terça-feira, dezembro 25, 2012

Natal, um dia especial

            Para mim um dia Especial é quando por exemplo me reúno com a minha família mais chegada, desde logo quando estou com os meus sobrinhos(*). O que, tal como este mesmo ano, por diversas circunstancias sucede mais vezes fora da época natalícia do que nesta última, pelo que há dias mais Especiais para mim do que o próprio dia de Natal.

           Depois a vida para mim é um acto e/ou um facto continuo, pelo menos de entre o nascimento e a morte de todos e de cada qual; a partir de que para mim cada dia e cada momento são especiais e/ou não, aquém e além do dia de Natal.

           No entanto o dia de Natal, pelo melhor (alegria) e/ou pelo pior (tristeza), não deixa de ser um dia particularmente Especial, desde logo por ao pretender-se que o mesmo seja um dia particularmente alegre e de celebração, não raro para muitos, diria mesmo que para muitíssimos o mesmo é um dia particularmente triste e/ou de lamentação!

           Pelo que para mim pessoalmente que tendo a absorver, por exemplo a alegria e a tristeza envolventes, talvez pró vital, sanitária ou subsistentemente o melhor seja encarar o dia de Natal como um dia  equitativa e/ou normativamente igual a qualquer outro.

           Conclusão de que para mim o dia de Natal, como qualquer outro, não passa dum dia especialmente normal ou normalmente especial, com toda a sua Especialidade e/ou Normalidade própria!

                                                                                                             VB

           (*) ...tudo isto aquém e além de troca de prendas e/ou de oferendas materialistas, que se e quando possível não tem de ser algo exclusivo da época natalícia, salvo se como mais um sociocultural e/ou civilizacional símbolo da e para com a Especial especificidade do dia de Natal!  

domingo, dezembro 23, 2012

Cinismo e hipocrisia social

            Porque escrevo e publico em época natalícia coisas tristes?! Desde logo porque em época natalícia continuam, no limite, a nascer e mas também a morrer pessoas, inclusive neste último caso em acidentes automóvel, aquém e além de licenças de condução!

            Mais e mais dinheiro (lucro), menos e menos humanidade (vida)

            Aquém e além doutros possíveis exemplos, desde logo e para mim há um mais ou menos óbvio paradigma de cinismo e de hipocrisia social, no caso ligado à circulação automóvel.

            Seja que com tantas e imparáveis exigências sociais e dos respectivos Estados ao nível da (pró) segurança automóvel, enquanto exigências que começam ao nível dos fabricantes (automóveis) e terminam no consumidor ou utilizador final (automobilista). Tudo isto envolvendo conhecimentos e regulamentos técnicos, legais e/ou outros, além de natural consciência humana, com todas as respectivas consequências práticas, desde logo enquanto regras social e/ou oficialmente estabelecidas, em nome da segurança! Pergunto eu onde cabem por exemplo securitariamente os veículos cujos condutores não necessitam de licença (formação e exames) de condução?    

            Seja que sem sequer entrar na dimensão dos peões, diria que existem alguns veículos, a começar em bicicletas a pedal, até no limite uns ditos veículos (motorizados) automóveis, cujos respectivos condutores não necessitam de licença(*) _ vulgo exames teóricos e/ou práticos _ de condução, para poderem circular entre todos os restantes veículos que efectivamente necessitam dessa correspondente licença de condução. Ou seja que como se à imagem e semelhança dos segundos e/ou de entre uns e outros, os primeiros não fossem ou não sejam passíveis de sofrer ou de provocar acidentes, incluindo ou excluindo de tudo isto os peões!

            O que sem prejuízo de pessoas que eventualmente sem licença de condução, no entanto conheçam as regras de transito e natural ou excepcionalmente conduzam na prática tão bem ou melhor do que (muitas) outras pessoas com respectiva licença de condução; o facto é que numa determinada localidade, eu pessoalmente assisti a um dito veículo sem necessidade de licença de condução por parte do seu condutor, que circulando numa via (rua) sem prioridade e em que tendo chegado à extremidade dessa mesma via, onde respectivamente se encontrava e encontra um básico sinal de STOP, precisamente a assinalar a perda de prioridade dessa mesma via, no entanto o condutor ou melhor e no caso concreto a condutora(**) do correspondente veiculo sem necessidade de licença de condução, entrou na respectiva via perpendicular com prioridade, como se do seu inverso se trata-se. Ou seja com o veiculo sem necessidade de licença de condução, que circulava numa via (rua) sem prioridade, inclusive com um sinal de STOP a assinalar a correspondente perda de prioridade, no entanto este entrou na correspondente e perpendicular via (rua) com prioridade, como se o sinal se STOP não existisse ou seja sem que o(a) condutora do veiculo sem necessidade de licença de condução tenha reduzido a marcha ou sequer olhado para o lado para ver se vinha algum veiculo a circular, tanto mais assim quanto na via (rua) com prioridade circulavam três veículos, o da extremidade traseira conduzido por mim e na extremidade dianteira circulava um automóvel de aluguer _ vulgo Táxi _ cujo condutor deste último, de entre a relativamente baixa velocidade em que circulava dentro da respectiva localidade e ainda da naturalmente devida atenção ao que se passava à sua frente acabou evitando um acidente (choque) com o dito veiculo sem necessidade de licença de condução, por no mínimo aparente incompetência teórica e prática do(a) condutor(a) deste último. Tudo isto porque é política, social, prática, legal e/ou por si só cínica e hipocritamente possível circularem veículos sem necessidade de licença de condução, de entre veículos cuja correspondente licença de condução é indispensável.

            Seja que parece-me reiteradamente a mim existir um profundo cinismo e hipocrisia sociais em tudo isto, como em muitas e muitas outras coisas desta e nesta vida e/ou desta e nesta sociedade humana. Que já agora devo referir que dentro das possibilidades e capacidades de cada um, além ainda dos meios materiais, legais, sociais ou outros disponíveis, que respectivamente cada qual adquira e utilize os meios de locomoção própria que ao seu alcance melhor entenda. Mas então e ai assuma-se a autonomia e a mobilidade de cada qual como a prioridade, aquém e além das consequências inerentes; ao invés de se assumir a segurança como a prioridade, numa base e numa sequência em que parece que se exige pró securitariamente demasiado a uns e até comparativamente a estes últimos se exige de menos a outros, parecendo ainda e em qualquer dos casos que tudo mais com fito no lucro material (económico/financeiro), do que nas substanciais mobilidade, autonomia e/ou segurança de todos e de cada qual. Até porque se deixa-se de se permitir a circulação de veículos sem necessidade de licença de condução dos mesmo, estar-se-ia desde logo a perder uma fonte de lucro industrial por via da venda desses veículos com correspondente perda de receitas fiscais dai derivas, devido a pessoas que tendo maior ou menor e mas suficiente poder económico, no entanto por qualquer motivo não podem legalmente ou não conseguem por si sós adquirir uma licença de condução automóvel/motorizada regulamentar com todos os requisitos teóricos e práticos. Sequência de que incluindo ou excluindo os indefesos peões pergunto eu: se quem conduz veículos sem necessidade de licença _ vulgo sem carta _ de condução, como bicicletas a pedal, pequenas motorizadas e/ou artefactos chamados de carros _ vulgo papa reformas, em qualquer dos casos sem significativa protecção própria e de todo mais passíveis de sofrer do que causar grandes danos nos restantes veículos, no entanto se pudessem por exemplo estes mesmos condutores sem licença de condução, conduzir também qualquer veiculo de transporte pesado, veloz e/ou significativamente reforçado, será que a sociedade aceitava tão pacificamente ou de todo quanto aceita o seu inverso? Pelo que o cinismo e a hipocrisia para mim e aqui começam, passam e terminam desde logo no facto de que excepção feita às auto-estradas, de resto e para as restantes vias de circulação automóvel sejam feitas determinadas exigências a uns que não se fazem a outros, como se de entre uns e outros não houvessem ou não hajam os mesmos riscos, no limite de acidente com danos materiais e/ou humanos. Tudo levando a querer que em qualquer dos casos com o fito no lucro económico/financeiro, desde logo e mais uma vez por parte dos Estados através de taxas, contribuições e/ou impostos, aquém e além duma verdadeira, real, efectiva, coerente, objectiva ou absoluta segurança pessoal e humana de todos e de cada qual, na circunstancia existam excepções, que podem chegar a ser escandalosas ao nível da circulação e segurança automóvel, sob licença ou autorização oficial do Estado e/ou da Sociedade enquanto tal. E que enquanto sendo o Estado e/ou a Sociedade humana compostos por todos e por cada um de nós, por vezes e não raro compostos por personalidades ou por entidades que antes de falarem do próximo ou do todo envolvente, como se as respectivas não fizessem parte integrante ou como se estivessem acima do próximo ou do todo envolvente, deviam antes, durante e depois disso olhar para si mesmas, desde logo quando não raro e ao constantemente oportuno e pró adaptativo estilo do politicamente correcto procuram retirar todo o possível proveito próprio, seja de que circunstancias legais ou sociais forem, além de por e para si mesmas só assumirem o mais positivo, projectando no próximo o mais negativo, desde logo projectando-o num indefinido eles, ouvindo-se ainda e em qualquer caso dizer: ...há muita falta de valores! 

            Pelo que precisamente nesta última acepção, tendo por base os tão afamados valores, digo conclusivamente eu que: ponhamos todos e cada um de nós valorativamente a mão na consciência individual própria e colectiva, sendo que enquanto tal, suspeito, muitos não se suportariam individual ou colectivamente a si mesmo(a)s!

            E entretanto vivamos, existamos e/ou subsistamos com todos os incontornáveis riscos inerentes à vida tal como paradoxalmente a conhecemos, no caso também com muito cinismo e hipocrisia humano(a)s e sociais à mistura!

            (*) Confesso desconhecer qualquer taxa ou dados relativo a sinistros, com respectivos danos materiais e/ou vitimas humanas relacionadas com os veículos cujos condutores não necessitam de licença de condução _ vulgo mata velhos ou papa reformas _ e/ou de entre estes e os restantes veículos que necessitam licença de condução, incluindo ou excluindo os próprios peões. Mas aquém e além disso o que está desde logo em causa é o princípio base inerente à existência, aquisição e utilização dos primeiros relativa ou comparativamente aos segundos; como seja e segundo minha responsável interpretação própria, o princípio do lucro, quer inerente à comercialização, quer à utilização de mesmos ditos veículos, em especial se por parte de pessoas que tendo possibilidades materiais (económicas/financeiras) de e para os adquirir, no entanto e por qualquer motivo não tenham possibilidade de adquirir uma licença de condução com devida formação e respectivos exames teórica(o)s e prática(o)s. Desde logo enquanto correspondente lucro (económico/financeiro) para os próprios Estados/Nação, através de taxas fiscais, quer inerentes à comercialização quer à utilização de respectivos veículos, com e sem necessidade de licença de condução, incluindo ainda coimas e/ou outras formas de receita material, sendo que os Estados/Nação são compostos por todos e por cada um de nós, sociedade em geral!

            (**) Que nesta acepção, ao referir o condutor do veículo sem necessidade de licença de condução no feminino, é porque de facto era uma senhora de significativa idade a conduzir o veículo que cometeu a infracção em causa! No entanto com isto e até talvez por tudo o inerente ao cinismo e à hipocrisia social inerentes, haja também muito quem tenha o género feminino como não sabendo conduzir! Relativamente ao que da minha pessoal parte, enquanto eu do género masculino, auto assumo haverem mulheres a conduzir (muito) melhor do que eu, desde logo dado o facto de que eu só tenho licença para conduzir veículos automóvel ligeiros, enquanto há mulheres que podem conduzir todo e qualquer veiculo automóvel, de mercadorias e/ou de passageiros, inclusive havendo cada vez mais mulheres a fazê-lo na prática, o que por si só, implica que tiveram de corresponder positivamente a provas e a exames teórica(o)s e prática(o)s, quer com relação à aquisição da devida licença de condução quer com relação a serem admitidas em empresas de alta exigência profissional, como por exemplo ao nível do transporte de passageiros e/ou de matérias ditas perigosas (combustíveis e afins) _ salvo que, espero e creio assim não seja, o cinismo e a hipocrisia sociais, se aplicassem dalgum modo também a estes níveis profissionais, designadamente licenciando-se e/ou admitindo-se condutores automóvel profissionais por qualquer outro motivo, que não por natural e/ou objectiva competência teórica e prática para o cargo!? 

sábado, dezembro 15, 2012

Copo meio cheio, copo meio vazio

            Porque confessamente sou inseguro, porque tenho uma vida global e essencialmente instável, porque eu mesmo já fui assim, respectivamente e salvo com trabalho e positividade, sempre com mais trabalho e mais positividade(*), de resto tenho muita dificuldade em lidar (conviver e interagir) com pessoas negativas, que por norma só tendem a ver o lado meio vazio do copo e tanto pior se a projectarem isso no e sobre o próximo. Seja que, no limite, este tipo de pessoas podem ser e fazer 99.9% do que são e fazem positivamente mal, mas em regra por e para si mesmas só (auto) assumem o 0.01% de acerto e no respectivo caso projectam os seus 99.9% de positivo erro ou de positiva carência no próximo e/ou seja ainda que passam o tempo a procurar por exemplo e pela inversa os 0.01% de positivo erro ou de positiva carência alheio(a)s, para ao reconhecerem isso no próximo como que se auto promoverem-se a si mesmas, não necessária ou absolutamente por positivo mérito próprio, mas sim no reconhecimento e enfatização do mais mínimo demérito alheio. Incluindo ainda que muitas vezes o que pensam ou julgam ser positivo mérito próprio e/ou positivo demérito alheio, não passa de seu positivo erro ou carência de perspectiva própria, na medida em que não se baseie(m) em objectivos princípios vitais, universais e/ou técnicos, mas sim na sua própria auto concepção da vida, que nem sempre, nem de todo tem de ser a mais correcta (positiva), por vezes e/ou não raro até bem pelo contrário.

            Mal comparado seja, mas recordaria aqui um exemplo de quando eu cumpria o serviço militar, ao nível da chamada recruta (formação básica e de especialidade), em que um determinado dia, no início dessa mesma recruta, um Sr.º Major, Comandante de Batalhão (de formação), com todo o respectivo batalhão formado em parada e correspondente solenidade do momento, deu azo a um discurso acerca do que e como é ser militar, tendo por base a apresentação, a postura, etc. etc. e nesta mesma sequência eis que a páginas tantas o Sr.º Major em causa, pôs-se a exemplificar na prática, designadamente como se marcha militarmente em formatura, mas como o Sr.º sofria duma qualquer descoordenação motora, marchou com o braço e a perna do mesmo lado ao mesmo tempo, dando correspondente azo a algum tipo de colectivo riso abafado, mas não tão abafado quanto para que o Senhor não se tivesse dado conta do mesmo, emendando o Sr.º Major de imediato a mão, inclusive num tom algo humorado, com as seguintes palavras: ...bom! Posso não estar a fazer bem, mas vocês façam como eu digo, não façam como eu faço!

            Com o anterior não quero em absoluto dizer que aquele Senhor Major militar era uma pessoa negativa ou negativista, que até pela forma inclusive algo humorada como de imediato e de improviso deu resolução aquela situação, em que o próprio se tornou motivo de riso para todo um batalhão militar que lhe era hierarquicamente obediente. Pelo que o que quero dizer e digo é que por vezes há pessoas que elas sim são tão suficientemente negativas e que levando-se a si mesmas tão a sério, acabam projectando a sua negatividade no e sobre o próximo, inclusive auto assumindo-se a si mesmas como (quase) permanentemente correctas e ao próximo como (quase) permanentemente errado, até porque tendem a auto assumirem-se a si como uma espécie de virtuosas, se acaso ao colarem-se ao virtuosismo alheio, à vez que respectiva e inversamente tendem a perspectivar o próximo como incapaz, em especial aquele próximo que não se lhes imponha directa e/ou imediatamente de forma superior, já seja por só procurarem no próximo a ineficácia do mesmo ou já seja por projectarem no próximo a sua própria ineficácia. Seja ainda e mais especificamente que há pessoas que no lugar daquele Senhor Major não só teriam dificuldade em auto assumirem o seu erro prático, como até procurariam projectar no próximo esse erro e/ou a dificuldade em auto assumi-lo, se acaso procurando tudo o que fossem erros alheios, para mandar o próximo positivamente a baixo, como se com isso pudessem tapar ou compensar os seus positivos erros próprios, com respectivo prejuízo do reconhecimento dos positivos acertos alheios e de respectivamente puxar positivamente o próximo para cima, salvo o facto de que ao reconhecerem ou ao colarem-se aos positivos acertos alheios fosse ou seja como uma imediata auto promoção própria, mesmo que sem prática e continua projecção no espaço e no tempo, enquanto não baseada num seu efectivo mérito próprio. Dalgum modo diria que são pessoas que aquém e além do que (inter)pessoal, social, cultural, vivencial ou existencialmente a isso as levou ou leva, em regra tendem a “viver” com base no melhor e o pior alheio e/ou no que correcta ou incorrectamente as mesmas têm como melhor e pior alheio, colando-se ao melhor como se lhes fosse próprio e enfatizando o pior como unilateralmente próprio do outro, dependente ou independentemente dos seus respectivos méritos ou deméritos próprios. Por também dalgum modo definir este tipo de pessoas, diria que são pessoas que não existem concreta e efectivamente com uma personalidade e identidade própria devida e/ou positivamente estruturada, limitando-se a ir subsistente e/ou circunstancialmente na corrente, ainda que e/ou até porque com uma latente noção de certo e de errado, de positivo e de negativo, de eficiente e de ineficiente, em última instância de superior e de inferior.  

            Que como refiro logo ao inicio do presente, eu mesmo já fui tão negativo assim, não raro projectando a minha negatividade no próximo, desde logo procurando reconhecer e enfatizar os erros alheios e/ou colando-me ao virtuosismo alheio para me sentir algo ou alguém que positivamente eu mesmo não era ou não sou por mérito próprio. E talvez por tudo isso, num respectivo processo em que procuro por mérito próprio aproximar-me ou equivaler-me tanto quanto literalmente possível aos mais positivamente virtuosos, ainda que a partir de eu ter sido e/ou ser (ainda!...) muito positivamente ineficaz, o facto é que não raro me toca ter de intermediamente lidar (conviver e interagir) com pessoas essencialmente inseguras e negativistas, perante e para com as quais eu mesmo tenho de ser tão positivo quanto literalmente me seja possível, enquanto no meu próprio processo pró virtuosismo ou pelo menos pró auto subsistente. O que não é globalmente fácil, por vezes e em certas circunstancias chega até a ser-me (quase) desesperante, mas que enquanto sendo essa dificuldade e/ou (quase) desespero, pró vital, universal e/ou técnica parte integrante do processo, acaba por ser também equitativamente aliciante.

            Dalgum modo diria que auto navego de entre o copo meio cheio (positividade) e o copo meio vazio (negatividade); após já ter tocado e dum ou doutro modo continuar a tocar por dentro e/ou por fora quer uma dimensão quer outra. De entre o que me resta, não só esperar, como até tudo fazer para retomar e se tanto quanto possível preservar indefinidamente a virtuosa perspectiva própria e envolvente do copo meio cheio, até por conhecer bem a ineficiente perspectiva própria e envolvente do copo meio vazio!   

                                                                                              VB 

            (*) Por exemplo e de momento trabalho ao mais básico nível da plantação de árvores, como prática e concretamente seja a abrir covas à base de trabalho braçal para plantar as árvores, incluindo a plantação destas últimas enquanto tais, isto numa empresa de prestação de serviços agro-florestais.

            Nesta mesma anterior sequência poder-se-á perguntar o que e como é que é para mim um trabalho positivo e/ou virtuoso a este nível de plantação de árvores?

            Desde logo que, até por há uns anos atrás eu já ter trabalhado nesta área, tenho uma mínima e/ou quiçá significativa noção do que e como é plantar (bem) árvores. Mas dependente ou independentemente dessa noção ou não, por exemplo ao ser este um trabalho essencialmente físico, duma unilateral perspectiva própria um bom trabalho a este respeito seria aquele em que eu sai-se o menos cansado e/ou dorido ao final de cada dia ou seja em que rapidamente eu tenderia semi objectiva ou intuitivamente a procurar as formas mais fáceis e/ou cómodas de trabalhar, aquém ou além das árvores ficarem bem ou mal plantadas em e por si sós, incluindo ou excluindo ainda uma minha maior ou menor consciência disso _ que no limite desta acepção, não as plantar seria a melhor solução. Pelo que duma perspectiva mais pró vital e universalmente multilateral, aquém e além do terreno ser mais fácil ou mais difícil de cavar; das árvores estarem em melhores ou em piores condições para serem plantadas; do meu patrão, dos proprietários dos terrenos a plantar ou dos meus companheiros de trabalho, etc., etc., serem mais ou menos positivos ou negativos, comodistas ou esforçados e afins; por mim mesmo procuro através de quem sabe e/ou do que o próprio trabalho me possa ensinar em e por si só, o que e como é a melhor forma de plantar uma árvore em natural e objectivo proveito desta última e a partir dai as próprias árvores tornam-se para mim o mais importante. Assim sendo mais importante do que eu, do que o meu patrão, do que os proprietários dos terrenos a plantar, do que os meus companheiros, chefes e encarregados se os houver, são e estão acima de tudo as próprias árvores; seja ainda que sem deixar em absoluto de levar em linha de conta as ordens e/ou orientações de patrões, de encarregados, de chefes e/ou as considerações de colegas, em qualquer caso procuro fazer o que até em toda esta global e múltipla sequência a minha respectiva consciência me dita enquanto com base no que me seja ensinado e/ou eu aprenda no relativo ao objectivo do trabalho em causa que é a plantação de árvores, com estas últimas como o factor fundamental. Seja ainda que se no caso enquanto plantador de árvores eu fizer o meu trabalho tão bem feito quanto vital, universal e/ou tecnicamente devido, só por certo isso ser-me-á útil a mim(**), ao meu patrão, aos proprietários dos terrenos a plantar, aos meus colegas e assim sucessivamente até ao infinito, no fundo será algo positivamente útil à humanidade e/ou à própria vida universal. Cujo respectivo virtuosismo está ou estará no equilíbrio de entre os mais diversos interesses, factores e/ou intervenientes em causa, no caso tendo as próprias árvores como base central e/ou fundamental. Tudo o mais são ou serão comodismos, egoísmos, unilateralismos, interesses mesquinhos, por si só negativismos que pouco ou nada têm ou terão a ver com vital ou universal virtuosismo; o que no caso concreto e por mim mesmo falando, virtuosismo coincide com fazer um trabalho que seja o mais vital e universalmente continuo, eficiente e competente possível, na circunstancia tendo por base a plantação de árvores _ vulgo (re)florestação. E que se quando a minha consciência ao respeito for violada, sem uma positivamente plausível e/ou fundamentada justificação para tal, reservo-me em permanência o respectivo direito de por exemplo e justificativamente me (auto) retirar; já e se pela inversa for eu e/ou a minha consciência a estar positiva, vital e/ou universalmente errado(a), não só aceito, como até agradeço ser positivamente corrigido; a partir de que pró positiva e/ou virtuosamente, pouco ou nada mais me resta que em qualquer circunstancia e perante quem quer seja, desde logo perante a minha consciência, é procurar fazer o que e como pessoal, humana, vital e universalmente melhor me seja possível _ o que no meu caso, não raro é algo essencialmente esforçado e sofrível, enquanto a partir ou de dentro dum positivo desencontro comigo mesmo e com a própria vida, ainda que creio também o suficientemente empenhado, enquanto pró positivo reencontro comigo mesmo e com a própria vida, que como pior das hipóteses enquanto pró positiva ou subsistente equivalência ao que e a quem mais vital e universalmente me inspira ou me motiva, a começar e a terminar na e pela minha própria família! De e para com o que em primeira, intermédia ou última instância se inclui pró vital, sanitária ou subsistentemente, também, o presente. 

               (**) No caso e por mim mesmo falando, ser-me-á e/ou é-me útil desde logo ao nível da minha auto exigente, quando não mesmo idealista e perfeccionista consciência própria; ainda que e/ou até porque eu esteja muito mais próximo da frustração do que de qualquer efectiva concretização idealista e/ou perfeccionista!

domingo, dezembro 09, 2012

Trabalho

            Toda a minha vida ouvi falar de trabalho, em regra numa perspectiva muito mais esforçada e artificial do que natural e espontânea.

             Por norma sempre ouvi falar em trabalhadores e em não trabalhadores, em quem gosta de trabalhar e em quem não gosta de trabalhar, em quem trabalha e em quem não trabalha, em quem trabalha muito e em quem trabalha pouco, em quem trabalha mais e quem trabalha menos, em quem trabalha bem e quem trabalha mal, por si só em trabalho e em não trabalho e/ou no que é ou deixa de ser trabalho. No fundo numa base dualista ou maniqueísta como a própria vida no seu estado mais puro e bruto, ainda que humanamente possa e quiçá até deva ser algo racional, intelectual e culturalmente mais equilibrado e digno.

            Desde logo e por mim mesmo falando, numa sucessão por assim dizer descendente, o trabalho ideal seria ou será por exemplo um trabalho criativo que dependa de cada qual em e por si só, ainda que isso possa depender também da colaboração (do trabalho) doutras pessoas, com estas últimas por si só motivadas ou vocacionadas para o trabalho ou para a actividade criativa em causa, aquém e além de depender de quem externo ao próprio criador, consuma o resultado desse mesmo trabalho criativo.

            Depois, ainda numa base de trabalho autónomo ou independente com relação ao exterior, ainda que naturalmente com colaboração ou com clientela externa(s) para o mesmo, eu adicionaria aqui as actividades ditas liberais ou por conta própria, como por respectivo exemplo das actividades ligadas ao sector da justiça (advocacia), da medicina privada, do comercio, etc., etc. 

            Sendo que no caso destes dois últimos parágrafos, já fosse ou seja por vocação ou por falta de vocação, por formação ou por deformação, por experiência ou por inexperiência, etc., etc., o facto é que por mim mesmo falando, jamais me consegui encontrar em e com qualquer das actividades em causa, em e sob muitos aspectos até bem longe disso.

            A partir do que restam(-me) as ditas actividades dependentes de terceiros, em que eu começaria por adicionar as actividades públicas directamente ligadas ao sector Oficial do Estado, que em regra exigem umas determinadas competências e oferecem uma série de correspondentes garantias, desde logo de estabilidade laboral/profissional, social e de vida. Havendo paralelamente uma infinidade de actividades ditas de Privadas, que ora exigem determinadas competências e oferecem correspondentes garantias, ora se limitam a exigir humildade, se acaso subserviência e oferecem a mais básica e imediata subsistência, com mais ou menos riscos laborais e/ou até de vida pelo meio.

            Que nesta ultima acepção, quer relativa ao sector público do Estado, quer ao sector Privado, em qualquer dos casos eu jamais me senti ou constatei com objectivas e concretas competências próprias para concorrer aos mesmos com base nessas mesmas competências e suas respectivas contrapartidas; pelo que por mim mesmo falando, restou-me então o factor humildade, por vezes e até certo limite inclusive o factor subserviente. Base e sequência de que posso afirmar categoricamente que dentro das actividades dependentes, prefiro actividades em que com base nas minhas inatas capacidades próprias e/ou com alguma mínima formação que me seja ministrada para tal, me sejam conferidas responsabilidades com relação a determinados objectivos, a que eu posso ou não conclusivamente corresponder, mas em que eu fale básica e essencialmente por mim mesmo e/ou então prefiro ainda actividades com um patrão, com  um chefe ou com um encarregado permanentemente presentes, que assumam a gestão e/ou orientação do serviço a prestar. Desde logo e no caso um patrão, um chefe ou um encarregado que sejam por si sós técnica, prática e objectivamente competentes e/ou experientes na área de actividade em causa; se tanto quanto possível que sejam tão duros e exigentes com relação aos princípios, meios e fins a executar quando justos e imparciais com relação aos seus subordinados. No caso enquanto actividades e tudo o que as envolve, onde se pode e deve aprender quer com relação às mesmas quer com relação à vida enquanto tal.

            No fim da linha eu colocaria e coloco, as por e para mim (mais) dispensáveis, actividades ditas de públicas ou privadas, que não exijam muito mais ou muito melhor que humildade e/ou do que subserviência, sem grandes ou quais queres qualificações, nem respectivas garantias ou regalias. Tanto pior quando não haja um patrão, um chefe ou um encarregado permanentemente presentes e/ou competentes, cuja respectiva ausência presencial e qualificada dum superior hierárquico, por norma levem o subordinado a funcionar (trabalhar) mais ou menos em vão, tendo por base os mais nobres princípios, meios e fins da actividade a executar e/ou que entre eventuais diversos subordinados, cada qual procure fazer (trabalhar) à sua maneira ou sobre os restantes iguais e/ou ainda em que alguns destes tendam a encostar-se ou a aproveitar-se injusta e espertamente do trabalho dos outros e/ou ainda em que cada qual assuma para si os méritos dum trabalho colectivo e projecte no próximo os deméritos desses mesmo trabalho colectivo, inclusive aquém e além dos respectivos méritos e/ou deméritos corresponderem também e essencialmente ou não a si individuo fulano de tal _ em qualquer dos casos com todos os riscos de trabalho sujo (incompetente) ou de conflitos entre os diversos intervenientes _, numa espécie de regabofe ou de ambiente laboral pesado (conflituoso), em que no final ou resulta um (incompetente) trabalho da trampa, com a conclusiva responsabilidade final a recair em e sobre todos e cada um dos subordinados em causa ou então com um trabalho final mais ou menos competente ou incompetente, em que terminam subordinada e inqualificadamente todos vistos por igual, aquém e além de com mais ou menos esforço e/ou competência duns com relação a outros!

            Enfim diria que na prática já apanhei um pouco de tudo isto ao longo da minha vida e mais concretamente ainda ao longo da minha experiência laboral/profissional, essencialmente inqualificada e humilde ou subordinada, com alguma que outra auto didáctica tentativa de me (re)encontrar criativa, autónoma e/ou independentemente comigo mesmo, perante e para com o exterior. Em qualquer caso posso e devo garantir que me esforcei, diria mesmo que, salvo a presunção, por vezes me esforcei inclusive ao nível de todos os meus limites físicos, psíquicos, mentais, emocionais, anímicos, espirituais e/ou por si só vitais e existenciais. Até talvez por isso e em qualquer caso o refiro mais ou menos competente ou incompetentemente enquanto tal. Mas acima de tudo e na circunstancia refiro-o como uma minha forma de expressão e de existência própria, que só depende de mim mesmo e pela qual respondo responsável e consequentemente em e por mim próprio, aquém e além do que ou de quem mais ou menos quer que seja.

            Pelo que, com mais ou com menos trabalho, como melhor ou como pior trabalhador, se acaso e no limite como trabalhador ou como não trabalhador, além de com mais ou menos justiça e competência e/ou seus respectivos inversos, entre uma e outra actividade laboral/profissional inqualificada, subordinada e de subsistência básica e imediata, com alguma que outra tentativa de autodeterminação pelo meio e/ou à vez, me subscrevo responsável, consequente e conclusivamente:

                                                                                   VB      

domingo, dezembro 02, 2012

Culpa(do)

            Ontem (01-12-2012) à noite, vi-me envolvido num acidente automóvel.

            Circulando eu na rua duma determinada localidade, parei junto a uma passadeira para dar respectiva e devida passagem a dois peões, quando o veículo que circulava imediatamente atrás de mim não tendo parado veio naturalmente embater na traseira do meu próprio automóvel. O condutor do outro veiculo assumiu de imediato a culpa de não se ter apercebido da minha paragem junto à passadeira e enquanto tal tendo vindo embater na traseira do meu carro. A partir de que assumi-mos de entre nós condutores acidentados fazer a declaração amigável de acidente automóvel, inclusive após a circunstancial presença de dois corpos policiais locais, que deram a assistência que lhes competia e/ou que acharam devida às circunstancias, designadamente controlando o transito no local do acidente, respectivamente identificando-nos, tirando algumas fotos e referências do acidente e ainda orientando a nossa saída da via para uma faixa lateral de modo a que não impedisse-mos a natural circulação automóvel no local do acidente, a partir de que auto assumimos de entre nós condutores acidentados por mutuo acordo que resolveríamos a situação amigavelmente, dando lugar à retirada do corpo policial.   

            Sequência de que demos andamento a todos os amigáveis trâmites burocráticos no local, como preenchimento escrito da declaração amigável de acidente automóvel, incluindo a comunicação do acidente via telefone às respectivas seguradoras, até como solicitação da assistência em viagem para transporte dos veículos acidentados e dos passageiros dos respectivos. Seja que salvo o acidente em si mesmo, tendo tudo o resto corrido por assim dizer: bem! Mas eis que ainda assim algo me tem vindo a inquietar desde então, inclusive adormeci a noite passada com uma estranha sensação de mal-estar e esta mesma manhã, do dia após o acidente, como que ainda acordei com a mesma estranha sensação de mal-estar em sequência de mesmo dito acidente. Tudo isto apesar de não ter havido vitimas (feridos) a lamentar, de todo o factor amigável de entre nós condutores acidentados e de tudo o mais após o acidente ter decorrido, por assim dizer, com positiva normalidade. Pelo que ao menos durante a noite de ontem, imediatamente após o acidente e antes de ter adormecido, auto concedi a minha sensação de mal-estar própria em sequência de por si só um acidente automóvel, mesmo que com danos materiais ou seja sem danos pessoais e humanos, ser sempre algo chato, incómodo e contraproducente a vários níveis _ desde logo e por mim mesmo falando, aquém e além do incomodo do acidente em si mesmo, pelo menos por alguns dias ou mesmo semanas, eu ter por exemplo de ficar sem transporte próprio para me deslocar entre casa e o local de trabalho, sendo este último sazonal e de circunstancia ou seja de aproveitar ao mais possível!

            Mas mesmo assim o meu mal-estar persistiu, aquém e além de eu já ter assimilado a globalidade dos inconvenientes dum acidente automóvel, só com danos materiais, sendo que quando chego à conclusão certa acerca dum meu mal-estar próprio, em regra o mesmo passa ou fica muito atenuado, a partir de que se ainda esta mesma manhã ao acordar o meu mal-estar interior persistia é porque algo mais havia a desvendar ao respeito, aquém e além do inconveniente do acidente em e por si só. Pelo que até talvez após uma noite de sono, em sequência da persistência do meu inerente mal-estar, como que também após acordar acabei como que natural e espontaneamente remetido para algo mais profundo e complexo. No caso e como não raro acabei remetido para a minha infância, para os meus primórdios vitais ou existências próprios e ai sim como que se fez luz sobre o meu mal-estar em causa, designadamente levando-me ou trazendo-me ao presente, como quem descobriu a pólvora! Concretamente para dizer que tive e tenho de chegar à conclusão de que no caso concreto, apesar de e/ou até pelo condutor do outro veiculo envolvido em acidente automóvel comigo ter assumido a devida responsabilidade pelo acidente, inclusive tendo a companhia de seguros do outro senhor condutor de pagar os danos no meu carro e o outro respectivo condutor de pagar os danos no seu próprio automóvel, no entanto não consegui evitar sentir-me culpado por ter estado naquele local, naquele momento e naquelas circunstancias. Designadamente se eu não existisse, se eu não tivesse carro ou se ao menos eu não tivesse estado ali naquele momento e naqueles circunstancias aquele acidente em concreto não teria sucedido. Claro que o mesmo se pode aplicar e de resto se aplica inclusive aos peões que estavam a atravessar a passadeira naquele momento e tanto mais ainda se ao condutor do outro automóvel, enquanto tendo sido este último o efectivo e auto assumido responsável _ vulgo culpado _ do acidente em causa. O problema é que por princípio sociocultural, familiar e/ou vivencial próprio, me habituei desde globalmente sempre a ser perspectivado e/ou a perspectivar-me a mim mesmo como o grande culpado(*), como o que está(va) (quase) sempre errado, como o que devia ser ou deixar de ser, de fazer ou deixar de fazer, de ter ou deixar de ter algo distinto; como seja o que em regra raramente é(ra) ou deixa(va) de ser, faz(ia) ou deixa(va) de fazer, tem(tinha) ou deixa(va) de ter o que, como, quando e quanto devia.  

            Designadamente na minha pequena localidade de origem, em que todas as pessoas se conheciam e conhecem pelo nome próprio, para alguns eu não passava e quiçá ainda hoje não passe do coisinho! Inclusive quando mais que respeito se devia mesmo obediência (respeitinho) aos mais velhos, na base da hierarquia etária do mais velho sobre o mais novo, o que em si mesmo faz todo o vital ou universal sentido, em especial quando o mais velho consegue empatizar com o mais novo e encaminhá-lo pró positivamente na e para a vida, no entanto com base na hierarquia social do mais rico sobre o mais pobre ou da(o)s senhora(e)s fulana(o)s de tal sobre a(o)s coisinha(o)s como eu, por exemplo nesta última acepção e na minha condição pessoal, familiar e social originalmente na base de todas e de mais uma das hierarquias instituídas inclusive opressiva/repressivamente, por exemplo eu enquanto infantil/juvenil, estava obrigado por dever sociocultural, desde logo sob designação de coisinho, a fazer uns ditos mandados _ vulgo levar recados ou prestar serviços _ a(o)s senhora(e)s fulana(o)s de tal, como por exemplo a alguém mais rico, mais velho, mais socialmente estabelecido etc., quando por exemplo os meus pais enquanto adultos mais velhos e enquanto tal etariamente superiores e mas de condição social inferior, designadamente perante infantis/juvenis etariamente inferiores, mas socialmente superiores, por um lado e à partida nem os meus pais/familiares em regra podiam sequer pedir e muito menos exigir mandados aos infantis/juvenis de condição social superior, além de que em regra tendo ainda os meus pais/familiares de tratar esses mesmos infantis/juvenis socialmente superiores pelo nome próprio e/ou delicada e educadamente por menina(o)s!

            Enfim o transacto parágrafo, funciona como ponta dum tão maior ou menor iceberg quanto toda a minha existência, com tudo o que lhe é e está (inter)pessoal, familiar, social, cultural, humana, vital ou universalmente inerente, pretendendo o mesmo ilustrar muito leve e superficialmente a minha inferior condição sociocultural e/ou existencial original, talvez com a agravante de enquanto tal os meus pais/familiares se terem duma ou doutra, semi objectiva ou subjectiva, forma auto assumido a si mesmos como inferiores, inclusive com a mudança de paradigma sociocultural de opressivo/repressivo, para um paradigma dito de liberdade democrática, tendo-se auto apresentado os meus pais/familiares como não (livres ou democráticos) exemplos próprios para nós filhos/descendentes, tendo ou devendo nós filhos/descendentes de ser e de fazer algo diverso ou até inverso aos próprios pais/familiares ascendentes, se é que segundo próprias palavras paternais/familiares nós filhos/descendentes queríamos ser algo ou alguém na vida! No fundo tendo passado os pais/familiares ascendentes para os ombros dos filhos/descendentes a responsabilidade pela própria vida destes últimos e/ou até por isso de pró positivo (livre, autónomo e/ou afirmativo) resgate dos primeiros (ascendentes). O que inclusive por carência de melhores ou mais próximas referências de vida, enquanto tendo-se auto excluído expressamente os meus próprios pais/familiares de e para tal, me levou a reverenciar ou a venerar as pessoas e/ou as famílias que me eram hierarquicamente superiores, já fosse ao nível etário, social ou qualquer outro, por vezes e em alguns casos até acima de tudo aquelas que me remetiam à subserviente e inominável condição de coisinho _ ainda que e/ou até porque eu não gostasse, nem na medida do possível quisesse remeter qualquer outro alguém para essa mesma subserviente e/ou inominável condição. Tudo isto e por mim mesmo falando, aquando e/ou a partir da minha existência infantil/juvenil, em que por exemplo eu necessitava de referências e/ou mesmo duma tutela, desde logo paternal/familiar objectiva, afirmativa e coerente. Sem natural e acima de tudo deixar de (auto)assumir e (re)lembrar que por mim mesmo, salvo ao nível duma básica, não raro esforçada, sofrível, quando não mesmo degradante e decadente e/ou como melhor das hipóteses inconformada existência, de e para com o que por paradigmático exemplo escrever me é pró vital, sanitária ou subsistentemente providencial, de resto tão pouco consegui afirmar-me e/ou impor-me positivamente na, perante e para com a própria vida. Dai que não raro e em especial quando esta minha (auto)subsistente existência afecte duma ou doutra menos positiva forma outras pessoas, eu não possa deixar de me sentir responsavelmente culpado por isso _ aquém e além das responsabilidades e/ou culpas alheias.    

            De entre o que por mim mesmo falando, o facto é que salvo ao nível duma básica, não raro esforçado, sofrível, quando não até mesmo degradante e decadente, mas também e quiçá acima de tudo inconformada auto subsistência, que por exemplo me permite ou mesmo me exige estar aqui e agora a escrever o presente, de resto tenho de confessar o meu mais pleno e redundante fracasso (inter)pessoal, social, humano, vital e/ou universal próprio. Respectiva e necessariamente com repercussões na e sobre a minha restante família ascendente com mais todos os que lhes são inerentes, como por exemplo meus familiares etariamente lineares a mim e inclusive já com descendentes destes últimos, enquanto tal etariamente inferiores a mim. O que se em qualquer dos casos e por um lado me confere forças e motivação para continuar positiva ou absolutamente em frente, mas por outro lado confere-me uma responsabilidade com a qual frequentemente me custa a poder; ainda que o resultado de entre uma coisa e outra seja significativa e/ou substancialmente aliciante, perante e para com a própria vida. 

            Mas, global sequência em que não posso deixar de me sentir responsável _ vulgo culpado _ de e por existir, se acaso por fazer outras pessoas serem ou sentirem-se culpadas em sequência da minha existência, como por exemplo no relativo ao acidente automóvel de ontem, quando a minha mais remota e até talvez por isso mais marcante referência de mim mesmo é precisamente a de que eu estava sempre errado e/ou era sempre culpado, salvo se sob tutela dum hierarquia superior e/ou se sob obediência a essa mesma hierarquia superior, que por norma esta última exercia a sua tutela ou imposição sobre a hierarquia inferior com rédea curta e/ou mão de ferro, até porque em regra todo o paradigma sociocultural inerente às minhas origens era opressivo/repressivo, além de que quando perante um acontecimento negativo, em que não se pode-se comprovar directa, imediata e objectivamente a sua autoria, por quase invariável norma as culpas recaiam sobre as hierarquias inferiores presentes ou próximas, designadamente ao nível da hierarquia etária havia o sociocultural dito de que: onde há moços (crianças ou juvenis) não se culpam homens (adultos, tanto mais de hierarquia social superior). Ainda que depois aqui entrassem outros factores, não raro cíclica e continuamente contraditórios e/ou injustos, como desde logo quando por exemplo a hierarquia etária poderia ser ou estar inferiorizada perante hierarquia social e como tal o hierarquicamente mais novo nem sempre deve-se respeito e/ou obediência ao hierarquicamente mais velho, desde que este último fosse inferior ao primeiro ao nível da hierarquia social, enquanto esta última sobre a hierarquia etária. O quê é difícil de perceber? Pior era e/ou é de viver. Tudo isto ainda ao nível pré democrático ou como posterior reflexo do pré democrático; pois que com a revolucionária imposição duma dita liberdade individual democrática, pelo menos a meu ver, sentir e viver próprio o que resultou foi uma imensa, quase constante e permanente contradição de causas, efeitos e consequências, designadamente sociais _ que talvez os tempos de crise e de austeridade actuais possam trazer ao de cima mais do que nunca, aquém e além de que a dita crise e austeridade actuais já sejam por si sós resultado e reflexo dessa mesma e imensa contradição.

            A partir daqui haverá seguramente quem já tenha escrito ou possa escrever muito mais e muito melhor ao respeito do que eu mesmo. Pelo que por mim limito-me a expressar o que penso e o que sinto em sequência do que e de como vou vivendo no (in)constante e (im)permanente presente momento, com tudo o que e como está pré, pró e pós inerente ao mesmo! E naturalmente que até por e para comigo mesmo, espero, desejo, necessito e no que de mim depender tudo faço e farei para que o porvir seja um pouco pessoal, humana, vital e universalmente melhor do que o passado e o próprio presente. Desde logo e salvo a modéstia e/ou a imodéstia, como paradigmaticamente, ao procurar auto sobreviver o mais pró positiva, vital e universalmente possível em e a mim mesmo e a muito do que e de quem me rodeia!

            A partir de que perdoe-se-me ou agradeça-se-me por esta minha existência!

                                                                                               VB  

            (*) Atenção que curiosa, irónica ou quiçá coerentemente com o meu genérico culto social de origem, com mais ou menos posteriores reflexos deste último, o facto é que cheguei a sentir-me reconhecido ou valorizado pelo exterior, em especial quando me auto anulei prática e activamente como e enquanto identidade própria, designadamente remetendo-me a uma existência o mais passiva e/ou obediente possível, aquém e além de qualquer minha pró positiva humildade, por exemplo com esta minha presente expressão (escrita) própria de entre uma coisa e outra.

            Legenda cromática: escrito a preto está a essência base do que e como eu necessitava comunicar; escrito a cinzento está o que dalguma forma poderia ser dispensado da essência base, mas que eu não quis deixar de manter anexo à mesma, enquanto tendo-o originalmente escrito dentro da mesma; por fim escrito a castanho, tal como o presente, está o que em regra escrevo como complementação de e para com alguns factores da essência base e/ou inerentes à mesma.   

                     

quinta-feira, novembro 29, 2012

O Importante

            Depois de ter escrito e publicado: Sem margem de fuga; não posso nem quero deixar de escrever e de publicar, que em suma e em conclusão o que e quem mais conta para mim é o que e quem efectiva e substancialmente mais gosta de mim e/ou do que e de quem eu mais gosto. Seja que o que eu próprio acho a meu próprio respeito tendo importância, não pode ser o que mais importa, não só porque por um lado isso é um pouco de juízo em causa própria, podendo ou até devendo levar a que eu goste de mim mesmo, aquém e além de vital e universalmente eu o merecer ou não, mas também quando não raro eu não tenha a melhor das perspectivas a meu próprio respeito, inclusive por reflexos externos em e sobre mim, na medida em que o exterior por si só ou pela minha positiva impotência perante o mesmo e/ou ainda pelo exterior reflexo de retorno para comigo mesmo, do que de mim perante e para com esse mesmo exterior, em qualquer dos casos e se acaso tanto pior quando este último me transmita uma má ou enganadora imagem de mim mesmo _ sendo que já me senti ou imaginei sendo correcto perante e para com o exterior, como também já me senti ou imaginei sendo incorrecto perante e para com esse mesmo exterior, em qualquer dos casos sem por vezes ter recebido correspondentes reflexos, e se quando esses reflexos sucederam coincidentemente com o meu pensar e sentir ao respeito, por vezes também sucederam inversamente a isso.

            Pelo que a coisa é ou pode chegar a ser algo mais complexa do que possa parecer à primeira vista, a partir de que até como meio e forma de aprender a meu próprio respeito e a respeito do próximo ou do meio envolvente (exterior), em qualquer caso não deixando eu em absoluto de levar em linha de conta a (positiva ou negativa) imagem que o exterior me transmita de mim mesmo, no entanto e acima de tudo o que para mim mais conclusiva e substancialmente conta é o que de melhor eu sinto relativamente ao exterior ou que de melhor o exterior me faz sentir relativamente a si, a mim e/ou à própria vida.

            Sendo que vitalmente eu amo uma série de pessoas, de lugares, de coisas, etc. E isso sim é o que mais importa para mim, desde logo como justificativo meio e forma para eu estar aqui e agora a escrever e/ou a publicar o presente, com mais tudo o que me trouxe ao mesmo.

            E assim sendo, não deixando: Sem margem para fuga de ter o valor que tem enquanto por mim escrito e publicado, ontem mesmo (28-11-2012), aqui neste mesmo Curiosidades (Reveladoras); no entanto ao mesmo deve ser adicionado o presente, que apesar de e/ou até por este ultimo ser muito mais sucinto, ainda assim e/ou até por isso creio que de todo com não menos valor que o anterior, se acaso até bem pelo contrario, enquanto também este respectivamente escrito e publicado por mim!

                                                                                  VB

quarta-feira, novembro 28, 2012

Sem margem de fuga

           Entre a merda que sou eu, que é a minha vida e toda a merda que me rodeia, na maior parte do tempo apetece-me abstrair-me de mim mesmo e da realidade envolvente _ refugiando-me numa qualquer realidade fictícia ao estilo conto de fadas, onde supostamente todos são: cultos, inteligentes, sábios, justos, virtuosos e/ou por si só felizes! Talvez num ciclo que se sustenta a si mesmo, na medida em que enterrar a cabeça na areia _ num conto de fadas _ leva dalgum modo à preservação e sustentação do merdoso estado próprio e envolvente, já seja por inércia ou já seja por recorrente necessidade de escapar abstractiva ou ficticiamente ao mesmo. Tudo isto, com ressalva de que no meu caso, por vezes mergulho, ao menos mentalmente, na merda própria e envolvente, inclusive aos níveis mais profundos da mesma, como por exemplo atentando e se acaso até assumindo para mim próprio o mais negativo da vida: a dor, o sofrimento, a morte, etc., nas suas mais diversas e/ou mesmo radicais dimensões e expressões. Isso sim fazendo-o da forma mais pró positiva possível, designa e mais uma vez mentalmente imaginando-me por exemplo na pele dum médico, dum polícia ou dum qualquer outro profissional que tenha de lidar com o pior, com o mais difícil e radical, por não raras vezes mesmo com o mais macabro da vida, duma forma tão pró positiva e construtiva quanto possível, como por exemplo, entre outros, o fazem os profissionais atrás citados! Aliás sendo dentro ou de entre este paradoxos, diria mesmo que radicais paradoxos que apesar de e/ou até por tudo, ainda tenho algum mínimo nível de equilíbrio, de estabilidade, de definição, de objectividade e/ou de onirismo, que por exemplo e dalgum modo me permite e/ou mesmo exige estar a escrever o presente, no limite entre objectividade e subjectividade, na medida em que designadamente sentindo-me ou mesmo constatando-me objectivamente impotente desde globalmente sempre, quer perante o melhor quer perante o pior da própria vida, logo tendo a refugiar-me ou a abstrair-me numa subjectividade que me seja minimamente agradável ou suportável, pelo menos até ao momento em que a objectividade se me impõe para além de toda e qualquer minha capacidade de continuar a refugiar-me ou a abstrair-me na subjectividade, de entre o que no caso concreto resulta designadamente o presente _ por si só esta minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever _ que executo numa base semi objectiva e impulsiva, em sequência duma experiência de vida semi objectiva e subjectiva.

            E que por si só, pela merda que sou eu e que é a minha vida, deixei há muito, muito tempo de me sentir ou mesmo de me constatar, por exemplo com dignidade ou com autoridade moral ou qualquer outra para designadamente criticar a merda envolvente, mesmo quando não raro esta última me toque ou afecte dalguma directa ou indirecta mas efectiva e consequente forma, como por exemplo ao nível público. Mas agora aqui não sei imediata e objectivamente, nem quiçá seja importante saber, se por exemplo o simples facto de eu auto sobreviver em e a mim mesmo e a muito do que e de quem em qualquer dos casos merdosamente me diz respeito e/ou me rodeia, por inerência me confere alguma respectiva dignidade e/ou capacidade moral ou qualquer outra, o facto é que não me apetece mais ficar quedo e calado com relação a coisas que me ferem, até porque me tocam duma ou doutra muito consequente forma, mesmo que ao nível da minha merdosa existência própria; mas que se até nesta e por esta última chego ao ponto de me sentir com dignidade ou autoridade para criticar a merda envolvente, é porque esta última por si só e enquanto tal, é como mínimo, supostamente, superior a mim e à minha merdosa existência própria _ tanto pior se no conjunto das duas coisas.

            Desde logo e como subsequente melhor das hipóteses auto assumi-me há muito como nada e ninguém, ainda que enquanto tal, também como potencialmente tudo e todos. De resto paradoxo onde por exemplo cabem as minhas abstracções pró conto de fadas e à vez ou alternadamente os meus, no mínimo, mentais mergulhos no lado mais negro da vida. Por vezes num jogo psíquico, mental, anímico, emocional e até físico ou espiritual em que no fundo e basicamente tenho de auto sobreviver em e a mim mesmo, aquém e além de ao efectivo ou potencial pior envolvente, em que dalgum modo sou paciente e terapeuta, delinquente e polícia, arguido e juiz, etc., etc., etc. de mim mesmo, inclusive ao ter-me auto anulado ou abstraído de mim por mim mesmo, tendo respectivamente passado a absorver e dalgum modo a identificar-me com o melhor e o pior envolventes. Em que para não me tornar hostil ao exterior, auto assumi-me a mim mesmo pelo pior e o exterior como merecendo-me invariavelmente o melhor; seja que mesmo o pior exterior me merecia e merece o meu melhor; o que de resto tem sido fundamental para desde logo eu auto sobreviver no e ao meu efectivo ou potencial pior próprio e mas também a muito do pior envolvente; enquanto não raro o meu efectivo ou potencial melhor próprio sustentado no e pelo melhor envolvente. Que talvez isto por si só já explique ou clarifique minimamente um eu regra geral simpático, se acaso afável, prestável e/ou até por vezes abnegado perante e para com o exterior modo geral, mas que agora também se revela, por assim dizer, de entre o melhor e o pior próprio e envolvente, com e por esta escrita significativamente ácida, com significativamente longas fazes de introspectivo, circunspectivo, contemplativo, reflexivo, por si só austero e não raro critico auto isolamento pessoal e/ou existencial próprio de entre meio. 

            Pelo que perante e em sequência da minha globalmente critica e austera merdosa existência própria e dalgum modo muito significativa parte do meio envolvente que se veio colocar ou deixar cair em muito significativa e substancial parte à altura desta minha merdosa e/ou como melhor das hipóteses critica e austera existência própria. Logo não posso nem quero deixar de fazer algumas criticas ao meio envolvente, ao menos naquilo em que e como o mesmo me toca mais directamente, tendo por base que eu me tornei há muito e sou muito significativamente critico comigo mesmo e me parece o meio envolvente não ter desenvolvido suficiente sentido auto critico, algo que reiteradamente eu tenho (auto) apurado, não raro até ao limite das minhas forças _ inclusive ao auto assumir aqui e desta expressa e aberta forma, a minha global e essencialmente merdosa existência própria, duma forma tão pró positiva quanto possível. Enquanto parece que o meio envolvente não raro e nas suas mais diversas versões se auto assume como dono da razão, perante as restantes e diversas versões ou razões de si mesmo, tudo isto e tanto mais assim se por exemplo ao nível político(*) e/ou publico modo geral, que é do que vou tratar a seguir como merdoso exemplo prático, do meio envolvente.

            A partir de que remetendo dalgum modo aqui para o texto Razoável & Irrazoável - II, já postado neste mesmo Blog, acrescentaria duma forma mais objectiva que:

            Num Estado central (legislativo) e por inerência num Estado local (autárquico), no fundo num País globalmente sem dinheiro próprio, em critica e austera condição existencial própria, tanto mais se enquanto na minha merdosa existência própria vivendo eu com os meus pais sob tecto duma casa alugada por estes últimos ao Estado (local), enquanto casa onde jamais foram executadas obras de fundo, nem mesmo quando em tempo de vacas gordas, enquanto algo que vigorou durante cerca de duas décadas, desde logo com base em milhares de milhões provenientes de pró estruturantes fundo Comunitários (europeus). Gostaria que por exemplo alguém me explica-se o que é que a autarquia local anda a fazer ou a mandar fazer junto ao respectivo parque desportivo local, sendo que por exemplo vi serem arrancadas umas bancadas de betão armado, para serem (re)construídas outras no mesmo local, com estas últimas se não exactamente iguais pelo menos muito parecidas às anteriores; além de que ontem mesmo (26-11-2012) pude constatar que aquilo que me parece ser um dito circuito de manutenção construído precisamente em redor do parque desportivo e/ou enquanto tal integrado neste último, que aproveitando a natureza acidentada do terreno envolvente, eis que como base desse e para esse circuito de manutenção foi adicionada areia ao piso do mesmo(**) ou seja que não será necessário ser-se doutor, engenheiro ou sequer (muito) inteligente, no caso basta um merdoso como eu para concluir desde logo à prior e tanto mais se à posterior que quando chovesse dita areia seria arrastada pela respectiva água da chuva _ iria, como foi literalmente água a baixo _ em sequência do próprio terreno acidentado; isto quando em tempo de vacas magras, as obras do dito circuito de manutenção ou algo que o valha ainda nem estão concluídas. Seja que se por um lado aquilo que, como mínimo e à partida parece ser um erro de cálculo no relativo à areia como piso base do aparente circuito de manutenção, ainda possa ser corrigido, mesmo que com acréscimo de custos, por outro lado não terminei tão pouco de compreender a necessidade de ao nível autárquico (municipal) desmanchar o que estava feito para construir igual ou muito parecido, como fossem umas bancadas de recinto desportivo, com tudo mais envolvido, numa obra que segundo o tempo que tem levado a ser efectuada e alguma aparente sumptuosidade da mesma, deve custar umas largas centenas de milhares de €uros, por não dizer algum que outro milhão! Quando por exemplo e ao mesmo nível autárquico (freguesia), por exemplo o património da junta de freguesia local, que engloba uma série de casas de habitação, incluindo dalguma forma a casa onde os meus pais e no inerente caso eu mesmo habitamos, estarem em crescente decadência, designadamente e imagine-se, por falta de verba para obras!

            Enfim vá-a lá entender-se tudo isto, aquém e além de numa muito merdosa sequência de que eu mesmo sou desde globalmente sempre parte integrante, já seja por minha positiva passividade e/ou impotência própria perante a mesma e/ou porque eu próprio seja efectivo e concreto paradigma da respectiva!...

            E assim por mim mesmo falando não termino de passar dum esforçado, sofrível, quando não mesmo degradante e decadente ou como melhor das hipóteses critico e austero _ vulgo merdoso _ auto subsistente, desde logo e antes de mais de mim mesmo; tudo isto num meio envolvente que não raro e de diversas formas não é muito positiva, vital ou universalmente melhor do que eu; de entre o que em qualquer dos casos e no limite não posso pró vital, sanitária ou subsistentemente deixar de escrever coisas como esta, desde logo quando já não haja ilusório ou abstractivo conto de fadas em que me refugiar, nem por outro lado ficar apenas e tão só consciente e consequentemente preso na merda própria e alheia me é, desde logo sanitária ou subsistentemente viável, sem mais.

                                                                                              VB 

            (*) Atenção que eu não tenho interesses políticos do ponto de vista partidário e/ou ideológico, muito menos se unilateralistas do género eu é que valho e tu não. Seja que ao menos naquilo que e como me é objectivamente possível, procuro preservar e cultivar uma ideologia pró vital e universal tão transversalmente auto e extra critica(1) quanto literalmente possível, como espero seja constatável, mas em qualquer caso, cá estou eu para assumir responsável e consequentemente as respectivas consequências _ assim muitos outros assumissem as suas, aquém ou além de como pseudo eternos, incontornáveis e/ou infalíveis bons e salvadores da pátria!   

            (**) É supérflua e mesquinha esta minha preocupação com a areia do piso dum aparente circuito de manutenção?! Talvez ou seguramente que sim. Mas a minha própria vida é supérflua e mesquinhamente pequenina em si mesma. De resto se pegarem na minha vida por coisinhas pequeninas terão muito por onde pegar; ainda que a perfeição se faça ou concretize nos pequenos pormenores, sendo que em regra por detrás das coisas pequeninas estão coisa enormes, como por exemplo atrás da grande e pequena gestão politica e administrativa do respectivo Estado central e autárquico está actualmente uma imensa crise e austeridade económica, financeira e social e atrás da minha própria pequenez está uma energia vital que ao não ser expressada e canalizada tão positiva, construtiva, criativa, produtiva, satisfatória, condigna, virtuosa e/ou magnanimemente quanto devia, como melhor das hipóteses acaba por me ser e/ou me colocar muito mais perto da ineficiência do que do virtuosismo _ com intermédia ressalva para esta minha pequenina, mesquinha e/ou supérflua auto subsistência!

            (1) Que já agora ao falar em critica, tanto mais se a terminar, devo acrescentar que no meu caso procuro uma critica tão positiva ou pró positiva quanto possível, se acaso dizendo que apesar de e/ou até por tudo gosto muito deste país e da minha origem local muito em concreto, pelo que salvo a imodéstia de o reconhecer, ainda que com a modéstia de me alimentar referente e influentemente do respectivo enquanto externo a mim, aquém e além dos factores naturais alguma coisa boa tem sido humanamente feita ao longo dos tempos, desde logo dos séculos da nossa vasta história; agora o que é bom é bom e o que é mau é mau, não se tente pois é confundir e/ou tapar uma coisa com a outra consoante os interesses de cada qual, tanto mais se ao nível político, ideológico, partidário e/ou público, com as diversas facções e/ou interesses em causa, que em qualquer dos casos tendo toda(o)s e cada qual, respectivamente todo o vital ou universal e por si só democrático ou legitimo direito de existir, no entanto tendendo a auto assumirem-se a si mesma(o)s unilateralmente pelo melhor e ao outro, ao diverso, incluindo ou excluindo o inverso como o pior _ sendo que no caso dos inversos, estes tendem a tocar-se ou a confundir-se, desde logo nos seus efeitos e consequências, enquanto no mundo ou na dimensão global, vital e universalmente paradoxal em que e como na essência existimos! Depende de nós racionais e inteligentes humanos encontrarmos e/ou construirmos coerentes pontos de contacto e/ou de encontro, de entre os diversos e paradoxais(2) factores (globais, vitais e/ou universais) em causa.  

            (2) Ah! E ao falar em paradoxo, se acaso perdoe-se-me o meu, quando não, mal-educado _ merdoso _ discurso. Mas se por um lado me auto assumi há muito pela negativa ou como positivamente inócuo, não necessariamente por eu ser directa, activa e objectivamente negativo e sim mais porque não me consegui impor directa, activa e objectivamente pela positiva, o que em si mesmo me levou a sentir-me vulnerável perante a afectiva ou potencial negatividade própria e/ou envolvente. Além de que por outro lado, até ao ter começado a expor-me via esta minha própria forma de expressão escrita, como reflexo de minha existência própria, o que em si mesmo não tem de coincidir e em alguns casos e/ou aspectos até deve divergir da existência doutras pessoas, tanto mais ainda se quando comecei a expor-me publicamente via Blogger foi em sequência de mim pelo meio dum significativamente sensível e complexo conflito interpessoal e/ou sociocultural entre humanos, enquanto tal passível de suscitar simpatias e mas quiçá acima de tudo antipatias relativamente a mim por parte das facções em conflito, consoante a minha posição de entre o conflito e as respectivas facções em causa, com mais tudo o social e culturalmente envolvente modo geral. Ou seja que mesmo após anos a fazer um esforço de pró positividade pessoal própria perante e para com a vida, enquanto esforço que procurei necessária e reflexamente transportar para o conflito em causa, no entanto já fosse por minha positiva carência própria perante a muito significativa e substancial negatividade entre as partes envolvidas em conflito, com mais todas as suas co laterais repercussões socioculturais e/ou outras, o facto é que conclusivamente tive de voltar a remeter-me à minha auto assumida condição negativa ou positivamente inócua, vulgo merdosa. Tanto mais assim se ainda em sequência do dito conflito em causa, (re)constatei algo que eu já conheço desde a minha mais remota infância que foi e é o facto de que não raro a minha humanidade tende a reconhecer os defeitos duns, ficando cega e insensível perante os defeitos doutros, inclusive chegando a reconhecer e a difundir os pequenos defeitos duns, ignorando ou mesmo dissimulando os pequenos ou grandes defeitos doutros, consoante os interesses e/ou as simpatias pessoais, sociais, culturais e/ou outro(a)s. Pelo que sendo eu alguém que pessoal, humana, vital e universalmente procuro estar aquém e além de interesses e/ou de simpatias mesquinho(a)s, unilateralistas, corporativistas e afins, ao mesmo tempo que não termino de me afirmar e de me impor positivamente em e por mim mesmo, como que acabo ficando numa intermédia ou ambígua dimensão, em que tanto se pode simpatizar quanto antipatizar comigo por qualquer imediato factor de circunstância, aquém e além de qualquer substancia de fundo. Além de que até por tudo isto não sendo, nem tendo eu jamais construído algo de significativamente positivo ou de sensacionalmente vistoso, qualquer pequena merdinha em mim, parece logo uma grande merda _ tanto mais se reconhecida e/ou difundida por alguma eminente virtuosidade de facto ou aparente. O que ainda numa dimensão sociocultural e/ou existencial humana em que não raro se simpatiza ou antipatiza precisamente segundo interesses mesquinhos, unilateralistas, corporativistas e/ou preconceituosos, a partir de que tendo eu ficando numa posição bastante ingrata de entre o conflito em sequência do qual passei a expor-me publicamente via Blogger, suscitando quiçá mais antipatias do que simpatias; por inerência e tal como durante anos fiz intimamente de e para comigo mesmo, até para auto controlar pró positivamente tal facto a partir do meu próprio íntimo, o melhor ou único que me resta é mesmo auto assumir-me a mim mesmo pela negativa ou como positivamente inócuo _ merdoso _ mesmo que com isso arraste comigo, para uma merdosa dimensão, todos aqueles que a mim se equivalham na sua positiva inocuidade própria ou que até negativamente me ultrapassem, salvo que ai a responsabilidade seja de todos e de cada qual, aquém e além de mim. E atenção que parece-me haver muito boa gente que após cometerem dois... actos positivos, já se acham no direito de poder cometer um acto menos positivo ou mesmo negativo, porque supostamente os primeiros atenuam, anulam ou dissimulam o(s) segundo(s) _ tanto mais assim se numa dimensão sociocultural que não raro venera mais aparências do que substancias e/ou que valoriza e desvaloriza positiva ou negativamente segundo interesses mesquinhos, unilateralistas, corporativistas, imediatistas, elitistas e/ou preconceituosos!       

             E que ainda quanto a ser-se bem ou mal-educado, quiçá não seja muito difícil ser-se bem-educado quando a vida nos corre bem e/ou quando tenhamos quem faça o trabalho sujo por nós; inclusive pergunto se haverá algo ou alguém mais bem-educado do que as elites políticas, sociais, por si só culturais ou quiçá e acima de tudo religiosas?! No entanto quase todos os grandes conflitos humanos foram espoletados, liderados e/ou fomentados por essas mesmas elites, com tudo o que envolveu e envolve esses mesmos conflitos, quer ao nível de linguagem quer e quiçá pior de actos concretos duns seres humanos relativamente aos outros. Isso sim com base nuns valores que exigem um determinado código de conduta e respectiva educação para com os mesmos, com as respectivas elites como referência e inclusive como tutela máxima desses valores, códigos e respectiva educação para com os mesmos. Pelo que será bem ou mal educado quem respectivamente entrar e se mantiver dentro desses valores, códigos de conduta e educação ou não. Mas a partir de que há diversas culturas e inclusive civilizações instituídas, cujos termos boa ou má educação podendo e dalguma forma até devendo variar de entre umas culturas/civilizações e outras, até para que haja distinção entre as mesmas, a ponto de que no limite o que nuns casos é tido como boa educação numa determinada cultura ou civilização, possa por coincidente divergência ser considerado de má educação noutra respectiva cultura ou civilização, como por prosaico e simplista exemplo o facto de se comer directamente com as mãos nalgumas culturas aos invés de noutras, enquanto inclusive e a níveis mais profundos, complexos e abrangentes, designadamente culturais/civilizacionais em si mesmos e enquanto tais, com possível motivo para imprevisíveis e radicais conflitos inter culturais/civilizacionais humanos _ seja que os bem educados dum e doutro lado, se podem tornar deseducadamente hostis de entre si, na media em que as boas educações de cada qual se choquem incompativelmente de entre si. E no caso concreto, até por uma minha tão mais pró positiva, vital e universalmente transversal auto educação própria, eu mesmo não me sinto integral parte integrante de concreta e unilateral cultura alguma, dalgum modo tenho vindo a auto educar-me a mim mesmo, tendo por base o que e como vou conhecendo acerca das mais diversas culturas e/ou civilizações, procurando absorver e cultivar o que identifico como melhor em todas e cada uma das respectivas, à vez que até por isso procurando neutralizar e anular o que identifico como pior em todas e cada uma das respectivas, em qualquer dos casos no meu próprio intimo _ seja que se alguma vez as culturas ou as civilizações entrarem em vasto conflito aberto de entre si, já eu tenho feito o combate das mais diversas facetas das mesmas no meu próprio intimo, pró positiva e universal cultura de mim mesmo, perante e para com o outro. Mas de entre o que por exemplo e inclusive ao nível de boa ou má educação até auto reconheço que como no presente caso nem escrevo técnica ou conceptualmente bem e até onde o meu objectivo conhecimento alcança tão pouco ainda aderi ao já oficial e culturalmente instituído novo acordo ortográfico, pelo que em qualquer destes últimos casos não sou própria ou totalmente alguém bem educado. Mas, por exemplo dadas as globalmente criticas e austeras circunstancias que estamos a viver regra geral, pelo menos aos níveis económico, financeiro e social parece que a esmagadora maioria, aquém e além de mim, não é muito ou de todo mais bem-educada do que eu mesmo. Pelo que boa educação sim senhor e muito bem, sou apologista e o primeiro a defende-la, mas aquém e além da significativa subjectividade cultural ou absoluta do termo boa ou  educação, que até talvez por isso (re)conheço muito(a)s pseudo bem educado(a)s culturais ou absoluto(a)s, inclusive com alguma posição social, mas que quando chega a hora do aperto é um ver se te havias de linguagem ou actos, digamos que, menos bem educados! Como li ou ouvi alguém alguma vez referir, as pessoas conhecem-se nos maus momentos _ como no confesso e auto reconhecido caso concreto, pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal, também necessária e incontornavelmente eu próprio, que inclusive escrevo no limite ou em sequência dos meus maus momentos próprios e/ou dos maus momentos envolventes que me tocam consequentemente! 


              OBS: Já só mesmo a terminar, diria ainda que em toda a anterior sequência estou cada vez mais cansado de falsos moralistas, repito falsos moralistas, que exigem ao próximo o que não raro os mesmos não cumprem ou até violam, mais ou menos descarada ou dissimuladamente! Tudo tanto pior se ao mesmo adicionarmos intriga, inveja e/ou ressentimento _ que a quem o barrete servir que o enfie, se é que tem a mais mínima consciência ou capacidade para tal, pois que eu auto assume-me como e enquanto tal, por mim mesmo no que o respectivo me caiba ou no que o próximo (exterior) me leve a identificar-me com o respectivo, a partir de que combato-o pró positiva e vitalmente no meu próprio íntimo.      

segunda-feira, novembro 19, 2012

Anti-violência, pró Democracia

              Eu que não sou de manifestações, desde logo aquém e além desta minha responsável e consequente manifestação escrita; ainda que e/ou até pelo que compreendo e até apoio todo e qualquer tipo de legítima e/ou justificada manifestação individual ou colectiva(*). Dalgum modo tal como o que no limite legítima e justifica uma intervenção de choque policial, ainda que no caso eu não defenda o direito de manifestação contra a policia(**), como contra o que ou quem mais quer que seja, bem mesmo pelo contrário, até porque quando se chega ao ponto de ter de se manifestar contra... é porque já algo falhou ou está a falhar ao nível de se fazer positivamente por...; pelo que sim e acima de tudo defendo o direito de manifestação como meio e forma de indignação com relação a algo negativo e/ou de reivindicação de algo universalmente positivo por parte de quem anónima ou massivamente não tenha outra ou melhor forma de intervir, desde logo perante as próprias elites, designadamente governativas e/ou político/partidárias de poder que não raro levam o dito cidadão comum e anónimo e/ou as massas a sentirem-se enganado(a)s, ludibriado(a)s, prejudicado(a)s e afins, face aos poderes instituídos e suas acções ou inacções públicas. De resto manifestar-se simplesmente contra, tanto mais e pior se de forma violenta, equivale dalgum modo a legitimar-se aquilo contra o que ou quem se manifesta.  

            Violência

            Dado que do ponto de vista humano e/ou social modo geral, com toda uma mais ou menos infinda multiplicidade de interesses e de contra interesses que se cruzam, entre cruzam e/ou se chocam de entre si, respectivamente os violentos acontecimentos frente ao parlamento nacional no passado dia 14, suscitam-me uma reflexão significativamente extensa, profunda e complexa. Pelo que dalguma condensada forma, ao respectivo respeito, prefiro ficar-me pelo seguinte:

            A violência física mais básica e barbara duns poucos, com respectiva e mais ou menos proporcionada reacção das forças de segurança (PSP), como por exemplo a ocorrida frente ao parlamento na manifestação de dia 14 último, se não dá razão à mais subtil e refinada violência das elites de poder, como por exemplo duma relativa e não raro legitimada elite minoritária que retira proveito da crise dos globalmente restantes, ao menos faz distrair relativamente a esta última; em qualquer dos casos com prejuízo e mas também dalgum modo com passiva co-responsabilidade de muitos outros, designadamente passivos ou pacíficos de facto, aquém e além da violência duns (bárbaros) e doutros (refinados), com alguns dissimulados a confundirem tudo pelo meio!

            Pelo que Atenção ao(s) respectivo(o) proveito(s) que uns e outros retiram(os) ou podem(os) retirar da violência enquanto tal, inclusive e desde logo se em nome da não violência!?

            Até porque a própria polícia (PSP), com todo o seu peso e significado institucional, em legítimo e justificado nome de lutar contra uns poucos (minoritários) e ilegítimos violentos, acabou reprimindo ou pelo menos dispersando violentamente toda uma manifestação, ao menos à partida e supostamente legítima de muitos (maioritários) pacíficos.

            Que nesta última sequência não estando em absoluto em causa a actuação policial, até bem pelo contrário, enquanto relativamente aos efectiva e ilegitimamente minoritários violentos; no entanto após um evolutivo crescendo na atitude pró activa por parte desses quantitativamente poucos e mas qualitativamente muito (pró) violentos, enquanto algo que vem de trás e que inclusive as autoridades dizem conhecer e perante o que a esmagadora maioria dos pacíficos parece ser impotente ou pelo menos passiva; a partir de que dirigindo-me então a uns e a outros (violentos, autoridades e pacíficos), me leva a deixar no ar a questão: o que e quem está por de trás duma situação violenta como a ocorrida frente ao parlamento nacional no passado dia 14? Desde logo como se deixa chegar aquele ponto de provocação e de agressão duns poucos, energumenos, violentos com relação às próprias forças da autoridade do Estado, ainda que para justificar dita intervenção das forças de segurança ao menos democraticamente tenha de haver factos que a sustentem, tudo com uma esmagadora maioria de ditos pacíficos a assistir e/ou a ser directa ou indirectamente, passivas ou impotentes, vitimas da violência?

            Sequência de que inclusive eu pessoalmente ponho em dúvida, se os mais provocadora e agressivamente violentos terão sido na sua esmagadora e minoritária maioria, os que mais apanharam porrada em sequência da intervenção policial, até porque estou em crer que estando os primeiros com maldade, estariam também devidamente precavidos para ser os primeiros a porem-se ao largo quando as coisas aquecessem defensiva ou se pusessem contra ofensivamente violentas em sentido inverso, desde logo da policia com relação aos mesmos (violentos); sendo eventualmente então os ditos pacíficos ou ao menos passivos, que mais apanharão porrada e/ou que mais injustiçados se sentirão em sequência da repressão ou dispersão policial duma manifestação que à partida e na sua globalidade se tinha e manteria por pacifica, dado que estes últimos tendem a julgar que no seu pacifismo ou ao menos que na sua passividade não terão o que temer, mas depois e ao menos numa primeira instância acabam a apanhar pela mesma equitativa tabela dos quantitativamente minoritários e mas substancialmente violentos. Algo ao estilo de pagar o justo pelo pecador; no fundo ironias do destino, que é algo de que a vida está pejadíssima! 

            O facto é que uma esmagadora maioria de ditos pacíficos ou de minimamente civilizados, mas que em regra não passam de impotentes anónimos, com toda uma infinda multiplicidade de interesses inerentes aos mesmos e/ou aquém e além dos mesmos, mas que no limite faz com que estes tenham na manifestação de rua a sua única ou maior e melhor forma de expressão, inclusive face a umas ditas de legitimadas elites de poder instituídas e se acaso instaladas, no caso correndo os primeiros o forte e crescente risco de ter de deixar de se manifestar livre e democraticamente por injustificada acção duma meia dúzia de violentos, com respectiva luta dos poderes instituídos e das suas respectivas elites contra a violência, em argumentativo nome de todos!

             A ver vamos o que nos reserva o futuro, pois que de momento ganharam protagonismo os próprios minoritaríssimos violentos e a (pró) activa ou argumentativa luta contra estes, desde logo enquanto luta por parte das por si só minoritárias e legitimadas elites governantes/administrativas, se acaso justificando-se uns aos outros, em qualquer caso com reflexo sobre todos os, segundo leva a crer, esmagadoramente maioritários pacíficos (impotentes e/ou passivos) restantes... o dito mexilhão que fica entre a violenta força do mar e a inflexível dureza da rocha!

            Mas o que é a humanidade senão um reflexo da vida Natural e Universal no seu estado mais puro e bruto _ salvo a pseudo, que espero cada vez mais universalmente efectiva e abrangente, inteligência e racionalidade humana!?

                                                                                              VB

            (*) ...apoio à manifestação ou ao democrático direito de manifestação, desde logo de cariz social, como uma excepção e não como uma norma; ainda que numa sociedade que é sob e sobre muitos aspectos significativa ou mesmo tremendamente desequilibrada e até injusta como ao nível nacional interno, em alguns respectivos aspectos a manifestação social possa estar tão ou mais perto da norma que da excepção! Mas em qualquer caso com a violência mais primária e buçal, como algo que à partida não só não resolve o que quer que seja, como até complica e agrava tudo ainda mais, se acaso até as próprias injustiças e/ou a justificação para as mesmas!.... 

           (**) ...inclusive os próprios elementos inerentes às autoridades policiais também se manifestam, quando democraticamente assim o entendem e/ou necessitam, de resto enquanto direito que conquistaram por via de manifestação; agora isso sim e em qualquer caso fazendo-o de forma o mais digna e positiva possível, desde logo não destruindo e agredindo tudo à sua passagem ou em sequência das suas próprias manifestações.