domingo, janeiro 27, 2013

O Possível

           No presente e breve fim-de-semana, de apenas um dia, hoje Domingo 27-01-2012, escrevi dois textos personalizados e objectivamente dirigidos, um a uma pessoa singular e outro a uma pessoa colectiva, com ligação entre si. Seja que não tive espaço, tempo, nem disponibilidade pessoal para mais, se é que mais era exigível ou sequer possível!?

          Que se de futuro mais e melhor não (me) for possível, talvez eu venha a adaptar um ou os dois respectivos textos atrás citados pró publicamente aqui no Blogger; mas para alguém como eu, que ultimamente tenho vindo a publicar ao menos um texto por semana aqui no Blogger e que quase de imediato é lido algures por alguém, de momento o melhor possível é o presente, até eventual melhor oportunidade!

                                                                                                              VB


domingo, janeiro 20, 2013

Paradoxo

            Há muito (anos) que da Vida apenas espero ou tenho como certo: a dor, o sofrimento e/ou a morte(*) _ literal ou parcial; tudo o mais é excepcional: benesse, conquista e/ou ilusão(**) _ atrás da mais bela rosa estão os mais aguçados espinhos.

            Em regra o prazer e/ou a vida duns está baseado(a) na dor ou na morte doutros (seres viventes), nesta acepção, desde logo por prosaica via da alimentação fisiológica, com o ser humano no topo da cadeia alimentar (animal); quando não raro o prazer e/ou a vida duns seres humanos está até também baseado(a) na dor ou na morte doutros seres humanos, nesta última acepção por respectiva via da acção derivada de por exemplo interesses, ideologias e afins duns seres humanos face a ou sobre outros seres humanos.

            Em si mesmo, com ou sem amor, que de todo potencial ou procriativamente mal se sem amor, está o próprio, fugaz e universal prazer sexual, que de origem foi e duma ou doutra forma continua a ser um meio da vida levar à procriação de mais vida (dor, sofrimento e morte; com suas respectivas benesses, conquistas e/ou ilusões). 

            Tudo isso incluindo intermédia(o)s: justiças e injustiças; dignidades e indignidades; sensibilidades e insensibilidades; amores e ódios; por si só espiritualidades e racionalidades (humana(o)s. Que de resto há no paradoxo vital ou existencial, com todos os seus intermédios, um forte apelo à espiritualidade, mas também à racionalidade e a mais uma infinidade de vertentes vitais ou existenciais, nem sempre, nem por frequentes vezes de todo compatíveis de entre si, em especial no que há humanidade diz respeito! Sendo que eu auto definiria basicamente o que e como aqui escrevo, de entre os mais diversos pólos em causa, mas acima de tudo de entre espiritualidade e racionalidade.

            Entretanto haverá quem diga que: não se pode ou não se deve pensar assim _ como o que eu aqui escrevo reflecte _ e ainda os mesmos ou outros dirão que: pensar ou deixar de pensar assim, leva em qualquer caso e em efectivo aos mesmos (como melhor das hipóteses: paradoxais) resultados práticos. Na sequência digo eu que talvez uns e outros, num respectivo caso e noutro, tenham ambos razão e/ou talvez não(***)!?

            Conclusivamente, tendo por base a minha própria experiência de vida e/ou o que eu mesmo absorvi até ao momento acerca da vida envolvente, não sei em objectivo até que ponto acabo de escrever um grande disparate ou não?! Mas no caso, por via de publicação do mesmo, deixo essa análise e/ou qualificação ao critério da racionalidade, da intelectualidade, da objectividade, da espiritualidade, da própria vida e/ou se acaso do por si só bom senso ou disparate alheia(o)s. Por mim limitei-me a escrever espontaneamente e a expor objectivamente, o que e como a minha disparatada ou sensata consciência própria me ditou _ creio e espero eu que como pior das hipóteses para suscitar a sensata ou disparatada consciência alheia, salvo a imodéstia e a presunção, para níveis pouco ou correntemente mesmo nada habituais!

                                                                                  VB 

            (*)(**) Que na vida prática e corrente do dia a dia, por diversos motivos e razões, uns estarão mais próximos ou mais dentro duma dimensão(*) e outros da outra(**). Eu pessoalmente, sem lamentos nem regozijos, diria confessamente que navego de entre uma coisa e outra, com a fé, com a esperança e/ou com a ilusão de alcançar a plenitude vital ou a maior proximidade da mesma!

            (***) Há por si só muito complexas e sensíveis nuances no que ao paradoxo existencial diz respeito, como para que salvo unilateral radicalização, de resto só uns tenham vital ou universal razão face a outros, desde logo para que uns e outros tenham unilateral razão face ao que e como eu aqui escrevo, incluindo que pólos radicalmente opostos frequentemente se tocam ou confundem de entre si _ nas práticas e/ou nos resultados finais; aquém e além de que num mesmo acto humano, face à própria vida, façam toda a respectiva e sensível diferença os princípios, os meios e/ou os fins com que se pratica esse mesmo respectivo acto, sendo que por vezes para princípios, meios e fins equivalentes se pratiquem actos bem distintos! Perante e para com o que em qualquer dos casos, em especial se quando os princípios, os meios, os fins e/ou os actos associados não sejam os mais positivos, respectivamente assobiar para o lado ou enterrar a cabeça na areia, é que não são de todo bons conselheiros _ sendo que em especial aqui falo por experiência própria e mas também por constatação envolvente, com respectivos resultados práticos quer na minha crise existencial própria, quer na colectiva crise existencial envolvente, em qualquer dos casos por não raro e paradoxal beneficio de falsas ou de sensacionais aparências de sucesso exterior.


            

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Renegação & Responsabilidade

            Além da responsabilidade básica inerente à minha actividade laboral/profissional actual, que como regra em mim, respectiva actividade essencialmente de básica índole física e ao serviço doutrem; em que precisamente enquanto ao serviço doutrem, na passada semana o patrão da minha actual actividade encarregou-me duma pequena responsabilidade suplementar com relação à base (física) da mesma. E que da minha parte, até por, modéstia à parte, a dita responsabilidade suplementar não ser nada de extraordinário, transcendente ou inacessível às minhas capacidades, não reneguei a mesma em absoluto. Mas perante a respectiva posterior possibilidade de me serem encarregadas responsabilidades maiores por parte do meu actual patrão, como por exemplo objectivas responsabilidade equivalentes às de alguns dos meus colegas de trabalho, de imediato me disse de mim para mim mesmo, como se(*) o dissesse para com o patrão: alguém como eu, na casa dos quarenta, sem profissão, nem trabalho e/ou emprego certa(o)s, segura(o)s ou definida(o)s; sem ser casado e/ou ter filhos; dalgum modo sem vida pessoal, social e/ou profissional própria, das duas uma: ou tenho uma grande falha estrutural ou um profundo conflito interior própria(o)s. E no caso concreto, auto assumo como mínimo este último, designadamente um muito significativo conflito interno próprio, sendo que em regra e sem lamentos ou regozijos, a auto gestão deste último, me consome espaço, tempo, energia e/ou disponibilidade interior e pessoal modo geral, designadamente para com a vida interpessoal, humana, social e/ou genericamente activa e funcional do e no dia a dia prático e objectivo.

            Pelo que se acaso tendo e devendo eu agradecer a eventual positiva confiança por outrens depositada em mim, para com determinadas responsabilidades, enquanto responsabilidades às quais eu possa não conseguir corresponder positiva ou plenamente, também respectivamente terei ou deverei pedir perdão por falhar com relação a essas responsabilidades caso as assuma e/ou ainda se por renegar essas mesmas responsabilidades logo à partida, neste último caso, até por em sequência de (já) mais de quatro décadas de existência, eu saber mais ou menos objectivamente e de antemão, não poder corresponder em pleno a certas responsabilidades potencial ou aparentemente à minha altura(1), mas efectiva e objectivamente fora(2) do meu alcance, senão no imediato e momentaneamente, pelo menos a prazo e continuadamente, tanto mais assim quando e por quanto essas responsabilidades envolvam outras pessoas (interesses, perspectivas, critérios, necessidades, por si só falhas ou conflitos, etc.), aquém e além de mim por mim mesmo. Tudo isto, em especial, quando e como se eu não existisse enquanto personalidade, identidade e/ou vida própria, até porque devido a uma série de causas, efeitos e consequências (inter)pessoais, humanas, socioculturais, familiares e afins me habituei essencialmente a abstrair-me de mim mesmo e/ou de muita da realidade intrínseca e/ou envolvente a mim, mas que não deixando eu de existir de todo, na sequência tendendo semi objectiva e subjectivamente a absorver ou a assumir e respectivamente a processar em mim as melhores e piores referências e influências externas, em qualquer caso como se de mim mesmo se tratasse, enquanto por positiva insegurança ou por prática inexistência própria(s) tendendo a identificar-me com o positivamente pior e a procurar equivaler-me ao positivamente melhor, em qualquer dos casos envolventes a mim.

            Seja que até talvez porque só rara e pontualmente me senti integrando em algo Maior, como seja naquilo a que Vinicius de Moraes(**) designou de Grande Vida e a que eu mesmo uso chamar de Vida Universal; respectivamente e em regra sempre me senti impotente e/ou mesmo esmagado quer pelo melhor quer pelo pior inerente à vida. Sequência de que em regra e talvez como melhor das hipóteses, na minha relativa pequenez humana e tanto infinitamente mais se pequenez individual, restou-me então submeter-me à mais básica e imediata auto subsistência, no fundo reduzi-me ao que e como eu podia objectivamente dominar, como seja (quase) nada, ainda que e/ou até porque sem tirar de todo os olhos e/ou os sentidos da Grande Vida e da pró integração na mesma, desde logo pelo e para com o seu melhor _ seja e/ou signifique isso o que quer que seja e/ou signifique pessoal, humana, vital e universalmente!

            Sendo ainda que e/ou até porque com tudo isto eu não esteja a renegar responsabilidades em absoluto, inclusive porque desde logo e como constatável auto assumo a responsabilidade da minha inerente existência enquanto tal _ o que de resto e salvo a presunção, creio (já) não ser nada pouco, até por ser (quase) tudo em e para mim!

                                                                              VB (13-01-2013)(***)

            (*) Bem sei ou pelo menos imagino que esta é uma perspectiva esquizofrénica, afinal de contas o patrão do meu actual trabalho encarregou-me (apenas) do que, quando e como me encarregou e nada mais!

            (1)(2) Pelo meu recorrente voluntarismo, a minha abnegada entrega ou o meu passivo abandono, que não raro de forma esforçada e/ou sofrível e em qualquer dos casos a níveis de vida e/ou laborais/profissionais muito básicos e primários, pode chegar a dar uma imagem de mim e de minhas potenciais capacidades, que a níveis um pouco mais sublimes e/ou a médio e longo prazo não funciona como contínua ou coerentemente devido, inclusive porque a minha disponibilidade interior não é toda a que e como poderia ou deveria ser, pelo menos com relação a toda e a qualquer indiscriminada actividade vital e/ou laboral/profissional; até porque quando escrevo coisas como esta paralelamente à prática de actividades laborais/profissionais que não têm em absoluto que ver com escrita e muito menos com uma escrita intra e extra reflexiva, como esta que apesar de e/ou até por tudo vou executando, por si só de forma pró vital, sanitária ou subsistente!   

            (**) Que ao referir Vinicius de Moraes, como todos os Grandes Seres Humanos que em regra falam por toda a humanidade, diria que Vinicius disse em poucos palavras algo com que eu me identifico desde globalmente sempre, mas para o qual eu não havia encontrado objectiva e muito menos tão genial definição como Vinicius encontrou, quando este diz(disse): ..."A minha Pátria é a Humanidade" _ no caso, apesar de e/ou até pelas minhas origens territoriais (nacionais, regionais, locais, sociais, culturais, linguísticas, vivenciais e/ou existenciais próprias modo geral).  

            (***) Escrito originalmente no passado Domingo (13) e publicado apenas hoje, subsequente, Quarta-feira (16), basicamente pelos mesmos motivos inerentes ao anterior texto (Resultado).   

terça-feira, janeiro 15, 2013

O Resultado

            Durante um logo período de tempo (anos) da minha existência, o que dalgum modo contínua em vigor, tive uma vida interior (psíquica, mental, emocional, espiritual, etc.), por assim genericamente dizer, bastante activa (intensa e complexa), enquanto vida interior que não teve e quiçá sob e sobre diversos aspectos nem pode-se ter equitativa expressão exterior (interpessoal, sociocultural, laboral/profissional, etc.,) prática.

            Que por destacado exemplo (afectivo, sentimental ou por si só sexual), confessaria aqui que tive paixões por outras pessoas e constatei a paixão doutras pessoas relativamente a mim, tanto circunstancialmente mais ou pior quanto tive alguma paixão por quem estava apaixonado(a) por mim, mas a quem em qualquer dos casos não pude corresponder plenamente. Seja que com algumas dessas pessoas ainda cheguei a encetar algum tipo de relacionamento, mais ou menos pessoalmente próximo ou intimo, tanto mais quando as paixões surgiram a partir dum já prévio e corrente relacionamento ou contacto (inter)pessoal/social, mas doutras dessas pessoas nem me cheguei a aproximar e a partir de determinada fase da minha existência nem sequer permiti que as mesmas se aproximassem de mim ou que eu me aproxima-se das respectivas _ sendo que nesta fase quando excepcionalmente me abri um pouco mais ao exterior, o resultado foi quase sempre desastroso e em algum caso até catastrófico(!); em última instância e por assim dizer a este disfuncional nível afectivo, sentimental, sexual ou por si só interpessoal e social, em especial a partir de determinado momento da minha existência passou a ser tudo em (referencial) nome da fidelidade ao significado duma determinada pessoa em e para mim, enquanto significado este último que por motivos próprios e envolventes me levou a um significativo ou mesmo tremendo e inclusive maniqueísta conflito interno comigo mesmo, em especial quando a partir duma determinada sequência, por assim dizer, positivamente esforçada, sofrível, degradante e decadente da minha própria vida eu me auto assumi a mim mesmo pela negativa e circunstancial/providencialmente (auto) assumi essa outra pessoa como uma espécie de condensado ideal de tudo o que e como mais positivo conheço e/ou me foi dado identificar como mais positivo, sendo que inclusive no momento em que e como mais consequentemente reparei na existência dessa pessoa me disse pela primeira vez e anti-natura de mim para mim mesmo, relativamente a outro alguém e no caso com relação a essa pessoa em concreto: não mereces que ela veja em ti, algo positiva, atraente ou apaixonadamente equivalente ao que e como vez nela _ com respectiva e reflexa extensão ao exterior modo geral! Escusado será dizer que tão só por isso, com eclosão dum respectivo e subsequente conflito interno entre o que negativamente passei a ser e/ou a significar em e para mim mesmo, versos o que positivamente essa outra pessoa e o exterior modo geral era e/ou passou a significar em e para mim próprio, enquanto meu conflito interno que me roubava (quase) toda a respectiva disponibilidade interior e pessoal modo geral, desde logo para com a interacção (afectiva, sentimental, emocional, sexual ou pessoal e humana modo geral) com outrens, desde logo a começar e terminar por e para com quem inspirava e sustentava a vertente positiva desse conflito em que eu auto assumi a vertente negativa por e para mim mesmo _ tudo isto sem lamechices nem falsas modéstias, mas sim e na sua base com um significativamente profundo e por vezes até absoluto sentimento de positiva impotência própria relativamente à vida.

            Global sequência, com tudo o que me trouxe à mesma, que respectivamente e por si só levou a que durante significativos espaços de tempo, dalgum modo (ainda) vigentes, eu tenha semi objectiva e/ou subjectivamente reduzido a minha vida exterior e/ou interactivamente prática à quase absoluta nulidade ou passividade. Creio eu que como melhor das hipóteses, me restou então uma forte dimensão (pró) espiritual e/ou mesmo que contra todas as expectativas e evidências também uma dimensão (pró) plenitude vital, sendo eu actualmente o resultado de tudo isso, com máxima expressão prática no que e como por exemplo (aqui) escrevo, aquém e além do que e como sou ou deixo de ser na vida (interpessoal, social, cultural, laboral/profissional,...) prática e objectiva do e no dia a dia! 

                                                                                              VB  (12-01-2013)(*)

           (*) Escrito a no passado Sábado (12) e só publicado hoje, subsequente, Terça-feira (15), entre outros possíveis motivos, porque desde logo em efectivo eu estava particularmente cansado, para rever e se acaso publicar com um mínimo de objectividade e responsabilidade própria o que original e espontaneamente escrevi no próprio Sábado (12). Sendo que para o escrever de origem bastou-me o espontâneo impulso derivado do que e como ao respectivo me trouxe! 

domingo, janeiro 06, 2013

Lutar!

          Inclusive como por mim expectável desde sempre, já seja pela minha carência ou mesmo deficiência linguística ou literária e/ou desde logo e quiçá acima de tudo pela essência do que e como eu escrevo, sou plena e perfeitamente auto consciente de que o que e como eu escrevo, salvo a modéstia ou a imodéstia, pelo melhor e pelo pior, não está ao alcance de todos e/ou pelo menos da disponibilidade de muitos para com o mesmo. O que por si só justifica a relativamente baixa adesão de leitores e de seguidores do respectivo; mas a partir de que espero os não quantitativamente muitos e mas assiduamente diversos leitores/seguidores do que e como eu escrevo, inclusive em diversas partes do Globo, sejam substancialmente bons, que desde logo os que eu conheço, são-no
            

            Como em muitos outros momentos da minha vida, estou (de novo) numa particular fase em que tenho cada vez menos espaço, tempo e/ou respectiva disponibilidade interior, para algo mais ou melhor do que para tão só sobreviver/subsistir básica, imediata e rudimentarmente. Desde logo porque o espaço, o tempo e o esforço que dedico a actividades de mera sobrevivência/subsistência, não me deixam respectivo espaço, tempo e disponibilidade interior ou física para muito mais e/ou melhor que isso. Tudo isto quando em mim viver e sobreviver, não coincide(m) necessária ou coerentemente de entre si. Salvo se, quando e como eu o auto assumo como tal e/ou enquanto uma forma de vida em si mesmo(a)!

            Só que ao auto assumi-lo como tal ou como uma forma de vida em si mesmo(a), sendo-me o(a) mesmo(a) algo essencialmente esforçado, sofrível, em muitos aspectos até degradante e decadente, estou também a assumi-lo como algo que me exige algo mais, algo menos ou algo diverso a si mesmo e enquanto tal. Até por isso escrevo, como fundamental parte desse algo mais, desse algo menos ou desse algo diverso a tão só básica, imediata e rudimentarmente auto subsistir. Sendo que, por exemplo e no caso, quanto menos espaço, menos tempo e/ou menos disponibilidade interior/física tenho para descompressivamente escrever, mais se acumula em mim uma tensão interior de entre os diversos e não raro ou mesmo em regra antagónicos, paradoxais, incoerentes ou mesmo inconciliáveis motivos e razões (próprio(a)s e envolventes) que me trazem à escrita, em que por respectiva regra chega um momento em que eu tenho de escrever para tão só necessitar auto sobreviver/subsistir, mesmo que tenha de o fazer (escrever) às custas de espaço, de tempo e de disponibilidade interior/físico(a) para meras actividades de auto sobrevivência/subsistência. Cuja respectiva conjugação, conciliação ou tolerância de entre uma coisa (escrever para tão só necessitar sobreviver) e outra (trabalhar para tão só sobreviver) é do melhorzinho que me tem acontecido. Diria que no seu conjunto é o que em e para mim mais se aproxima duma dita de efectiva ou potencial plenitude vital!

            Seja que nesta (nova) fase em que tenho cada vez menos disponibilidade espacial, temporal e interior ou física, desde logo, para esta minha pró vital ou subsistente necessidade de escrever, ainda que e/ou até pelo que o que me rouba essa disponibilidade contenha em si mesmo motivos e razões de e para que eu pró vital, sanitária ou subsistentemente escreva, diria mesmo que a um nível (quase) diário, no seu respectivo e global conjunto está-me a transportar a uma crescente tensão interior, em que acabo por escrever o que, quando e como posso e/ou a isso sou pró vital, sanitária e subsistentemente levado, como no presente caso e/ou então chegará um momento em que eventualmente só me restarão mesmo as vertentes: esforçada, sofrível, degradante, decadente e/ou basicamente auto sobrevivente/subsistente, cujo na respectiva melhor das hipóteses subsistir ou não subsistir é relativa ou substancialmente indiferente(*).

            Pelo que talvez ou seguramente pouco ou nada mais me reste do que lutar por procurar encontrar, preservar e/ou cultivar um pró vital, sanitário ou subsistente equilíbrio de entre os diversos factores em causa, como por recorrente exemplo ao escrever em sequência do que inclusive deixo pró vital, sanitária ou subsistentemente de escrever; o que é tão crescentemente mais quanto a minha respectiva crescente carência de espaço, de tempo e de disponibilidade interior e/ou física para tal, versos a respectivamente múltipla e crescente necessidade que tenho de e para o fazer, até inclusive neste último caso, em sequência de factores inerentes aos vivenciais ou subsistentes motivos e razões que me roubam disponibilidade para tal(**)!

                                                                                              VB

            (*) Não tenho é feitio nem perfil para afogar mágoas, desilusões, frustrações, dores, angustias e afins, por exemplo em álcool e/ou em outras substancias que me tirem da razão; ainda que e/ou até porque não raro tenda a (auto) abstrair-me da realidade objectiva mais negativa ou menos positiva, em regra fazendo-o com base no que e/ou em quem me inspira positivamente na e para a vida, mesmo que e/ou até para me reencontrar com a mesma realidade objectiva na sua plenitude, inclusive nas suas vertentes mais negativas um pouco mais à frente ou mais tarde, no caso já com uma réstia de fé, de esperança, de confiança e/ou ao menos de ilusória positividade que em regra não tenho ou que deixei de ter em e por mim mesmo e/ou em muito do que e de quem imediata ou remotamente me rodeia. No fundo como uma caldeirada de não raro antagónicos, paradoxais, por vezes mesmo inconciliáveis factores próprios e envolventes, que me traz(em) à, para mim, pró vital, sanitária e/ou subsistente expressão escrita!

           (**) Seja que estou a escrever este texto, onde pelo menos caberiam dois ou três diversos textos, que não tenho de momento espaço, tempo, nem disponibilidade geral para poder executar, rever, corrigir e se acaso publicar. Tanto mais assim quando entretanto se acumularam em mim, quer a vivência interpessoal, social, cultural ou existencial prática dos factos inerentes a e para com esses possíveis textos, quer ainda o processo intrínseco a mim do que e como aos mesmos me levaria, tudo numa sequência relativa ou mesmo significativamente sensível e complexa de cada um desses possíveis textos de per si e tanto mais se de entre si, cujo espaço temporal dum só dia de vinte e quatro horas (hoje), após uma (passada) e antes doutra (seguinte) semana de duro trabalho físico, com mais toda uma infinda série de afazeres, incluindo a necessidade de indispensável descanso, no caso não me permite de momento mais ou melhor que o presente, enquanto o presente como resumido resultado da imediata impossibilidade de mais e de melhor, mas que ainda assim e/ou até por isso passível do que e como constatável!

terça-feira, janeiro 01, 2013

(Viver em Comunidade)

           Na presente ocasião, vou limitar-me a remeter aqui para o último texto, de seu titulo Viver em Comunidade, postado no meu outro Blog (Auto) Revelação, in perfil

                                                                                                                VB