terça-feira, janeiro 15, 2013

O Resultado

            Durante um logo período de tempo (anos) da minha existência, o que dalgum modo contínua em vigor, tive uma vida interior (psíquica, mental, emocional, espiritual, etc.), por assim genericamente dizer, bastante activa (intensa e complexa), enquanto vida interior que não teve e quiçá sob e sobre diversos aspectos nem pode-se ter equitativa expressão exterior (interpessoal, sociocultural, laboral/profissional, etc.,) prática.

            Que por destacado exemplo (afectivo, sentimental ou por si só sexual), confessaria aqui que tive paixões por outras pessoas e constatei a paixão doutras pessoas relativamente a mim, tanto circunstancialmente mais ou pior quanto tive alguma paixão por quem estava apaixonado(a) por mim, mas a quem em qualquer dos casos não pude corresponder plenamente. Seja que com algumas dessas pessoas ainda cheguei a encetar algum tipo de relacionamento, mais ou menos pessoalmente próximo ou intimo, tanto mais quando as paixões surgiram a partir dum já prévio e corrente relacionamento ou contacto (inter)pessoal/social, mas doutras dessas pessoas nem me cheguei a aproximar e a partir de determinada fase da minha existência nem sequer permiti que as mesmas se aproximassem de mim ou que eu me aproxima-se das respectivas _ sendo que nesta fase quando excepcionalmente me abri um pouco mais ao exterior, o resultado foi quase sempre desastroso e em algum caso até catastrófico(!); em última instância e por assim dizer a este disfuncional nível afectivo, sentimental, sexual ou por si só interpessoal e social, em especial a partir de determinado momento da minha existência passou a ser tudo em (referencial) nome da fidelidade ao significado duma determinada pessoa em e para mim, enquanto significado este último que por motivos próprios e envolventes me levou a um significativo ou mesmo tremendo e inclusive maniqueísta conflito interno comigo mesmo, em especial quando a partir duma determinada sequência, por assim dizer, positivamente esforçada, sofrível, degradante e decadente da minha própria vida eu me auto assumi a mim mesmo pela negativa e circunstancial/providencialmente (auto) assumi essa outra pessoa como uma espécie de condensado ideal de tudo o que e como mais positivo conheço e/ou me foi dado identificar como mais positivo, sendo que inclusive no momento em que e como mais consequentemente reparei na existência dessa pessoa me disse pela primeira vez e anti-natura de mim para mim mesmo, relativamente a outro alguém e no caso com relação a essa pessoa em concreto: não mereces que ela veja em ti, algo positiva, atraente ou apaixonadamente equivalente ao que e como vez nela _ com respectiva e reflexa extensão ao exterior modo geral! Escusado será dizer que tão só por isso, com eclosão dum respectivo e subsequente conflito interno entre o que negativamente passei a ser e/ou a significar em e para mim mesmo, versos o que positivamente essa outra pessoa e o exterior modo geral era e/ou passou a significar em e para mim próprio, enquanto meu conflito interno que me roubava (quase) toda a respectiva disponibilidade interior e pessoal modo geral, desde logo para com a interacção (afectiva, sentimental, emocional, sexual ou pessoal e humana modo geral) com outrens, desde logo a começar e terminar por e para com quem inspirava e sustentava a vertente positiva desse conflito em que eu auto assumi a vertente negativa por e para mim mesmo _ tudo isto sem lamechices nem falsas modéstias, mas sim e na sua base com um significativamente profundo e por vezes até absoluto sentimento de positiva impotência própria relativamente à vida.

            Global sequência, com tudo o que me trouxe à mesma, que respectivamente e por si só levou a que durante significativos espaços de tempo, dalgum modo (ainda) vigentes, eu tenha semi objectiva e/ou subjectivamente reduzido a minha vida exterior e/ou interactivamente prática à quase absoluta nulidade ou passividade. Creio eu que como melhor das hipóteses, me restou então uma forte dimensão (pró) espiritual e/ou mesmo que contra todas as expectativas e evidências também uma dimensão (pró) plenitude vital, sendo eu actualmente o resultado de tudo isso, com máxima expressão prática no que e como por exemplo (aqui) escrevo, aquém e além do que e como sou ou deixo de ser na vida (interpessoal, social, cultural, laboral/profissional,...) prática e objectiva do e no dia a dia! 

                                                                                              VB  (12-01-2013)(*)

           (*) Escrito a no passado Sábado (12) e só publicado hoje, subsequente, Terça-feira (15), entre outros possíveis motivos, porque desde logo em efectivo eu estava particularmente cansado, para rever e se acaso publicar com um mínimo de objectividade e responsabilidade própria o que original e espontaneamente escrevi no próprio Sábado (12). Sendo que para o escrever de origem bastou-me o espontâneo impulso derivado do que e como ao respectivo me trouxe! 

Sem comentários:

Enviar um comentário