segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Regressando ao texto sob titulo Anómalia


            ...quando pela primeira vez ouvi dizer que um senhor de Beja tinha matado toda a restante família, nomeadamente a esposa, a filha e a neta, de imediato, como em outros casos semelhantes, me ocorreu e disse: ...porque não lhe deu para se matar primeiro a si próprio?!

            Agora após ver e ouvir ao respeito daqui e dali, inclusive tendo eu escrito pelo meio o texto Anomalia postado neste Blog, mas em especial após ver e ouvir uma reportagem na RTP1 que incluía uma entrevista ao namorado da filha barbaramente assassinada pelo próprio pai; acabei por concluir que por exemplo o senhor que matou a própria família afinal se andou a encharcar em álcool nos dias subsequentes à chacina; que era um dito traumatizado de guerra, derivado a ter pertencido as forças especiais militares na guerra do ultramar, com suposto Stress pós traumático ou pelo menos com depressão crónica; enfim uma personalidade traumatizada ou atormentada que necessariamente transportou isso para o seio da família; que de resto e segundo julgo saber haverá muitas famílias em circunstâncias idênticas, a que apenas não se chega a um grau tão radical ou mesmo macabro nas suas causas, efeitos e consequências, como ao que se chegou nesta malograda família de Beja; ainda que não invalidando em muitos, de todo demasiados casos, um profundo tormento no seio da generalidade dessas mesmas famílias!

            Global sequência de que é naturalmente aceitável que se apelide o senhor de Beja de Monstro. De resto continuo reiteradamente a perguntar-me porque não fez primeiro a si próprio, o que por exemplo fez na prisão, antes de fazer o que fez à própria família!? No caso algo a que só o respectivo poderia responder, ainda que a meu ver e sentir, para se chegar ao ponto a que o senhor em causa chegou, tem ou teria o próprio de transportar em si um longo e profundo, não só trauma quanto também tormento em que quiçá o seu maior castigo tenha sido o que e como ele fez à sua própria família e se acaso ter tomado (posterior) consciência disso!?...  

            Que dadas as circunstancias, o resto e está lamentavelmente resolvido por si só.

            

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