domingo, março 16, 2014

Perversidades e mesquinhezes do sistema

            Não sei se e/ou até que ponto com mais ou menos, toda ou nenhuma conspiração prática ou teórica!?

            Mas independentemente de quem defende mais ou menos gestão publica, desde logo por parte do Estado relativamente ao bem comum e da respectiva sociedade (segurança, saúde, educação, etc.,) modo geral; o facto é que de entre uma dimensão (mais) e outra (menos) pró gestão pública do bem comum, há uma respectivamente difusa, quando não mesmo profundamente ambígua ou até perversa dimensão intermédia. E vou passar a dar um múltiplo exemplo prático disso mesmo:

             Em poucos (dois ou três) dias de intermédio escutei publicamente via televisão um director hospitalar público a queixar-se da falta de anestesistas para efectuar as devidas cirurgias, dizia ainda o senhor que com mais de 40% de perda da capacidade cirúrgica hospitalar que o mesmo dirige. Logo a fazer pressupor que há em dito hospital todos os restantes técnicos (especialistas, cirurgiões, enfermeiro/as, etc.,) pagos pelo próprio governo da Nação, mas que tão só por carência de dois, três ou quatro técnicos anestesistas tudo fica (semi) emperrado ou mesmo cirurgicamente bloqueado _ sem evitar a despesa pública inerente. O que por si só já é algo muito difícil de entender razoavelmente, por não dizer que é tão mais absolutamente perverso quanto são os próprios governantes da nação que dizem que tem de se reduzir a despesa do Estado e tornar o Estado mais eficiente, o que na circunstancia não me parece em absoluto ser nem uma coisa (redução de despesa) nem outra (maior eficiência), se acaso até conjunturalmente bem pelo contrário.
 
            Mas como se o anterior não bastasse, a mesma governação política e pública do país, está a oferecer uns, salvo erro, designados “cheques oferta de saúde” para os utentes do serviço nacional de saúde publica que, também por perversidades como a anteriormente citada, engrossam as listas de espera do serviço nacional de saúde, por inerência poderem passar a ser tratados e/ou intervencionados cirurgicamente em hospitais ou clínicas privado/as _ como sucedeu com ao menos duas pessoas(*) que conheço e com quem tão ocasional quanto providencialmente falei ao respeito já após ter escutado o director hospitalar em questão. Seja que a multi perversa governação política e publica do país, que por si só fala em “reduzir a despesa do Estado e tornar o Estado mais funcional e economicamente eficiente”, pelo contrário continua a sustentar o despesismo do Estado, inclusive de forma perversamente inócua como no caso de ao menos um hospital em que faltam anestesistas, ao mesmo ambíguo tempo que em nome do Estado multiplica esse despesismo pelo sector privado, por exemplo com "cheques oferta", no caso concreto tendo por base o factor da saúde pública.

            Pode não haver em tudo isto uma teoria conspirativa de quem é a favor ou contra o sistema nacional de saúde pública e/ou privado, nem algum tipo do muitas vezes falado e outras comprovado joguinho de interesses mais ou menos obscuros e por si só ilegítimos de entre o sector público e privado; mas desde logo e seguramente há uma profunda perversidade ou pelo menos profunda incompetência democrática na gestão dos valores públicos e/ou do próprio Estado, que sem prejuízo doutras pretéritas e/ou eventuais futuras gestões, no caso concreto e desde logo por parte da sistémica gestão política e pública do Estado actual!

            Mas pior, muito pior que tudo o anterior enquanto por parte da administração política e publica do próprio Estado, que pode ou não conter dita conspiração e mas seguramente contém perspectivas ideológicas e aqui ou ali incompetência democrática e/ou interesses mais ou menos legítimos ou ilegítimos; o pior dizia e digo eu ainda é que nós, o dito povinho que por si só compomos o próprio Estados e enquanto democraticamente elegemos livremente quem faça a gestão política e publica desse mesmo Estado, perante perversidades como a acabada de descrever atrás, é que apesar de felizmente não todos, mas em todo o caso muitos e enquanto tal de todo demasiados elementos do povinho, que numa base mais ou menos "chico espertista" por exemplo aproveitando os “cheques ofertade saúde”, aquém e além de poderem ou não esperar mais algum tempo pela oportunidade de ser tratados e/ou intervencionados cirurgicamente nas instituições de saúde publicas que os (nós) mesmos pagam(os) duma ou doutra forma, no entanto e acima de tudo fiquem(os) pura e simplesmente satisfeitos por esses “cheques oferta” sem mais e/ou em alguns casos até fiquem(os)todos vaidosos pela facultação pública de ditos “cheques oferta”, sem que importe minimamente com o que possa estar (conspirativa, incompetente, interesseira e/ou obscuramente) por detrás e em alguns casos mesmo sabendo-o, sentimo-nos privilegiados pela “oferta” e/ou bem governados enquanto por quem “oferece”, com base na própria "oferta" _ dalgum modo numa base relativamente comum do tipo "eu estou desenrascado, o próximo e/ou o próprio país que se desenrasquem também"! O que tanto ou mais que perverso chega a ser profundamente mesquinho, num ciclo de interesses mais ou menos estonteante e/ou conclusiva, cíclica e sistemicamente pró critico e austero.

            Perversa, mesquinha e dalgum social modo transversalmente lamentável!

                                                                                              VB

           (*) Sendo que ao menos uma das pessoas minhas conhecidas e por citadas atrás, recusou um primeiro "cheque" oferta após muitos meses de espera por uma cirurgia à coluna vertebral. Mas após o que não fixei bem quantos meses mais de espera, segundo entendi perfazendo seguramente muito mais dum ano de espera e diversas consultas com o médico assistente do serviço nacional de saúde publica que o estava a acompanhar, respectivamente perante mais um e segundo "cheque oferta", este paciente consultou mais uma vez o seu respectivo médico assistente para designadamente lhe perguntar o que fazer com (mais) aquele "cheque oferta", ao que segundo o mesmo o médico lhe terá dito que de entre o tempo de espera até então e a indefinição de não saber quanto mais poderia ter de esperar, que fosse ele mesmo utente/paciente a decidir o que fazer, como seja: aproveitar o "cheque oferta" para ser intervencionado de imediato numa clinica ou hospital privada/o e/ou então continuar a esperar! No caso o utente/paciente em causa acabou por nesta segunda oportunidade decidir-se por aproveitar a mesma, tendo-lhe ainda sido proporcionada a oportunidade de escolha entre três instituições de saúde privada em três respectivos pontos bem diversos do país, no caso independentemente do acréscimo de custos de deslocação de entre os diversos pontos em causa, com relação à origem do paciente, passando-se em qualquer caso o privilégio e/ou a responsabilidade da escolha para o utente/paciente. E se no caso o utente/paciente em causa acabou por escolher a instituição mais próxima da sua origem residencial, ironicamente e a piorar toda esta contextual envolvência, como melhor das hipóteses objectiva e democraticamente pouco clara, a própria intervenção cirúrgica não correu nada bem, inclusive tendo o paciente ficado pior do que estava antes de ser intervencionado, com a ainda agravante de que segundo posterior e tripartido parecer médico, incluindo o parecer de quem o intervencionou e ainda dum dos melhores especialistas nacionais, parece que após dita "malfadada" intervenção o paciente não pode ou pelo menos não deve voltar a ser intervencionado, pelo menos sem muito, repito, muitoooooooooooo elevada probabilidade de não voltar a andar pelo próprio pé, sendo que entretanto ficou a andar pior do que andava antes de ser intervencionado e que segundo também parece não tinha à partida, nem em absolto de ser assim _ seja que a intervenção cirúrgica a que o mesmo foi submetido poderia e deveria ter corrido de todo melhor e para o bem. Tudo isto só para dar um mero exemplo das perversidades do sistema, tanto pior se associadas à sorte e/ou ao azar de cada qual!
           Mas em toda esta sequência não quero perder a oportunidade de dar um meu exemplo próprio enquanto utente/paciente deste sistema nacional de saúde, aquém e além deste sistema "democrático" modo geral; quando com explicito início há cerca de três décadas atrás, passei a ter tão graves quanto degenerativos problemas ao nível articular, mais concretamente  ao nível dos joelhos, fazendo com que aos dezoito anos de idade já não pode-se praticar desportos bruscos ou de choque como por exemplo o futebol; posteriormente fui deixando de poder correr, inicialmente a descer e com o tempo (quase) em absoluto; de bicicleta pude andar sem condicionalismos de maior até cerca dos trinta e poucos anos de idade, mas na casa dos quarente já nem de bicicleta posso andar natural, livre e/ou incondicionalmente; vai-me restando e cada vez mais mal o andar normal e corrente do dia a dia. Mas entretanto e logo no início deste(s) meu(s) problemas articulares, consultei médicos do serviço nacional de saúde, de que desisti porque e de resto creio que dada a minha jovem idade à altura, o facto de ter relativamente bom (atlético) aspecto exterior e de andar naturalmente pelo meu próprio pé, como que senti ou mesmo constatei não ser levado muito a sério; seja que dependente ou independentemente disso o facto é que levei anos para conseguir uma consulta de especialidade (ortopédica), sendo que só consegui essa consulta após ter consultado um especialista privado, às minhas próprias custas, como seja sem "cheques oferta", respectivamente feito radiografias também às minhas custas, em qualquer dos casos no sector privado, mas talvez porque o médico privado constatou que eu não tinha a mais mínima possibilidade financeira de sustentar um tratamento privado, afinal eu há altura como salvo raras excepções sempre usufrui do rendimento mínimo nacional  _ como seja "mata a fome" _ após efectuar as ditas radiografias e consultas privadas, o próprio médico do sector privado aconselhou-me a recorrer ao sector púbico para continuar qualquer espécie de terapia, disse o mesmo que como mínimo teria de fazer fisioterapia especifica à zona afectada, alegadamente com um rotula mais alta que o normal quando em esforço! Recorri então de novo ao serviço nacional de saúde, com as conclusões e indicações do médico privado e curiosamente pela primeira vez consegui de imediato consulta para um especialista do sector publico, no caso para tão só assinar por baixo o que o médico privado havia aconselhado, como fosse no mínimo fisioterapia especifica. Mas no caso acabei mesmo por não fazer dita fisioterapia, desde logo porque não podia deixar de trabalhar, segundo porque trabalha cerca de doze horas por dia e não tinha tempo para terapias que eram o mínimo, depois e apesar de tudo há altura ainda andava relativamente bem no que ao dia a dia diz respeito, mas também porque comecei a crescentemente desacreditar cada vez mais no sistema de saúde e em última instancia ou em certa medida nos seus próprios técnicos. A partir de que a minha média de idas ao médico (público/privado) passou a andar pelos sete ou oito anos de intervalo, sendo que por vezes passa dos dez anos e outras vezes andará pela metade disso e ainda assim só o faço em sequência duma qualquer aguda crise de saúde, como por exemplo da última vez o fiz em sequência duma persistente crise ao nível intestinal, em que designadamente acabei cerca de sete horas a soro! Seja que o meu crónico e degenerativo problema articular só me voltará a levar a quem de direito, como seja ao medico, quando por qualquer eventual motivo algo quebrar literalmente a este nível e/ou então quando eu já não poder mesmo nem caminhar pelo meu próprio pé. Pois que de resto vivo ou pelo menos subsisto com base nesta minha condição existencial própria em associação, comparação e/ou contraste com o meio envolvente, desde logo com o sistema "democrático" e/ou de saúde publica que me tocou viver _ dalgum conclusivo modo e sem lamentos nem regozijos, da e pela minha parte passou a coincidir com regra geral "dobrar até quebrar" ou será "antes quebrar que dobrar" e/ou ambas as coisas, ou nenhuma delas, ou cada uma ou ambas com mais ou menos o que quer que seja ou deixe de ser!?  VB 

sábado, março 15, 2014

Taxa de natalidade _ de novo!

           Até por os meus mais recentes escritos aqui postados, tenho de adiantar que nem esses antecedentes escritos, nem este presente texto são pura, simples ou absoluta oposição aos actuais ou a quais queres outros governantes do País. O que se passa é que eu sou mais um cidadão deste mesmo País que enquanto tal não posso evitar ser referente, influente e consequentemente tocado por esses mesmos governantes, a quem de resto devo respeito, quando não mesmo obediência, a partir de que ao menos pró democraticamente não posso nem na circunstancia quero deixar de dizer o que penso e sinto ao respeito, no reiterado caso tendo por base algo que me é muito caro que é a taxa de natalidade ou melhor a paternalidade e maternalidade modo geral.

           A partir de que além de como genericamente sabido a taxa de natalidade na Europa em geral e em Portugal em particular não é de todo famosa e vai em gradual ou mesmo imparável decrescendo. E nesta mesma base e mas pró aumento dessa respectiva taxa, andam os nossos máximos governantes (governo e inclusive presidência da republica) a procurar incentivar a taxa de natalidade ente nós portugueses.

           Por um lado perguntava um dia destes o Sr.º Presidente da República: _ "O que é que é necessário fazer para os portugueses passarem a ter mais filhos?"

           Por outro e mais executivo lado, parece que o governo implementou ou pretende implementar um subsidiário incentivo de cerca de 54 cêntimos de €uro ao dia para as famílias (casais) que se atrevam a ter três ou mais filhos.

           À questão do Sr.º Presidente não sei objectivamente o que ou como responder, salvo se subjectiva e/ou genericamente dizendo que talvez uma sociedade interna mais política e socialmente justa fosse de grande u mesmo substancial ajuda!

           Já quanto ao subsidiário incentivo governamental, que eu vou desde já taxar de risível para não taxar de chorável, devo acrescentar: primeiro que entendo perfeitamente que tanto mais quanto no económico/financeiro contexto critico e austero que atravessamos, um incentivo financeiro nunca seja mal vindo, desde logo para quem tenha três ou mais filho, ainda que o que levou e está ainda a levar a esse mesmo contexto critico e austero, salvo limiar ou sanitária necessidade de sobreviver no e ao meso, de resto não seja por si só incentivante do que quer que seja, muito menos de aumento da taxa de natalidade; segundo e se 54 cêntimos de €uro é como melhor das reiteradas hipóteses risível, devo também dizer que mesmo que esse incentivo financeiro fosse substancialmente maior, inclusive na casa das dezenas de €uros diários, devo também adiantar que quem tem filhos só ou essencialmente com base em incentivos financeiros, não pode ser, não é, nem jamais será bom pai ou boa mãe _ e estou, lamentavelmente, certo que com base num incentivo financeiro mais substancial não faltaria quem mete-se "mãos à obra", não necessariamente por Amor e/ou por Vital convicção, mas sim por mera oportunidade material!

           Mas aquém e além de num país como o nosso onde precisamente os seus máximos responsáveis não só apelam como até já "incentivam" financeiramente pró aumento da taxa de natalidade é o mesmo país onde os mais jovens e mais qualificados têm de emigrar para ter trabalho e/ou pelo menos para serem remunerados com um mínimo de dignidade e/ou proporcional à formação que a própria pátria lhes proporciona, leva-me a concluir que estamos todos loucos a começar e terminar pelas máximas entidades governativas.

           A partir de que tão pouco quero deixar de expor a minha posição pessoal concreta com relação a este assunto da taxa de natalidade, mais concretamente com relação a eu mesmo ser pai. De entre o que tenho de dizer que (auto) bloqueei há muito essa possibilidade em e por mim mesmo, por um lado porque algures, ainda lá na minha infância e/ou juventude perdi toda e qualquer positiva ou absoluta confiança em mim mesmo, a partir de que só vou acreditando em mim na justa medida em que e como vou conseguindo (auto) subsistir na e à minha respectiva carência de positiva ou absoluta auto confiança própria. Mas por outro lado porque também há muito perdi a positiva e não raro absoluta confiança em muito do que e de quem me rodeia, a começar e terminar por quem me governa politica, social e/ou nacionalmente _ de resto os resultados económicos, financeiros e mas acima de tudo de substancias valores vitais/universais estão critica e austeramente bem à vista, com ainda injustiças como por si só um sistema judicial para pobres e outro para ricos!!!

           Em suma e apesar de ou até por tudo, tenho suficiente respeito, desde logo pela minha própria infância, como para me pôr a ter filhos com base em paixões de circunstância; em "acidental" sequência da satisfação de meras carências afectivas/sexuais momentâneas, tanto mais se numa dimensão social, cultural e/ou civilizacional em que felizmente o macho já não manda e a fêmea se limita a obedecer _ seja que é necessário muito mais (Amor) do que um mero casamento formal e a partir dai um manda e o outro obedece sem mais e/ou se pelo contrário em que cada um dos progenitores vai para seu lado, muitas vezes litigiosamente com os filhos de entre meio(*); mas muito menos ainda me poria a conceber filhos em nome duns "trocos" por mais risíveis, choráveis ou até muito substanciais que os mesmos fossem ou sejam, sem mais.

           Pelo que a concluir retorno à perspectivas de que talvez uma sociedade menos literalmente louca, menos literalmente injusta, menos literalmente cínica e hipócrita; de todo mais pró positiva, vital e universalmente abrangente e coerente fosse ou seja o maior e melhor incentivo ao sustentável aumento da taxa de natalidade, no caso concreto em Portugal!

           Ah! Claro, sem falar no mero e por si só menos mau acto de fé, há também ainda e sempre a possibilidade de se regressar a uma existência de mera auto subsistência pessoal e familiar básica para com a que ter mais um filho é sempre mais uma boca a alimentar mas também mais um (pró) braço de trabalho a ajudar, mas para isso é necessário ainda retirar o acesso à "televisão" e/ou outras equitativas distracções, além de talvez regressar ainda ao "um manda e outro obedece, sem mais"(**)!!!

                                                                                                      VB

           (*) ...Em regra com fortes encargos para o Estado, como por exemplo ao nível da proteção social e/ou da sustentação duma posteriormente crescente taxa de ocupação prisional, desde logo de entre as gerações mais novas ou mesmo juvenis, em qualquer dos casos como dalgum modo actualmente vigente_ com natural ressalva para os maioritários ou minoritários casos devidamente resolvidos pessoal, familiar, social e por si só vitalmente!

           (**) Regra geral com de todo relativamente poucos encargos para o Estado, pelo menos aquém e além da instituição de por exemplo um corpo policial opressiva/repressivamente implacável, que por exemplo leve duma ou doutra forma a quem como eu conceba filhos em vez de escrever enquanto tal e coisas como esta em particular!

          

quarta-feira, março 12, 2014

O Estado (democrático) do País _ parte II

            A justa medida _ auto critica

            Se bem recordo, ainda em tempo do e$cudo e curiosamente em governo do País liderado pelo Prof.º Cavaco Silva, actual Presidente da República, quase se desencadeia uma “guerra civil” por uns míseros escudos ou centavos de aumento na portagem da ponte “25 Abril”, com uma brutal manifestação popular contra dito aumento.

            Relativamente pouco tempo após a atrás citada manifestação na ponte, entramos na hera do €uro, moeda comum a diversos estados da União Europeia (EU), incluindo Portugal, que não sei exactamente se por isso, desde logo por passarmos a compartilhar a mesma moeda que os países mais ricos e prósperos da Europa e até por isso do Mundo, como a Alemanha, a França, etc., talvez tenhamos pensado que passamos automaticamente a ser todos ricos e/ou a ter as mesmas condições de vida dos restantes países em causa; o facto é que tão só com ""coincidente"" entrada em vigor do €uro, com respectiva e argumentativa base nuns ditos de arredondamentos aumentou automaticamente tudo o que era custo de vida, em alguns casos para o dobro ou mais, incluindo as portagens na ponte, sem o mais ínfimo manifesto popular, regra geral até bem pelo contrário, tudo passando a parecer ser aceitável, incluindo o crescente e se acaso múltiplo aumento do custo de vida.  

            E atenção que com o anterior não estou a defender manifestações por manifestações e muito menos manifestações violentas. Até porque eu mesmo não sou muito de manifestações reivindicativas, no caso sou mais de procurar ser (pró) positivo, construtivo, se acaso criativo e em qualquer caso produtivo a partir de dentro para fora, ainda que e/ou até porque inspirado de fora para dentro; pelo que o que estou a fazer é um termo de comparação e diria mesmo que essa sim violenta comparação, de entre paradoxalmente o pré e o pós €uro. O que há altura associado a uma vertigem do crédito bancário fácil, por si só com este último objectiva e não raro exaustivamente incentivado pelos próprios bancos, até porque há altura havia milhares de milhões de €uros derivados de subsídios comunitários a fundo perdido, dispersos por aqui e por ali, por este e por aquele, que se tanto quanto possível havia que condensar os muitos milhares de milhões dispersos nos mais espertos da sociedade, no caso concreto e inclusive no topo com esperta liderança da banca e dos banqueiros, até porque se algo corre-se como de facto correu mal com a avidez bancária, haveria como houve um Estado para (re)financiar os próprios bancos.

            O facto é que popularmente e ao que tudo leva a crer inebriados pela partilha de moeda com os mais ricos da Europa; pelos milhares de milhões a fundo perdido; pelo crédito bancário fácil e por mais ou menos o que quer que seja, o facto é que nos tornámos um povo e um respectivo país não só profundamente endividado, mas também profundamente apático, perdido de si mesmo, da própria Europa e do que mais universalmente seja _ com ressalva para o facto de que o (re)encontro pode e deve dar-se de dentro e/ou pelo menos a partir da própria perdição. Que no relativo a esta aludida perdição, parafraseando um ouvinte do programa “Antena Aberta” na Antena1 da RDP, este ouvinte disse mais ou menos que: _ “habituamos-nos tanto ao facilitismo que até já nos custa indignar-nos e/ou contestarmos o que sentimos ou constatamos estar mal” e acrescento eu que em certa e por si só democrática medida sentimos-nos ou constatamos-nos popularmente tão activa ou passiva e objectiva ou subjectivamente cúmplices pela critica e austera condição em que estamos mergulhados, que estamos cada vez mais incapazes de reclamar ou de protestar o que quer que seja, mesmo que e por si só legitimamente.

            Não será por acaso que chegamos ao ponto em que e mal comparado seja, acaba sendo mais ou menos como os discos do Marco Paulo, "toda a gente" dizia não comprar por preconceitos culturais, mas mal os discos saiam e imediatamente as vendas chegavam a disco de ouro ou de platina. E com isto devo referir que não tenho nada contra o Marco Paulo cantor, musico ou o que mais legitimamente seja, apenas quero fazer mais um paradoxal termo de comparação com o facto de que “toda a gente” fala mal deste governo, destes políticos, etc., mas o facto é que por um lado alguém democrática e maioritariamente os colocou a governar, além de que esse falar mal não se traduz em efeitos práticos, como por exemplo reivindicando o que se julga ser certo face ou contra o que se julga mal na governação, que até bem pelo contrário parece-me a mim que este governo apesar de e/ou até por tudo, tem tido muitos mais problemas por dentro de si mesmo, como seja por intestina parte da coligação que o compõe, do que de fora para dentro. Aliás não será ainda por acaso que este governo, governa mais ou menos segura, serena, tranquila e firmemente, não só contra a mais ou menos velada opinião popular, mas incluso contra a subscrita opinião de diversas e mas em qualquer caso proeminentes individualidades políticas, sociais, empresariais, sindicais, culturais, etc., etc., unidas consensualmente pró reestruturação da dívida publica, relativamente a que cada vez mais só mesmo o governo e imagino a sua maioritária base de apoio popular democrático contrariam firme e irreversivelmente; com apesar de e/ou até por tudo genérica resignação popular.

            Genérica resignação popular, como aludido atrás, porque no fundo e na verdade tudo está onde e como deveria estar, na sua justa medida, como seja que temos uma maioria parlamentar e governativa democraticamente eleita, para por si só a governar ou a desgovernar de dentro duma condição nacional critica e austera de que duma ou doutra forma todos somos responsáveis _ ainda que uns mais responsáveis que outros naturalmente, incluindo que muitos dos mais activa, executiva e/ou moralmente responsáveis até falam como se não tivessem responsabilidade absolutamente alguma, se acaso até bem pelo contrário! A partir de que salvo eventuais e não vislumbráveis desenvolvimentos que se a sucederem se espera e deseja sejam positivamente favoráveis ao universal e/ou por si só democrático bem do colectivo, seja e signifique isso o que quer que seja ou signifique na prática com relação a todos e a cada qual individual, humana, vital e/ou universalmente! Mas que enquanto pró positiva, prática, activa, funcional, por si só democraticamente jamais será algo mera e/ou absolutamente fácil _ seja que a haver facilidade a mesma deriva da pró positiva gestão das dificuldades inerentes a por si só viver, existir. Seja ainda que jamais alguém disse que a vida e/ou a democracia eram ou são coisa fácil e simples sem mais; sendo que se alguém o disse mentiu a si mesmo e respectivamente ao próximo e/ou vice-versa. Cuja alternativa a não querermos auto, intra e inter assumir as naturais dificuldades da vida e de viver, com pró positivo esforço, empenho e responsabilidade designadamente democrático/as de todos e de cada qual, então pouco ou nada mais resta que cair em degradação e decadência própria e envolvente e/ou então (re)entregarmos-nos a um qualquer regime totalitário e enquanto tal opressivo/repressivo ideologicamente de esquerda ou de direita; de fundamento civil ou militar; religioso ou ateu; etc., etc., que em suma e em qualquer caso tome paternal conta de nós, seus submissos e/ou oprimidos obedientes! Seja que tanto ou mais que escolher eleitoralmente governos de índole partidária, creio que cada vez mais se deve começar a decidir que dificuldade se pretende: a pró condigna e livremente democrática ou a pró paternalista e opressivamente totalitária!?

            Sendo que jamais faltou ou faltará é quem humanamente se sentido tão cheio de si mesmo, por inerência esteja mais ou menos permanentemente predisposto/as a oprimir e a reprimir, desde logo por não raro o que tão pouco falta são humanamente muitos ou tantos outros de nós merecedores de imposição opressiva/repressiva, desde logo por democraticamente mais e melhor não conseguir-mos do que o que tão bem se conhece e que de resto estamos critica e austeramente a viver de momento, com tutelar intervenção externa, inclusive como algo recorrente em nós como povo e como país. E até por isso, como uma espécie de genérica regra existencial própria da nossa popular e nacional parte, pelo menos até não conseguirmos e por isso merecer-mos positiva, vital, universal e/ou por si só democraticamente mais e melhor!...

                                                                                              VB        

O Estado (democrático) do País _ parte I

            A situação política, social e económica do país em traços gerais, num quadro global/internacional e desde logo Europeu muito complexo, em que designadamente o dinheiro circula, mais ou menos livre, legitima ou ilegítima e moral ou imoralmente pelo globo e em que na Europa dita Unida, se vive numa espécie de zona cinzenta entre pró absorção de cada vez mais e mais Estados, mais recentemente Estados de Leste para o seio da União, sem o mais leve vislumbre de efectivamente plena união política, económica, cultural e social, em que por si só a dita moeda única _ €uro _ não é comum a todos e funciona melhor para uns que para outros; por exemplo em Portugal em concreto e no imediato, sem pretensões técnicas ou objectivas especificas porque desde logo não tenho cultura ou objectivos conhecimentos concretos para tal, mas com base no que vejo, no que ouço, no que por si só vivo em mim mesmo e por inerência penso tão natural e espontânea, quanto responsável e consequentemente pela minha própria cabeça, digo que como decorrência do passado remoto e recente e com respectivos reflexos pró futuro, estamos basicamente assim:

            A começar pela troika, que no fundo é quem nas críticas circunstancias em que internamente nos encontramos, efectiva e verdadeiramente manda ou pelo menos é quem mais consequente influência tem na governação interna do próprio país; digo que pura e simplesmente a troika representa uma série de entidades (económicas e financeiras) que nos emprestaram dinheiro para podermos gerir e em última (irrealista) instância sair-mos da crítica situação económica e financeira em que nos (auto) colocamos colectiva/nacionalmente; a partir de que a gestão efectivada ou influenciada pela troika tem como grande e dalgum modo perfeitamente compreensível objectivo final garantir condições para reaver o dinheiro que as entidades que a troika representa nos emprestaram, aquém e além de maior ou menor sacrifício, austeridade ou o que seja da nossa colectiva parte. Pelo que pouco ou genericamente nada a apontar enquanto tal!
Inclusive tornando as palavras escritas do Sr.º Presidente da Republica nos últimos dias algo ou mesmo totalmente obsoletas, na medida em que qualquer português que veja um pouquinho para além do seu próprio umbigo e/ou da ponta do seu próprio nariz sabe que uma dívida como aquela em que nacionalmente nos metemos e continuamos indefinidamente a na mesma afundar-nos mais e mais, apesar de e/ou até (também) pelas austeras medidas da troika e do actual governa da nação, salvo “milagre” não seja pagável nem nos vinte anos profetizados pelo Sr.º Presidente, nem em mais outros tantos (vinte) e/ou até seja e enquanto tal é pura, simples e indefinidamente impagável _ com ou sem austera assistência da troika!

             A partir de que passando para a unilateral dimensão (nacional) interna que aquém e além das regras gerais e não sei até que ponto absolutas(!?), enquanto impostas de fora para dentro e no caso de cima para baixo por parte da troika, temos: o Sr. Presidente da Republica, que das três uma ou um pouco de cada uma: primeira ou está tecnicamente ultrapassado porque até um “zé ninguém”(*) como eu que mesmo antes da actual crise rebentar em 2008 já eu me dizia não saber onde e como haveríamos de arranjar dinheiro para pagar muitos dos devaneios em que económica e financeiramente nos estávamos a meter, inclusive há cerca de três, no auge da actual crise, em conversa com uma pessoa (empresário) que lidava com milhões eu dizia que nem daqui a trinta anos sairemos desta critica e austera condição, respondendo-me dito empresário que eu seria ou serei um pessimista, pois que em um ou dois anos a situação estaria ultrapassada, sendo agora a excelentíssima pessoa do Sr.º Presidente, inclusive enquanto economista a e ex. Primeiro-ministro a falar em mais vinte anos, sendo que segundo parece há outros economistas, como por exemplo um Sr.º Victor Lima, que inclusive por A+B conclui (por escrito e assinado por baixo) no seu respectivo Blog “Grazia-Tanta”(**), que mesmo que passasse-mos a nacionalmente crescer económica e ininterruptamente, salvo erro de 2,5% ao ano, seriam necessários cerca de quarenta anos para pagar a actual e crescente dívida ao exterior, em qualquer caso tornado as palavras (escritas e assinadas) do Sr. Presidente num misto de verdade de la palisse desde logo perante a minha perspectiva de leigo e/ou de caducas perante outros especialistas na matéria, como o Sr.º Victor Lima; sem esquecer que passando à segunda hipótese a pessoa do Sr.º Presidente estará política e activamente morto como Presidente de todos os portugueses, porque por assim dizer e enquanto máximo magistrado da nação acaba por ser o “guarda costas” não só do governo actual, mas sim dum sistema político e social tremendamente injusto e incompetente que por si só levou à critica e austera situação em que nacionalmente nos encontramos, inclusive com cerca de duas décadas da pessoa do Sr.º Presidente actual de entre precisamente Primeiro-ministro e subsequente Presidente da República nas últimas três décadas, logo com grandes, executivas e/ou murais responsabilidades pela critica e austera situação actual; entrando aqui a terceira das hipóteses, sem prejuízo de nenhuma das anteriores que é a de caducidade de memória por parte da pessoa do Sr.º Presidente, desde logo porque fala como se não tivesse responsabilidade alguma, desde logo fala (por escrito e/ou oralmente) do alto dum elitismo que o faz dirigir-se aos seus próprios concidadãos em termos como “os portugueses têm de estar cientes ou de convencer-se...”, como se o próprio não fosse português mas sim uma entidade que está muito, muito, diria mesmo indescritivelmente acima. Claro que digo tudo isto, partindo do pressuposto de que o actual governo de certo modo protegido e dalgum modo até já salvo pelo Sr.º Presidente em sequência duma tão profunda quanto irresponsavelmente escandalosa e segundo a perspectiva do Governo actual com relação às suas oposições, até mesmo anti patriótica, em que mesmo agindo o actual governo em teórico nome de (todo) o país e mal seria se no o fize-se ao menos retoricamente, no entanto e por alguns A’s+B’s, parece governar mais em nome e em favor dalguns muitos restritos “países” dentro do próprio, do que em nome deste último no seu todo. De resto e tão só muito grosso modo não será por acaso que a dita de genérica injustiça social se tem vindo a agravar e a aprofundar em sequência da acção deste actual governo, inclusive com quase literal supressão da por si só substancial base da democracia que é a classe média _ com passiva ou activa conivência do Sr.º Presidente da República.

            Quanto ao respectivo e subsequente governo da nação actual, parece ter como grande ou única responsabilidade o facto de que herdou uma situação económica e financeira critica, com subsequente intervenção de entidades externas com mais visível expressão na troika que enquanto tal é mais uma responsabilidade estranha ao actual governo porque directamente derivada da herança critica prévia à actual governação; logo qual é a grande responsabilidade própria inerente ao actual governo?! No caso será e/ou é ter assumido global e essencialmente as imposições da troika, pelo efectivo e potencial melhor e pior inerente, mas de que em conclusão final e como é comum ao nível político, entre outros, também o actual governo só assume para si o “melhor” efectivo ou hipotético. Seja que por um lado o actual governo não existe pura e simplesmente enquanto tal e/ou então é mais uma fraude político, social, técnica, responsável, por si só democrática e existencial como (os) outros que o antecederam. Tudo isto e mais uma vez com directa conivência do Sr.º Presidente da República actual que inclusive chegou a proteger e/ou a salvar o actual governo, a quando dumas intestinas, ridículas, irresponsáveis e dadas as circunstancias mesmo escandalosas, por não dizer patrioticamente criminosas birras entre elementos da coligação governamental que fizeram por si só subir os juros da divida, sem que isso pareça ter importado minimamente quer ao governo, quer ao Sr.º Presidente. Tudo isto ainda quando pela boca do Sr.º Presidente e dos máximos responsáveis governativos, tudo levando a fazer crer que quem não está com eles é uma espécie de antipatriota. Sendo que não ser patriota nas circunstancias em causa, coincide com não estar plenamente de acordo com a política do actual governo, em grande medida sob alto patrocínio do Sr.º Presidente da Republica, tendo por base que o presente governo afirma e reafirma recorrentemente pretender concretizar no essencial e/ou impor na prática as regras e imposições da troika, inclusive ir além dessas regras e imposições exteriores tendo naturalmente as mesmas como base enquanto impostas de fora para dentro e aceites ao nível governativo interno de cima para baixo, sem por exemplo negociar com a troika, a partir das efectivas especificidades sociais, culturais, económicas, financeiras e em suma existências do país. O que a ter sido feito (negociado) não sei, nem enquanto tal jamais saberá alguém se teria sido melhor ou pior, desde logo dependeria de quem, como e para que negocia-se, mas desde logo o que foi e a ainda está a ser feito pelo actual governo enquanto subserviente à troika, tanto mais se com esta última por vezes a fazer-se auto critica, vamos a ver como e quando positiva, negativa ou absolutamente terminará!? Mas que por enquanto já levou o país ao estado mais recessivo e/ou depressivo que se poderia sequer imaginar de há um tempo a esta parte. Ah! Que ainda no relativo ao actual governo e na imediata sequência há que referir que o mesmo é um aliado misto social-democrata e populista, composto pelos respectivos partidos Social Democrata e Partido Popular, que pela sua vertente social-democrata em muitos aspectos e em alguns dos seus integrantes de social-democracia pouco ou nada parecem possuir; já quanto à sua vertente populista, tem por exemplo como líder desta última alguém que entre outros recorrentes devaneios, toma publicamente decisões “irrevogáveis” que convenientemente revoga no momento imediatamente seguinte _ tudo a “patriótico” bem da “nação”!

            Relativamente à oposição política, desde logo à direita parlamentar não há porque o único partido de respectiva direita que é o Partido Popular na circunstância é o aliado governativo do Partido Social-Democrata; já à esquerda para além do relativamente recente e mais ou menos instável, volátil ou decadente Bloco de Esquerda, há um ou outro pequeno partido como por exemplo os Verdes, no caso aliado(s) ao Partido Comunista numa coligação designada de CDU, com esta última bem ou mal e melhor ou pior mas básica e essencialmente contra o Sistema, logo também mais ou menos inconsequente porque o Sistema, pelo melhor e pelo pior e para o bem ou para o mal é o Sistema; restando então o maior partido da oposição o Partido Socialista que aquém e além de ser altamente co-responsável directo, prático e objectivo pela (também) actual situação do país, ainda tem um actual líder que mal se consegue fazer escutar quer orgânica quer substancialmente. Pelo que poucas ou nenhumas positivas e/ou consequentemente melhores perspectivas então, por este opositor lado. Sendo que fazendo referência à oposição modo geral, eu ainda não terminei, nem eventualmente jamais terminarei de entender porque é que tem de ser tão só oposição e não complementaridade, apesar de e/ou até pelas contradições ou oposições inerentes. È que eu costumo dar o exemplo da corrente eléctrica derivar de dois pólos literalmente opostos (positivo e negativo) que quando se chocam de frente repele-se inevitável, violenta e consequentemente; mas quando inteligente e/ou por si só complementarmente conjugados dão lugar aquilo que por exemplo me permite estar agora a escrever e posteriormente a enviar o presente pela via electrónica. Mas enfim parece ser preferível fazer o culto da oposição pela oposição do que da complementaridade das oposições, na respectiva ou equitativa medida universal que permite a corrente eléctrica em favor da humanidade em geral _ salvo que a oposição humana de per e de entre si não se limita ou limitará jamais e complementar-se segundo as regras universais porque a mesma é cheia de interesses, de manhas, de joguinhos, por si só de espertezas parciais, corporativa/os e/ou unilaterais! Dai que voltando de novo ao Sr.º Presidente da Republica, os respectivos apelos deste ao consenso(***) político interno, designada e quiçá ditatorialmente entre uns cada vez mais ditos de partidos do “arco da governação” que curiosa e ironicamente nos trouxeram à critica e austera condição em que nos encontramos, possa trazer “água no bico”, designadamente ser uma faca de dois gumes e/ou dum feitiço que se volta contra o feiticeiro com os danos colaterais a incidirem sobre o país, mais concretamente sobre todos e cada um de nós portugueses (des)governados por este tipo de políticos.

            Finalmente, mas por vezes como no presente caso os últimos acabam por ser os primeiros, temo-nos a nós, o Povo que em democracia somos supremos, porque desde logo elegemos ou deixamos de eleger directa, livre, por si só democraticamente quem nos governa e/ou em muitos casos como no que presentemente atravessamos quem nos desgoverna, mas enquanto democraticamente somos e seremos sempre nós os primeiros e derradeiros responsáveis. Pelo que aquém ou além de mais ou menos directa ou indirecta, activa ou passiva, executiva ou subordinadamente em última e conclusiva instância somos os primeiros, grandes, senão mesmo únicos responsáveis pela situação política, económica, financeira, social, cultural, em suma existencialmente critica e austera em que nos encontramos, porque queiramos quer não o país somos todos e cada um de nós, pelo melhor e pelo pior, para o bem e/ou para o mal, especialmente em democracia! Por exemplo eu não me sinto activa, objectiva e muito menos executivamente culpado pela situação critica e austera em que o país se encontra, ainda que haja muito quem o seja e também não se sinta, mas voltando a mim não me sinto enquanto tal porque por exemplo não me endividei com os bancos, logo os bancos nacionais não tiveram de se endividar com os bancos estrangeiro por minha causa, com ressalva de que há endividamentos com a banca que podem ser fundamentais e/ou estruturantes, como por exemplo para com habitação própria, mas também houve muitos endividamentos quer individuais quer colectivos e nestes últimos desde logo pela publica parte do próprio Estado que foram endividamentos completamente desproporcionais e enquanto tal de todo mais desestruturantes do que estruturantes do que quer que seja. Mas isto para dizer que por outro lado não posso deixar de me sentir ao menos passivamente responsável, pela actual situação do país, desde logo porque não posso simplesmente apontar o dedo a este ou aquele outro governo quando eu mesmo não exerço o democrático direito do voto desde há muito; aquém e além de que até pelo que me levou ou leva a isso, eu mesmo não me senti, nem muito menos me constatei á devida altura de fazer positivamente melhor do que aqueles que critico. Claro que aqui os governantes podem dizer “pois quem cá está a assumir as responsabilidades somos nós, com méritos e _ digo eu não raro _ deméritos; por outro lado mais genericamente social ou popular, muitos podem e eventualmente devem dizer: “pois mas eu nem me endividei com a banca, nem deixei de votar”, mas ai resta-me dizer que cada qual sente-se ou deixa de se sentir responsável pela parte que lhe cabe, sendo que eu só pretendo dar o exemplo de não me limitar a puxar a brasa à minha “sardinha” como se eu fosse dono da mais absoluta e literal verdade universal e/ou prática razão com relação à situação do país, além de que votando ou não, o facto é que os governos que concretamente nos têm governado por maioria democrática derivam de quem respectiva e maioritariamente votou e vota neles, o que em qualquer caso somos nós o povo. Já agora com ressalva para a minha parte de que tal como todos nós também eu derivo dum contexto sociocultural opressivo/repressivo que dalgum reflexo modo se faz sentir ainda nos dias de hoje, o que no meu caso corresponde a não ter terminado nem de me libertar da referência e influência dessa dimensão opressiva/repressiva, nem por inerência ter terminado de me integrar positiva e/ou plenamente no contexto democrático. Sendo que por exemplo isto que e como aqui natural, espontânea, por si só livre e pró democraticamente escrevo, está ou deriva algures de entre o passado opressivo/repressivo, o presente (pró) democrático e o futuro sempre indefinido, mas desde logo por mim mesmo e respectivamente de mim depender será sempre pró positiva, vital e universalmente democrático. Até porque entretanto fiz e estou continuamente a fazer um imenso esforço pró democrático, de que o presente é mero reflexo, aquém e além de que em qualquer outro regime democrático ou não democrático haverá invariável e incontornavelmente sempre os satisfeitos e os insatisfeitos, mas no caso não democrático sem mais opção de escolha do que todos e em especial os insatisfeitos resignarem-se e subjugarem-se ao ditames impostos pelos primeiros e/ou em última instância com os insatisfeitos a combaterem pelas suas causas, suas convicções, as suas necessidades ou os seus interesses, mas no caso de forma não aberta, livre e negocialmente democrática; sendo que apesar de e/ou até por tudo, incluindo a minha (ainda) não plena integração na mesma, no entanto tenho auto entendido que a democracia (ainda) é o regime político, social e cultural mais pacifico, até por isso mais positiva, vital e universalmente justo e prospero, desde que genuína, franca e honestamente praticado pelas diversas complementares partes ou facções que o componham de per e de entre si _ o que nem sempre se passa de facto! Pelo que ainda continuo em absoluto preferindo a democracia, desde logo a liberdade democrática de por exemplo poder escrever e expor-vos tudo isto, com a única e grande responsabilidade perante a lei do Estado de Direito Universal Democrático e não perante a prepotente arbitrariedade e/ou a parcial lei dum qualquer outro regime extra democrático ou autocrático, que pelo conhecido até ao momento só poderia ser totalitário e logo opressivo/repressivo, de todo não mais justo do que o regime democrático, bem mesmo pelo contrário. Sendo que na nossa critica e respectivamente austera condição política, económica, financeira, social e/ou existencial actual, com tudo o que nos trouxe à mesma e que da mesma possa derivar para com todos nós, ainda que muita gente não concorde, no entanto digo eu que foi e é também por nossa carência de verdadeira e profunda cultura democrática interna, inclusive dita carência sem verdadeiro e substancial fim à vista, enquanto derivada de prévias décadas de opressão e repressão de que em muitos casos ainda não nos libertamos verdadeira e por si só democraticamente, quer como ex. oprimidos e/ou como ex. opressores; em que primeiro não tínhamos pura e simplesmente verdadeira liberdade e depois não temos tido respectiva capacidade de viver em liberdade, sem ao menos ser com cada qual “a puxar a brasa à sua unilateral, conjuntural, corporativa ou parcial sardinha própria”, em muitos casos de base pretensiosa, novo riquista, por si só ridícula e/ou se por outro mais substancial lado ideológica _ como seja aquém e além da directa e imediata entrada, presença e/ou saída da Troika estrangeira, que essa sim deriva (também) da nossa incultura democrática!(****)

            (*) Salvo ao nível da mais básica e imediata subsistência, de e para com o que por si só escrever me é pró vital, sanitária ou descompressivamente providencial, pois que de resto fracassei ao nível interpessoal, social e curricular escolar, subsequentemente profissional, desportivo, cultural e existencial modo geral.

            (**) http://grazia-tanta.blogspot.com/

            (***) Que aliás no relativo a consensos, hoje mesmo em que complemento e publico definitivamente o presente (13-03-2014), veio a publico um documento subscrito por personalidades da extrema-esquerda à extrema-direita políticas; de associações empresariais a sindicatos; de académicos e representantes da sociedade civil em geral, todos consensualmente a solicitarem a reestruturação da dívida, que curiosa e ironicamente o actual governo protegido do Sr. Presidente se recusa determinantemente a sequer colocar tal consensual e reestruturante hipótese, pelo que pergunto eu: afinal quem não quer consenso? Ou desde logo por parte do Sr.º Presidente da República, está-se a confundir consenso com ditatorial submissão ao governo actual?

            (****) Com defeitos e virtudes, sou profundo admirador, por um lado da vertente mais universalista da democracia Norte Americana e por outro lado sem prejuízo de universalidade também da vertente mais social das democracias Centro e Norte Europeias; em qualquer caso sou admirador da democracia enquanto tal, desde que onde e por quem na mesma saiba viver responsável, consequente, positiva, desde logo e por si só democraticamente _ o que sem prejuízo dos defeitos democráticos externos, inclusive das atrás referidas democracias Norte Americana e Centro ou Norte Europeia(s), em Portugal em concreto é sob e sobre muitos aspectos duvidoso que saibamos verdadeiramente viver em democracia universalista e/ou social, desde logo aquém e além de na circunstancia uma universal subserviência perante o exterior e/ou dum social desenrascanso interno ao nível de “salve-se quem e como poder”!...   


            ...com seguimento, para a parte II...

domingo, março 02, 2014

(Excepcional) Mérito

            O simples facto de ter um Blog em meu nome próprio e de no mesmo publicar textos como este ou como por exemplo o imediatamente anterior sob titulo: “A verdade”; pelo menos ao remanescente nível da origem política, social, cultural e existencial opressiva/repressiva de onde eu originalmente provenho e a que faço ainda actualmente alusão porque por lá, enquanto minha infância e juventude, deixei quer o meu pior quer o meu melhor em efectivo; a partir de que a esse meu original nível existencial, seguramente “muita” gente, desde logo (quase) toda a gente que tivesse acesso a isto que escrevo perguntar-se-ia: mas afinal quem é este tipo? Quem é que o mesmo se julga para escrever coisas como esta? Desde logo quem é o mesmo para tão só ter um Blog em nome próprio?

            Bem pelo menos este seria segura e invariavelmente o mínimo que alguém me perguntaria lá da origem opressiva/repressiva de onde eu provenho, o que há altura coincidiria no mínimo com supressão desta minha expressão própria e logo de qualquer plataforma em que eu desenvolvesse essa expressão, como por exemplo aos dias de hoje por via deste meu Blog próprio, versando uma critica política, social, cultural e/ou existencial que pretendo e mesmo procuro seja tão universalmente transversal que nem eu mesmo me possa excluir da respectiva. O problema é que há muito quem se creia acima dessa critica, tendo consubstanciadas razões concretas para isso ou não, sendo que neste último caso a tendência é para em última instância se reprimir/anular o autor da crítica, em especial se a mesma se tornar efectivamente consequente para quem é alvo da mesma, no caso aquém e além de mim próprio que me auto incluo universal e transversalmente na mesma. Seja que se em presente liberdade democrática e expressiva não corro o risco de ser em absoluto ou pelo menos arbitrária, incondicional e brutalmente oprimido/reprimido, no entanto não posso em absoluto escapar ao consequente risco de ser amado, odiado ou ignorado, em qualquer dos casos por tudo e por todos. Salvo que gostando ou melhor não podendo, não querendo, nem de resto costumando eu deixar de fora a referência às devidas e sempre incontornáveis excepções com relação a tudo o que na vida universal seja e é de verdadeira importância e/ou que no fundo valha consequentemente a pena, também aqui não posso deixar de aludir às devidas excepções relativamente à generalização de no caso concreto poder ser amado, odiado ou ignorado por tudo e todos; o que salvo transcendentalmente positivo, negativo ou inócuo motivo de excepção, jamais será excepcionalmente assim _ seja que à partida haverá sempre alguém a excepcional ou genericamente amar, odiar ou ignorar(-me)!

            E mas partir de que talvez daqui surja uma outra questão, que no caso surge mesmo uma questão (algo) esquizofrénica porque a coloco a mim mesmo, como por exemplo seja: mas o que é que este tipo afinal quer dizer com tudo isto? Desde logo e também auto respondendo-me a mim mesmo, digo que salvo a modéstia ou a imodéstia pretendo acima de tudo provocar intra e extra reflexões a quem quer que tenha a ousadia, a capacidade e/ou a vontade de se deixar tocar pelo que escrevo. A partir de que inclusive como original base deste meu Blog essencialmente intimista, vou centrar em mim a resposta às três primeiras perguntas, efectuadas logo no topo do presente texto para referir quem efectivamente sou, pelo menos de entre a minha origem e até ao presente estágio desta minha existência. O que é assim:

            Aquém e além de como me apresento no perfil deste meu Blog, seja como nada e ninguém em efectivo, ainda que até por isso como tudo e todos em potencia(*). Acresço agora mais concreta e objectivamente que há muito, muito que deixei de ter vida interpessoal e social própria; sendo que vida familiar ou profissional própria jamais tive. Em que sendo ou supostamente devendo ser estes últimos os grandes pilares da vida de qualquer ser humano dito de “normal”, não posso deixar de me sentir e/ou mesmo de me constatar um anormal. Que até poderia ser um anormal virtuoso, com um efectivo dom natural concretizado na prática, como por exemplo qualquer génio das Artes ou afins, desde logo da Arte de viver, que enquanto génios são também anormais, virtuosamente anormais; mas a minha é uma anormalidade viciosa, designadamente ao nível duma básica, esforçada, sofrível, quando não mesmo degradante e decadente (auto) subsistência, de que como (pró) positiva melhor das hipóteses se salva algum esforçado ou sacrificado espírito voluntarioso e de abnegação perante e para com o que ou quem se me afigura positivamente condigno desse voluntarismo e dessa abnegação, em qualquer caso com positivo reflexo para com a minha própria (auto) subsistência.

            Sequência de que mais concretamente ainda e começando na infância fracassei redundantemente ao nível interpessoal, social e curricular escolar, como seja que nem mesmo após treze anos de frequência escolar entre ensino regular diurno e recorrente nocturno consegui concluir sequer o ensino básico (nono ano lectivo); subsequentemente jamais fui capaz de me encontrar profissionalmente, limitando-me recorrente e invariavelmente a fazer tudo o que legitimamente me permita sobreviver básica e imediatamente, por vezes em actividades ou a níveis que me são perversos a médio e a longo prazo, designadamente ao nível dalguma contrariedade física que me impediu de praticas desportivas de índole mais bruscamente física como por exemplo o futebol logo a partir da adolescência e enquanto tal respectiva contrariedade física que se vê gradual quando não mesmo e dependente desta ou daquela outra actividade de subsistência mais fisicamente exigente, que no meu caso são (quase) todas e a que eu não posso voltar cara, também paradoxal e aceleradamente agravando a minha debilidade física com o passar do tempo; já ao nível familiar resta-me a família de ascendência e ao nível interpessoal e social pura e simplesmente não existo, salvo em contextos de ocasional circunstancia e/ou no literalmente indispensável à mais elementar subsistência diária, com alguma recente expressão virtual nas redes sociais, no Facebook em concreto, o que de resto e neste último caso me suscita muito do que venho a escrever ultimamente, incluindo também parte do presente. Aliás ao nível interpessoal e social posso até adiantar que salvo na infância e em algum momento da adolescência, de resto e inclusive por minha positiva e entretanto auto reconhecida insegurança e carência de autoconfiança própria, regra geral sempre tendi a evitar o contacto interpessoal e social e/ou então a abandonar-me a aquém interpessoal ou socialmente me suscita-se esse circunstancial abandono, ainda que isso não fosse existir interpessoal e socialmente, mas sim outra coisa qualquer, como por exemplo desistir de mim mesmo perante e para com o próximo! Sendo que quando me assumia ou me assumo pelo que e como eu mesmo era ou sou natural e espontaneamente, por exemplo com circunstancial máxima expressão actual nisto que e como escrevo, mas talvez ou seguramente porque e em especial de origem opressiva/repressiva em que de todo mais que positivo respeito o que se devia era incondicional obediência a uma infinidade de hierarquias superiores, com estas últimas não raro profundamente incoerentes de per ou de entre si, jamais terminei de aprender e respetivamente de saber lidar com isso (isto que e como eu sou natural e espontaneamente) quer positiva, quer coerente, quer absolutamente perante e para com o próximo e/ou o exterior modo geral. Tudo tanto pior quando entretanto me perdi prática, a(inter)activa, funcional e (quase) absolutamente de mim mesmo, desde logo a começar pelo fundamental nível interpessoal, social e curricular escolar; sequência de que bastava ou basta nem sequer eu chocar de frente com o que ou com quem não me era ou não me é directa, imediata, objectiva ou substancialmente coincidente e compatível, mas tão só por não coincidir prática, activa e funcionalmente com algo ou com alguém para passar a tender auto reprimir-me, anular-me ou recriminar-me a mim mesmo não só perante e para com esse algo ou alguém em concreto, mas por inerência perante e para com o exterior e a própria vida em geral _ sentindo-me ou mesmo constatando-me a "pior" pessoa do mundo! Passando por inerência ou a anular-me prática, activa e funcionalmente perante e para com o que ou quem me inspire minimamente esse abandono pela positiva ou pelo menos pró subsistentemente e/ou no imite a auto isolar-me tanto quanto literalmente possível, neste último caso num misto de procurar evitar ter de circunstancialmente ter de me abandonar ao positivamente pior ou mesmo negativo exterior e/ou então para semi instintiva e/ou objectivamente procurar o recontacto comigo mesmo e se acaso retomar a mais profunda e verdadeira essência pessoal, humana, vital e universal de mim próprio, no caso a partir duma solidão interactivamente prática e funcional, mas intrinsecamente baseada no e para com o exterior e/ou de entre mim e o exterior. De entre o que cheguei a um ponto em que das duas uma: ou não me dava com quem quer que fosse ou então todas as pessoas “gostavam” de mim ou simpatizavam comigo, o que neste último caso não deixava de ser dalgum global modo, por assim dizer, confortável. A partir de que o facto é que também e pormenorizando um pouco mais, em certa medida e em determinados casos essa "simpatia" exterior era-me algo até muito lisonjeiro; noutros casos era-me relativamente indiferente e noutros começava a ser-me senão incomoda, pelo menos intrigante! Mas de entre as circunstancias desta minha existência própria em associação ou dissociação às existenciais circunstancias envolventes a mim, no seu global conjunto acabou por uniformizar a minha existência no sentido de num misto de minha objectiva vontade própria e de subjectiva força das circunstancias intrínsecas e extrínsecas a mim, que pelo meu lado chegou ao ponto da depressão e pelo lado do meio envolvente no limite chegou a alguma hostilidade, em resumo acabei mesmo (auto) fechando-me tão objectiva quanto literalmente quanto possível em e sobre mim mesmo, aquém e além do que as circunstancias envolventes a isso me levassem. Seja que dalgum modo inverti objectivamente a minha própria natureza de procurar o que ou quem me era atrativamente agradável ou positivo, só me expondo ao próximo ou ao exterior em sequência da minha mais básica e emergente necessidade de subsistência, por mais que isso me fosse ou tenha passado a ser profundamente desagradável, pelo menos à partida, mas muitas vezes também continua e conclusivamente; sequência de que o "melhor" era ou é mesmo (auto) (re)fecher-me e (re)isolar-me tanto quanto quantitativa, qualitativa, literal e/ou por si só redundantemente possível, senão em absoluto, pelo menos interactiva, prática, funcional e/ou intimamente. Tendo dai resultado, por exemplo um acumular da minha energia vital primordial, que eu acabo dispersando pró positiva ou pelo menos pró subsistentemente nas respectivas e circunstanciais actividades laborais de subsistência básica e imediata e/ou em auto didáctica actividade física que o meu organismo (ainda) me vai permitindo, como por exemplo caminhar, além de em alguma que outra actividade lúdica como por exemplo a fotografia a que estou a regressar lentamente após mais duma década de afastamento e/ou ainda na leitura em geral, neste último caso não só e desde logo como meio e forma de catarse, mas também de prazer e de pró cultura geral e técnica. O que na sua globalidade, me leva a só agir perante e para com o próximo, enquanto por minha objectiva iniciativa própria quando tenho correspondente certeza objectiva de que lhe(s) posso ser positivamente útil e/ou então se reagindo eu a acção alheias relativamente a ou sobre mim, procuro fazê-lo consubstanciando objectivamente por A+B a minha respectiva reacção, que salvo eventual motivo de necessidade auto defensiva limite e ao meu imediato ou absoluto alcance do ponto de vista físico, de resto as minhas reacções são essencial ou mesmo literalmente de nível racional, intelectual e/ou espiritual, que se em última instância e melhor não podendo ou sabendo, prefiro auto assumir-me como o errado, aquém e além de que o seja de facto ou não, mas desde logo porque simplesmente não me saiba defender pela positiva, na minha respectiva confrontação de ideias, de perspectivas, de convicções ou do que seja com o próximo ou com o exterior modo geral, o que mais uma vez me leva ou traz a (re)fechar-me introspectiva, circunspectiva, contemplativa, meditativa, por si só pró racional, intelectual e espiritualmente em e sobre mim mesmo, ainda que necessária, reflexa e minimamente atento ao exterior modo geral e desde logo a começar pelo exterior que me suscite essa introversão _ já agora refira-se que numa minha atenção ao exterior enquanto atenção pró universalmente positiva e não pró unilateralmente curiosa. Global sequência de entre o que não me lamento, nem me regozijo desta minha genérica condição existencial própria, habituei-me a ter de (auto) assumi-la e aceitá-la como tal, inclusive como possível meio e forma de a partir da mesma eventualmente (re)encontrar a minha verdadeira dimensão pessoal, humana, vital e universal própria, aquém e além de vãs glorias e de interesses ostensivos ou de lamentações lamechas e de auto comiserações mesquinhas.

            O global resultado, ao menos até ao presente momento é também e precisamente esta minha auto subsistência, que circunstancial/providencialmente me permite ou mesmo me exige escrever, inclusive de origem para tão só necessitar sobreviver, mas creio que também cada vez mais ou acima de tudo como pró plenitude vital. Seja que de entra as potencialidades subjacentes a existir, ainda que só básica, esforça, rudimentar, sofrível, não raro mesmo degradante e decadente, mas no caso também voluntariosa, abnegada e se tanto quanto literalmente possível pró positiva, vital e universalmente; o que como conclusão de fundo e no mínimo espero vá-a resultando é ao menos ir (auto) sobrevivendo, ainda que e/ou até porque para tão só (auto) sobreviver seja necessário manter como mínimo alguma remota e residual ou semi objectiva e subjectiva fé e esperança na própria vida, sendo esta última semi objectiva e subjectiva em e por si só.

            Tudo de entre um profundo paradoxo que deriva de eu ter deixado de acreditar natural e espontaneamente em mim mesmo desde há muito, dalgum modo desde globalmente sempre; ainda que e/ou até porque antes, durante ou depois disso eu tenha de acreditar ao menos na primordial energia vital e correspondente instinto de sobrevivência que me trouxe ou traz (também) natural, espontânea e salvo a imodéstia meritoriamente até aqui. Talvez ou seguramente num mérito que é a excepção à genérica regra da minha própria existência, que na prática equivale a meramente (auto)subsistir, inclusive à imagem e semelhança duma infinidade doutras pessoas e por isso um mérito não comparado a quem mais quer que seja, no entanto não deixa de ser um meu tão efectivo Mérito próprio quanto numa base de pró positiva e/ou subsistente auto gestão, a partir duma imagem tremendamente negativa ou pelo menos positivamente inócua de mim próprio! 

                                                                                              VB


            (*) Mas atenção que nem pouco mais ou menos estou disposto ou disponível para tudo, em muitos casos e sub muitos aspectos até bem pelo contrário, inclusive e se acaso com meu sacrifício próprio, de resto como já o faço de há muito a esta parte renegarei ao que fira a minha mais profunda sensibilidade, consciência ou convicção própria, mesmo que o inverso disso me pode-se ou possa beneficiar unilateral, parcial ou imediatamente. Seja que não raro para tão só sobreviver acabo tendo de fazer coisas que me ferem duma ou doutra forma, mas quando toca à mais profunda e fundamental essência, o travão a fundo ou pelo menos condicionado tem de ser inevitável, nem que em última instância a própria sobrevivência fique em causa. Pelo que ao referir que me auto assumo como nada e ninguém em efectivo e por inerência disso como tudo e todos em potência, é porque assim é natural, vital e universalmente de facto, em sequência da minha própria vida ou existência pessoal face à vida universal enquanto tal; mas de entre o que é potencial e enquanto tal pode ser efectivo há um literal abismo de facto, e que no caso pode ser auto ou extra gerido neste ou naquele outro sentido, o que no meu (auto e extra) caso concreto é o que e como se pode constatar! VB

            Nota cromática: acabei de editar o texto atrás, complementando-o com acréscimo de tudo o escrito a cinzento escuro. Isto porque precisamente hoje (04-03-2014), acordei sentindo espontânea necessidade de o fazer, numa certa medida que no final até acabou sendo mais do que à partida suposto. Em qualquer caso isso está reflectido no acréscimo identificado a cinzento.