quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Sátira humana!

            A seca climática

            O problema da seca climática, no caso português não sei se a ordem sequencial hierárquica é exactamente a seguinte, mas seguramente não andará longe, para que o problema seja resolvido a breve prazo, seria ou será mais ou menos necessário:

            O Dr. º Passos Coelho enquanto eleito pelo povo para gerir e resolver os problemas do país, pedir ao Dr. º Durão Barroso, enquanto presidente da Comissão Europeia;

            O Dr. º Durão Barroso pedir ao Dr. º Barak Obama, enquanto este último presidente do país federal considerado o polícia do mundo;

            O Dr. º Barak Obama pedir à NATO, com esta última como a aliança militar mais poderosa do planeta;

            A NATO pedir à ONU, à partida representante de todas as nações do planeta e por inerência de toda a humanidade;

            A ONU pedir à Comunidade Cientifica Mundial, enquanto esta última com poder de criar, recriar ou até simples e inversamente destruir o que quer que seja;

            A Comunidade Cientifica contra vontade, mas no caso impotentemente pedir a Deus;

            Deus pedir ao Povo, que peça ao São Pedro;

            Finalmente o Povo rezar uma Novena,

            solicitando chuva para Portugal ou para onde mais quer que faça falta água e já agora para que chova menos ou pare mesmo de chover onde já haja água a mais!...

            Estou em crer se tal for feito e aprovado, pelo que ou por quem de direito e de competência, quase por certo humanamente os problemas ou os desequilíbrios, as injustiças e/ou os totalitarismos climático(a)s por defeito ou por excesso ficarão resolvidos, ao menos até que se justifique e se imponha nova equitativa solicitação e respectivo mandato!

            Ah! E claro que pode passar-se directamente à Novena, mas num mundo e numa sociedade humano(a)s essencialmente materialistas e pragmático(a)s, o mais directa e imediatamente viável é pedir a quem tem o poder político, social, militar, cientifico, por si só financeiro e/ou terra a terra; pelo que essas coisas esotéricas e divinas ficam para segundo plano ou para última instância _ eventualmente onde devem estar e ficar ou talvez não(!?) _ em especial quando não raro as religiões ou os praticantes religiosos enquanto veículos da Palavra Divina, são por (de todo demasiadas) vezes os primeiros a violar terra a terra, essa mesma palavra... 


             Nota: Talvez o anterior seja à partida susceptível de ferir algumas sensibilidades, mas bem entendido mais e melhor eu não quis dizer do que parecer-me ou mesmo ter a certeza que a humanidade e tanto mais se o individuo humano frequentemente (nos) esquece(mos) de que não (somos) o princípio, o meio ou fim do universo, mas tão só ínfima(s) parte(s) integrante(s); além ainda de que certos indivíduos ou conjuntos de indivíduos nem a religião ou a religiosidade positivamente lhes vale, em certos casos parece até que pelo contrário(!...). E que eu até poderia colocar esta nota final como possível introdução ao titulo "Sátira Humana", enquanto introdução como eventual suscitadora de curiosidade para com a leitura do mesmo, mas prefiro mesmo colocá-lo como nota final, não só para que quem o leia seja por natural interesse pelo mesmo aquém e além de prévios ou complementares incentivos, bem como para que _ salvo o pretensiosismo da minha parte e/ou o mérito interpretativo de quem quer que seja de per si _ quem mesmo após ler o respectivo eventualmente não entenda o sentido e o objectivo com que ao menos eu o escrevi!...  

terça-feira, fevereiro 28, 2012

Elitistas coincidências

           Após alguns dias de circunstancial ausência estou de volta, preferia que para escrever e postar outro tipo de textos, por exemplo românticos e floridos, mas dadas as circunstâncias intrínsecas e extrínsecas a mim, é a isto que sou trazido ou levado a escrever:

           Dada a última noticia veiculando que via CGD vão ser injectados mais trezentos milhões de €uros no malfadado e (mal)afamado Banco Português de Negócios (BPN), inclusive após o primeiro já ter sido vendido ao BIC, não consegui evitar de imediato o seguinte raciocínio:

            Salvo erro o BPN à altura da sua falência, era administrado pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN) ou pertença desta última, que tinha por exemplo como um dos seus sócios gerentes ou pelo menos como um dos seus principais responsáveis o Dr. º Dias Loureiro, enquanto este último como um ex. Ministro do governo PSD do Prof. Cavaco Silva.

            Quem vai injectar mais trezentos milhões no BPN, após já vários milhares de milhões injectados no mesmo é no presente caso o governo PSD do Dr. Passos Coelho, com o Prof. Cavaco Silva como Presidente da República.

            Quem vai comprar o BPN por escassas dezenas de milhões, após vários milhares de milhões injectados no mesmo pelo Estado Português é o banco angolano ou angolano-português BIC, que tem como (um) administrador o Eng. º Mira Amaral, enquanto este ex. Ministro do mesmo governo PSD do professor Cavaco Silva, de que também era ministro o Dr. º Dias Loureiro ou por exemplo o Dr. º Miguel Cadilhe, ex. Ministro das finanças do(s) governo(s) do Prof. º Cavaco Silva como tendo este último presidido à SLN de que fazia parte integrante o BPN e/ou ainda o Dr. º Duarte Lima ex. líder parlamentar do PSD ao tempo do(s) governo(s) do Prof. º Cavaco Silva, ao que parece com estreita relação com o BPN, designadamente relação que envolvia ou envolve milhões.

            Não sou, nem quero ou posso ser eu a julgar tais factos, que podem inclusive não passar de meras coincidências, nem tão pouco me atrevo a dizer se haveria quem tivesse feito positiva e universalmente mais e melhor, até porque nesta última acepção sincera ou objectivamente não o sei, nem eventualmente jamais o saberei(?!), mas que há aqui uma sequência que leva a uma certa elite que pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal nos tem governado política, económica, financeira e/ou socialmente nas últimas décadas disso não há dúvida absolutamente alguma.

            A partir de que precisamente pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal, cada qual que retire as suas respectivas conclusões ao respeito, o que creio eu não implicará nem invalidará que por exemplo o Prof. º Cavaco Silva _ de que pessoalmente não quero duvidar da sua integridade ética ou moral, mas integridade que também vejo como algo auto sobranceira e presunçosa por parte do Senhor professor Cavaco Silva, sendo que sobranceria e presunção por quase invariável norma não são boas conselheiras, não raro levando ao erro e/ou até a uma certa ingenuidade(!) _ continue ou deixe de continuar a ter a confiança política da maioria dos portugueses, nem que as restantes personalidades referidas e implicadas continuem ou deixem de continuar a ser elitista parte integrante da política, da economia, das finanças ou da sociedade nacionais.

            Sendo que já agora quanto aos restantes, aplicando-lhe basicamente o mesmo critério que ao Prof. º Cavaco Silva, cada qual à sua maneira e pelo menos até ao presente momento o que me parece é que em regra estes últimos se deslumbraram com o muito dinheiro comunitário à solta e em circulação, nas últimas cerca de três décadas, o que como mínimo ou melhor das hipóteses levou ao erro involuntário e/ou à incompetência, por parte de pessoas que vindas de governos da nação, respectivamente com informação privilegiada, parecendo não terem querido desaproveitar esta última, mas com alguma precipitação, com eventual ganância, inexperiência e/ou incompetência, levou aos resultados constatáveis no BPN, que até por isso e não só, com uma significativa ou mesmo profunda “trapalhada" que parece ter sido e/ou por si só como existiu e terminou a SLN _ não será por inverso acaso que com mais ou menos legítimos méritos próprios e/ou benefícios da circunstancial conjuntura, os ditos industriais ou banqueiros de tradição, com experiência e conhecimento de causa da nossa praça, regra geral não só conseguiram preservar, como mesmo ampliar os seus respectivos impérios financeiros e/ou industriais!

            Pois quanto ao resto é o que e como se sabe: nós o Povo, até enquanto derivado dum contexto sociocultural profundamente provinciano, semianalfabeto e opressivo/repressivo, maioritariamente envaidecemo-nos desde logo com o facto de passarmos a pertencer à grande e civilizada Comunidade Europeia (CE) e/ou deslumbramo-nos tanto quanto as elites que com os imensos fundos financeiros da CE que para cá entraram e agora estamos onde e como estamos(!...); e quanto às elites, excepção feita às elites tradicionais, inclusive e ironicamente inerentes ao genérico e pretérito culto provinciano, semianalfabeto e opressivo/repressivo, de resto as elites políticas ou sociais mais recentes e aqui em causa, até enquanto dalgum modo derivadas do povo é o que se pode constatar com umas das suas individualidades judicialmente detidas, outras alegadamente foragidas no exterior do território, justiça seja feita com outras mais ou menos meritoriamente na crista da onda política, social, económica, etc., de entre o que para destacar a personalizar o mais ou menos destacaria a própria pessoa do Senhor Presidente da Republica Prof. º Aníbal Cavaco Silva que precisamente estando duma ou doutra forma há anos no topo do país e das respectivas elites nacionais e tanto mais enquanto economista de formação, chegou ao ponto de se vir lamentar de poder não ter rendimentos para cobrir as próprias despesas pessoais ou familiares, chegar a ser profundamente irónico e paradigma do ponto a que chegámos enquanto sociedade geral, que por acção ou inacção sustentámos e sustentamos democraticamente tudo isto e enquanto tal sociedade irónica, quando não mesmo cínica e hipócrita de que todos ou ao menos a grande maioria de nós somos partes integrantes e de que BPN's; SLN's e afins..., com tudo o que lhes é e está pré, pró e pós inerente ou consequente são apenas paradigmas mais visíveis e gritantes de algo que chega a ser socialmente transversal!    

            Que justiça seja feita, pelo melhor e pelo pior devo acrescentar que tudo isso com a variante de que quem nacionalizou os prejuízos ou a (quase) falência do BPN e lá injectou a esmagadora maioria dos milhões foi o governo PS do Eng. º José Sócrates. Inclusive com a alternância democrática do PS com o PSD, diria eu que num contexto político/social de bons amigos e de gente séria e confiável, em que segundo parece, muitas vezes aquém e além da competência técnica ou outra e/ou ainda acima de protocolos administrativos, supostamente estará e bastará a palavra duns _ bons amigos ou porreiraços _ relativamente aos outros para tudo fluir, como por exemplo parece que chegou a justificar o Dr. º Dias Loureiro com relação a ter assinado documentos de imensa responsabilidade por alegadamente não entender de contabilidade e por (apesar de não concordar com algumas coisas ao nível de gestão das entidades institucionais a que estava administrativamente ligado, no entanto) confiar em quem era responsável por esses documentos e respectiva gestão, inclusive ao nível de empresas que envolvem e movimentam milhões como o BPN ou a SLN. É que para não entender técnica ou absolutamente de contabilidade ou do que mais quer que seja, estou cá eu e mais uns quantos(...), mas que falando só por mim, até por isso mesmo estou cá em baixo, ao nível das solas dos sapatos da sociedade; a partir de que justo, justo seria ou será cada qual ascender ou descender ao efectivo nível que de facto lhe corresponde!...

            De resto ou inclusive, no relativo à elitista sequência em causa, que ele há coincidências do caraças e/ou levadas do diabo, lá isso há!...

            ...e mas que para não terminar a falar no mafarrico, prefiro gritar: QUE DEUS NOS ACUDA!...

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            Nota: peço perdão por se erro nas qualificações: administrador; principal responsável e afins; mas como diria ou diz o outro: ...vocês sabem do que é que eu estou a falar e a mim é que não me calam!...
           
            ...sendo que o que para aqui mais conta são os macro resultados da gestão política e social duma determinada elite nacional, segundo a minha genérica auto perspectiva pessoal em grande media abstracta e subjectiva, mas nem por isso mesmos efectiva e consequente ao respeito e não a exacta medida em que e como cada uma das individualidades em causa contribuiu para o melhor e para o pior em causa(!?...), até porque para analisar e julgar isso em pormenor está quem de direito e de competência, se acaso e em última instância a Lei Divina ou Universal!...

            ...já agora e ainda elite nacional, tal como no mundo em geral, que desde logo enquanto pela vertente política, em regra só assume os efectivos, supostos, aparentes, naturais, esforçados ou pseudo méritos; pois quanto a culpas ou a responsabilidades pelas M..., por norma isso é para o(s) outro(s). Mas de resto algo idêntico se passa de entre o povo de per si ou com relação aos políticos ou às elites políticas e sociais _ pelo que a coisa anda ela por ela!...

            ...até por ou contra isso eu pessoalmente (auto) assumo-me logo pelo efectivo ou potencial pior de mim mesmo e do meio envolvente; ainda que e/ou até enquanto procurando preservar e/ou cultivar o efectivo ou potencial melhor de mim mesmo e do meio envolvente em mim. 
            

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

É pena


            Com todos os seus naturais defeitos e virtudes, eu que até sou profundo admirador da interna democracia multicultural e multiracial Estado Unidense, inclusive e por força das circunstâncias cresci em substancial parte a nível democrático sob a referência democrática dos EUA, na respectiva sequência lamento profundamente que por obra e acção dalguns seus pseudo heróis e/ou justiceiros, os Estados Unidos estejam a perder externamente a sua multicultural e multiracial superioridade moral e democrática, no caso concreto e mais recente com a alegada queima do livro sagrado do Alcorão em pleno Afeganistão. Um pouco ao estilo de combater a injustiça com uma injustiça igual ou maior ainda; é de facto profundamente lamentável; ainda que se possa minimamente entender que militares em zona de combate e/ou em terreno potencialmente hostil, como no Afeganistão, na respectiva tensão dum determinado momento possam tender a excessos com relação ao inimigo, mas quando esses excessos por vezes são cometidos friamente, com exemplo em algumas humilhantes torturas e/ou infâmias como por vezes se tem constatado em alguns vídeos que têm vindo a público, poucas desculpas se possam arranjar ao menos para os directos autores morais e materiais de mesmas ditas humilhantes torturas e/ou infâmias. O que nesta última acepção não sei se foi friamente o caso da alegada queima do Alcorão, mas que em associação a outros episódios idênticos está a minar gradual e se acaso irreversivelmente a imagem e a superioridade moral verdadeiramente multicultural e multiracialmente democrática dos Estados Unidos no mundo, até porque a nível externo os Estados Unidos jamais tiveram um política (pró) democraticamente linear ou coerente, por exemplo quando isso lhe interessa-se particular ou unilateralmente senão apoiando, pelo menos fechando olhos a algumas ditaduras no mundo e não será necessário apresentar exemplos concretos (...)(*) _ mesmo que a nível interno a democracia multicultural e multirracial se conserve mínima ou até crescentemente vigente, inclusive quando está em exercício o primeiro Presidente negro nos Estados Unidos.

            Pelo que estar-se a perder externamente esse superior estatuto multicultural e multiracial democrático, é triste, penoso e mais uma vez profundamente lamentável.

            A injustiça, desde logo a nível auto defensivo e até para não se cair em sub ou sobrevalorização do outro com todas as causas, efeitos e consequência sub e sobre inerentes, combate-se antes, durante e depois do mais com o respeito e a consideração pelo outro, desde logo pelo injusto; é que para actos injusta, provocatória, violenta ou degradantemente humilhantes e infames já temos por irónico exemplo os radicais islâmicos...  

            ...mas parece que cada vez mais, também vice-versa...

            ... como que num potencial Far-West global, em que tanto ou mais que olho por olho e dente por dente acabe por imperar a simples lei do mais forte; sabendo-se de antemão que humana e universalmente o mais forte nunca é eternamente o mais forte por si só e enquanto tal _ tanto mais se exercendo o seu poder com base na razão da força e não na força da razão!...

            ...a verdadeira fortaleza advém do todo ou da interacção entre o todo e o uno, que não do uno em e por si só, sem mais; até talvez ou seguramente por isso os EUA sejam a confederação de Estados mais poderosa do globo desde há décadas, enquanto precisamente na sua democrática multiculturalidade e multiracialidade interna, naturalmente que com todas as virtudes e defeitos inerentes. O que lamentavelmente parece estar a perder-se a nível da interacção dos EUA ou pelo menos dalguns dos seus representativos elementos com o exterior ou com o cultural, racial ou religiosamente diverso, com prejuízo para o todo. È pena.

(*) ...mesmo que em significativa parte isso se tenha passado num contexto de "guerra fria" em que a democracia interna dos EUA se sentia, mais ou menos justificativamente, ameaçada por ditaduras externas. Mas a partir do que não se pode dizer que se faz ou deixa de fazer isto ou aquilo outro em nome do bem próximo ou da libertação dos povos, quando pode não ser só isso ou em algum que outro caso, mesmo de todo isso. Que já agora quanto aos detractores dos EUA, em regra não se julguem (muito) positiva ou universalmente melhores, porque não raro o não são. No fundo somos uma humanidade e vivemos num mundo em que por norma cada qual individual, cultural, nacional ou existencialmente, etc., defende os seus unilaterais ou corporativos  interesses e o outro ou os restantes, salvo no que este(s) ultimo(s) interesse(m) ao(s) primeiro(s), de resto como se diz na minha terra: "Que se lixem!..."  

            

terça-feira, fevereiro 21, 2012

Circunstancial/providencial

            Nasci e comecei a crescer num mundo ou ao menos num contexto sociocultural perfeito, até porque por princípio desde a mais tenra idade sempre que eu me sentia incomodado ou indignado com algo, especialmente se algo, que implicasse o status ou uma infinidade de superiores hierarquias envolventes, tanto mais ainda se enquanto eu criança, num contexto e/ou status envolvente em que o simples facto de se ser criança há altura _ até talvez pela inconveniente ingenuidade e espontaneidade infantil _ já não se tinha valor enquanto tal, tanto pior ainda se enquanto criança pobre. Seja que sentir-me incomodado ou indignado com algo que me envolvesse, por (quase) literal norma, quem estava mal ou errado era eu.

            Entretanto impôs-se um regime dito de democrático em que todas as pretéritas perfeições, verdades absolutas, superioridades incontestáveis e/ou os status envolventes como melhor das hipóteses começaram a estar e a ficar em causa, quando não mesmo anulada(o)s. Sendo que por esta altura já me tendo a mim mesmo significativamente em causa, fiquei como que sem ter ao que ou a quem me agarrar, como um princípio, um meio ou um objectivo de vida coerente ou absolutamente sólido.

            Passei então a agarrar-me referente, influente e consequentemente ao que e a quem se me aparentasse com um mínimo de positividade, de coerência, de objectividade, em alguns casos ao que me era agradável como por exemplo a música e a arte em geral.

            De entre o que circunstancial ou providencialmente me auto assumi pela negativa ou como positivamente inócuo e enquanto tal me auto anulei activa, prática e funcionalmente a mim mesmo e passei a absorver tudo o que e quem me era, por assim sucintamente dizer: positiva, vital ou universalmente inspirador, o que podia e pode ir do vizinho do lado ao maior mito humano de todos os tempos; do acto de subsistência mais básico até ao maior feito artístico ou humano; do mendigo que apesar de e/ou até por tudo resiste ao seu infortúnio até à personalidade mais bem sucedida na vida; da vida natural selvagem à mais sofisticada existência humana; etc., etc., etc., sendo que por positiva insegurança própria tendi a identificar-me com a vertente mais negativa ou desafortunada da vida, à vez que procurando equivaler-me à vertente mais positiva ou afortunada da vida; até que um dia, mesmo que contra todas as probabilidades me vi na intermédia contingência de começar a escrever como minha pró vital, sanitária ou subsistente necessidade própria e agora me vejo na circunstancial ou providencial necessidade de expor o que e como escrevo ao exterior, enquanto tendo eu circunstancial ou providencialmente na escrita a minha maior, melhor quando não mesmo única forma de expressão e de existência própria... 

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Regressando ao texto sob titulo Anómalia


            ...quando pela primeira vez ouvi dizer que um senhor de Beja tinha matado toda a restante família, nomeadamente a esposa, a filha e a neta, de imediato, como em outros casos semelhantes, me ocorreu e disse: ...porque não lhe deu para se matar primeiro a si próprio?!

            Agora após ver e ouvir ao respeito daqui e dali, inclusive tendo eu escrito pelo meio o texto Anomalia postado neste Blog, mas em especial após ver e ouvir uma reportagem na RTP1 que incluía uma entrevista ao namorado da filha barbaramente assassinada pelo próprio pai; acabei por concluir que por exemplo o senhor que matou a própria família afinal se andou a encharcar em álcool nos dias subsequentes à chacina; que era um dito traumatizado de guerra, derivado a ter pertencido as forças especiais militares na guerra do ultramar, com suposto Stress pós traumático ou pelo menos com depressão crónica; enfim uma personalidade traumatizada ou atormentada que necessariamente transportou isso para o seio da família; que de resto e segundo julgo saber haverá muitas famílias em circunstâncias idênticas, a que apenas não se chega a um grau tão radical ou mesmo macabro nas suas causas, efeitos e consequências, como ao que se chegou nesta malograda família de Beja; ainda que não invalidando em muitos, de todo demasiados casos, um profundo tormento no seio da generalidade dessas mesmas famílias!

            Global sequência de que é naturalmente aceitável que se apelide o senhor de Beja de Monstro. De resto continuo reiteradamente a perguntar-me porque não fez primeiro a si próprio, o que por exemplo fez na prisão, antes de fazer o que fez à própria família!? No caso algo a que só o respectivo poderia responder, ainda que a meu ver e sentir, para se chegar ao ponto a que o senhor em causa chegou, tem ou teria o próprio de transportar em si um longo e profundo, não só trauma quanto também tormento em que quiçá o seu maior castigo tenha sido o que e como ele fez à sua própria família e se acaso ter tomado (posterior) consciência disso!?...  

            Que dadas as circunstancias, o resto e está lamentavelmente resolvido por si só.

            

domingo, fevereiro 19, 2012

Boa Fé


            Excelentíssimo senhor Primeiro-Ministro

            Até por mim mesmo, não quero ter à partida a má fé de acreditar que um gestor político e/ou público parta para o seu projecto de gestão, com mais ínfima intenção de prejudicar o respectivo bem público e/ou de se beneficiar unilateral, corporativa, partidária ou ideologicamente a si mesmo e aos seus, de todo ou sem mais.

            Ainda que dadas as circunstancias, muitas ou de todo demasiadas vezes, à chegada como mínimo eu termine com muitas dúvidas com relação a essa boa fé; até porque se por mais não for, como diz o ditado, tendencialmente: o poder vicia e corrompe ou pode corromper!

            Em toda a anterior sequência, pelo que já ouvi, inclusive a personalidades de cor partidária diversa, acerca da pessoa do Senhor Primeiro-Ministro actual Dr. º Pedro Passos Coelho, mas favorável à sua pessoa, sem qualquer ironia, quero mais do que nunca crer que o senhor tem a melhor das intenções pró públicas e nacionais com base nas medidas governativas que está a tomar, inclusive aquém e além duma dita Troika, enquanto tendo-se-nos esta última imposto por nossas sucessivas más governações do passado mais recente e mais remoto. 

            Mas a partir do que salvo o atrevimento, a ousadia, o pretensiosismo, a presunção, quiçá o devaneio, permita-se-me mesmo que indirecta, virtual ou hipoteticamente dizer três ou quatro coisinhas ao Senhor Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho (PPC) que é o seguinte:

            _ Primeiro, acho que o Senhor Primeiro-Ministro PPC entrou demasiadamente a matar ou melhor como que a pretender resolver, revolucionar ou como mais comummente de costuma dizer desde logo a nível político, a reformar o que e como nos é substancialmente inerente há séculos ou desde globalmente sempre. É que tanto ou mais que a questão política, económica ou financeira há questões sociais culturalmente enraizadas que não se resolvem dum dia para o outro, nem sequer duma geração para a outra, como por exemplo e como melhor das hipóteses ao nível dum certo desenrascanso e/ou como pior das hipóteses ao nível dum certo chico espertismo luso ou até latino que nos está subjacente, que inclusive nem meio século de arbitrária e repressiva ditadura conseguiram eliminar, que se acaso até acabaram por agudizar(!) e que a subsequente democracia tem sido o pasto em que esse desenrascanso e/ou chico espertismo se espraiou, em qualquer dos casos com os resultados que se puderam e podem constatar, enquanto desenrascanso e/ou chico espertismo que me parece ser sociocultualmente transversal, incluída a classe política!

            _ Segundo e até por directa sequência do anterior ou o Senhor Primeiro-Ministro PPC é duma massa, duma fibra e diria mesmo duma superioridade ética, moral e por si só política para se conseguir impor positiva e democraticamente enquanto tal, incluindo ainda de forma incontornável todos ou pelo menos a maioria daqueles que governativamente o rodeiam e/ou então para além de correr o risco de não ir longe enquanto Primeiro-Ministro e/ou como governante democrático, tanto pior se correndo ainda o risco de que a sua terapêutica acabe por agudizar a patologia, inclusive com risco de coma ou até de morte do paciente que é a própria nação. Claro que estou a ser um pouco dramático, mas tenho de levar todas as hipóteses até às últimas consequências, além de que dadas as circunstancias não sei se estarei a ser tão dramático assim!?

            _ Terceiro, entenderá o Senhor Primeiro-Ministro que com tudo isto não me limito a criticá-lo positiva ou negativamente a si, até porque o senhor tem ainda relativamente pouco tempo de governação, nem sequer a criticar qualquer dos seus antecessores sem mais, salvo no que à imagem e semelhança dos seus antecessores, também o senhor tenha prometido eleitoralmente uma coisa e não raro feito exactamente o inverso porque parece ter entrado na moda que um governo imediatamente após ser eleito acabar surpreendentemente a descobrir um país de tanga ou tanga que o valha!!!_ como pretexto para não se fazer o pró eleitoralmente prometido, se acaso até bem pelo contrário; em qualquer caso e acima de tudo prefiro, pretendo ou necessito criticar um culto social modo geral, de que eu mesmo sou parte integrante, mas de que também o Senhor Primeiro-Ministro PPC e os seus respectivos antecessores foram e são duma ou doutra forma não só partes integrantes, como até como partes integrantes de elite. Enquanto culto social modo geral, que mais uma vez regressando ao pretérito meio século de ditadura _ de que durante décadas foi dalgum modo tabu falar-se, porque uns estavam demasiado comprometidos com a pretérita e outros queriam esquece-la, enquanto tal de muitas formas e em muitos casos não se fez a devida catarse da respectiva _ em que regra geral poucos mais direitos havia do que o direito do respeitinho e/ou de obedecia arbitrária e incondicional às hierarquias superiores instituídas, quiçá como factor no mínimo parcial e (pró) compensatoriamente responsável por uma genérica reclamação de direitos democráticos, como se inerente a direitos não houvessem deveres, enquanto estes últimos de sobra na ditadura; enfim salvo sempre as devidas excepções que estarão mais ou menos próximas da regra ou não, o facto é que a mim me parece que vivemos num significativo ciclo de desequilíbrio e de disfuncionalismo, não só social quanto existencial, de que a classe política não é nem está de todo alheia, até bem pelo contrário.

           _Quarto, gostaria de chamar à atenção para o facto de quando se fala em nome do país, da pátria, da nação, etc., não só porque em nome de países, de pátrias e de nações já muitas barbaridades foram cometidas ao longa do história humana. Sendo ainda que a nível nacional interno ao falar-se de país, de pátria ou de nação nunca se sabe muito bem do que se está de facto a falar, senão veja-se os resultados de quem há décadas fala a e governa em nome do País!!! Por mim sempre que ouço, por exemplo pedir sacrifícios em nome do País, da Pátria ou da Nação, não posso cada vez mais deixar de ver o País dos gestores e dos geridos; dos ricos e dos pobres; dos protegidos e dos excluídos; dos doutores e dos outros; etc., etc., etc., sem que na verdade o deve e o haver entre sacrifícios e o benefício desses mesmos sacrifícios coincida própria, exacta ou proporcionalmente com o todo nacional, mas sim e muito mais com sacrifício para uns e benefícios para outros. De resto nuns casos até se sabe, mas noutros nem se sabe muito bem ou de todo para onde foram milhares de milhões de €uros que foram injectados pela comunidade Europeia e que durante uns anos ainda circularam na nosso economia!? E aqui sim vou ser irónico para dizer que seguramente foram os patriotas que tomaram ou estão a tomar conta desses mesmos milhares de milhões, possivelmente têm-nos a render em nome da Pátria! 

            _ Quinto e último, não creio que isto que eu aqui escrevo, sirva de grande ou mesmo do que quer que substancialmente seja a nível sociocultural, político e/ou nacional, até porque isso seria demasiado pretensiosismo da minha parte. Além de que com o mesmo não proponho própria e positivamente algo de novo ou de concreto, aquém e além de chamar a atenção do Senhor Primeiro Ministro PPC. Mas que ao derivar o presente dum meu pró vital, sanitário ou subsistente processo de auto gestão própria; pode que dalguma respectiva e ainda que só residual, pontual, circunstancial ou até enviesada forma acabe por o mesmo ser pró vital, sanitária ou subsistentemente útil a quem mais quer que seja(!); pois caso contrário, sem qualquer ironia, resta-me pedir sentido perdão por esta minha existência, desde logo a quem esta minha existência toque duma qualquer referente, influente ou consequente forma _ (desde a minha família até por eventual e remoto exemplo ao Senhor Primeiro-Ministro) _ , por mais ínfima, reflexa ou residual que seja essa forma!
            
           Salvo sempre o dever, a obrigação e/ou a responsabilidade de que quem é tocado, acabe por fazer com relação e/ou em sequência desse toque! 

            Confesso que não voto há anos. Não necessária ou absolutamente por ir para a praia, por simplesmente não querer saber ou porque me seja um incomodo, etc. Pelo que não o faço por duas ordens de razões fundamentais, primeiro por minha carência de convicção política/partidária e/ou até ideológica. O que nesta sequência e mal comparado seja, para mim ir votar é uma espécie de jogar um jogo de sorte ou de azar, salvo que ao nível político não raro com um vencedor previamente anunciado. Por outro lado, porque dadas as circunstancias em que uns quase seguramente jamais ganharão e outros que ganhando recorrentemente com base em promessas eleitorais, por vezes promessas demasiado pomposas ou megalómanas logo à partida, que cada vez menos cumprem à posterior e que quando cumprem é com os resultados conhecidos(!...); a partir de que para mim ir votar nestas circunstâncias é como que estar a enganar-me a mim mesmo. Sequência de que mais que não votar por motivos passivos ou comodistas, quiçá até bem pelo contrário, faço-o como um pró activo ou humano sinal de descontentamento, com a prática política e com os respectivos políticos, regra geral.


            Mas até assumindo aqui algum compromisso a esta nível, quiçá passe a ir votar nos mais fracos, independentemente de quem estes sejam a cada momento ou respectivo ciclo eleitoral, até enquanto mais fracos por (auto) identificação comigo mesmo, além de que os mais fortes têm sempre muitos votos garantidos logo à partida e assim ao votar nos mais fracos, fortalece-se dalgum modo o necessário contraditório democrático ou pelo menos pró democrático! Salvo para quem é totalitarista ou tem tendências totalitaristas, sendo que também eu gostaria que houvesse um governo e uma gestão política modo geral que fosse tão universal e transversalmente completa em si mesma, além de que sustentada por um culto social modo geral tão civicamente elevado que enquanto tal se vissem diluídas as divergências político-partidárias e/ou os contraditórios democráticos, mas já que parece estarmos muito longe de tal desidrato, a meu ver e sentir, nas circunstâncias em causa, o melhor mesmo é apoiar democrática ou pró democraticamente os mais fracos!...

            

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

A Política ao arrepio de Deus

           Em ditadura, seja ela de que teor partidário ou ideológico for, por norma há um ser humano que duma ou doutra forma se arma em Deus e/ou que o dito povo toma activa ou passivamente por Todo-Poderoso. Mas que ao não ser o primeiro de facto Deus, nem Todo-Poderoso, por invariável norma também se sabe qual é o resultado das ditaduras ou como terminam estas últimas!

            Já em dita democracia político-social, não raro ou mesmo em regra as dirigentes elites políticas e sociais tendem a comprar o voto democrático ou seja ao invés da mensagem Bíblica-Divina que diz: faz o bem sem olhar a quem e sem esperar o que quer que seja em troca!

            No entanto e ao menos a mim parece que a regra político-partidária e social em geral, no contexto democrático é a de fazer em troca do voto ou para com ganhar o voto, sendo que o que se faz nem sempre, nem de todo é o bem, pelo menos o universal ou público bem comum; o bem sem olhar a quem e/ou o bem desinteressado.

            Dum ou doutro modo e salvo a ingenuidade, creio que todos saberão ao que me refiro, desde logo todos conhecerão casos concretos, tendo por base os princípios, os meios ou os fins, desde logo político-partidários e sociais em causa!

            Claro que ao falar aqui em Política e à vez em Deus enquanto factores associados, num Estado e/ou num Regime laico, tudo pode enquanto tal ser em vão; salvo que não ser religioso ou sequer acreditar em Deus, não é sinónimo de se estar livre das incontornáveis e inexoráveis leis Divinas para os religiosos ou das regras Universais para os laicos.  

            E quando uma pessoa tal como eu, do dito povo, me diz com a maior e parece que senão favorável pelo menos muito conformada das naturalidades que os padrinhos _ vulgo compadrios, tráficos de influências e afins _ sempre existiram, existem e existirão; a partir de que está mais ou menos tudo dito relativamente à situação política, social, económica, cultural e/ou existencial em que estamos mergulhados, em grande medida à beira do abismo: com gente altamente competente e qualificada no desemprego ou colocada onde não rende o que podia ou o que devia render; outros com graduação formal ou oficial, mas aparentemente sem suficiente qualificação técnica e prática especifica ou cultural em geral; o sistema de segurança interna que apesar de tudo vai funcionando, mas por exemplo com significativas taxas de suicídio ou tentativa deste nos elementos das forças de segurança, supostamente (também) por não devida selecção ou preparação dos agentes para as respectivas funções a desempenhar, associado a não raro propagadas deficiências desde logo materiais para o devido desempenho do cargo; ao nível político-social com recorrentes e crónicas derrapagens e buracos económico-financeiros; ainda ao mesmo último nível com suspeitas de corrupções e outras infracções, que mesmo quando passam a comprovação ou dito transito em julgado, desde que toque às elites nada parece suceder em efectivo, designadamente a nível penal; quanto ao sistema de saúde, aquém e além doutras anomalias desde logo de gestão, parece também haver ao mesmo tempo médicos a mais e a menos; o sistema de educação parece andar numa eterna indefinição entre reforma e reforma e respectivo governo e governo e/ou vice-versa; ao nível demográfico ao mesmo tempo que se pede mais gente nova (mais nascimentos) e mais formação académica ou técnica para estes últimos, também se constata que a maior taxa de desemprego está entre os mais jovens e destes de entre os mais qualificados académica ou tecnicamente; ao nível judicial é como mínimo a tão propagada e por si só injusta demora funcional; ao nível social em geral chega a ir chico espertismo de empresário que pede ajuda ao Estado ou o sacrifício dos seus funcionários, em nome da empresa, para suposta ou alegadamente adquirir porches, ferraris e afins em benefício próprio, até ao não menos chico espertismo do funcionário que se gaba de ganhar bem e de fazer pouco ou de ser o último a entrar ao serviço e o primeiro a sair desse mesmo serviço; com toda uma infinidade de intermédias variantes, em que não raro acaba por quem quer que seja deixar de acreditar em quem mais quer que seja; enfim o disfuncional e desestruturante ciclo parece ser eterno, redundante e socioculturalmente transversal; tudo isto e muito mais com expressa ou impressa repercussão pública, salvo o que nem chega a vir a público(!?), mas extra especulações e tão só pelo que de facto vem a público, me leva a concluir que com as devidas excepções que espero estejam ou passem a estar cada vez mais próximas da norma, até porque aquém e além destas disfuncionalidades estou certo e seguro que há muito gente muito humana, vital e universalmente digna ou até elevada e enquanto tal de confiança, de resto mal de nós que assim não fosse, mas não raro parece-me mesmo que significativa parte populacional vive mesmo encostada a padrinhos e os respectivos padrinhos a contar senão com o activo apoio pelo menos com o passivo silêncio populacional, em geral.

            E entretanto há pessoas que não procuram, nem dão o seu melhor porque não necessitam, derivado ao proteccionismo paternal e outros que procurando e dando o seu melhor nunca chegam a luzir porque o sistema está inquinado, não necessariamente no seu todo e reiteradamente mal seria que assim fosse, mas em muito significativa ou pelo menos suficiente parte como para que a coisa política, social, cultural e existencial modo geral não funcione como poderia e deveria!  

            Mas tudo isto sou eu que digo, sendo que sem falsas modéstias nem ironias, eu sou Nada sou Ninguém!

             Que já agora em toda esta sequência, gostaria de deixar aqui a referência ao menos daquilo que é ou pode ser um exemplo que se vale por si só e pelo seu trabalho, que no caso é o Dr. º Rui Rio na Câmara Municipal do Porto (CMP). Seja que o Dr. º Rui Rio, sabe valer-se por si só e pelo seu trabalho à frente da CMP, sem por destacado exemplo necessitar colar-se à entidade institucional com maior peso desportivo e social local e regional, que até pela sua meritória repercussão nacional e internacional é por si só o Futebol Clube do Porto (FCP). O que me leva a pressupor ou a concluir que com naturais defeitos e virtudes, o Dr. º Rui Rio estará a fazer um trabalho político e social suficientemente abrangente e transversal para poder merecer o voto da maioria dos seus concidadãos e respectivos eleitores, mesmo que prática, activa e/ou cumplicemente à margem do FCP _ que para muitos outros activa ou cúmplice associação a este último seria eleitoralmente indispensável!

            Suposta ou seguramente que haverá mais alguns exemplos equivalentes ao Dr. º Rui Rio a nível nacional, independentemente da cor ou ideologia política, mas temo que não sejam a maioria ou que nem se aproximem desta última?!

            Em qualquer caso e assim sendo, bem-haja Dr. º Rui Rio, pelo que e ainda que inversamente a si, até para com minha auto valorização tenha de me colar ao Dr. º Rui Rio, no caso dizendo-lhe que enquanto tal tem a minha respectiva admiração pessoal, por se valer por si só e pelo seu próprio trabalho, aquém ou além de colagem ou descolagem do que e de quem mais quer que seja!... 

            

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Anómalia

           É-me tremendamente difícil ou mesmo impossível qualificar um acto como o recente triplo e de todo macabro homicídio da esposa, da filha e da neta, por parte do respectivo marido, pai e avô, em Beja. Bem sei que o ser humano, a minha própria humanidade é capaz dos maiores actos de benevolência mas também das maiores barbaridades, inclusive como potencialidades universais, num e noutro sentido. Mas objectivamente é sempre muito difícil, senão mesmo impossível qualificar um acto como o aqui em causa.

            No entanto apesar de e/ou até por tudo, como por exemplo do que imagino deve ter saído na imprensa escrita ou deve ter sido debatido radiofónica e televisivamente, além de boca em boca, mas com base no pouco que ouvi ao respeito, que incluiu o que uma pessoa do meu ciclo relacional me contou e/ou o que na hora do almoço de ontem ouvi a um dos criminologistas que periodicamente dão o seu parecer a respeito destes assuntos em programas televisivos, por mim mesmo apetece-me tão somente perguntar:

            _ De que tipo de superioridade ou quiçá de inferioridade ética, moral ou qualquer outra padece quem comete um acto criminoso como a aqui em causa e continua como se nada fosse!?

            _ Já do ponto de vista da intervenção televisiva do criminologista de serviço, creio que na RTP1, ontem 14, de que de resto só ouvi poucas palavras mas que segundo me deu a entender o mesmo deixando claro que tal não justificaria em absoluto tal acto tresloucado, mas que ainda assim dito acto poderia derivar do complicado contexto social em que vivemos (...); levando-me a auto entender que o senhor (criminoso) poderia ter cometido tal acto, por exemplo como um acto de compaixão, pró protecção familiar dos males sociais!!!
            Aliás nesta última acepção parece-me que a dita crise económica, financeira ou social começa a servir de desculpa para tudo e para mais alguma coisa, individual ou colectiva, negativamente falando!

            Mas que dadas as circunstâncias em que ao menos numa primeira instância como tudo se parece ter passado, designadamente creio até à semelhança de casos idênticos, por norma creio que o criminoso costuma suicidar-se após cometer o crime, desde logo se tendo por base os argumentos de suposta base social em causa e de pró compaixão para com os ente queridos relativamente à adversidade social, mas nesta mesma sequência creio eu ainda que o criminoso gostaria eventualmente de acompanhar a família no seu acto de compaixão; salvo que não fosse um acto de tanta compaixão assim, até dada a forma no mínimo tortuosa como os crimes foram cometidos e/ou então que o criminoso fosse ou seja ética, moral, por si só tão vital e universalmente superior que cá ficasse para redimir não só os seus actos como os efectivos ou eventuais males sociais em vida _ ainda que ao menos eu não conheço Super Homens, a esse nível.

            Não quero, nem posso explorar este assunto para além do meu entendimento, até porque tal como eu há milhões de pessoas com a sua perspectiva e opinião própria ao respeito, além de que há os respectivos especialistas forenses e/ou outros com competência para analisar e tirar as devidas conclusões ao respeito, pelo que tão só quero dar expressão à minha respectiva perspectiva e opinião própria ao respeito, que no fundo e conclusivamente passa por me ser objectiva ou absolutamente impossível entender um acto como o aqui em causa _ salvo ao nível duma profunda anomalia existencial por parte de quem o comete, aquém e além de qualquer eventual anomalia existencial por parte de quem é vitima do mesmo!

                                                                                                                16-02-2012

            Após ter escrito e postado o transacto texto no Blog, acabei por subsequentemente ver e ouvir nas noticias da noite, salvo erro uma psicóloga e um ex. agente de investigação criminal a falarem sobre este caso de triplo homicídio, com contornos muito próprios ou mesmo sui generis, enquanto tendo ditos especialistas na matéria coincidido com a substancial globalidade do que eu mesmo escrevi ao respeito, inclusive com o ex. agente de investigação criminal a falar mesmo em anomalia no relativo ao presumível autor dos triplo homicídio; sequência que me chegou a fazer pensar retirar este meu texto, em si mesmo sob titulo Anómalo do Blog; desde logo enquanto eu um zé ninguém, o que pode dar a sensação que andei a copiar o que outros, desde logo especialistas na matéria pensam e dizem ao respeito. Mas creio que em boa hora, decidi deixar ficar, pois afinal de contas o que e como escrevi, foi não só de minha natural e espontânea iniciativa própria, como ainda antes de sequer ter ouvido falar ao respeito do homicídio em causa, mais do residualmente a alguém do meu ciclo relacional ou familiar próprio, além dumas brevíssimas e intermitentes palavras na televisão. Pelo que cada qual que pense aquilo que muito bem entenda ao respeito, mas eu sou eu e o que é meu é meu. No caso e como algo que modéstia ou imodéstia à parte eu tenho vindo crescentemente a constatar que terei um relativo ou significativo senso comum, com tudo o que isso possa ser, significar ou implicar, pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal, como regra geral tudo o mais da e na vida.  

domingo, fevereiro 12, 2012

Desconforto

          Talvez porque venho duma dimensão existencial própria onde para além de eventual timidez natural própria, mas que salvo o auto diagnóstico, creio que também com significativa carência de autoconfiança, de auto estima e/ou até de amor próprio, em regra sempre tendi para a auto anulação, para a auto abstracção, para a auto discrição, no fundo para ficar quedo e calado no meu cantinho ou para passar o mais desapercebido possível _ isto salvo as devidas e circunstanciais ou temporais excepções!
           
            Pelo que agora ao expor-me ou revelar-me pró pública e abertamente como aqui o faço via Blog, ainda que e/ou até por à partida com o pró objectivo de ser lido pelo maior numero de pessoas possível _ duma até ao infinito _ o facto é que mal constatei no sub menu estatísticas do Blog, que cerca de duas dezenas de pessoas haviam acedido ao(s) meu(s) presentes e associados Blogues, que mesmo sem qualquer garantia de que essas mesmas pessoas tenham lido o que eu publico neste(s) mesmo(s) Blog's, pelo menos para além duma primeira e superficial curiosidade, no entanto foi suficiente para como mínimo me fazer sentir desconfortável com tal situação, tanto mais se por várias pessoas terem acedido a partir de diversas partes do Globo; enquanto meu desconforto que talvez suceda pelo conteúdo do(s) Blog’s que me faz(em) sentir dalguma forma intrinsecamente nu, mas creio também porque expor-me ou revelar-me enquanto tal não é de todo a minha praia, em grande ou substancial medida equivale mesmo a ir contra os meus princípios essencialmente humildes, pró obedientes e/ou pró inexistência própria!

             A partir de que só posso esperar e/ou tudo fazer para que esta minha auto violação própria ou melhor auto violação dos meus princípios e respectiva correspondência a mim mesmo, seja pessoal, humana, vital e universalmente positiva, por si só e/ou na e com a graça de Deus!

Desestruturação social com reflexos demográficos

           Ouve-se e torna-se insistentemente a ouvir dizer que: faz falta mais gente nova ou seja mais nascimentos e que essa nova gente possua mais formação académica ou técnica e profissional.

            Ouve-se e torna-se insistentemente a ouvir-se também dizer que: a maior taxa de desemprego se encontra entre os mais jovens e de entre estes em especial de entre jovens licenciados ou com formação média-alta.

            Ouve-se e torna-se a ouvir ainda dizer que: gente de meia-idade desempregada, regra geral tem dificuldade ou mesmo poucas hipóteses de voltar a encontrar emprego ou trabalho minimamente digno ou mesmo em absoluto.

            Ouve-se e torna-se a ouvir dizer que: a por si só dita de terceira idade está genericamente ostracisada, abandonada e que (sobre)vive ou morre só.

            Como seja uma imensa e paradoxal confusão, de entre exigir-se gente nova com média-alta formação académica e técnica-profissional, ao mesmo tempo que a maior taxa de desemprego está precisamente de entre os mais jovens e de entre estes inclusive nos de maior formação académica e técnica-profissional. Mas depois também os experientes elementos de meia idade que ficam sem emprego dificilmente voltam a empregar-se. E a dita terceira idade que já foi jovem e profissionalmente útil na meia idade, encontra-se ostracisada e morre só.  

            Ao que eu proponho que se institua um decreto muito simples que por si só resolveria todos estes problemas sociais e que é o seguinte: decrete-se que acima dos cinquenta ou até acima dos quarenta anos de idade, que neste último caso já me inclui a mim mesmo_  salvo que por exemplo me pode-se excluir a mim enquanto eu ideólogo da proposta, até porque todos os regimes políticos, sociais, etc., têm as suas elites e os seus privilegiados, legitima ou ilegitimamente imunes à regra geral _ mas a partir de que acima da faixa etária em causa, regra geral todos passem a ser obrigados por decreto ao auto suicídio colectivo. Ou seja a pessoal ou socialmente se suicidarem _ com ressalva de que o meu excepcional privilégio nesta sequência me leva-se a eventualmente ser o primeiro a suicidar-me, não por ser obrigado por decreto, dada a minha elitista e imune excepção enquanto mentor do respectivo decreto, mas sim por não aguentar com a responsabilidade ou com os efeitos e as consequências de tal menção-proposta.

            Mas que dadas as circunstancias sociais ou civilizacionais actuais, repare-se na eficácia da minha proposta: por um lado disponibilizava-se de imediato possibilidades de emprego para os mais jovens; ficava-se livre de gente de meia-idade obsoleta e sem perspectivas de futuro, com todas as insanidades pessoais e sociais inerentes; evitava-se a profunda e crescente decadência e degradação existencial da terceira idade a sobreviver e/ou a morrer solitariamente; com o que ainda se ganhava em respectiva produtividade e com de todo menor despesismo económico-financeiro, que no fundo e no final é o que social e civilizacionalmente mais importa.

            O quê! Esta minha proposta é louca? Seguramente que sim. Desde logo e pelo menos da minha auto perspectiva é profundamente irónica.

            Mas então e esta realidade social ou civilizacional em que vivemos é o quê?

                                                                                                          VB

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Desestrutução social de base capitalista

 Tendo como uma das principais fontes da e para a actual, afamada ou malfada, crise económica e financeira mundial ou europeia e ocidental em particular, o sector bancário. Inclusive sector bancário como base de sustentação ou espinha dorsal do sistema capitalista, relativamente ao que por si só não me atrevo a fazer positivos ou negativos juízos de valor, porque seguramente o mesmo tem virtudes e defeitos, como à partida e regra geral tudo o mais da e na vida, de entre o que o maior mal ou defeito do mesmo, como de qualquer outro sistema de organização politica, social, cultural ou no caso financeira, é esse mesmo sistema de organização ficar refém duma só perspectiva, no caso concreto a perspectiva de base capitalista sem muito ou nada mais _ o que respectivamente acaba por ter tanto ou mais a ver com a gestão e organização política e social modo geral do que com o sistema capitalista em causa ou qualquer outro em e por si só, dado que o mesmo só tem a força que tem, porque essa força lhe é proporcionada pela respectiva gestão política e social, tanto mais se em democracia ou seja sob livre responsabilidade de todos e de cada ou ao menos da maioria de nós sociedade civil. Pelo que antes, durante ou depois de apontarmos o dedo ao sistema capitalista ou a qualquer outro, como base ou centro de gravidade da organização social actual e de há muito a esta parte, pelo menos em democracia devemos também olhar para nós próprios (sociedade civil) e procurar saber o que fizemos, o que fazemos ou o que podemos fazer para melhorar a situação. Até porque com sede de lucro, de mais lucro, de mais lucro e de mais lucro económico/financeiro, quem disponibilizou crédito fácil e barato a torto e a direito foi o sistema bancário, mas quem acorreu mais ou menos indiscriminadamente a esse mesmo crédito fomos todos e cada um de nós ou pelo menos a grande maioria de nós sociedade civil. Talvez por isso não reclame-mos muito e/ou em grande escala, apesar da situação económica e financeira nacional ou da esmagadora maioria de nós ser cada vez pior ou mais precária, degradante e decadente.

Cuja grande desestruturação e mesmo injustiça da situação de crise económica, financeira e respectivamente social actual, passa por exemplo pelo facto do sistema bancário ter sido uma das grandes ou mesmo a maior fonte de responsabilidade para com a respectiva situação de crise; mas como os bancos são o centro de gravidade do sistema capitalista em que vivemos e como tal não podendo deixar-se os bancos ir a baixo, em vez de penalizados acabam mesmo sendo os mais ajudados financeiramente pelo Estado; Estado que por si só deve aos bancos; bancos que não financiam empresas, mesmo que viáveis e confiáveis como ainda há dias se constatou tendo por base uma empresa que produz equipamentos médicos, enquanto empresa a quem por seu turno o próprio Estado é o maior devedor!

Meu Deus! Entenderam alguma coisa?

Se não entenderam talvez ou seguramente seja erro linguístico ou de comunicação da minha parte(!), mesmo que a partir duma minha perspectiva muito básica e até simplista ao respeito, até porquer quer parecer-me que a coisa é ainda muito mais extensa, profunda, complexa, subtil e em certa medida até eventualmente perversa ou controversa do que o que e como eu posso expor. Mas dadas as circunstâncias, que esta sociedade é uma espécie de democrático e estrutural faz de conta e que este sistema de organização política, económica, financeira, etc., está significativamente falido ou pelo menos substancialmente em causa, parece não haver grandes dúvidas; de entre o que a maior gravidade pode estar em que o (sistema) que venha a seguir seja duma injustiça e desestruturação tão grande ou maior, do que aquilo em que estamos mergulhados, desde logo em que possam ser os grandes responsáveis da situação actual, duma ou doutra forma a continuar a mandar em tudo isto, como seja em todos e em cada um de nós modo geral; o que a ser assim, tanto mais se em democracia, será seguramente porque ao menos a maioria de nós o merecemos!


Que salvo a diversidade de opiniões e perspectivas ao respeito, pelo menos em alguns casos havendo quem não goste muito ou mesmo nada da democracia, talvez porque não gosta da responsabilidade democrática que lhe cabe, aquém e além de quem seria (semi)privilegiado da pretérita e enquanto tal saudosa ditadura; outros que eventualmente gostariam duma ditadura em sentido inversos à anterior; outros que pela sua simples e neutral condição existencial, lhes foi ou é relativamente indiferente a(s) ditadura(s) ou a democracia; e quiçá a grande maioria que não gostando de ditaduras, no entanto tem provado não saber viver positiva, responsável e consequentemente em liberdade democrática!

Não será por acaso que os grandes ou mais pró activamente responsáveis da crise actual, como por exemplo o sector financeiro ou bancário, sejam também os mais protegidos e que do alto duma superioridade que em certa media só tem artificialmente, inclusive superioridade derivada duma sociedade civil em significativa media ignorante ou analfabeta em termos económicos e financeiros, em que eu mesmo me incluo, sequência em que mesmo dito sector financeiro e bancário ou sistema capitalista que aproveitou o mais que pôde a ignorância e o analfabetismo económico/financeiro geral e que depois se arma em arrogante e prepotente, ao nível finaceiro com os afamados ou malfadados mercados a porem e disporem a seu belo prazer e com os bancos dizendo: acabou-se o crédito fácil e barato, inclusive _ digo eu _ para empresas viáveis, enquanto crédito que os mesmos disponibilizaram mais ao menos indiscriminadamente enquanto lhes interessou ou enquanto sentiram muito dinheiro à solta! Tudo mais ou menos perante um dito povo semi adormecido e anestesiado, enquanto povo que durante décadas sustentou activa ou passiva e mas em qualquer caso voluntária ou ilusoriamente o sistema, designadamente recorrendo a créditos bancários em alguns casos até para pagar o lanche no café ou um par de peúgas no super mercado; pelo que povo que tão pouco pode falar muito e em muitos casos não pode falar nada, não porque esteja (ainda ou já!
) formal ou ditatorialmente proibido, mas porque em grande medida e respectiva grande parte do mesmo não tem(os) moral própria para tal.

E que no meu, próprio e presente, caso se falo é porque auto assumo que jamais me consegui impor na vida ou na sociedade pela positiva; porque não me armo no que não sou, com base no que tenho de material ou no que ostento exteriormente; porque se não fui dos que me atulei em créditos, no entanto fui dos que tão pouco soube poupar ou investir o pouco que ganhei _ ao nível do investimento por exemplo e como mínimo criando o meu próprio emprego; porque dalgum modo se não fossem os meus pais, pelo melhor e/ou pelo pior, com mais tendência para esta última hipóteses só por certo não estaria agora a escrever o presente, apesar de e/ou até por tudo com o presente como o efectivo ou potencial melhor de mim mesmo; enfim se falo é porque me auto assumo como parte integrante do problema ou da crise e não como aquele que só sabe criticar o outro e/ou então calar porque na vertigem do sucesso ou do ter, do possuir e do parecer que durante anos reinou, agora que a situação se inverteu reina a vergonha e a frustração _ sendo que alguns nem mesmo com preservação do que têm ou do que parecem, deixam de ser frustrados, porque há sempre alguém que tem ou que parece mais e isso para muitos é motivo duma inveja avassaladora que não os deixa em efectiva paz! E neste último caso ou calam as suas fraquezas ou então eneltecem as fraquezas alheias para disfarçar as suas fraquezas próprias e assim _ salvo as devidas excepções de para com tudo o inerente _ e como sempre cá vamos andando!

Emigrantes "ratos indignos"

28-01-2012

Tomei hoje conhecimento na rubrica O Provedor do Ouvinte da Antena1 da RDP, das palavras do Dr. º Quintino Aires, com relação aos portugueses que perante a crise económica, financeira e social interna acabam por emigrar como sendo ratos que covardemente fogem à primeira dificuldade! Sendo que enquanto estas palavras proferidas aos microfones da Antena1, muitos ouvintes se sentiram ofendidos e indignados com tais palavras, fazendo-o sentir ao respectivo Provedor do Ouvinte, pelo que precisamente por via da rubrica O Provedor do Ouvinte o Dr. º Quintino foi instado a justificar essas suas palavras e na sequência o próprio justificou-se dizendo em traços gerias: não se arrepender dessas suas primeiras palavras, designadamente porque tendo ele mesmo emprego e negócios, em qualquer dos casos de sucesso no estrangeiro, acabou desistindo dos mesmos para regressar a Portugal afim de ajudar(!) o País neste particularmente difícil momento.

Por mim que ao escutar as primeiras palavras do Dr. º Quintino, até mesmo eu que jamais emigrei ou penso objectivamente faze-lo, inclusive por curiosa e ironicamente confessa falta de coragem para tal, ainda que eu também tenha confessas aspirações pró universalistas, com influência cosmopolita e base geral nas minhas raízes rurais e provincianas, o facto é que acabei também eu sentindo-me ofendido e indignado pelas respectivas primeiras palavras do Dr. º Quintino; mas que no entanto ao escutar a sua justificação não pude deixar de concordar parcialmente com o mesmo, ao menos enquanto falando o mesmo por si só e sem mais, na medida em que o respectivo abandonou emprego(s) e/ou negócio(s), em qualquer dos casos de sucesso no estrangeiro, para patrioticamente regressar Portugal e ajudar o País, num mau momento interno. Mas ainda assim não posso concordar de todo em todo com as primeiras palavras do Dr. º Quintino, no que as mesmas se referiam a terceiros, na media em que desde logo a esmagadora maioria dos portugueses que emigram não têm nem os conhecimento técnicos, nem a formação e a cultura geral, nem a respectiva capacidade liberal do Dr. º Quintino para apostarem em si mesmos ou no País, num momento de crise profunda. De resto não creio que quem quer que seja emigre por prazer e que se for por prazer tanto melhor, além de que quem emigra também enriquece e prestigia o País, não só pela força e dignidade do seu trabalho no exterior, como pelo valor económico, financeiro, técnico, cultural, etc., que acaba importando para dentro de portas. E por mim estou tão mais à vontade para o dizer quanto jamais emigrei, nem penso objectivamente faze-lo, mesmo que no meu caso nem interna, nem externamente eu consiga produzir riqueza, restando-me pouco mais ou nada que ir auto subsistindo dia após dia, muitas vezes sei eu e saberá Deus como e por quanto!

Ainda que e/ou até pelo que não me lamente, nem me regozije, simplesmente auto assumo-me enquanto tal e sigo em frente o melhor que posso e sei _  que em parte é também o que e como se pode constatar!…


                                                                                                     VB

Emigração providencial

02-02-2012

Ia na tarde de ontem (01-02-2012) a ouvir na Antena1 da RDP, aquilo que, correctamente, eu designaria como uma reportagem radiofónica acerca de portugueses emigrados.

Estando a atravessar uma zona de serra, nem sempre consegui escutar como devido o que era dito, devido a intermitências na emissão, mas do que ouvi e entre outros casos, pude por exemplo aperceber-me do que creio ser um jovem arquitecto português, que não tendo conseguido encontrar saídas profissionais para a sua formação em Portugal, inclusive muitos dos seus colegas de curso que ficaram em Portugal ou estão em cíclicos e até por isso humilhantes estágios não remunerados ou estão no desemprego, sequência de que a muito custo por ter de deixar família, amigos e o território de origem, acabou este jovem(?) arquitecto por emigrar para a Alemanha, mais concretamente para Berlim; onde também segundo o próprio os arquitectos portugueses até gozam duma significativamente boa reputação.

Por outro lado e mais à frente entrou o caso dum casal português ex. emigrantes em França, que após muitos anos emigrados acabaram regressando a Portugal, onde abriram um restaurante, segundo consta de sucesso e segundo os próprios, trabalhando ao lado dos seus respectivos empregados, porque supostamente isso de dar uma de patrão só para andar dum lado para o outro, à partida está votado ao fracasso! Cujo um dos motivos que os levou a apostar num negócio próprio e em Portugal, foi um familiar ter-lhe dito que para andarem a trabalhar uma vida toda e muito, para outros, constatando que tinham valor para tal, porque não faze-lo para eles mesmos? Ao que os mesmos aquiesceram e que após o sucesso da aposta neles por eles mesmos, dizem agora que não é necessário ir para fora (para o estrangeiro) para ter sucesso, pois que com "bom" trabalho, o sucesso é possível mesmo em Portugal.

Por mim mesmo e fazendo o balanço de entre estes dois casos, mas pegando pelas conclusivas palavras deste último casal diria que:


_ Primeiro: caso os elementos deste casal não tivessem emigrado, eventualmente jamais descobririam que têm o valor que têm(!), até porque se assim não fosse não teriam jamais emigrado!

Segundo: lamentavelmente em Portugal as pessoas, os próprios portugueses temo-nos em baixa conta e/ou damo-nos muito pouco valor a nós mesmos. Desde logo porque as gerações mais velhas ainda vivas nasceram e cresceram num regime político/social interno que fez delas puras e duras analfabetas, incondicionalmente obedientes e/ou com muito respeitinho, cujo grande valor que tinham era mesmo o de obedecer (quase) incondicional e por norma arbitrariamente a uma infinidade de hierarquias superiores, que em grande medida ou em significativa escala eram as próprias hierarquias analfabetas quer literária quer vital e universalmente! Depois veio uma dita democracia, com respectiva aposta no ensino e/ou na educação democrática, como seja socialmente transversal, só que parece que a coisa não correu ou não está ainda a correr assim tão bem, porque desde logo grande parte dos doutores, engenheiros, arquitectos e afins parecem não ter colocação, dalgum modo como que não servindo anos de esforço dos próprios, das suas famílias e do próprio País, como se tudo não passa-se duma imensa e aparentemente infinita disfuncionalidade interna!

Terceiro e último: quiçá agora que os próprios responsáveis governativos, incluindo o senhor primeiro ministro, entre outras individualidades começam a aconselhar os portugueses a emigrar, o que não será necessário, porque como sempre a necessidade dos próprios os levará ou não a tal. Mas que após emigrarem e trabalharem duro e forte lá fora, sendo devidamente valorizados e remunerados por isso, quiçá voltem a Portugal com o produto material do seu trabalho no exterior e/ou como no caso do casal atrás referido, também com o conhecimento não só técnico, como também substancial e intrínseco do seu valor, acabando por enriquecer o País de fora para dentro, que não em e por si só. É lamentável esta nossa triste sina ou este nosso triste fado, mas é o que temos e com o que podemos contar _ salvo as devidas excepções internas pela positiva, que até por mim mesmo que jamais emigrei, talvez até por falta de coragem para tal, gostaria de não ter de o fazer, respectivamente espero as positivas excepções internas sejam cada vez mais a norma e cada vez menos a excepção! Ainda que no que a mim particular e unilateralmente toca seria e/ou será demasiado pretensiosismo da minha querer fazer parte das positivas excepções, inclusive para que as mesmas sejam cada vez menos a excepção e mas sim cada vez mais a regra _ salvo que de entre a semi objectiva ou subjectiva pressão para emigrar e a minha teimosia ou se acaso a minha covardia para o fazer, não me reste mais ou melhor que apostar em mim próprio, mesmo que muitas vezes não saiba como, quanto, nem porque e para quê o fazer!? Restando-me pouco mais ou nada que auto assumir-me como e enquanto tal, tentando na sequência auto subsistir desde logo em e a mim próprio, mas também a muito do que e de quem me rodeia, de e para com o que escrever coisas como esta me acaba sendo pró vital, sanitária, subsistente ou absolutamente providencial!


E entretanto, até em nome da Pátria e/ou da Globalização, em qualquer dos casos, que viva a Emigração!

Suposta homoxessualidade

30-01-2012

Além doutras famas, ganhei na melhor das hipóteses a fama de boa pessoa, neste último caso muito mais com base no que e como eu não sou e não faço por mim mesmo e/ou do que e como eu sou e faço por auto anulação perante ou sob o exterior; do que respectivamente, como no presente e paradigmático caso, pelo que e como eu sou e faço ou deixo de ser e de fazer em e por mim mesmo _ salvo a imodéstia e a presunção da minha parte, de resto sem prejuízo de quem eventualmente tenha as suas substancias razões para me considerar boa pessoa!


A partir de que até por projecção do pior alheio em e sobre mim ou sobre o exterior modo geral; numa perspectiva pejorativa, na boca dalgumas pessoas, inclusive auto proclamadas de religiosas, tenho a fama de ser homossexual _ vulgo maricas _ desde logo porque não tenho namorada, nem compromisso sentimental com qualquer mulher.

Ao que me apetece responder:


Primeiro: se não tenho compromisso sentimental ou sexual com mulheres, tão pouco me parece que os tenha com homens. E que se alguma vez os tive ou os tiver, no meu caso com mulheres, tão pouco teve ou terá de ser algo 
necessariamente explicito ou indiscreto, aquém e além duma relação ou compromisso sólida/o.

Segundo: mas ainda que eu fosse homossexual isso seria assunto pessoal meu, mas que não o sendo, continua a ser assunto pessoal meu _ inclusive e salvo que em qualquer dos casos eu perturba-se a paz e a vida pública ou de quem mais quer que fosse, de resto ninguém tem absolutamente nada que ver com a minha vida pessoal e muito menos com a minha intimidade sexual propriamente ditas _ salvo que eu o permita, a quem me é naturalmente íntimo ou que a providencia a isso leve de entre mim e quem mais quer que seja. Em qualquer caso o que por ai mais há são heterossexuais e homossexuais(*), que quer dum e doutro lado da barricada se podem considerar humana, vital e universalmente como boas ou como más pessoas, sem que haja exclusividade duns ou doutros, num ou noutro sentido dos maniqueístas termos ou dos juízos de valor: bom e/ou mau. Sendo ainda que todos e cada um de nós somos potencias portadores do melhor e do pior da vida e/ou do universo _ aquém e além de homo ou de heterossexualidade.

Terceiro: se quem na sua pequenez, mesquinhez, mediocridade, se acaso até perversidade mental, racional, intelectual e espiritual me acusa de homossexualidade, tão só por eu não ter relacionamento ou compromisso com uma mulher e respectivamente só consegue perspectivar a sexualidade dum ponto de vista homo ou heterosexualmente prático
(**), então e tanto mais se enquanto essas pessoas auto proclamadas de religiosas praticantes, tenho de chegar à conclusão que são uma espécie de beata(o)s falsa(o)s, que ao menos de espiritualidade pouco ou nada entendem, aquém e além de …venha a nós!…e/ou de espiritismos mais ou menos obtusos!

(*) Claro que ao referi-lo é porque supostamente conheci ou conheço homossexuais! E efectivamente tão só num único, de todo legítimo, digno e até exigente trabalho publico que exerci, tive de lidar, por assim dizer, com todo o tipo de pessoas, inclusive com homossexuais explicitamente assumidos ou não. E pelo menos alguns, para além de me parecerem diria mesmo com substancial segurança não ser: ladrões, assassinos, violadores, pedófilos, corruptos, traficantes, traiçoeiros, intriguistas, em suma más pessoas do ponto de vista pessoal e humano. De resto tal como se passa com muitos heterossexuais. Podendo-se até dizer que a pedofilia é essencialmente exercida por homossexuais, mas o que tão pouco jamais faltou foram violadores heterossexuais. Isto por tão só falar em crimes do ponto de vista meramente sexual, porque a partir dai até tenho dúvidas de quais serão mais tendencial e percentualmente criminosos modo geral!?. Mas em suma não é em absoluto necessário ser-se homossexual ou heterossexual para respectivamente se conhecer e até ter algum tipo de contacto ou de relação pessoal e humana com homossexuais, tal como com heterossexuais, a ponto de designadamente se conhecer minimamente o melhor e o pior humano, quer dum lado quer do outro, aquém e além do mero factor sexual! 

Nota: Dado que este é o Post mais visitado deste meu Blog, permita-se-me agora (21-10-2012) à posterior da sua original publicação (08-02-2012), acrescentar que: baseei o mesmo numa perspectiva maniqueísta, na media em que se por um lado fui e/ou sou exteriormente considerado de boa pessoa, essencialmente pelo que eu deixei de ser ou de fazer em e por mim mesmo; sendo por outro lado, mas na mesma base do que deixo de ser e/ou de fazer por mim mesmo, perspectivado com conotação negativa como suposto homossexual; logo tive e tenho de chegar à conclusão de que por um lado há um maniqueísta paradoxo nas perspectivas externas a meu respeito e por outro lado há em qualquer dos casos um respectivo e preconceituoso equivoco externo a meu respeito. Algo que em qualquer respectivo caso, pelo melhor e pelo pior, este meu acto escrito como paradigma do meu ser e fazer próprio, talvez venha dalguma forma esclarecer ou não!?


(**) Tendo por base que à presente data (01-06-2013), este continua ainda a ser o texto mais lido de entre a quase centena de textos que eu tenho por aqui postados, dalgum modo como eventual ou seguro reflexo do extremo poder da sexualidade e respectivamente como justificativo do mesmo e do que se segue em sua directa e imediata sequência. Seja que na assinalada(**) e contextualmente fundamental acepção, estando eu agora em condições de o fazer, talvez deva esclarecer ao respeito e na sequência que: por motivos e razões semi implícitos ou explícitos em tudo o que e como eu por aqui vou escrevendo e postando, o facto é que eu não quero ou nem devo ter filhos, mas que tão pouco sendo assexuado e/ou sequer estéril, nem por inerência querendo cair no mero assédio sexual pelo mero assédio sexual e/ou nem na homossexualidade, tanto literalmente mau se na pedofilia. Sequência de que em qualquer dos casos, sendo eu sexuado e ao menos supostamente fértil, mas e repito que ao não querer ou ao não dever eu ter filhos, nem tão pouco querendo cair no assédio pelo assédio sexual, na homossexualidade e/ou afins, inclusive à imagem e semelhança doutros, como de todo demasiados membros do clero que em sequência do voto de castidade acabam diluindo a sua sexualidade na própria homossexualidade e o mau é que não raro ou mesmo com demasiada frequência fazendo-o com recurso à pedofilia, no caso tendo por base indefesas e/ou inocentes crianças como vítimas. Pelo que no meu caso, inclusive pelos mesmos motivos pelos quais não quero e/ou não devo ser pai, desde logo porque tenho auto reconhecidamente na minha própria e inocente infantilidade o efectivo ou pelo menos o potencial melhor de mim e da minha vida, logo até por isso amando eu a infantilidade e necessitando por isso respeitar-me a mim e à infantilidade enquanto tal, no mais profundo, nobre e/ou universal dos sentidos _ no caso em confrontação com a minha vida adulta própria e/ou com uma vida adulta globalmente envolvente, que nem sempre, nem de todo corresponde(m) ao melhor da infantilidade e/ou que é devido à infantilidade, desde logo para com a indefinida preservação e cultura do efectivo ou potencial melhor dessa mesma infantilidade. Sendo que por uma minha qualquer desestruturação própria como que fiquei indefinidamente preso de entre o efectivo ou potencial melhor e pior de mim mesmo e/ou da vida envolvente, se acaso de entre a infantilidade (inocência) e a vida adulta (consciência). A partir de que no meu respectivo caso concreto, correndo o risco de ser considerado louco, mas no caso prefiro a minha loucura em alternativa à loucura de quem concebe e depois abandona ou negligência crianças, de quem se serve e/ou abusa ilegítima ou mesmo perversamente dessas mesmas crianças, inclusive de quem trata o género feminino como mero objecto de usar e deitar fora, diria na sequência que semi objectiva e/ou intuitivamente, inclusive aproveitando o poder do impulso afectivo/sexual, como que mergulhei básica e essencialmente numa subsequente vertente meditativa, de austeridade vivencial, de tão profundo auto isolamento pessoal e social quanto possível, com uma significativa vertente pró espiritual e racional/intelectual, incluindo ainda frieza mental q.b, desde logo em alternativa à própria sexualidade, dalgum modo como que auto reprimindo e bloqueando a minha própria sexualidade _ o que salvo muito raras, pontuais, circunstancias ou espaço, temporal e contextualmente localizadas excepções, pois que afinal de contas não sou de ferro, ainda que tenha pretendido ou necessitado ser tão positiva ou pelo menos tão inocuamente frio como uma pedra quanto possível, inclusive só quebrando residualmente esta condição, pois que em esmagadora maioria espacial, temporal e prática tenho-a mantido e cultivado regra geral, ainda que sempre com salvaguarda do direito de me abrir afectiva e/ou sexualmente à vida, na medida do possível, do necessário e/ou do indispensável(!). Sequência de que em pró recreativa e descompressiva ou pró positiva e complementar alternativa, nasceu, cresceu e vive por exemplo também esta minha e por si só pró vital, sanitária ou subsistente necessidade de escrever, cujo cada um dos textos que eu escrevo, são por dalgum modo dizer os filhos de entre o que e como eu mesmo sou e o que e como o exterior suscita em mim, no presente pró publico caso perante e para com os filhos, os pais ou os avós de quem mais quer que seja. Tudo curiosa, irónica, paradoxal ou quiçá coerentemente(!) baseado em pessoas ou em factores vitais que eu amo, de que muito gosto ou por e para com que(m) me senti e/ou sinto atraído, o que em qualquer dos casos e para o presente caso concreto, incluí de forma destacada o género feminino por si só e enquanto tal. VB 

"Demasiados" milhões

14-11-2011
Tendo por base um caso subejamente conhecido do grande público, mas que para o caso não interessando propriamente nomear as pessoas envolvidas, diria óu pergunatria tão só:

Fala-se, diria mesmo, demasiadas vezes em centenas de milhar ou mesmo em milhões de €uros, como quem bebe um copo de água! Designadamente tenho ouvido referir na comunicação social, inclusive nas televisões que por exemplo os cinco milhões e não sei exactamente quantas mais centenas de milhares de €uros alegadamente depositados ou disponibilizados para depositar por uma determinada Sr.ª na conta dum Sr.º Dr. º advogado e que segundo este último serão honorários devidos pela primeira. Tudo isto mais ou menos com a maior das naturalidades, em que salvo erro só uma vez ouvi um(a) jornalista inquirir um outro Senhor advogado nesta mesma base acerca de ser ou não comum os advogados auferirem tal nível de honorários dum só cliente e em relativamente pouco tempo, ao que foi correspondido por este segundo Senhor advogado que não tinha conhecimento de tal.

Pelo que sem mais delongas e aquém ou além doutras questões que me inquietam com relação ao caso dos milhões aqui em causa, inclusive com morte violenta da Sr.ª a quem originariamente esses milhões perteceram e legadamente ainda pertenceriam à altura da sua morte, pelo que desde logo com relação ao caso em questão, mas na circunstancia também transcendene do um pouco o mesmo, por exemplo para o nível da justiça fiscal, a questão que eu gostaria ver respondida é:

Então se um profissional, como no caso um Sr.º Advogado em concreto, que recebe honorários, tanto mais se da ordem das centenas de milhar ou mesmo dos milhões de €uros, tendo para tal de passar recibo e/ou factura descriminado o serviço efectuado e o valor do mesmo, justificando tal quantia em honorários ou simplesmente recebe, independentemente de cem, cem mil ou cem milhões,… de €uros sem qualquer justificação legal, como por exemplo e pela inversa justificando que se suspeite que os cinco milhões e mais algumas centenas de milhar de €uros que Sr.º Dr.º advogado em causa diz ter recebido da Sr.ª que o mesmo represenatva profissionalmente, como honorários, eventualmente assim não tenha sido, porque desde logo o beneficiário não tenha como o justificar legalmente por A+B?

Mais sucintamente, o que pretendo saber, com extensão ao público em geral que se interesse pelo assunto, é se um qualquer profissional e tanto mais se um advogado em concreto, tem ou não por obrigação legal passar recibo e/ou factura descriminado o serviço prestado e o respectivo valor deste último, tanto mais ainda se envolvendo muito avultadas somas monetárias, designadamente milhões?…

sábado, fevereiro 04, 2012

Touradas!

29-01-2012

Ouvi ontem à noite no programa televisivo Herman 2012(*), o Dr. º Moita Flores, ex. inspector criminal da Polícia Judiciária, há muito escritor e actual presidente da Câmara Municipal de Santarém e que eu admiro em, sob e sobre muitos aspectos, a defender as touradas, aquém e além de como tradição ou factor cultural, desde logo como factor económico do qual dependem muitas famílias, inclusive os próprios touros e/ou ainda parte do culto equestre nacional. Global sequência com o que não posso deixar de concordar.

Mas por outro lado também já li criticas precisamente ao Dr. º Moita Flores enquanto defensor das touradas, enquanto criticas por parte de determinadas correntes de defesa dos animais, da natureza ou da vida, designadamente numa publicação intitulada Biosofia, mais concretamente ainda por parte do Professor universitário e (também) escritor Paulo Borges, que dalgum modo começo já a admirar e com que tão pouco posso deixar de ao menos parcialmente concordar, mais que não seja como direito do mesmo ou de quem mais quer que seja, incluído o Dr. º Moita Flores e no caso concreto eu próprio, em expressarmos a nossa respectiva opinião ou convicção ao respeito.

Que por mim mesmo, dalgum modo de entre o Dr. º Moita Flores e o Professor Paulo Borges diria que: a vida, a própria vida natural e animal é violenta em si mesma, sob e sobre muitos aspectos, desde logo os animais gladiam-se, matam-se e comem-se de entre si, quase invariavelmente de forma violenta, brutal, cruel ou nojenta para a pseudo civilizada concepção humana, ainda que e/ou até por enquanto com o próprio Ser humano no topo da cadeia; inclusive com o Ser humano a matar de múltiplas diversas formas, com diversos princípios, meios e para com múltiplos diversos fins. De entre o que de base e a mim não me choca por si só a dor, o sofrimento e a morte, como no caso concreto do touro à mão humana; o problema pode estar e entrar em quando o próprio e racional/intelectual animal humano que em regra procura o melhor, designadamente o mais prazenteiro e o mais cómodo para si mesmo, acabe fazendo isso em dependência da dor ou do incomodo alheio, já seja doutro ser humano ou doutro ser vivo (animal) _ o que em certos casos e circunstancias me chega a fazer duvidar duma verdadeira ou universal racionalidade, inteligência e intelectualidade humana!?


Mais uma vez e inclusive até como já referi atrás, bem sei que na natureza em ultima instância os animais se matam de entre si, desde logo enquanto dependendo a vida duns da respectiva vida dos outros, inclusive com o Ser humano no topo da cadeia. Só que como também refiro atrás, sendo o Ser humano um Ser auto designado de racional e inteligente, que por um lado não se limita a matar outros seres vivos para tão só sobreviver, como em regra o fazem os restantes animais; pelo que para não me alongar demasiado com relação a um assunto como este que filosofica ou pelo menos ideologicamente tem muito o que se lhe diga, por exemplo e por mim mesmo e de momento limitar-me-ia a dizer que no caso do Ser humano, quiçá o ritual religioso de agradecer a Deus e/ou se para os ateus por uma qualquer outra forma, mesmo que inexpressiva para o exterior e mas verdadeiramente sentida em cada qual, de agradecer ao Universo pela comida sobre a mesa ou pelo sacrifício da vida doutro ser vivente em favor da nossa própria vida humana, pode-se ou possa fazer muita diferença!? Pelo que o grande problema relativo a este assunto pode estar e não raro está em quando o Ser humano, não raro se acha o centro do universo e/ou incondicionalmente acima de todos e de cada um dos restantes seres viventes, fazendo por exemplo com que a pseudo luta de igual para igual dum Ser humano com um touro numa arena, possa chegar a ser ridícula, porque não há efectiva e não raro absoluta igualdade  _ salvo se e quando colocando-se o Ser humano à altura existencial do touro, o que de facto e em regra não sucede, até porque desde logo o Ser humano têm-se a si mesmo como racional e inteligente, enquanto mesmo Ser humano tendo o touro como irracional e não inteligente, de entre o que na tourada apeada e/ou dita de à espanhola possa chegar a haver uma certa equitativa aproximação entre Homem e Animal, não será por acaso que recorrentemente morrem ou pelo menos ficam gravemente feridos toureiros em Espanha _ não porque eu deseje que morram ou fiquem feridos, no caso concreto os toureiros, mas para quem vai massacrar e matar espectacular/publicamente um outro ser vivente, no caso um touro, com pseudo ou efectivo heroísmo humano, terá como mínimo de existir algum hipotético e por vezes concretizado risco vital ou de integridade humana!

De resto este como outros, são assuntos de essência universal ou pelo menos ideológica, cujo radicalismos num ou noutro unilateral sentido, designada e unilateralmente a favor ou contra as touradas, não faz grande ou mesmo qualquer sentido!...

… por exemplo a corrente eléctrica que me permite estar agora a escrever e a disponibilizar o presente ao exterior electronicamente deriva de dois pólos antagónicos (positivo e negativo) que quando se encontram ou chocam de frente repelem-se violentamente um ao outro; mas que na sua complementaridade universal, associada à inteligência humana para entender e pôr em prática essa complementaridade, da mesma acaba por nascer a luz _ corrente eléctrica!

Que só para terminar, diria e digo ainda que por mim já gostei ou pelo menos pensei que gostava muito de touradas; já senti ou pelo menos pensei que sentia repulsa pelas mesmas; agora é-me ou pelo menos penso que as respectivas me são significativa ou globalmente indiferentes _ > (03/10/2016) e no caso da tourada dita de à portuguesa em que os riscos vitais humanos são (quase) literalmente nulos, numa arte (tourada) que se diz nobre de entre humano e animal (touro) mas em que básica e (quase) literalmente só o touro sofre as consequências dessa arte, em qualquer caso violenta, a mim chega a afigurar-se-me como uma arte humanamente ridícula e pseudo heróica; resumindo, por mim e desde há pelo menos duas décadas e meia em que já não existiam touradas, também poderiam deixar de existir definitivamente e em absoluto, mesmo sem eu lutar objectiva e activamente contra as mesmas, pois que no meu caso basta-me simplesmente não frequentar recintos tauromáquicos e nem assistir sequer televisivamente a touradas; como neste último caso por exemplo fazia na minha infância por correspondente influência sociocultural, que à altura e tanto mais se ao nível rural em que nasci e cresci era uma influência muito restrita e fechada em e sobre si mesma, versos uma minha posterior abertura de horizontes e tomada de consciência muito mais vital/universalmente ampla, desde logo por inerência duma dita de democrática abertura sociocultural, por si só nacional e mas duma ou doutra forma também da minha parte pessoal ao Mundo e acima de tudo à Vida.

                                                                                                              VB

(*) Posteriormente fiquei na dúvida de se foi no programa Herman 2012 ou se no programa Nico à Noite que vi e ouvi o Dr.º Moita Flores(?) _ mesmo que pelo pouco tempo passado entre tê-lo visto e ouvido e de na sequência ter escrito o anterior. É que por norma fico com a subjectiva essência das coisas ou da vida, ainda que em regra não fixe a objectividade prática dessas mesmas coisas ou da vida. Talvez por isso, enquanto estudante eu tivesse uma tremenda dificuldade, por não dizer mesmo incapacidade de e para ao nível da disciplina de História fixar a trilogia entre quem historicamente fez, o que fez e quando fez; ainda que eu gostasse muito da disciplina em causa e de inclusive ter aprendido muito(!...) com a mesma acerca da vida e que se mais não aprendi foi porque não consegui levar a minha condição de estudante mais longe.

Nota: Reparo que este post, talvez por ser o primeiro do Blog, volta e meia é revisitado. O que de resto me fez vir reler o respectivo, para no caso chegar à conclusão de que o mesmo continha uma série de básicos erros ortográficos, além de que se fosse agora e mesmo que mantendo a substancial base inerente ao mesmo, só por certo escreve-lo-ia duma outra forma. Mas no caso e para além duma mínima correcção dos erros ortográficos mais grosseiros, no relativo à sua substancial essência prefiro mantê-lo na sua espontânea base original. Ao que acrescento tão só uma citação que ouço desde há muito e que pelo menos em parte assumo cada vez mais por e para mim mesmo, que é basicamente a seguinte: _ Quanto mais conheço a (minha) racional humanidade, mais gosto dos animais irracionais!