terça-feira, fevereiro 28, 2017

A pergunta essêncial e/ou o dilema existencial!

            Levando sempre em conta que a vida, tal como a conhecemos, é em si mesma ambivalente, no limite de entre o bem e o mal, de resto e por sucintamente genérica norma a vida e/ou o prazer duns seres sustenta-se na morte e/ou na dor doutros seres, com a humanidade no topo de todas as vitais cadeias inerentes, ao menos ao nível terreno.

            Sequência de que ao unilateral nível humano, incluindo ou excluindo as diversas injustiças de entre nós mesmos humanos, de que vou já de seguida deixar um dos mais vis e correntes exemplos disso mesmo, duma humanidade filha de p*** de e para consigo mesma, aqui a um nível humano muito transversal na medida em que inclui o lucro do "primeiro mundo" à custa da escravização do "terceiro mundo": (sicnoticias.sapo.pt/mundo/2017-02-28-Criancas-escravizadas-no-Congo), por já não falar nos abusos da humanidade face à natureza de que também vou deixar o seguinte documental exemplo: (www.oeco.org.br/.../crime-ambiental-e-quarta-atividade-ilegal-mais-lucrativa-do-m...), em qualquer dos respectivos casos com reflexo sobre toda a restante vida terrena e inclusive sobre o próprio planeta enquanto tal, também me leva à seguinte breve e resumidamente inquiridora reflexão:

            Num global contexto de constante crescimento populacional humano mundial, ainda que e/ou até porque com significativos, por não dizer profundos desequilíbrios, quer quantitativos quer qualitativos, nesse mesmo crescimento de entre uns e outros povos, culturas, continentes, etc.; mas de qualquer modo e dalguma até transversalmente legitima forma com todos e cada um de nós individual, corporativa, nacional, civilizacional e em suma colectivamente a querermos ter o máximo de saúde, de paz, de progresso, de produtividade, por si só de vida, inclusive com uma muito insistentemente vigente exigência sociocultural e política de constante e permanente crescimento económico-financeiro, com tudo o que isso implica em termos de ocupação de território e/ou em muitos casos de indiscriminado e irreversível consumo de recursos naturais, tão só ao nível dito de formalmente legal, sem incluir aqui o nível ilegal, de que neste último caso fazem por exemplo parte integrante os atentados contra a natureza, já aludidos atrás inclusive com partilha dum link; conclusiva e muito sucintamente, à minha tão racional e inteligente humanidade pergunto: para onde estamos de facto humanamente a caminhar?!  

            Bem! Já agora imagino, mais ou menos convictamente, que a resposta de muitos, desde logo de muito significativa parte do dito cidadão comum seja a de que: _ “Eh! Isso não se pensa ou não se deve pensar nisso!”, em muitos respectivos casos continuando-se simplesmente em frente com uma certa e enquanto tal também irracional vertigem do mais e melhor possível para mim, enquanto ainda há, e o resto, os restantes e/ou o futuro colectivo que se lixe(m). Pelo que e ainda assim não excluindo o próprio cidadão comum, a minha anterior pergunta vai acima de tudo dirigida às grandes e medianas personalidades, especialmente a todas aquelas com projecção pública e/ou mais ainda se a todas as personalidades com vasta e consequente influência/responsabilidade colectiva, mesmo que e/ou até porque em muitos casos de forma dissimuladamente anónima, mas em qualquer dos casos e duma ou doutra forma, numa postura intelectual e moral efectiva ou pelo menos aparentemente superior, regra geral falam e/ou agem como se fosse/m dona/os da verdade absoluta, designadamente afirmando/impondo mais a sua verdade e/ou interesse própria/o do que questionado o que quer que seja, muito menos auto questionando-se a si mesma/os, incluindo ou excluindo em tudo isto os inúmeros demagogos que nos prometem permanentemente o “céu”!

            Ah! E onde é que eu mesmo me encontro ou me (auto)qualifico de entre tudo isto?! Desde logo o meu perfil aqui no Blogger fala ao respeito, mas posso recalcar que, até por circunstancial/providencial origem própria e/ou sociocultural envolvente, me sinto essencialmente um efectivo nada e ninguém, equivalendo enquanto tal a ser potencialmente tudo e todos, pelo melhor e pelo pior e para o bem ou para o mal, ainda que no que e como depender de mim e à minha própria respectiva medida procurarei sempre seja pelo melhor e para o bem, Universal, o que regra geral também me leva a auto questionar-me a mim mesmo e respectivamente ao que ou a quem mais quer que seja, por já não falar em colocar-me em causa a mim mesmo e por inerência ao que e a quem mais quer que seja, ao menos com relação ao que e como não seja vital e universalmente inquestionável em todos e cada um de nós e/ou por si só na própria vida, tal como a conhecemos, que neste último caso e não sendo demais recordar é essencialmente ambivalente.

VB