ou sociedade dependente essencialmente dum só sector, como no caso da CC, designadamente para a criação de emprego, é uma economia e uma sociedade condenada ao fracasso a mais ou menos curto, médio ou longo prazo _ pelo menos enquanto numa sociedade nacional, inserida numa sociedade e respectiva economia ditas de competitivas e globalizadas, a um nível tecnologicamente elevado e diversificado.

            Seja que devia-se diversificar o tecido económico e social o mais possível, por exemplo aos níveis: agrícola; piscatório; dos serviços; do turístico; da cultura; desde logo quando há cada vez mais doutores e engenheiros, em muitos casos altamente qualificados e competentes, aos mais diversos níveis, devia apostar-se também e forte no nível tecnológico, cientifico, etc., etc.. Pois que já seja pelo basicamente abordado atrás com relação ao sector da CC, em associação a uma infinidade de directa ou indirectamente relacionados erros ao nível de gestão política(*); económica; financeira; de ordenamento territorial; ambiental; social; de construção propriamente dita, tudo inerente ao sector da CC; parece-me a mim que este estaria mais ou menos condenado, ao menos enquanto também, como por assim dizer, a espinha dorsal sócio/económica que o mesmo vinha a ser nas últimas décadas, tanto mais se num País pobre e com diversas limitações, até territoriais como o nosso _ ainda que erros idênticos e ao mesmo nível se tenham efectivado em outras paragens políticas, sociais e geográficas, etc., extra nacionais próprias(**).

            A partir de que ainda que e/ou até porque haja permanentemente muito a fazer ao nível da CC, não só no relativo a obras novas verdadeira e efectivamente estruturantes e/ou com base em objectivas necessidade reais; como também e/ou acima de tudo ao nível de recuperação de edifícios públicos e particulares antigos, que por exemplo e desde logo ao nível do Estado chega a ser escandaloso que se deixem degradar edifícios, inclusive de inestimável valor histórico/arquitectónico e/ou ainda de prática utilidade dos mesmos, como por exemplo ao nível de esquadras de policia(**) e afins, para designadamente se construírem por exemplo auto estradas, que quem quer que seja saberá dizer objectivamente para o que servem e/ou ainda por exemplo edifícios públicos pró culturais, que sendo necessários, não raro é muito discutível quer a funcionalidade, quer os custos dos mesmos, como por exemplo a Casa da Música no Porto  que para além dos seus elevados custos, inclusive alguns artistas, contra sensualmente, se queixam de não possuir boa acústica. O que enquanto tal e se ao mesmo adicionarmos as inevitáveis, crónicas e não raro escandalosas derrapagens orçamentais, em especial ao nível das Obras Públicas, como mínimo acaba por ser tudo muito, eu diria mesmo muitíssimo questionável ao longo de anos, tendo por base o por si só útil e necessário sector da CC.

            Pelo que CC, claro que e necessariamente sim. Mas no caso uma CC com pés e cabeça e/ou com razoável utilidade e não com base na irrazoabilidade em que a mesma tem vivido nas últimas décadas _ ainda que em grande parte não por responsabilidade da própria, que se acaso e por si só se limita a defender os seus unilaterais interesses, pelo que também e acima de tudo com respectiva e acrescida responsabilidade dos seus interlocutores, desde logo dos seus contractuantes, especialmente ao nível do Estado, que inclusive também legisla ao respectivo respeito e não raro exige, via legal, ao particular ou ao privado aquilo que o próprio Estado muitas vezes e de muitas formas não cumpre, entre outros também ao nível da CC aplicada às respectivas Obras Públicas!

                                                                                              VB 

            (*) A este nível acrescentarei uma sequela deste Razoável & Irrazoável, na medida em que é algo extenso, particular e concreto o que escrevi ao respeito, para o poder e quiçá até dever expor como algo semi independente em e por si só, o que farei na imediata sequência do presente, no caso sob titulo de Razoável & Irrazoável - II.       

            (**) ...em associação a uma noticia radiofónica relativa à crise económica e social _ salvo erro _ na Galiza (Espanha) tendo por base central a própria crise na CC local, tal como em Portugal e noutras partes do globo, respectivamente esquadras de policia, que eu não quis deixar de referir em concreto, desde logo porque uma das pessoas que  no seu conjunto me inspirou a escrever tudo o presente e/ou transacto, foi um meu amigo que é agente policial, designadamente por já mais duma vez esse meu amigo me ter referido que: com estagnação do sector da CC, foi e é uma série de subsectores (carpintaria, ferragens, alumínios, inclusive restauração, etc.,etc.,) que também estagnaram; o que associado ao facto de que efectivamente algumas esquadras ou quartéis das forças de segurança do Estado estarem em decadência física/estrutural, não pude deixar de o referir muito em concreto.                


terça-feira, outubro 23, 2012

A Nu

              Inclusive de entre escrever para tão só necessitar sobreviver e sobreviver em e por si só, reitero que ando com pouco tempo ou disponibilidade espacial, temporal e física para (auto) rever, corrigir e complementar o que, apesar de ou até por tudo, não consigo natural e espontânea e impulsiva ou compulsivamente evitar de escrever. Mas em que não conseguindo evitar escrever e subsequentemente publicar o que escrevo, com vossa licença e/ou perdão, se acaso e sem naturalmente alterar a sua essência, vou revendo, corrigindo e complementando o que e como escrevo em primeira instância, mesmo após publicado. Pelo que sem prejuízo do seguinte enquanto tal, reservo-me o direito de o rever, corrigir ou complementar segundo natural e espontânea ou objectiva e recorrente necessidade de o fazer ou não!? 

            Cresci com a culpa católica, de Jesus Cristo ter morrido para remissão dos meus próprios pecados; cresci com a culpa de ser eu, quando a individualidade valia pouco ou nem era conveniente; cresci com a culpa de ser pobre, porque isso era coisa de gente que não se podia valer por si só _ com todos os riscos inerentes! Sendo que nesta última acepção, de gente pobre não se valer por si só, o facto é que por mim próprio fracassei ao fundamental nível interpessoal, social e curricular escolar, em recorrente, oportuna e pró afirmativa alternativa procurei apostar no factor sócio-desportivo de índole física, mas aquém e além das minhas potencialidades técnicas ou outras para tal, o próprio físico falhou organicamente; o que em associação a tudo o resto, como por global exemplo, um contínuo fracasso pessoal e existencial modo geral, excepção feita para a mais básica auto subsistência, me levou a odiar-me a mim mesmo, neste caso com ressalva para o que e/ou quem externamente a mim, me suscitava algo de vitalmente positivo.

            Mas, entretanto e precisamente com base no que e/ou em quem me inspirava algo de vitalmente positivo, fiz ou tenho feito o que para mim foi ou tem sido um imenso, por vezes até mesmo um incomensurável esforço pró positivo e objectivo. Mas de entre o que a espaços e/ou em determinadas circunstâncias foi e é como se a minha vida não valesse por si só e enquanto tal foi ou é como se eu tivesse de (re)inventar uma vida própria, com tendência a refugiar-me numa realidade paralela, no limite numa realidade esquizofrénica, autista e/ou maniqueísta, por exemplo com base no que as outras pessoas ou o culto sociocultural envolvente espere de mim ou ao menos com base no que e como eu próprio penso que o exterior espera de mim, na media em que deixei de esperar o que quer que fosse de mim e por mim próprio. Resultado de que por exemplo há dois fins-de-semana atrás, como algo que há muito não sucedia, até porque sinceramente o havia auto assumido como algo que em tempos idos chegou a ser recorrente em mim, no caso fiz uso duma mentira, que só não digo ter sido uma mentira inocente porque, ainda que a mesma não envolvesse outras pessoas nem algo de transcendente importância, no entanto não acredito em mentiras inocentes, desde logo quando no presente caso a minha mentira me remete para uma realidade paralela, aquém e além de qualquer realidade objectiva e factual, sem esquecer que se a mentira em causa chegasse ou chegar a ser descoberta, com tudo o dai derivado, como no limite podendo levar à quebra de confiança doutras pessoas, na minha própria pessoa!

            Tudo com base numa inocente mentira, que enquanto tal não é tão inocente assim! Na circunstancia mentira para tão só evitar ter de estar a justificar coisas pessoais que não me apeteceu justificar, ainda que duma forma, que não vem agora ao caso, tenha sido eu próprio a criar essa necessidade de justificação perante o exterior, que tanto pior ainda quando num meu acesso de carência de autoconfiança, de auto estima ou por si só de positividade e de objectividade própria, acabei por me justificar, por assim dizer, duma forma personalizada e se por possível acaso (auto) valorizante, ainda que com base numa mentira _ acerca do que nem há necessidade de estar a fazer grandes especificações ao respeito, porque tudo o inerente é suficiente ou mesmo demasiado mesquinho e ridículo, para dever ir descritivamente mais além ao respeito. No caso tudo isto após anos dum meu esforço pró positividade, objectividade e sinceridade própria, por e para comigo mesmo e respectivamente perante e para com o exterior, a um ponto em que ironicamente por vezes as outras pessoas chegam a não acreditar em mim, precisamente por eu estar a ser sincero e objectivo! Em especial quando eu faço uso duma sinceridade e objectividade que não é muito comum, como por exemplo ao auto assumir inclusive o efectivo ou potencial pior de mim mesmo, para além do que é comum fazer-se. Sendo que pela inversa há verdades, especialmente positivas que eu nem me atrevo a contar, por um lado porque o que em regra as pessoas conhecem de mim tem aparentemente pouco ou nada que ver com essas verdades e depois porque as mesmas servem acima de tudo para alimentar positivamente o meu próprio Ego, especial e precisamente quando a minha corrente normalidade própria o não alimenta!  

            Mas de entre o que o facto é que com uma “pequena” e “inocente” mentira pode-se estragar anos de não raro sacrificado esforço pró objectividade e sinceridade própria. Com todas as consequências inerentes a essa degradação, como por reiterado e destacado exemplo, a perda de confiança por parte do exterior em mim, na subsequente melhor das respectivas hipóteses com pró positiva e objectiva auto flagelação, reflexão e austeridade da e pela minha parte. Sendo que inclusive senti necessidade de imediatamente à altura escrever o presente e de agora à posterior também o dever expor ao exterior, para precisamente me libertar do peso dessa mesma mentira, em especial após anos de esforço, senão directamente contra esta última, ao menos ou ao mais em prol da _ vulgo _ verdade ou realidade dos factos.   

            Global sequência, que com todas as suas causas, efeitos e consequências enquanto sub e sobresequentemente inerentes à minha vida desde globalmente sempre e até ao presente momento, que por não menos destacado exemplo inclui esta minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever; sendo que no que e como eu escrevo, tanto mais ou menos que uma realidade objectiva e concreta ou subjectiva e paralela _ sem lugar a mentiras ou a verdades, mas tão só com lugar a Ser e/ou a Estar enquanto tal _ aqui sou e estou eu mesmo, essencialmente, a Nu!

                                                                                              VB    



domingo, outubro 21, 2012

Uma história viva

            Entre a minha mais ingénua e inocente infância e a minha mais utópica e onírica adolescência, o meu percurso interpessoal, social e curricular escolar tornava-se-me cada vez mais um sofrível, degradante e decadente pesadelo.

            Eis quando, circunstancial ou providencialmente um determinado dia vejo uma ambulância dos bombeiros locais a chegar à escola, com os sinais luminosos de emergência ligados. Que tão só pela curiosidade juvenil, mas também pelo fascínio que a vida de bombeiro à altura exercia em mim, inclusive como possível positiva compensação para a minha degradante e decadente vivência escolar; após a ambulância parar no interior do recinto escolar, acabei por me colocar num ponto estratégico (piso superior do edifício escolar) com vista para a operação de socorro a que os bombeiros iriam proceder. Ainda que num momento em que a maior parte das turmas estavam em aulas e sem que previamente se visse em redor qualquer movimento ou ocorrência especial, que chama-se particular ou mesmo absolutamente a atenção, salvo a presença duma ambulância dos bombeiros em sinal de socorro. O facto é que os bombeiros subiram ao piso superior, carregando uma maca para transporte de doentes e sob indicação duma funcionária escolar, dirigiram-se à sala de professores. Enquanto eu fiquei expectante no meu estratégico ponto de observação, que abrangia visualmente todo o percurso percorrido pelos bombeiros, desde a ambulância até à sala de professores, para onde os mesmos se dirigiram e acabaram por entrar. 

            Alguns minutos após, da sala de professores os bombeiros saíram carregando alguém prostrado sobre a maca e ao aproximarem-se do estratégico ponto em que eu me encontrava, constatei tratar-se duma aluna. Identifiquei imediatamente a aluna em causa, por natural e frequentemente a ver no recinto escolar, ainda que a mesma não fosse da minha turma e eu jamais tivesse tido qualquer directo contacto pessoal com ela ou reparado na própria, mais do que como uma: bela, esbelta e adolescente colega escolar do sexo oposto, mas sem mais consequências do que genericamente outras belas colegas me pudessem suscitar e efectivamente suscitavam tão natural e espontaneamente, quanto na esmagadora maioria das vezes: momentânea e circunstancialmente. Mas naquele momento e em associação a uma tão leve quanto indelével prévia noção que eu já tinha da mesma, quem eu vi prostrada sobre a maca de socorro dos bombeiros, foi uma inspiradora mistura de angelical candura e de principesco encanto, nos seus reluzentes fios de cabelo naturalmente dourados, na sua pele clara, no seu ar sereno, no seu corpo que eu já antes identificara como esbelto e mas naquelas circunstancias me pareceu acima de tudo franzino e frágil, nos seus belos e sensuais traços do rosto que por referencial definição passei mais tarde a identificar ao nível dum determinado estereotipo de universais musas da sétima arte*, que me reservo o direito de não nomear aqui em concreto. E eu que jamais acabara de entender a sócio/cultural mistificação masculina das louras, se essa mistificação fazia sentido, ela estava agora ali no seu máximo esplendor. A partir de que o facto é que se já havia algum tempo que eu vinha acalentando o sonho de ser bombeiro, aquém ou além de qualquer romantismo ou impulsão juvenil, também como eventualmente positiva e útil compensação para o meu crescente desencontro com a vida inter pessoal, social e curricular escolar e até por isso com a própria vida em geral; naquele momento eu sonhei e desejei mais do que nunca estar ali na pele dum daqueles bombeiros que estavam a socorrer aquela cândida e angelical, mas também atractivamente esbelta e sensual figura, para poder ser também ou essencialmente eu a socorrê-la _ ao estilo de herói romântico.
        
            De entre o que nasceu uma minha auto consciência de “traição” própria, entre até então desejar ser bombeiro em sequência da minha original vivência e educação sócio/cultural e familiar própria, essencialmente pró incondicional obediência e entrega a Deus, à Pátria, à Família e ao próximo; para o que ser bombeiro, ao menos a meu ver e sentir como que condensava em si mesmo e pela positiva, esse culto de incondicional obediência e de universal entrega à vida e ao próximo. Só que perante aquela rapariga eu não quis ser bombeiro para me entregar e salvar incondicional e universalmente sem olhar a quem, naquele caso eu quis e desejei ser bombeiro ali mesmo e naquele momento, para ajudar a “salvar” aquela Musa, em concreto. Diria que foi o fim do meu mais puramente ético e moral sonho de ser bombeiro e o início dum paradoxal e maniqueísta conflito intrínseco em mim. Designadamente naquele momento senti-me profundamente impotente, perante o facto de não ser bombeiro já ali e mas especialmente por não poder fazer positivamente algo por aquela rapariga, ao menos num momento de circunstancial debilidade da mesma, já que com base na crescente imagem negativa ou positivamente inócua de mim mesmo, em sequência do meu esforçado, sofrível e decadente percurso interpessoal, social e curricular escolar e de tudo o que me estava a levar ao mesmo ou do mesmo derivava para com e sobre mim, não me sentia à altura de contribuir positiva e correntemente para a minha própria vida e por inerência para a vida de quem mais quer que fosse, muito menos se para a vida duma bela e à partida inteligente rapariga _ até porque há altura o género feminino tinha crescente sucesso escolar por si só e/ou sobre o (meu) género masculino _, cujo meu desejo de viver e de ser feliz, se fundia agora com desejar a vida e a felicidade da mesma. Ainda que se à altura eu fosse bombeiro, muito possivelmente não me teria calhado a mim ir ali socorrê-la e por isso poder perder o mágico significado que ela agora passava a exercer em mim. Além de que para mim ser bombeiro equivalia a não continuar a vida escolar, o que respectivamente levava a ter de me afastar do meio e contexto existencial/escolar daquela rapariga, o que em sequência obstava a que eu pode-se procurar equivaler-me positivamente à mesma, ao menos ao nível escolar.

            Imediata sequência do que recobrei muito positivo animo vital e até pela primeira vez consegui encontrar positiva e objectiva motivação própria relativamente à escola, ainda que não a suficiente ou ao menos a tempo de evitar uma ultima intransição de ano lectivo, após outras três anteriores intransições, com consequente e diria mesmo tardia quebra da confiança familiar(dos meus pais) em relação a mim e ao meu percurso escolar, levando-me a abandonar a escola sem fama, nem glória; mas com um espírito positivo, inspirado também ou essencialmente pelo indelével significado daquela rapariga em mim. A pontos de por exemplo ter passado a desejar permanentemente regressar à escola, até porque entretanto a vida ainda que só virtual e distantemente havia-me apresentado, precisamente possibilidades vitais e/ou profissionais, para as quais os estudos escolares eram indispensáveis, desde logo e para não entrar em demasiados ou supérfluos pormenores aos respeito, diria tão só que os estudos escolares são ou eram à altura globalmente indispensáveis, no mínimo, para a possibilidade de livre e natural escolha profissional de cada qual; mas dado o meu percurso escolar próprio, essencialmente esforçado, sofrível, degradante e decadente, mais a minha incultura de liberdade e de autonomia própria, passou a só me valer a pena fazê-lo (voltar à escola) em nome daquela rapariga ou do positivo significado da mesma em e para mim _ a pressupor até alguma eventual pró obsessiva/patogénica obstinação da minha parte!

            Seja que conclusivamente entre outras pré e pós sequências da minha vida, mas em especial após confirmação do meu marcante e conclusivo fracasso escolar e dalgum respectivo modo, do meu global fracasso pessoal ou existencial próprio modo geral, já sob mítica influência de dita rapariga na e para a minha vida; subsequentemente com referencial âncora entre o que paradoxal e antagonicamente eu deixava ou não terminava de ser e de significar positivamente por e para mim próprio; versos o que aquela rapariga(*) suscitava positivamente em e sobre mim, como inclusive seja uma minha permanente e “apaixonada” necessidade de regressar à escola, sem no entanto e impotentemente eu o conseguir fazer por mim mesmo; até porque entretanto e além doutros substanciais factores como perda de confiança interpessoal e social própria, eu sabia ou sentia que também tinha deixado muitas bases curriculares para trás e não poderia continuar em frente como se nada fosse; base em que acabei intermédia e autonomamente, por também apaixonada, platónica, pró vital, sanitária e subsistentemente, começar a ler inclusive para não perder contacto com o melhor exterior, quando eu sentia dificuldade ou mesmo incapacidade para lidar interactiva e funcionalmente com esse mesmo melhor exterior; sequência de que algum respectivo dia, numa determinada circunstancia acabei por acto espontâneo começar a escrever para no limite tão só necessitar sobreviver, mas desde logo para pró vital, sanitária ou subsistentemente exteriorizar em sequência de muito interiorizar, designadamente através da leitura.
           
                                                                                   VB

            (*)... um dia disse-lhe que gostava muito dela e não lhe menti. Desde logo desejar-lhe intimamente o melhor da vida, aquém e além de mim, tendo-a eu como objecto de desejo, podendo ser-me fatal, no entanto foi-me dalgum modo providencial _ em especial quando lhe desejei positivamente a ela o que não me conseguia desejar a mim mesmo e procurando honrar esse meu sentimento para com ela isso "salvou-me" dalguma forma! Só não pude, nem posso dizer-lhe que a Amo, porque dependente ou independentemente de sermos interactiva e funcionalmente compatíveis de entre nós ou não, o facto é que isso do Amor só vem ou existe em sequência de relacional interacção e/ou de conhecimento profundo do outro, mas em que até por tudo o de mim perante a mesma e o exterior modo geral, pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal, salvo raros e pontuais momentos ou excepções, por norma eu próprio jamais estive interactiva e funcionalmente disponível _ para ela ou para quem mais quer que fosse! Até porque por tudo o de mim perante e para com a mesma, procurei criar para mim e vender para o exterior, uma imagem ou um ideal de mim mesmo, que até pelo que isso continuamente me exigia e/ou por meu respectivo receio de não conseguir corresponder a prazo ou permanentemente na essência a essa imagem ou a esse ideal de mim próprio, acabou tudo isso afastando-me ainda mais interactiva e funcionalmente, quer dela quer do exterior modo geral.

            Nota: O transacto texto é o desenvolvimento duma pequena história, a exemplo de mais dois outros textos, que escrevi e enviei para um determinado espaço radiofónico de seu titulo: História devida, à altura no ar na rádio pública nacional (RDP), enquanto espaço dedicado a histórias escritas e/ou vividas pelos respectivos ouvintes radiofónicos. 

            Ainda que e/ou até porque sendo o presente texto a base duma história algo mais extensa por si só, até por enquanto particular história como marcante parte da global história da minha vida, que em si mesma tem tanto de prática e objectivamente desinteressante, quanto até por isso terá algo de interpretativa e subjectivamente interessante _ mas que em qualquer caso não cabe descritivamente no presente contexto!

            Inclusive respectivo texto de que tenho uma versão muito mais extensa e com potencialidades de indefinida edição, registada com direitos de autor na IGAC.

quinta-feira, outubro 18, 2012

Musa

           O presente Post justifica em e por si só, o presente Blog.

            Apesar do seu título e das suas potencialidades para tal, no entanto o texto que se segue não é romântico, não é poético, nem sei como ou até que ponto o mesmo é qualificável, mas por mim mesmo auto qualifico-o de pragmático!

            À pessoa por detrás da Musa  

           Até pelo que positiva e serenamente suscitas-Te em e sobre mim, dependendo da Tua anuência, por mim mesmo não pude, não consegui, nem quis arrastar-Te de forma prática, interactiva e funcional para esta minha, por assim dizer, positivamente inócua ou maniqueistamente tumultuosa existência. Com esta última derivada da minha positiva insegurança e/ou impotência própria, quer perante e para com o melhor, quer respectivamente perante e contra o pior da vida, intrínseca e extrínseca a mim, desde globalmente sempre. 

            Seja que ao invés do que e como é natural e vitalmente normal, quando se gosta dalguma forma de algo ou de alguém, como seja sentindo-nos dalguma imediata e automática forma à equitativa altura desse mesmo algo ou alguém. Mas que de mim perante e para Contigo, diria que gostei do que vi e do que senti em e com relação a Ti, em determinadas circunstancias da Tua vida, da minha vida e da própria vida enquanto tal, ainda que no caso concreto tendo-me essas mesmas circunstancias levado a dizer-me de e para mim mesmo: não és merecedor de que Ela sequer repare na tua existência!

            Tendo-me precisa e respectivamente levado também isso a procurar ser consubstanciado merecedor, por assim dizer, da Tua positiva atenção e/ou consideração, como uma espécie de princípio, de meio e de fim de vida em e para mim! Desde logo com base no que positivamente passas-Te a ser ou a significar em e para mim, versos o que positivamente eu deixava de ser ou de significar em e por mim mesmo.

             
A partir de que e/ou até pelo que, como na melhor das hipóteses, tão pouco consegui deixar de reflectir referente, influente e consequentemente em e sobre Ti esta minha paradoxal ambiguidade, de entre o que e como positivamente _ bom _ És e/ou passas-Te a suscitar em mim, versos o que e como positivamente inócuo _ mau _ eu sou e/ou passei a significar em e para mim mesmo.

             Sequência de que se acaso peço-Te perdão por isso, ainda que salvo por exemplo duas ou três excepções em que mais directa, objectiva e activamente procurei o contacto Contigo, incluindo ou excluindo as intermitentes insinuações de mim perante Ti e para Contigo, de resto e até por mim mesmo, sempre tendi a proporcionar-Te espaço e tempo, para Seguires a tua vida, aquém e além de mim e/ou de qualquer minha referência e influência na Tua vida. Até porque já fosse por eu sentir que não Te suscitava qualquer positivo interesse e/ou se até bem pelo contrário que eu Te suscitava esse mesmo positivo interesse, nesta última acepção em reflexa sequência do que Tu própria positivamente Suscitavas em e sobre mim, o facto é que em qualquer caso tive de concluir que não fazia muito ou mesmo qualquer objectivo e coerente sentido procurar o directo, prático e objectivo contacto Contigo, quando por norma não podendo ou não conseguindo eu e por mim próprio sentir-me ou constatar-me positiva e coerentemente à Tua equitativa altura _ no caso e como melhor das hipóteses tendo o Teu positivo significado em e para mim, a conferir por si só o sentido de mal menor ao meu positivamente inócuo significado próprio, pois caso contrário eu só poderia contar mesmo com este último, o que enquanto tal e sem mais não augurava nada de positiva ou coerentemente bom, desde logo para mim!

              Sendo que o Teu positivo significado para mim e para a minha vida no momento, no contexto e na sequência em que o mesmo tão circunstancial ou providencialmente se me impôs, como que me deu objectiva e racional relação da devida medida da minha positiva inocuidade própria e perante Ti; tendo-me respectivamente Tu e/ou o Teu positivo significado em e para mim, inspirado, suscitado e impulsionado a equivaler-me dalguma efectiva e vinculativa forma a Ti e à Tua positividade própria e/ou simbólica em e para mim _ o que resultou na ambiguidade, no maniqueísmo e/ou no tumulto intrínseco a mim, desde logo de entre o Teu positivo, versos o meu positivamente inócuo significado, em qualquer dos casos, em e para mim mesmo.


              Como que por inerência tendo eu ficado referente, influente e apaixonadamente preso a Ti e/ou ao Teu positivo significado em e para mim, à vez que ficando também prática, (inter)activa e funcionalmente distante de Ti _ com ainda tudo o de mim perante e para Contigo, com respectivos e equitativos reflexos de mim perante e para com o exterior modo geral.

            E aqui devo confessar que me interessou ou que até acima de tudo necessitei preservar e cultivar a ambiguidade em causa, na medida se por um lado a mesma me mantinha interactiva e funcionalmente afastado de Ti e por inerência até do exterior modo geral, mas por outro e inverso lado enquanto inspirado em Ti e para Contigo, a mesma ambiguidade mantinha também em aberto a possibilidade de me equivaler interactiva e funcionalmente a Ti ou ao Teu positivo significado em e para mim, dependente ou independentemente de haver ou não interactiva e funcional abertura da Tua parte relativamente a mim, mas em qualquer caso com pró positivo reflexo de mim perante e para Contigo e/ou perante e para com o exterior modo geral.

            Que não sei até que ponto com o presente estou a (re)abrir ou a fechar ainda mais essa possibilidade de interactiva e funcional abertura de mim perante Ti e para Contigo, com reflexo de mim perante e para com o exterior modo geral? Mas ao menos creio estar a lançar alguma luz sobre a ambiguidade inerente, desde logo da e pela minha parte, perante e para Contigo em concreto. 

              Cujo respectivo intermédio melhor que consegui ou tenho conseguido, desde logo por e para comigo mesmo, com base em Ti e para Contigo, com extensivo reflexo perante e para com o exterior modo geral, é confiar a Deus e/ou ao Universo que sejas feliz onde, como e com quem quer que seja, aquém e além de mim mesmo.

              E precisamente desejando-Te o melhor da vida a Ti, com extensão ao exterior modo geral, me subscrevo tão responsável e consequente quanto indirecta e subjectivamente através da presente forma escrita e pró pública, via Blogger _ o que neste último caso faz tanto mais sentido, quanto por todas as pessoas que entretanto acabaram apanhando por tabela(*) em sequência da minha ambígua, maniqueísta, tumultuosa, interactivamente disfuncional ou por si só positivamente inócua parte.

            Pelo que até por tudo o de mim perante e para Contigo, nem sempre, nem de todo estive à Tua altura. Mas enquanto inspirado em Ti e para Contigo, jamais me faltaram positivos motivos e razões de e para viver. E nesta acepção, até por mim e para comigo mesmo, só posso garantir que jamais deixarei de procurar equivaler-me e corresponder-te a Ti, à Musa, tendo por base o que positivamente suscitas em e sobre mim próprio _ aquém e além de eu o conseguir ou ir conseguindo de facto ou não!?

              Que tendo tudo isto por base e/ou por consequência uma minha pura e dura auto-gestão(**), com respectivamente tudo o efectivo ou potencial  melhor e pior inerente, de que esta minha circunstancial ou providencial expressão escrita é pragmático e fundamentado resultado. O que enquanto inspirado em Ti, na Musa, é um processo tão potencialmente infinito, quanto essencialmente esquizofrénico e/ou autista da minha parte, inclusive pelo meu confesso receio de que ao aproximar-me prática, (inter)activa e funcionalmente de Ti, poder _ subentenda-se, no meu próprio íntimo _ matar a Musa! Ficando então apenas comigo mesmo, o que, dadas as circunstâncias, seria como mínimo profundamente triste e/ou insípido!

               Salvo que cada vez mais a Musa é para mim a própria Vida, enquanto tal com permanentes motivos e razões de inspiração aquém e além de Ti, ainda que isso sim Contigo a sustentar a Musa em mim durante muito tempo (anos), aquém e além de quem, de onde, de como e de com quem quer que Tu tenhas sido e sejas ou de com quem Tenhas estado e estejas de facto, aquém e além de mim ou de comigo.

            No fundo o que para mim mais importou e importa perante Ti e para Contigo, és Tu e a Tua própria vida, aquém e além de mim mesmo e da minha própria vida, ainda que comigo e com a minha vida dalgum circunstancial/providencial e referente/influente modo pendentes de Ti e da Tua vida e/ou do Teu significado e do significado da Tua vida em e para mim!

            Seja que para mim desejar a Tua vida e felicidade próprias, foi como desejar as minhas respectivas vida e felicidade próprias, em especial quando eu deixava crescentemente de acreditar na minha vida e na minha felicidade em e por mim mesmo. Ainda que e/ou até porque isso me tenha levado a necessitar ou pelo menos a desejar ser parte integrante da e para com a Tua vida e felicidade, quando precisamente eu não acreditava na minha vida e felicidade própria.

            Restando-me então esta minha auto-gestão, de e para com o que escrever me é pró vital, sanitária e subsistentemente providencial, eu diria mesmo que indispensável!

            Cujo melhor de mim e/ou do que e como eu escrevo, está só por certo e no caso concreto inspirado em Ti e para Contigo, no fundo está inspirado na e para com a Vida, aquém e além de mim mesmo e sem mais.

            Só podendo eu esperar, desejar e/ou tudo fazer, para designadamente através desta minha pró vital, sanitária ou subsistente expressão escrita, inclusive como minha maior, melhor, quando não mesmo única forma de expressão e de existência própria, na sequência retribuir-Te dalguma mínima forma o que e como positivamente suscitas-Te em e sobre mim, durante anos e/ou indefinidamente!

                                                                                  VB

            (*) Que tirem o cavalinho da chuva toda(o)s aquela(e)s que eu mais consubstanciada, objectiva e/ou responsavelmente critico, em textos deste ou de qualquer outro meu Blog, porque não é a esses, nem às minhas objectivas e responsáveis criticas aos mesmos que me refiro, quando refiro as pessoas que apanharam por tabela, em sequência dos meus tumultos ou das minhas positivas inocuidades internas próprias. Pois que estas referidas pessoas que apanharam por tabela, mesmo que em algum circunstancial, ocasional ou hipotético caso e aspecto coincidentes com as pessoas por mim objectiva e responsavelmente criticadas nos meus Blogues, não passará disso mesmo, de mera coincidência, no caso em circunstancias muito distintas de entre si!

            (**) Por uma série de causas, efeitos e consequências (inter)pessoais, sociais, culturais e/ou por si só vitais, significativamente profundas, complexas e contraditórias que enquanto aplicadas a mim são a história da minha própria existência, que até como tal não vêm agora descritivamente ao caso, mas o facto é que com base e em sequência das mesmas, tudo o de mim perante e para com a Musa e/ou perante e para Contigo pessoa real que inspirou e sustentou em mim a Musa durante anos, a palavra chave é mesmo e acima de tudo: Auto-gestãoSendo por exemplo que tudo o que e como aqui escrevo, está (auto) subsistentemente aquém de qualquer plenitude vital; salvo que para mim escrever é um circunstancial/providencial acto de vida e/ou pró vital em e por si só!   

Preliminar

            Até por necessidade de ir satisfazendo a mais básica e imediata subsistência, ando com pouco tempo e acima de tudo com pouca disponibilidade física e interior para (auto) rever, corrigir e complementar o que apesar de e/ou até por tudo, vou por si só pró vital, sanitária e subsistentemente necessitando escrever.

             Ainda assim e até porque vou de facto escrevendo tanto quanto me é natural, espontânea e circunstancial ou providencialmente suscitado escrever; como por concreto exemplo o presente e/ou acima de tudo o texto inerente ao próximo Post, que com mais ou menos (auto) revisão, correcção e/ou complementação, vou de facto publicar sob titulo: Musa, de e para com o que o presente funciona ou se pretende que funcione como mero e complementar preliminar.

              No caso, um preliminar com repercutiva extensão para além do imediatamente próximo Post: Musa, a justificar o presente como um Post em e por si só, na circunstancia sob respectivo titulo: Preliminar.

                                                                                                                VB

quarta-feira, outubro 17, 2012

Sozinho não chego lá...

           Algo a que, dadas as circunstancias, recorrentemente sinto necessidade de regressar, como seja ao factor demográfico associado ao chamado estado-social!

            Na passada noite de antes-de-ontem (15-10-2012) num painel composto pelos excelsos e em qualquer dos casos ex. Ministros das finanças nacionais: Dr.º Miguel Beleza, o Dr.º Luís Campos e Cunha e o Dr.º Pina Moura, com mediação do mais consagrado jornalista televisivo do momento: José Rodrigues dos Santos, falava-se acerca do crítico e austero estado político, social, económico e financeiro do País, tendo por base a recente apresentação da proposta de Orçamento de Estado (OE) por parte do corrente governo democrático PSD-CDS/PP, para o próximo ano 2013.

            De entre o que aquém e além de ter sido grosso modo unânime e consensual de entre todos, desde logo de entre os três ex. Ministros das finanças do Estado, com mais ou menos nuances daqui e dali, que no fundo pelo melhor e pelo pior, haverá poucas ou nenhumas alternativas à proposta de OE em causa.

            Mas a determinada altura referindo-se concretamente o Dr.º Miguel Beleza à questão demográfica, designadamente de entre as gerações mais idosas que vivem cada vez mais anos e a carência de novos nascimentos que possam sustentar a prazo com os seus respectivos descontos para a segurança social, as respectivas pensões de reforma dos mais velhos.

            Sendo que a partir daqui pode-se desde logo discutir se afinal não foram já os mais velhos que por si sós descontaram durante anos para a sua própria pensão de reforma, não necessitando quem o faça por eles!? Mas eu até nem quero entrar por ai, pois que o que a mim mais me intriga e salvo duma perspectiva perversa/controversa, se acaso até conspirativa, de resto e ao menos duma perspectiva positiva e racional por mim mesmo confesso não conseguir entender o que se pretende quando como o Dr.º Miguel Beleza, com extensão a todos os restantes que o acompanhavam, por assim dizer no fórum televisivo da noite passada, desde logo porque nenhum dos restantes contestou ou sequer questionou o primeiro ao respeito, além de com extensão ainda a todas as pessoas que assim pensem e sintam, no entanto e no meu caso pergunto: porquê e para quê mais nascimentos, mais gente nova?

            Sim, desde logo quando por um lado é necessário sustentar as pensões de reforma dos mais velhos, aquém e além dos descontos que os próprios fizeram durante anos, então porque não se mantém os mesmos na vida activa e respectivamente a descontar mais anos? Inclusive a própria classe política e associados que parece se aposenta(m) ou podem aposentar algo prematuramente!? Além de que quando não raro e parece que cada vez mais se despendem pessoas de meia-idade, sem grandes perspectivas de em absoluto se lhes voltar a proporcionar emprego ou pelo menos trabalho com um mínimo de condições sociais, tão pouco estou a ver onde e como a possibilidade de prolongar o tempo de vida activa dos mais velhos _ inclusive da minha, actualmente (pró) activa geração própria _ em prol de si mesmos e/ou dos ainda mais velhos, com base no e para com o dito Estado Social!?

            Por outro lado ainda num mesmo País em que a taxa de desemprego ao nível dos alegadamente poucos jovens e tanto pior se entre os jovens mediana e superiormente qualificados é altíssima, inclusive o próprio governo já chegou ao ponto de sugerir a emigração jovem, onde cabem aqui mais nascimentos e tanto pior se mais mão-de-obra qualificada? De resto se o País tem assim tanta carência de mão-de-obra, pergunto ainda para onde foi a inédita onda de imigração que assolou o País na cerca de última década e meia? Não que eu esteja a defender a imigração como alternativa a uma maior taxa de natalidade interna própria, agora o que me intriga num País que se diz com carência de mão-de-obra, desde logo mão-de-obra jovem para inclusive sustentar as pensões de reforma dos mais velhos, no entanto nem para os imigrantes, designadamente de leste e sul americanos que viviam mais ou menos miseravelmente na sua terra e para cá vieram trabalhar, o País conseguiu terminar de ser aliciante para os mesmos, inclusive ao invés dos emigrantes nacionais no estrangeiro; pelo que na sequência não posso deixar de questionar ainda, acerca de que esperança de vida e de futuro pode oferecer este mesmo País aos seus próprios conterrâneos, tanto mais se aos mais jovens e/ou adultos activos, que inclusive são objectiva, circunstancial e/ou até estruturalmente convidados a emigrar? Inclusive somos acima de tudo o País de emigração.

            Enfim, dado que por norma são doutas individualidades que publicamente nos meios de comunicação social, designadamente na televisão, dizem recorrentemente em tom algo superior, desde logo com aparentemente inquestionável convicção que faz falta mais nascimentos (maior taxa de natalidade interna),  logo eu que desde há muito me habituei a colocar-me em causa a mim mesmo, que inclusive não passo dum mero auto subsistente de base, seja que nem de perto nem de longe sou doutor ou coisa que o valha, seguramente serei eu que estarei errado, por tão só questionar tão doutos e aparentemente superiores ou convictos ditos em público.

            Mas ainda por mim e em demográfico resumo diria que dadas as circunstancias não termino de entender o recorrentemente douto ou público apelo ao acréscimo da taxa de natalidade nacional, salvo se a justificar precisamente uma perspectiva perversa/controversa e se acaso até conspirativa, em nome de muita e crescente mão-de-obra barata, com base na mais imediata e elementar necessidade de subsistência de muitos e de cada vez mais e mais. Até porque num País pobre, com uma agricultura residual e regra geral de baixa produtividade, sem industria própria de monta, por si só com uma economia própria globalmente sofrível, logo o crescente e mais ou menos indefinido acréscimo populacional só poderia ou poderá mesmo levar a uma oferta de mão-de-obra quantitativamente superior à procura e enquanto tal a uma mão-de-obra barata(*) _ o que estou certo, até por uma pretérita e diria mesmo crónica cultura interna, ao menos por parte de alguns é o que se espera! Pois caso contrário, num mesmo respectivo País que também apela a crescente mão-de-obra qualificada, que inclusive investiu durante décadas nessa qualificação e agora não tem o que dar que fazer a essa mesma mão-de-obra jovem e qualificada, como mínimo parece-me ser tudo demasiado confuso, a tender para o absurdo, com mais ou menos óbvia desestruturação política, social, económica, financeira, laboral e demográfica interna.

            E se eu não tenho alguma substancial razão nesta minha básica e (auto) subsistente perspectiva, então por favor que alguém de direito corresponda consubstanciadamente às questões que coloco atrás, se acaso desmontando-as positivamente. E que senão fazendo-o por mim que não passo dum básico, por norma mesmo esforçado e sofrível auto subsistente(**), que até enquanto tal e gostando eu _ no sentido universal do termo_ muito de crianças(***), nem de perto nem de longe me atrevo por mim mesmo e/ou nas circunstancias envolventes a contribuir para a taxa de natalidade; mas ao menos ou ao mais que quem de direito corresponda às minhas transactas questões em nome de todas as pessoas, diria mesmo do grosso nacional que com potencialidades para tal, no entanto não se atreve a conceber (mais) filhos, porque como também costuma dizer-se: a vida não está para isso

            Pelo que se for o caso, em nome da própria Pátria, que alguém venha consubstanciar positiva e comprovadamente por A+B, acerca de porquê e para quê ter mais filhos, como um eventual e se acaso douto contributo para a taxa de natalidade, aquém e além de se ir à televisão dizer mais ou menos superficialmente e por alto que: não há gente nova suficiente para sustentar as pensões de reforma dos mais velhos!!! Quando a alegadamente pouca gente nova e não raro mediana ou superiormente qualificada que há, está mais ou menos votada ao ostracismo, à inutilidade prática e/ou até à infame exploração _ por exemplo e nesta última acepção em sucessivos estágios não remunerados!

            Salvo ainda que aquém e além da mais ou menos douta ou superior racionalidade de muitos, no fundo e na verdade não passe tudo duma questão de Fé, inclusive a começar e terminar por conceber filhos mais ou menos indiscriminadamente!?

                                                                                              VB  

              (*) ...Mão-de-obra barata que até se poderia justificar como equitativa à própria pobreza do País, mas no caso podendo e devendo também os benefícios inerentes reverterem em nome do colectivo Pátrio e das suas mais diversas instituições e individualidades. O problema é que essa mão-de-obra barata, não raro ou mesmo por norma e desde globalmente sempre é em nome das elites dominantes, sejam elas quais forem e de que índole política, ideológica ou qualquer outra forem; de resto parece que desde há muito as elites se auto assumem como merecedoras de vencerem ao nível dos Países mais ricos da Europa e/ou até do Mundo, sob ameaça de mesmas ditas elites se ausentarem do País, levando naturalmente consigo a sua riqueza própria, se é que a mesma não está já e há muito fora do País(!?) _ mesmo que riqueza em muitos casos e em grande medida conquistada às custas de mão-de-obra barata interna e/ou pelo menos ao nível da pobreza do próprio País _ sendo que o próprio País, desde logo o Estado, está cada vez mais pobre e as elites, discretamente dominantes, cada vez mais ricas!!!  

              (**) ...Ainda que eu não seja pró positiva e vitalmente um desistente, bem longe disso.

              (***) Tive e deixei na infância o efectivo ou potencial melhor de mim! De resto minha infância a que tenho de regressar com recorrente e resiliente frequência, para poder continuar pró positiva e/ou vitalmente em frente em e por mim mesmo, aquém e além de referências, influências e/ou se acaso até de tutelas exteriores. Sendo que de entre a naturalidade, espontaneidade e até inocência infantil, com alguns ideias infantis ou juvenis pelo meio, em associação, comparação ou contraste com a não raro esforçada, artificial e até malícia da experiência e vivência adulta, pelo melhor e pelo pior, se encontra por assim dizer esta minha pró vital, sanitária ou subsistente existência. Em qualquer caso a infância enquanto tal teve, tem e terá para mim um valor transcendental, pelo que se eu pode-se ou poder contribuir mínima ou residual e directa ou indirectamente para a indefinida continuidade do melhor da infância na vida de quem mais quer que seja, será eventualmente tudo quanto de melhor me resta ou restará de mim e da minha própria infância!? Mas entretanto e até por tudo o demais inerente não me sinto, nem me constato à objectiva altura de educar quotidiana e continuamente uma criança, desde logo uma minha eventual descendência própria com suficiente e devida estabilidade, definição, objectividade e coerência. Pelo que sem me sentir ou constatar própria ou absolutamente uma má influência para a infantilidade, no mais pejorativo ou negativo sentido do termo má influência, no entanto tão pouco me sinto à altura de num contexto quotidiano poder contribuir prática e activamente para o melhor duma criança, desde logo quando eu ando às voltas com o melhor da minha própria infância, para poder continuar em frente com o efectivo ou potencial melhor da minha vida adulta!  

domingo, outubro 07, 2012

O Buraco

            Voltando às palavras do Dr.º(*) António Borges, mais concretamente quando o mesmo disse: “... os empresários que estiveram contra a remodelação da TSU são ignorantes!...” por mim devo acrescentar ainda ao que já anteriormente escrevi ao respeito sob titulo A Vida é mais que isso... o seguinte:  

            _ Levando em linha de conta que a classe empresarial é como mínimo parte integrante da classe media e em muitos aspectos é até parte integrante das elites nacionais, pelo que tanto mais se através duma associação largamente representativa da classe empresarial que veio revelar-se precisamente contra a proposta governamental pró reformulação da TSU, se enquanto tal a média e alta classe empresarial é parcial ou globalmente: “...ignorante!...”, então o que dizer da larga e diria mesmo que critica/austeramente crescente e maioritária classe baixa _ vulgo classe operária(**) _ nacional?!
            _ Sequência de que se pensarmos ou por si só se constatarmos que o dito povo enquanto tal e o povo votante em particular, é em qualquer dos casos global, essencial ou na sua esmagadora maioria composto pelas ignorantes classes media e tanto mais ignorantemente se pela classe baixa, que enquanto tal vêem democraticamente a eleger os diversos governos da nação, de há cerca de quatro décadas a esta parte; logo talvez ou seguramente a justificar as palavras do Dr.º António Borges, tendo por base a critica e austera situação a que desastrosamente chegamos e em que respectivamente estamos mergulhados! 

            _ Mas a partir de que o grande problema, eu diria mesmo que o grande buraco em que estamos metidos, é que o próprio actual Governo PSD/CDS liderado pelo Dr.º Pedro Passos Coelho e de que por seu turno o próprio Dr.º António Borges é conselheiro, foi como sempre e mais uma vez, na sua esmagadora maioria, democraticamente eleito pelas mesmas ignorantes classes média e baixa; o que no caso me leva tão legítima quanto mesmo justificadamente a perguntar: que esperança e/ou que futuro podemos nós nacionalmente ter com base e em sequência do actual governo, enquanto genérica e democraticamente eleito por ... ignorantes!...,  mesmo que e sem qualquer ironia, com o Dr.º António Borges como respectivo conselheiro governamental?!  

            _ Claro que eu posso adivinhar a resposta, em especial a resposta mais adequada, que no caso e sem por mim mesmo a especificar, como seja deixando-a ao critério de cada qual, por mim só posso adiantar que é uma resposta teórica e tanto pior se praticamente lamentável, que só mesmo ignorantemente podemos e devemos merecer, em especial aos níveis sociais e nacionais médio e baixo _ dando lamentável razão de ser às respectivas e elitistas palavras do Dr.º António Borges! 

                                                                                                VB

            (*) Corrijo a designação de Dr.º para Prof.º, enquanto no relativo a António Borges.

            (**) ...classe social baixa ou operária a que eu mesmo pertenço, aquém e além de que pelo melhor e pelo pior e para o bem ou para o mal, me auto assumo acima de tudo como nada e como ninguém

sábado, outubro 06, 2012

Margarida Marante

           Não vou aqui tecer grandes considerações pessoais e muito menos juízos de valor, no caso vou acima de tudo expressar grosso modo o significado desta mulher, com extensão às mulheres da altura, inclusive às de equivalente nível e estatuto a Margarida Marante _ que na circunstancia entrevistava profissional e logo como mínimo aparentemente de igual para igual, não só elementos do género masculino, como ainda e acima de tudo os distantes mas também permanentemente omnipresentes e omnipotentes deuses da governação, por si só os máximos representantes das mais diversas autoridades nacionais nas suas múltiplas vertentes políticas, sociais, culturais, securitárias, etc., que há altura estavam esmagadora e em muitos casos mesmo literalmente assentes em elementos masculinos.

            No caso para dizer que ao ter eu nascido do género masculino, no final dos anos sessenta, como seja em pleno culto machista/paternalista e opressivo/repressivo, tudo tanto mais assim se quando e enquanto também em plena e semi analfabeta província rural. Como seja em que tão só enquanto criança e tanto mais se criança pobre devendo eu muito mais que positivo respeito, mesmo incondicional obediência a uma infinidade de hierarquias superiores (pai, mãe, mais velho, mais rico, social e politicamente reconhecido, etc., etc., etc.). Em que por exemplo e para mim a classe política e tanto mais se classe política de topo eram uns seres muitíssimo distantes, ainda que e/ou até porque omnipresente e omnipotentemente consequentes, em regra ou mesmo em absoluto pelo masculino. Desde logo num contexto sociocultural em que salvo as devidas excepções e intermédias variantes, por si só e em regra o género feminino devia obediência ao género masculino. E eu que enquanto criança pobre, derivada de meio sociocultural rural, humilde e semianalfabeto, inicialmente sem genérico acesso a realidades extra locais, nem sequer via televisão a que só passei a ter acesso por volta dos sete ou oito anos de idade, de entre o que mesmo enquanto pertencendo eu ao género masculino acabava devendo, não raro, incondicional obediência, directa ou indirecta, a (quase) tudo e todos.  

            Tudo isto numa global sequência de causas, efeitos e consequências prática(o)s que não cabem descritivamente no presente contexto, nem o objectivo é esse. Pelo que o que pretendo dizer é precisamente que na anterior sequência, mas em dissonância com a mesma se deu aquilo que se vulgarizou designar por “Revolução dos Cravos” _ vulgo revolução pró democrática. Em que designadamente os direitos entre pessoas, desde logo e no caso concreto entre géneros feminino e masculino passaram a ser “iguais”, mas em que tendo-me apanhado dita revolução aos meus cinco anos de idade e num contexto rural onde a dita evolução (pró) democrática chegava muito lenta e não raro contraditoriamente, inclusive via democratização dos meios de comunicação social, concretamente via rádio e televisão. 

            Tendo sido precisamente via revolucionário acesso ao mágico meio televisivo que entre outras, tomei conhecimento da existência de mulheres que pela sua beleza, inteligência, cultura, coragem e não sei o que semi descritiva ou indescritivamente mais me fascinavam, se acaso por inclusive esmagarem a (minha) prepotência masculina, como por destacado exemplo na pessoa, mulher e profissional Margarida Marante. 

            Por tudo isso, precisamente aquém ou além de considerações pessoais ou de juízos de valor, se o género feminino por si só já naturalmente me fascinava e se acaso até esmagava dalguma forma, então este superior, mediático ou até para mim virtual género de mulher, que no momento e contexto em que e como entrou referente, influente e consequentemente na minha vida, acabou marcando a minha existência duma forma decisiva que creio, espero e por si só tudo faço e farei para que seja essencialmente pela positiva, desde logo para que seja duma forma universalista e/ou pró realidade universal inerente à devida igualdade de direitos de entre todos e cada qual, no caso e desde logo de entre géneros! 

            Conclusiva e reiteradamente, aquém e além de considerações pessoais ou de juízos de valor, isso sim com a dignidade pessoal, humana, vital e universal que me é possível e/ou minimamente exigida, em honra e memória de Margarida Marante, ao menos segundo a minha original tomada de consciência da sua respectiva existência, com correspondente extensão a todas as mulheres devida, natural e positivamente emancipadas.   

                                                                                    VB
          Nota: Este foi um texto escrito e aqui postado, em qualquer dos casos tão natural e espontânea quanto improvisadamente numa mesa de café, que pelo melhor e pelo pior deve valer como tal!