domingo, junho 29, 2014

Redundante desencontro com a vida

            Sem absoluto prejuízo de todas e de cada uma das minhas restantes amizades reais/virtuais, mas tendo por base precisamente uma das minhas amizades virtuais que sob diversos aspectos mais admiro e estimo e/ou outra com quem mais interajo e por isso também estimo, como paradigma do e para o meu mais redundante e enquanto tal parece que também eterno desencontro com a própria vida, digo: 

            Quando talvez também por minha natureza pessoal própria e mas desde logo por minha origem sociocultural, familiar e existencial original eu nem sequer gostava de futebol, nem de ver nem de jogar, mas o facto é que com o passar do tempo e das circunstancias da própria vida, em que por si só o futebol se foi tornando um factor socialmente transversal, sequência de que entre a minha infância e adolescência acabei encontrando na prática desportiva/futebolística não só e desde logo um escape à minha impotência e inadaptação interpessoal, social e curricular escolar da altura, como também e/ou acima de tudo uma forma de (pró) socialização. E mas precisamente quando nesta mesma sequência eu me tornava cada vez mais dependente da prática (pró) desportiva/futebolística, eis que relativamente graves, por si só crónicos e mesmo degenerativos problemas físicos me foram gradual e sucessivamente afastando da prática do futebol, da própria corrida, da bicicleta, até ao ponto de actualmente já sentir dificuldade até no caminhar normal do dia a dia. 

            Escusado será dizer que pelo meio me senti afectado por mais ou menos profundas depressões, mais concretamente por carência de autoconfiança, de auto estima e de amor-próprio, com relativamente abrangente desestruturação pessoal e existencial própria e/ou desintegração interpessoal e social. Em qualquer caso e acima de tudo tenho-me sentido em quase constante e permanente desencontro comigo mesmo, com o próximo e com apropria vida. Cujo nesta ultima desencontrada acepção, entra o facto de que precisamente uma das minhas actuais amizades virtuais que mais admiro e estimo ou a outra com quem mais interajo, enquanto ambas do género feminino que comentam frequentemente os jogos do mundial no Facebook, quando entretanto eu me fui gradualmente afastando quer da prática quer da assistência futebolística, ficando enquanto tal também desencontradamente fora da ligação destas minhas destacadas amizades virtuais ao futebol, sendo que quando e enquanto eu me havia tornado, por assim dizer, futebol-dependente precisa e mais uma vez desencontradamente o género feminino à altura valorizava muito pouco o futebol, quando não era mesmo adverso ao futebol.  

            Global sequência a partir, através e/ou até para com a qual, apenas me restou um mais ou menos complexo e mas desde logo circunstancial/providencial processo de auto gestão pessoal e existencial própria, de que por si só o presente é resultado prático. A partir de que eu só posso e devo esperar e/ou tudo fazer para que este meu dito processo de auto gestão contribua para um meu qualquer genuíno nível de reencontro pessoal, humano, vital e universal comigo mesmo, com o próximo e com a própria vida. Mas por enquanto e entretanto é mesmo um recorrente e redundante desencontro comigo mesmo, com o próximo e com a própria vida o que, ao menos intermitentemente, vai continuando a falar mais alto! 

                                                                                              VB    

(In)visível

            Em regra e desde logo no que de mim depender, sou só eu e Deus, no sentido mais subjectivo e universal do termo Deus! 

            Seja que por vezes ou mesmo por norma gostaria de ser invisível, vulgo imperceptível aos sentidos das outras pessoas, não para ter acesso à intimidade das mesmas sem que as respectivas se apercebessem da minha presença, mas sim para evitar tocar as mesmas de forma enviesada ou controversa, a partir duma auto perspectiva globalmente negativa ou positivamente inócua de mim mesmo, versos a perspectiva aparentemente positiva que até por minha semi-objectiva ou intuitiva necessidade própria, por vezes imediata ou exteriormente posso transmitir ao próximo e a algumas, mais ou menos quantitativas, pessoas a quem por circunstancial ou providencial acaso eu seja mais referente e influentemente consequente em concreto.  

            A partir de que não tendo, vitalmente, como ou para onde escapar à minha consequente visibilidade, ao menos para algumas poucas pessoas do meu ciclo existencial próximo, tanto mais ainda assim se tendo por base esta minha forma de expressão e de existência escrita, também já virtualmente aberta ao exterior modo geral; pelo que pouco ou nada mais me resta do que auto assumir-me como e enquanto tal ou pelo que e como eu verdadeira e subjacentemente sou; a partir do que então seja o que e como Deus e/ou o Universo quiser(em) e eu poder _ o que até ao presente momento é também o que e como por aqui, visível ou perceptivelmente, constatável! 

                                                                                              VB

domingo, junho 22, 2014

Noches de Boda (Joaquin Sabina)

           Bem sei que o autor (letrista/compositor) e interprete (vocal/instrumental) que se segue: Joaquín Sabina, até pela sua irreverência não é e nem enquanto tal poderá jamais ser um cantautor consensual, se é que algum artista o é, alguma vez o foi ou o será(!?), mas desde logo alguém como Joaquín Sabina que escreve e canta: ...“me han traído hasta aqui tus caderas non tu corazon...”, não poderá jamais ser alguém bem visto por todos e todas. Nem sequer quer dizer que eu mesmo me identifique, desde logo na prática, com todas as suas letras ou com tudo o integrado nas mesmas, mas por outro lado e ainda que no meu fraco entender ao respeito, devo no entanto reconhecer que do meu ponto de vista e a partir da base e perspectiva essencialmente irreverente em que e como o mesmo o faz (escreve, toca e interpreta), diria que as letras e musicas de Joaquín Sabina chegam a tocar algum nível de genialidade. Isto desde logo aquém e além de que a mim não são própria ou de todo os irreverentes que mais me assustam; mas sim os que, ao menos, por vezes mais me assustam são uns certos “penteadinhos”(*) _ vulgo politicamente correctos _ que em nome de não perderem o “fio do penteado”, por e para consigo mesmos, são capazes de tudo e de mais alguma coisa com relação ao próximo, ao meio envolvente e/ou à própria vida. E depois, desde um primeiro momento, talvez o que mais me tenha atraído nas letras e musicas de Joaquín Sabina tenha sido o paradoxal facto do mesmo representar o irreverente que eu jamais terminei de ser, ainda que de há um tempo a esta parte por vezes eu tenha alguns assomos algo irreverentes, como por eventual exemplo o presente, ao invés do “penteadinho” que pelo menos tive a pretensão de me tornar! 

            Pelo que entendendo e aceitando perfeitamente quem não goste de Joaquín Sabina: autor, compositor, interprete, de resto tenho alguma pessoa amiga que inclusive muito admiro e mas que não gosta de Joaquín Sabina, no entanto e por mim mesmo, por vezes apetece-me partilhar algo de Jaoquín Sabina, que como todos os génios chega a ser universal e intemporal, como por exemplo quando este diz/canta: “...Y en lugar de tu bar, me encontre una sucursal del Banco Hispano Americano, tu memoria vengue a pedradas contra los cristales...”; da minha parte não querendo com isto de todo em todo dizer que eu defenda que se vingue o que quer que seja a pedradas contra respectivamente o que quer que seja, no entanto isso não deixa de reflectir os tempos correntes de base essencial e diria mesmo que ditatorialmente materialista/mercantilista, ainda que dalgum paradoxal ou quiçá coerente modo com profunda crise económica/financeira e social inerente(s) _ como que a pedir um desanuviante "copo no bar da esquina", ainda que eu não beba, mas sim e por exemplo como no presente caso escreva para, também, desanuviar!  

            De qualquer modo pela melodia e acima de tudo pela letra que segundo consta de origem parece(m) não ser da autoria de Joaquín Sabina, mas em qualquer caso e na presente circunstancia pela voz, interpretação e adaptação de Joaquín Sabina, numa espécie de pequeno Hino à própria Vida, apetece-me partilhar: Noches de boda
 
 
 
                                                                                                      VB 
 
Nota: Como não gosto em absoluto de não ser suficientemente objectivo, em especial quando me refiro a outras pessoas e eu mesmo me possa identificar com o efectivo ou potencial melhor e pior dessas mesmas pessoas, permita-se-me então a presente complementar nota para poder definir um pouco objectivamente mais e melhor os ditos "penteadinhos" a que aludo no texto acima, dizendo então que os "penteadinhos" em causa, vão desde o tipo de pessoas cultural e vivencialmente rígidas, que nem o próprio penteado em sentido literal se lhes pode desgrenhar, no caso incomodando-os até a natureza climática do próprio vento, passando por exemplo pelo tipo de pessoas que aparentando uma significativa dignidade ou até superioridade com base na muito bem alinhada aparência exterior, no entanto transportam em si mesmas um desalinho interior que em regra tendem a projectar no exterior, como se as mesmas fossem ou sejam "santas" e o próximo ou o diverso fosse(m) ou seja(m) o "demónio", sem esquecer os também já referidos como "politicamente correctos", que sejam quais forem as circunstancias envolventes, os mesmos parecem estar sempre de acordo com as mesmas e/ou com as forças liderantes das mesmas!
 
Dai eu dizer que os irreverentes, desde logo e acima de tudo os irreverentes pela positiva, por exemplo alguns artistas, criativos em geral, etc., que em regra contribuem de todo mais para o bem geral da humanidade e/ou da própria vida global,  que enquanto tal não só não me assustam, como se pela positiva até me inspiram na e para a vida; enquanto que os aludidos de "penteadinhos" em causa, das duas uma: ou passam genérica e substancialmente despercebidos na e pela vida e/ou então podem mesmo chegar a ser tremendamente controversos ou perversos para o próximo, para a própria sociedade humana e/ou vida global _ creio por exemplo e no limite, que regra geral os ditadores e seus correligionários tendem, pelo menos em parte e pela vertente de rigidez cultural e vivencial, a corresponder à definição de "penteadinhos" a que aqui aludo.
 
Tudo sem natural prejuízo de que alguns irreverentes o sejam pela negativa e alguns penteadinhos o sejam pela positiva, afinal de contas na vida "não há regra sem excepção", aquém e além ainda da regra pender mais para a positiva ou para a negativa de ambos os casos em questão: irreverentes e "penteadinhos"!  

terça-feira, junho 10, 2014

Razão de fundo

           Atenção: quem não estiver disponível a ler um texto algo extenso e complexo, nem vale sequer a pena começar a ler o que se segue, especialmente quando cada vez mais nos habituamos a escrever e ler _ vulgo a twitar e/ou a facebookar_ pequenas frases, conceitos e/ou comentários! A partir de que o que se segue é para quem sentir natural curiosidade e/ou necessidade de o ler, sendo que desde logo ou antes do mais o mesmo nasceu e existe por e para com a minha pró vital, sanitária, subsistente e/ou descompressiva necessidade própria, de no caso o escrever e aqui expor, neste último caso a quem o respectivo for natural ou circunstancialmente dado ler.  

            A partir do que passemos então à (pró) razoável essência de fundo:

            Por inerência do mais recente e por si só imediatamente anterior texto que escrevi e aqui postei sob titulo: Indecência e perversidade, mas a que segundo a minha própria consciência de autor do respectivo lhe faltou um parágrafo fundamental, cujo esse mesmo parágrafo em falta é o que agora me está a servir para a escrever o presente, já não pelo parágrafo em si mesmo, mas sim por tudo o que está sub e sobrejacente ao mesmo. Mas que em qualquer caso o fundamental parágrafo em causa, enquanto no texto anterior enquadrado numa sequência de indecência e perversidade governativa e existencial modo geral, é o seguinte:  

            _ Sem prejuízo doutros anteriores ou posteriores governos nacionais portugueses ou extra portugueses, o facto é que o actual governo nacional Português liderado pela coligação maioritária PPD/PSD-CDS/PP tanto ou mais que governar, acima de tudo foi e é governado pelos afamados ou quiçá malfadados: anónimos mercados. Algo, os mercados, que em significativa medida não me atrevo a criticar, se acaso até bem pelo contrário chega mesmo a apetecer-me prestar-lhes a minha reverência, desde logo enquanto sendo os mercados um factor social e/ou civilizacional que natural e tanto mais se democraticamente acabou impondo-se sobre todo e qualquer outro respectivo factor social ou civilizacional global, incluindo o por si só fundamental sector político. 

            Mas a partir daqui, segundo a minha consciência e perspectiva ao respeito, talvez possa e no caso até deva criticar a ditadura dos mercados sobre todo e qualquer outro factor social ou civilizacional, o que por si só está a levar à miséria material e acima de tudo à miséria existencial de milhares de milhões pelo mundo, em favor da opulência material e/ou existencial duma minoria tão mais minoritária quanto maioritária seja e é a sua inversa maioria. Tudo isto tão mais criticável ainda quando e por quanto o mesmo se esteja a passar na base e no contexto duma cada vez mais difusa conivência de interesses entre os governos nacionais democraticamente eleitos e seus respectivos integrantes com os respectivos e enquanto tal ditatoriais mercados. O que será ainda tão mais ou menos criticável quanto essa conivência de interesses se esteja a dar ou dê à revelia de pelo menos significativa ou mesmo maioritária parte dos eleitores de mesmos ditos governos nacionais democraticamente eleitos _ como o actual governo nacional português que foi eleito com base em promessas eleitorais enganadoras, desde logo porque segundo um respectivo responsável governamental e/ou da maioria parlamentar que apoia o governo: se não fosse assim o povo não votava neles. Isto aquém e além do que todos e cada um de nós ou da maioria de nós indivíduos e/ou Estados Nação contribuamos para a efectiva e global ditadura dos mercados, já seja através dum material consumismo exacerbado e/ou tanto mais se através de endividamento económico/financeiro com relação aos mesmos ditos mercados, sem ainda esquecer os que simplesmente nem podem mercantilmente consumir e muito menos endividar-se com os mercados 

            Enfim, quero eu com tudo isto dizer que apesar de e/ou até por tudo depende de todos e de cada um de nós fazer democráticas ou pelo menos e na já presente situação da ditadura mercantilista fazer pró democráticas opções próprias e acima de tudo responsáveis, como desde logo evitando ao máximo endividarmo-nos individual e colectivamente com os mercados e/ou por exemplo consumindo apenas o estritamente necessário à nossa mais básica e imediata subsistência, em qualquer caso procurando a satisfação existencial a partir de nós mesmo e do nosso próprio intimo, ainda que com referente, influente, prática e em qualquer caso consequente relação ou interacção com o respectivo exterior, desde logo com o próximo e se acaso com os próprios mercados; em que designadamente e de qualquer modo o nosso bem-estar e/ou bom viver dependa também e/ou se acaso até acima de tudo do bem-estar e/ou do bom viver do próximo. Tudo aquém e além da possessão materialista ou da mera ostentação de bens materiais de consumo, em qualquer dos casos de base mercantilista, não raro às custas do próximo e/ou da miséria de muito significativa parte da população global e de cada país em particular, já seja com base na mais infame exploração duma parte da humanidade sobre a restante humanidade e/ou ainda da indiscriminada exploração humana dos recursos naturais e/ou ainda com base em actividades e tráficos de base literalmente ilegítima, sem na base ou quiçá no topo do “bolo” deixar de incluir o endividamento individual e/ou colectivo para com os mercados, não raro para cada qual possuir e/ou mesmo para ostentar materialmente, sem mais, se acaso como (pró) compensação ao que e como substancialmente nos falta por dentro! 

            Por mim não sei se deveria guardar a seguinte revelação para um outro momento e/ou contexto; mas como creio que a mesma se encaixa no por si só já presente contexto, vou expô-la desde já e que no caso é a seguinte: 

            _ Desde logo confesso que jamais fui de me endividar, mas cheguei a consumir só por consumir e/ou como meio e forma de compensar carências interiores. Mas, acima de tudo, há muito, anos, que vivo ou pelo menos que subsisto como se não houvesse amanhã, como se cada dia e/ou cada momento fosse(m) o(s) último(s). Ainda que isto não numa relativamente comum base de consumir e/ou de explorar os meios e os recursos envolventes a meu belo e unilateral ou corporativo prazer e interesse próprios; mas sim de procurar constante e permanentemente o melhor de mim mesmo, ainda que e/ou até por com referente, influente e consequente base nos e para com os melhores meios e recursos envolventes, até porque algum dia eu “irei”, mas a vida envolvente ficará e até desde logo por um profundo respeito pela minha própria infância, mais pela infância dos que me são queridos e pela própria infância enquanto tal, enquanto infância como base da vida humana com a sua respectiva e consequente importância para a vida de cada qual e por inerência para a vida global, a partir de que pelo melhor e pelo pior e para o bem ou para o mal, no que depender de mim gostaria e tudo, democraticamente, farei para que a vida envolvente seja e fique no e pelo seu vital e universal melhor! 

            ---------------------------------------------“-------------------------------------------- 

            Seja que todas as ditaduras e todas as democracias dependem, duma ou doutra forma, sempre de todos e de cada um de nós, já seja de forma activa e interessada e/ou de forma passiva e subserviente. Por mim fiz há muito a (pró) democrática escolha de preferir ser pobre por fora, vulgo materialmente, em abono de procurar ser rico por dentro, vulgo substancialmente. No primeiro caso e enquanto relativo a mim, diria que vivo/existo correntemente no limiar da mais básica e imediata subsistência material, de resto e ainda assim se não vivesse sob o tecto do lar maternal/paternal, que por exemplo me permite espaço, tempo e disponibilidade geral para estar a escrever o presente, de resto não sei o que seria de mim, talvez como melhor das hipóteses fosse um mero frustrado que cíclica e redundantemente se limita a sobrevier de forma básica e imediata sem mais e/ou se como piores das hipóteses fosse um mero degradante e decadente, que enquanto tal até talvez já nem existisse e/ou ainda nesta mesma pior base e mas doutra perspectiva pode-se ser um dos muitos que ilegitimamente enriquecem às custas da miséria alheia e/ou degradação do próprio planeta, aqui com duas respectivas variantes ou seja com aqueles a quem, por unilateral interesse material (económico/financeiro) e designadamente por via da lavagem de altas somas financeiras, etc., a ditadura dos mercados acaba paradoxalmente legitimando a respectiva ilegítima existência e os outros que mais tarde ou mais cedo e duma ou doutra forma acabam caindo nas malhas da lei judicial(*) e/ou nas respectivas malhas da sua própria ilegitimidade, por exemplo caindo aos pés doutros tão ou mais ilegitimamente ferozes que os primeiros. Já no segundo respectivo caso, enquanto ainda relativo a mim, diria que o mesmo fica e está essencialmente dependente de mim próprio, ainda que e/ou até porque com base em eu seguir as melhores ou as piores referências e influências pessoais, humanas, sociais e/ou vitais/existências envolventes, desde logo com base no que e como é democrática e socialmente legítimo, mas acima de tudo com base e em sequência do que e como eu mesmo sinto intima e profundamente como vital e universalmente legitimo, o que de qualquer modo e em qualquer caso me é um caminho constante, permanente e até infinito, de que por si só o presente é pelo melhor e pelo pior e para o bem ou para o mal, paradigmático e fundamental resultado prático. 

            A terminar só quero e necessito dizer que com tudo isto não estou em absoluto a fazer a apologia da pobreza pela pobreza, desde logo da pobreza material e designadamente mercantil ou como espero minimamente constatável muito menos ainda a fazer a apologia da pobreza substancial, desde logo espiritual. Nem tão pouco pretendo ainda aqui defender a chamada “igualdade” de entre todos e cada qual, desde logo porque individualmente somos todos distintos logo à partida, além de que se as experiências de vida também moldam a nossa vida e/ou identidade própria neste ou naquele outro sentido, logo e por mero ilustrativo exemplo diria e digo que mesmo num sistema de ensino oficial rigidamente pró igualitário, bastará no entanto ter dois professores diversos numa mesma disciplina ou programa curricular para que por si só haja diferenças na forma de ensinar, de aprender e nos respectivos resultados finais dos alunos, incluindo que em qualquer caso as diferenças individuais entre todos e cada qual fará sempre com que uns aprendam mais rápido e/ou de formas diversas a outros, tanto mais se de entre por si só professores e/ou sistemas de ensino diversos. Mas aquém e além de que por princípio defendo equidade de universais direitos de acesso e de usufruto (pró) educativo, sanitário, judicial, cultural e existencial modo geral, de entre nós humana e socialmente isso sem dúvida. Mas no caso a ditadura dos mercados, como de resto qualquer outra ditadura e/ou pseudo democracia faz e fará sempre com que nem os universais direitos de princípio sejam devida e conclusivamente cumpridos, porque no caso quem tem ou tiver mais poder económico/financeiro, por si só e na circunstancia do ditatorial poder mercantilista, também terá sempre mais conclusivos direitos sociais ou existências modo geral, aquém e além de universalmente legítimos ou ilegítimos. Pelo que da minha parte o que pretendo e necessito sim é encontrar e/ou seguir um caminho de vida que seja pessoal, humana, vital e universalmente legitimo e digno, designadamente com tudo o que isso implique social, cultural, politica, mercantil, ecológica e/ou por si só existencial modo geral. Desde logo sem prejuízo de algum eventual dia conseguir encontrar e passar a conjugar equilibrada e legitimamente riqueza exterior (material) com riqueza interior (espiritual), enquanto por mim mesmo e para com o todo global e/ou universal que efectiva ou potencialmente mo permita; salvo que pelo menos de origem sócio/cultural eu não me sinta propriamente vocacionado para gerir “grandes” riquezas, desde logo materiais, aquém e além de que a minha maior ambição é ter uma vida o mais simples possível. Mas até por isso prefiro auto assumir, designadamente, a minha pobreza material original e crescer por exemplo (pró) racional, intelectual, espiritual, por si só substancial e se acaso também materialmente a partir da mesma, cujo intermédio e espero que universalmente razoável resultado, pelo menos até ao presente momento, está por si só aqui à vista _ nomeadamente com a material possessão dum PC e duma conta de Internet que respectivamente me permitem escrever e partilhar o presente, enquanto o presente como permanentemente imperfeito e inacabado produto do meu (auto) gestionável investimento interior ou (pró) substancial próprio! 

                                                                                              VB  

            (*) Lei judicial, que é em si mesma significativamente impotente e/ou submissa perante a, na circunstancia, ditadura dos mercados          

   

quinta-feira, junho 05, 2014

Indecência e perversidade

            _ O quê?! Se eu sou indecente e perverso? Não sei bem e/ou em que medida o sou ou não, e ainda que reservando-me o direito de auto defesa, de resto nem me parece que deva ser eu mesmo a responder a essa questão. Mas aquém e além das minhas efectivas ou eventuais indecências e/ou perversidades próprias, enquanto eu na base de todas as bases políticas, sociais, culturais e existenciais modo geral, desde logo creio que haverá indecências e perversidades muito mais graves que efectiva ou eventualmente as minhas; como por exemplo e desde logo as indecências e perversidades do próprio governo da nação _ a quem desde logo e duma ou doutra forma eu, pessoal e socialmente, devo mil e uma obediências!  

            Da minha parte, no que se segue, não há interesses partidários ou sequer ideológicos do ponto de vista político, há sim ou pelo menos eu pretendo que haja básica e essencialmente interesses (pró) objectivos e acima de tudo (pró) universalistas.  

            A partir de que sem rodeios e logo a começar diria e digo que o actual governo nacional PPD/PSD-CDS/PP é um governo indecente e perverso. Desde logo é um governo indecente e perverso porque: com mais ou menos razão quer o PPD/PSD quer o CDS/PP são visceralmente críticos com relação ao governo PS que os precedeu, designada e muito razoavelmente acusando o anterior governo PS de ter deixado o País em (pré) estado de banca rota, tendo nacionalmente de se recorrer a ajuda financeira externa (FMI, BCE e EU). Só que por mais não dizer o precedente governo PS enquanto parlamentarmente minoritário foi sustentado governativamente pelo próprio PPD/PSD, na circunstância, até ao limite da (pré) banca rota. O que por si só e basicamente das duas uma: ou o PPD/PSD não sabia o que estava a sustentar, o que é grave ou então e mais grave ainda, como tudo leva objectivamente a crer, sabia-o e mas sustentou-o com algum perverso interesse, como por eventual exemplo o interesse de desgastar o governo PS até ao limite do razoável ou do possível, com as conhecidas consequências para o País, enquanto consequências por si só tão criticadas pelo PPD/PSD, como designadamente a consequência limite de, no mínimo, (pré) banca rota. A pressupor tacticismo político-partidário, no caso, por parte do PPD/PSD, em nome do País e mas na circunstancia também às custas do Pais ou seja indecente e perversamente. De resto e no respectivo limiar do razoável com o próprio PPD/PSD a retirar a base de sustentação parlamentar ao minoritário governo PS, precisamente por segundo o próprio PPD/PSD se ter chegado ao alegado limite do aceitável para que o que até então o próprio PPD/PSD sustentadamente contribuiu, com subsequente queda do governo PS, acabando mesmo por _ numa parece que por si só e cada vez mais indecente e perversamente dita de alternância democrática entre PS e PPD/PSD _ ter sido o PPD/PSD a ganhar as subsequentes eleições legislativas em desprimor do PS, com respectiva e unilateral minoria parlamentar do PPD/PSD, levando à posterior coligação deste último com o CDS/PP para poder(em) formar um governo de coligação maioritária; aquém e além de que tendo tudo há altura levado a crer que a minoritária vitória eleitoral do PPD/PSD foi de todo mais por um reactivo acto punitivo publico com relação ao prévio governo PS, do que de todo por positivo mérito do próprio PPD/PSD que por si só sustentara parlamentarmente o governo PS, até então. Pelo que logo aqui e se enquanto tal há uma profunda indecência e perversidade no actual governo liderado pelo PPD/PSD, aquém e além de coligado ou não ao CDS/PP. 

            Mas a coisa é muito mais grave a complexa se a partir daqui se analisar a coligação governativa entre PPD/PSD e CDS/PP com recorrentes confusões e com alguma que outra grave tropelia coligativa de entre meio; que tanto pior se na recorrente atitude governativa em grande medida anti constitucional, ainda que e/ou até por enquanto constituição democrática que por si só levou à minoritária eleição governativa do PPD/PDS e à respectiva coligação maioritária de entre este último e o CDS/PP. E mas ainda mais indecente e/ou perversamente grave quando e por quanto o PPD/PSD ganhou minoritariamente as eleições legislativas e pró governativas com promessas eleitorais que imediatamente após, já enquanto governo eleito, não cumpriu em absoluto e/ou que até inverteu literalmente com relação ao eleitoralmente prometido.  

            Enfim o rol de indecência e até de perversidade é tão infinito quanto o tempo que dura e/ou que durar a governação de PPD/PSD e CDS/PP nos moldes actuais ou seja de há, pelo menos, cerca de quatro anos a esta parte. Inclusive um infindo rol que não cabe descritivamente no presente contexto, mas de que creio tão só o que e como responsável e consequentemente refiro atrás já dará suficiente ideia do que está em causa.  

            A partir de que no e para o presente contexto que se deseja e necessita tão sucinto quanto possível, resumiria que após mais uma recente inconstitucionalidade governativa, cuja respectiva confirmação de inconstitucionalidade por parte do respectivo tribunal constitucional, também mais uma recorrente vez essa inconstitucionalidade não foi nada bem aceite e/ou pelo menos nada bem vista pelo respectivo governo e correspondente maioria parlamentar PPD/PSD-CDS/PP; o que pró eventual futuro eleitoral me leva consubstanciadamente a dizer que se o PPD/PSD e/ou o CDS/PP pretendem afrontar, alterar e/ou mesmo revolucionar a actual constituição democrática da república, então que tenham a decência e a moralidade de constitucionalmente se voltarem e candidatar a novas eleições democráticas dizendo aberta, objectiva, frontal, clara e eleitoralmente o que e em que medida pretendem com relação à actual e universal constituição democrática da República. Desde logo para evitar a por si só indecência e perversidade de ter de vir um elemento governativo e/ou responsável pelos partidos da coligação PPD/PSD–CDS/PP, à posterior do acto eleitoral, indecente e perversamente, dizer que: se não mentirmos o povo não vota em nós. No caso a pressupor ou mesmo a auto afirmar a indecência e a perversidade do actual governo ao ter sido eleito com base no engano pré eleitoral do seu respectivo eleitorado, ainda e enquanto tal com a eventual ou segura indecência e perversidade do próprio eleitorado em questão não saber o Pais em que vive, para que com base em cegas fidelidades partidárias e/ou em interesses mais ou menos unilateralistas ou outros que tais acabar por votar com base em promessas eleitorais, que o próprio governo eleito a partir dessas mesmas promessas, imediatamente após tomar posse governativa trata de demonstrar prática, objectiva e/ou retoricamente o quanto essas promessas eram irrealistas. Enfim o rol de indecência e de perversidade parece ser cíclica e redundantemente infinito. 
 
             E depois venham-me pedir a mim e ainda que precisamente eu só possa falar por mim mesmo, mas no entanto parece que também a outros restantes sessenta e tantos por cento de abstencionistas para votar(mos) neste tipo de gente!

            Sem assumir em absoluto extremismos, até bem pelo contrário, mas ao menos e justiça lhes seja feita, que quer a extrema-direita quer a extrema-esquerda partidárias ou ideológicas assumem aberta, clara, objectiva e frontalmente a sua posição anti sistema, por si só e se no limite anti universal constituição democrática como e enquanto tal. Pelo que salvo o PPD/PSD e o CDS/PP sejam extremistas dissimulados ou perversamente infiltrados, sendo que o CDS/PP é ao menos a legitima extrema direita parlamentar/democrática, de resto estão a portar-se indecente e perversamente pior do que qualquer radical extremismo assumido, que enquanto tal este último tem ao menos o (pró) decente e/ou moral mérito de ser assumido. 

            Quanto ao mais, se eu fosse dado a impropérios sabia muito bem como terminar linguisticamente este texto, tendo o actual governo como fonte de inspiração e respectivamente como alvo!... 

            Assim, salvo as devidas distancias, tal como costuma usar sua Excelência o Sr.º Presidente da Republica, subscrevo-me responsável e consequentemente: 

                                                                                              Victor Barão
           
           Obs: Tendo por base este mesmo anterior texto, sob título: Indecência e perversidade, disse-me uma pessoa do meu ciclo existencial próprio que tem dificuldade de ler o que eu escrevo, porque segundo ela escrevo duma forma complicada que leva a que a mesma e suponho que outras pessoas se percam quer discursiva quer motivacionalmente no que e como eu escrevo.  

            Sequência de que para não me alongar também agora muito ou por si só para não me complicar discursiva e/ou justificativamente ao respeito, de momento, apenas digo que: de facto confesso auto reconhecidamente não ter formação e respectiva capacidade linguística, nem tão pouco estrutura racional ou intelectual suficientes para poder tornar simples a respectiva complexidade daquilo acerca do que eu mesmo (aqui e regra geral) escrevo. Mas o que por mim mesmo não posso, nem quero é deixar de o escrever e também já de o expor ao exterior, inclusive e se acaso como um meu processo próprio não só de exposição, mas também de pró simplificação do que é complicado ou complexo, a partir do meu próprio intimo; sequência de que a quem natural, espontânea, objectiva, circunstancial, providencial e/ou ocasionalmente lhe for dado lê-lo tudo muito bem e que o leia, caso contrário também tudo muito bem com relação a quem não o leia. Tudo aquém e além de que salvo as devidas distâncias, por mim mesmo falando um dos textos mais difíceis e/ou complexos que li, foi também um dos que mais profunda e indelevelmente me marcaram, como no circunstancial/providencial aludido caso concreto foi o subjacente ao titulo literário: O Sentido da Alma de Thomas Moore.