domingo, junho 30, 2013

Culpado

            Em e para tudo o que se segue, há que ressalvar as devidas (positivas ou negativas) excepções, além das infindas nuances de pessoa para pessoa e de família para família, de per e/ou de entre si!

           Tendo por base as minhas origens socioculturais, familiares, religiosas (judaico-cristãs) e vivenciais modo geral, respectivamente para mim e/ou no meu caso, existir é sinónimo de culpa _ isto aquém ou além da minha correspondente existência ser mais ou menos positiva ou negativa, certa ou errada, correcta ou incorrecta, coerente ou incoerente, consequente ou inconsequente, etc..

            Por si só ao ter nascido e começado a crescer em contexto sociocultural opressivo/repressivo, com respectivos reflexos que se prolongam até hoje e/ou que se prolongarão tão mais indefinida e consequentemente vida fora quanto eu não consiga fazer a devida catarse de tais factos, em que a obediência, sim repito a obediência era um ou mesmo o valor supremo e a espontaneidade estava significativa e/ou por si só repressiva/opressivamente vedada, logo enquanto comigo na base de todas as hierarquias ou estatutos socioculturais, ser obediente e pouco ou mesmo nada espontâneo, era o que mais se esperava e exigia de mim pessoal e estatutariamente. 

            De resto e enquanto paradigma da profunda injustiça inerente, diria que assisti desde a minha mais tenra infância a ditos e feitos doutras crianças, desde logo de estatuto sociocultural superior ao meu, com cujos correspondentes ditos feitos eu sequer poderia ou deveria sonhar ao meu correspondente nível sociocultural, familiar e existencial próprio. Como fossem ditos e feitos que enquanto com prática e activa origem em determinadas crianças de estatuto sociocultural e familiar originalmente superior, eram sinónimo de nervosismo, de aflição, de coitadinho(a) do menino ou da menina com quem havia que se ter paciência e compreensão; enquanto para mim ou para crianças do meu básico estatuto sociocultural e familiar, até por muito menos que mesmos ditos e feitos era-se imediatamente taxado de malcriado, de insolente, de desobediente e afins, enquanto tal a necessitar dumas boas palmadas ou correadas. Ainda que e/ou até porque supostamente a morte de Jesus tenha sido culpa, tão grande culpa de todos e de cada um de nós _ curiosa e/ou ironicamente com as famílias de estatuto social superior de efectiva ou pelo menos de suposta moral católica muito (pró) activa, o que inclusive em alguns casos apregoavam aos quatro ventos! De entre o que dadas as circunstancias parece que com mais (católica) culpa duns do que que doutros, que no meu caso parece ter sido e/ou ser eu dos mais culpados, de entre os mais culpados, desde logo na medida em que os estatutos socioculturais inferiores eram sob e sobre muitos aspectos oprimidos e reprimidos pelos estatutos socioculturais superiores, levando a que a simples e natural espontaneidade existencial fosse algo oprimível e reprimível em e por si só, especialmente no que aos estatutos inferiores dizia respeito.

            Global sequência com mais tudo o que interpessoal, social, cultural, por si só estatutariamente lhe está pré, pró e pós inerente; a partir de que tendo eu nesta minha _ em grande e substancial media _ natural e espontânea expressão escrita a minha correspondentemente maior, melhor quando não mesmo única forma de expressão e de existência própria, respectiva, precisa, irónica ou quiçá coerentemente por via desta minha (pró) existencial expressão escrita, assumo aqui prática e expressamente a minha inerente culpa existencial _ aquém ou além da essência mais ou menos positiva ou negativa, certa ou errada, correcta ou incorrecta, consequente ou inconsequente do que e como (pró) expressiva e existencialmente escrevo! 

                                                                                                           VB

quinta-feira, junho 27, 2013

Parcial e lamentável entendimento

           Sendo o presente Parcial e lamentável entendimento, o ultimo duma sequência de três textos postados só no dia de hoje (27-06-2013), não quero deixar de fazer referência a tal facto, nomeada e referencialmente acrescentando os títulos dos restantes dois, como sejam: Capacidades e limitações, mais Co-adopção infantil por casais homossexuais.

           Mas que passando ao presente, diria que:

           Penso ter passado a entender, ao menos parcial e circunstancialmente como é que entram petardos e/ou outros objectos estranhos e ilegais nos estádios de futebol!?

            Mas antes de continuar devo dizer que em parte e por diversos motivos a minha paixão pelo futebol arrefeceu até quase à congelação e depois porque fui literalmente contra a desmedida e irracional construção de dez estádios de futebol novos, em grande e substancial medida desproporcionais quer quantitativa, quer dimensionalmente, para o dito Campeonato Europeu de Selecções de Futebol 2004, realizado aqui em Portugal, me fez prometer de e para mim mesmo que não entraria voluntariamente por mim mesmo em qualquer dos estádios em causa, inclusive e desde logo para assistir a futebol; ainda que e/ou até porque ao ter sobrinhos que eu adoro e que tal como eu com a sua respectiva e correspondente idade juvenil também eu adorava futebol, logo sob influência dos ou pelo menos do mais velho desses meus sobrinhos e enquanto tal com inclusive o maior dos confessos prazeres, já por duas vezes que quebro a minha auto promessa própria, de no caso não entrar em nenhum dos novos estádios de futebol.

            A partir de que agora sim, passemos ao que me trouxe a este presente texto que foi e é o facto de que a última vez que quebrei a auto promessa atrás referida foi no passado dia sete (07) do corrente Junho (06) de dois mil e treze (2013), para no caso concreto assistir ao jogo da selecção nacional de futebol portuguesa, com a sua congénere russa, em jogo oficial a contar para a fase de apuramento para o próximo campeonato do mundo a realizar no Brasil _ Brasil onde inclusive, curiosa e dalgum modo lamentavelmente estão presentemente a ocorrer manifestações sobre manifestações populares, desde logo tendo por base a desproporcionalidade entre os também diversos estádios de futebol e/ou de genéricas infra-estruturas desportivas físicas construídas naquele país (irmão), para no caso e além do campeonato mundial de selecções de futebol, também com a correspondente finalidade de ali se realizarem os próximos Jogos Olímpicos, tudo versos a significativa miséria de parte do povo local e/ou o próprio aumento do custo de vida e em concreto dos transportes públicos naquele mesmo país, no caso _ digo eu _ como se a multimilionário industria do futebol muito em concreto estivesse acima de (quase) tudo e todos o(s) restante(s).

            Que saltando este último aparte relativo à actual situação no Brasil associada, também, à desproporcional construção de infra-estruturas futebolísticas ou desportivas em geral, versos as parcialmente miseráveis e globalmente injustas condições de vida de muito significativa parte de todo povo, e voltando à essência do que me está a trazer ao presente texto, devo então dizer que precisamente no último jogo, por assim dizer pacifico ou de “”baixo risco””  a nível de publico, entre as correspondentes selecções nacionais de futebol de Portugal e da Rússia, creio ao menos parcialmente ter passado a entender porque e como entram objectos estranhos ou ilegais nos estádios de futebol, apesar de e/ou até por todas as medidas de segurança entretanto tomadas ou seja:

            Ainda que em transportes diversos e em viagens separadas, tendo eu e o meu sobrinho mais velho percorrido ambos cerca de trezentos quilómetros cada um para poder ir assistir ao último jogo oficial da selecção, no próprio dia do correspondente jogo, ainda que entretanto com a finalidade de ficar-mos ambos todo o subsequente final-de-semana pela capital nacional onde o jogo ocorreu, pelo que no caso transportávamos coincidentemente ambos mochilas de ombro, que naturalmente e até por motivos de segurança dos bens pessoais _ alguma roupa, documentos, etc., _ transportados no interior das mesmas acabamos por levar connosco para o estádio.

            E eis que chegada a hora de passarmos as barreiras de segurança, efectivadas por uma empresa de segurança privada (Prosegur), com por assim dizer a supervisão ou suprema retaguarda da PSP (Policia de Segurança Publica), no entanto e como já referido atrás, até pelo e à parida pacifico e/ou de “”baixo risco”” carácter ao nível do publico inerente jogo em causa, na respectiva primeira barreira de segurança, as autoridades de segurança no local, no caso concreto sob directa e operacional acção da empresa de segurança privada, limitaram-se a confirmar o bilhete de entrada, sem sequer se importarem com as mochilas ou qualquer outro bem por nós transportados.

            Mas mais à frente e dado que já no interior do recinto do parque desportivo local, há a possibilidade de sair da barreira de segurança a fim de visitar um espaço comercial de electrónica contíguo, o que eu e o meu sobrinho acabamos por fazer, naturalmente voltando depois a ter de passar de novo a barreira de segurança.

            Tendo sido precisamente na nossa nova subsequente (re)passagem pela barreira de segurança, num outro ponto diverso ao de onde originalmente havíamos entrado, que no caso concreto o elemento da empresa de segurança privada que desta segunda vez nos calhou em sorte ou em azar, já mesmo após me ter deixado entrar a mim, confirmando apenas o bilhete de entrada no recinto desportivo, se lembrou de me perguntar o que é que eu transportava na mochila, mandando-me abrir a mesma, o que naturalmente fiz sem qualquer resistência, enquanto inclusive eu ia comentando o que transportava no seu interior, mas seja que mal abri a mochila e sem quase olhar para o seu interior, o dito elemento de segurança deixou de me dar atenção para passar a dar atenção ao meu sobrinho que me seguia; sendo que o meu sobrinho, para além da sua própria mochila, transportava ainda na mão um pequeno saco de papel, tipo dos que se disponibilizam em perfumarias, lojas de bijutaria e afins, no caso concreto transportando no interior de dito pequeno saco de papel duas sandes e dois sumos de fruta, estes últimos em pequenos pacotes tetra pack. E precisamente aqui, comigo naturalmente a assistir de perto, até porque espera pelo meu sobrinho, o dito elemento de segurança privada disse ao meu sobrinho que não podia entrar com os pacotes de sumo no recinto desportivo, ao que então eu correspondi nós não somos violentos e o respectivo elemento de segurança voltando-se para mim sem no entanto me chegar a olhar de frente e num semi encolher de ombros se limitou a dizer com um certo e arrogante tom de desprezo eu sei lá e dando de novo atenção ao meu sobrinho limitou-se a obrigar o rapaz a deitar os pacotes de sumo no cesto do lixo, no caso concreto sem sequer dar a mais ínfima importância à mochila que o meu próprio sobrinho transportava.

            Por mim senti um imediato misto de necessidade de reclamar formalmente de tudo aquilo e à vez de me resignar ao mesmo, em parte porque a reclamar teria de o fazer a quente, sem saber muito objectivamente bem como e a quem o fazer, além de que no caso concreto, imagino que fazer uma reclamação formal num caso daqueles e no local, imagino que à própria e suprema supervisão da PSP, salvo se por parte de alguém que conheça muito bem os trâmites que não é o meu caso, de resto e/ou ainda que com dito conhecimento, creio que envolveria uma série de correspondentes trâmites legais e outros de ordem burocrática, que eventual ou quase seguramente obstariam a que eu e o meu sobrinho em concreto assistíssemos a pelo menos parte do jogo, para o qual adquirimos correspondente bilhete. Pelo que tal como em circunstancias idênticas e/ou a quente, por mim pessoalmente e salvo motivo de força maior preferi resignar-me e seguir em frente, ainda que à posterior tenha de descomprimir, como no presente caso concreto.

            Para em conclusão dizer que um, por e para mim dito de energúmeno elemento de segurança privada, até dada a sua e no caso aparentemente significativa incompetência profissional, com ar arrogante e prepotente, obrigou um jovem (meu sobrinho) acompanhado por um adulto (eu próprio) a deitar dois pequenos pacotes de sumo de fruta para o lixo, sem sequer se dignar a saber o que verdadeira ou absolutamente transportava-mos nas correspondentes mochilas pessoais onde por si só cabiam diversos pacotes de sumos, inclusive e em termos de segurança ditas mochilas onde até ainda caberia um tijolo, qualquer verdadeiramente perigoso objecto arremessável _ se acaso a própria máquina fotográfica _, no limite até possíveis armas de diversos portes e essência, desde logo cabiam diversos e ilegais petardos, frequente e reiteradamente utilizados nos estádios de futebol, em especial ao nível de jogos entre clubes. 

            Seja ainda que pode até ser ilegal e em temos de segurança compreensiva e preventivamente proibido, no caso concreto transportar pacotes de sumo de fruta e similares para o interior dos recintos desportivos; mas no também correspondente caso concreto parece que isso só é proibido se for directa e imediatamente visível, porque se for dissimulado no interior duma mochila opaca, até não importa muito ou mesmo nada _ ainda que se se levar os pacotes dissimulados no interior da mochila e a mesma acabar por ser devidamente revistada, as correspondentes autoridades de segurança até possam dizer ou pensar: afinal estes tipos vêm com má intenção, na medida em que trazem artigos proibidos dissimulados no interior duma mochila!!!

             Enfim a situação fala por si só e por todos e cada um de nós directa e/ou indirectamente intervenientes na mesma, inclusive e até enquanto de boa fé ou em sequência da minha já relativamente longa ausência de recintos de futebol auto assumindo a minha inerentemente confessa ignorância acerca do que até então se podia e/ou pode ou não transportar para o interior dos recintos desportivos, a partir de que cada qual que aceda a este meu relato que retire as suas devidas e correspondentes conclusões!...


                                                                                              VB

Co-adopção infantil por casais homossexuais

            Tal como o antecedente post Capacidades e limitações, também o presente Co-adopção infantil por casais homossexuais e ainda o subsequente Parcial e lamentável entendimento, que neste último caso postarei já de seguida, são em qualquer dos respectivos casos exemplos de textos versando assuntos acerca dos quais eu gostaria ou melhor senti necessidade de escrever em imediata sequência do momento em que e como tomei conhecimento dos mesmos, ainda que por motivos já invocados anteriormente não me foi possível fazê-lo mais cedo; mas no caso e enquanto mantendo-se os mesmos ditos assuntos em vigor por si sós e/ou consequentemente no meu intimo, aqui estou a cumprir a minha (pró vital, sanitária, subsistente ou descompressiva) necessidade de escrever ao respeito e me expor enquanto tal. 

           Que no relativo ao assunto aqui em causa e em aberto, como seja a co-adopção infantil por parte de casais homossexuais, da minha respectiva parte, inclusive por minha pró expressiva ou existencial necessidade própria tenho a dizer:

           Com base nas leis da natureza, para mim adopção de crianças só mesmo por parte de casais heterossexuais.

            Mas! Independentemente dos diversos motivos e das razões pelo(a)s quais há crianças, filhas da natureza heterossexual, a e para adoptar; desde logo sempre houveram, há e tão segura quanto lamentavelmente continuarão a haver crianças filhas de casais e/ou de famílias heterossexuais absolutamente disfuncionais; crianças filhas de casais ou de famílias heterossexuais mais ou menos amigável ou litigiosamente desfeito(a)s; crianças filhas de casais ou de famílias naturalmente heterossexuais, que vivem e crescem global, essencial e praticamente apenas com um dos membros do casal porque o outro está ausente por motivos profissionais ou outros, por vezes e no limite até em vital ou mortal nome da defesa do Estado ou da Pátria(*), com este(a) último(a) de moral heterossexual; enfim poderia aqui tecer uma infinidade de motivos e de razões relativas a crianças que não vivem, nem crescem propriamente no melhor, mais cordial, harmónico, coerente, positivo, prático, referencial ou absoluto contexto heterossexual _ ainda que e/ou até porque naturalmente nasçam e existam em directa, prática e consequente sequência deste último.  

            A partir de que por mim próprio, de entre quem defende e quem abomina a dita de adopção infantil por parte de casais homossexuais, não me sinto própria ou absolutamente à altura de tomar unilateral ou absoluto partido por uma ou por outra das partes, em qualquer caso e sempre com o direito ao bem-estar e/ou ao bom-viver e crescer infantil como princípio, meio e fim de tudo.

            Seja que para confusões, inclusive para hipocrisias, cinismos e/ou outras incongruências e incoerências socioculturais e existenciais já basta o que basta(!!!), aquém e além de adopção infantil por parte de casais hetero e/ou homossexuais. E assim sendo que quem de direito tenha a efectiva e superior lucidez, clarividência, iluminação, sanidade, coerência, sabedoria e inteligência para constante e permanentemente poder e saber decidir o que e como é melhor para todas e cada uma das crianças institucionalizadas e/ou a adoptar por parte de quem quer que hetero, homo e/ou assexuadamente seja!

            Pois que no meu modesto, humilde e quiçá(!?) infantilmente mal resolvido caso concreto, o presente é o mais e o melhor que posso e/ou consigo dizer e/ou fazer ao respeito _ desde logo quando há uma infinidade de crianças mal amadas, (semi) abandonadas, mal tratadas modo geral e/ou carentes afectiva, sentimental, familiar, materialmente, etc., etc., etc., em qualquer dos casos enquanto naturalmente filhas da heterossexualidade.

                                                                                  VB 

           (*) Claro que nesta acepção, alguém terá de defender a Pátria e/ou a própria Família, inclusive com possível referencial orgulho para os filhos que os (heterossexuais) pais vivam e/ou em última instância até morram em nome da Pátria e/ou da Família _ ainda que em nome da Pátria, da Família e afins, já muitas barbaridades foram cometidas, no paradoxal limite com prejuízo das respectivas Pátrias e/ou Famílias e seus correspondentes filhos, não raro órfãos! Pelo que o que quero dizer ao fazer alusão a esta mesma acepção é que há demasiadas nuances, inclusive quando se trata de defender a Pátria e/ou a Família, como para que se seja só e unilateralmente a favor ou contra isto ou aquilo outro, no caso concreto tendo por base questões de hetero e/ou de homossexualidade, enquanto questões inerentes à adopção infantil, ainda que e/ou até porque sejamos todos naturalmente filhos da heterossexualidade! 

             Como nota final gostaria de dizer ainda que, não raro e como melhor das hipóteses parece-me que a minha humanidade é socioculturalmente: muita informação, muita sensação, muitos preceitos e preconceitos, muita (de)formação e mas muito pouca sabedoria _ já que pela pior das hipóteses o melhor é nem falar, aquém e além dos resultados estarem muitas vezes escancaradamente à vista por si sós e/ou de quem os possa, consiga e queira ver ou não!!! 

Capacidades e limitações

            Inclusive como algo que é transversal a qualquer minha exposição pessoal própria e a esta minha exposição escrita aqui no Blogger muito em concreto:

            Sob risco de não estar a ser sincero, não posso nem vou dizer que não gostaria ou que não gosto de ter o positivo reconhecimento, independentemente de reconhecimento por parte duma pessoa ou por parte duma indefinida série de pessoas..., em qualquer caso pelo meu natural e correspondentemente positivo Ser e/ou Fazer próprio(s). Isto ainda que eu não me dê muito bem com o chamado elogio, inclusive porque ora fui elogiado com base no meu não ser e não fazer próprios ou então em sequência dum meu ser e/ou fazer que eu não valorizava a ponto de ser elogiado e/ou ainda em sequência dum meu ser e fazer que me era tão natural, cujo correspondente elogio me soava a antinatural. Pelo que salvo a devida distinção entre elogio e reconhecimento, acima de tudo até prefiro passar discretamente na e pela vida, inclusive como sequência dum ser e dum fazer próprio que seja apenas ou acima de tudo o que, quando e como positivamente devido!  

            No entanto, como regra geral básica e/ou como cultura, experiência e vivência pessoal própria e envolvente, inclusive porque no limite o meu ser e fazer próprio não é muito ou mesmo de todo mais genérica e efectivamente positivo do que o que e como por exemplo aqui pró vital, sanitária ou subsistentemente escrevo, quando tudo o mais da e pela minha auto reconhecida parte, é regra geral muito mais positivamente inócuo, esforçado, sofrível e/ou como melhor das hipóteses abnegado e voluntarioso, do que por exemplo satisfatória, prática, coerente ou naturalmente positivo.  

            Global sequência, com tudo o que intrínseca e extrinsecamente me trouxe à mesma e que da mesma possa derivar para com e sobre mim, com correspondente reflexo de mim perante e para com o exterior e vice-versa, posso e devo dizer ainda e em qualquer caso que gostaria de ter ou de poder ter uma vida o mais tranquila e/ou discreta possível. Mas que como constatável, de entre circunstâncias intrínsecas e extrínsecas a mim, tal não me estar a ser, nem me vai sendo possível, que no caso concreto até bem pelo contrário.

            De entre ou aquém e além do que, sem lamentos nem regozijos de partida e/ou de chegada, só posso esperar e/ou tudo objectivamente devo fazer para que esta ou qualquer minha outra exposição própria seja o mais positivamente consequente para mim e para quem mais quer que inerentemente seja; pois que caso contrário e dadas as correspondentes circunstancias intrínsecas e extrínsecas a mim, só mesmo o caos, a degradação, a decadência, o conflito, a desestruturação, etc., próprio(a)s e envolventes parecem poder fazer ou fazem sentido, valendo-se inclusive a e por si sós _ desde logo enquanto intrinsecamente a mim e/ou como reflexo do exterior em mim e vice-versa. O que nesta última e por assim dizer negativa ou pelo menos confusa e aleatória acepção, desde logo em subsequente nome do meu instinto de sobrevivência e/ou em nome do amor ao que ou a quem me é querido, devo e necessito evitá-la ou contrariá-la positivamente, nem que e/ou até porque para isso tenha de continuar indefinidamente a expor-me, dependente ou independentemente da minha objectiva vontade e/ou gosto própria(o)s de e para tal.

            No conclusivo caso, fazendo desta ou de qualquer minha outra exposição pessoal própria, algo global e essencialmente circunstancial/providencial, desejável e necessariamente pelo e para com o mais positivo da e na vida, ainda que e/ou até porque dentro das minhas positivas capacidades e limitações próprias e mas também envolventes!


                                                                                              VB 

domingo, junho 16, 2013

Entregues a quem?!

            Salvo excepcional e justificadamente, de resto e por norma não sou propriamente favorável a crises políticas, muito menos se a crises (es)forçadas ou artificiais, muito menos ainda se à mais mínima contrariedade e/ou se quando até pelos antecedentes é de todo espectável que após uma crise política se solicite outra logo de seguida, mesmo que e/ou até porque entretanto mude a respectiva gestão política; tão pouco gosto de criticar a classe política ou qualquer outra só porque sim e/ou indiscriminadamente como um todo, tanto mais ou menos assim quando apesar de e/ou até por tudo, creio que sem classe política multipartidária não há ou não haveria democracia, pelo menos democracia política e dadas as circunstancias parece que a democracia ainda é o melhor dos sistemas políticos/sociais, inclusive permitindo-me escrever e partilhar democraticamente (responsável e consequentemente) o presente; até porque o que resta é básica e genericamente a opressiva/repressiva imposição dumas ideologias, religiões, classes sociais, etc., sobre outras, o que salvo algumas excepcionais e (intra ou extra) criticas elites políticas, económicas, culturais, religiosas e sociais modo geral, de resto e por norma com uma mais ou menos imensa e amorfa massa popular pelo meio, que tanto se dispõe a aclamar ou a exultar quer os poderes opressivos/repressivos, quer os podres democraticamente instituídos_ quiçá como uma das causas e das consequências da nossa colectiva e recorrentemente critica/austera condição existencial própria_ o que desde logo a mim não me agrada particular, democrática ou absolutamente, como creio reflexamente constatável no e pelo presente; além ainda de que tão pouco tenho particulares preferências partidárias, por um ou por uns partidos políticos sobre outro(s), ainda que cultural e/ou vivencialmente eu simpatize mais com a dita ideologia de esquerda que com a respectiva ideologia de direita política, mas ainda assim encontro virtudes e defeitos em cada uma das duas  ideológicas partes de per si, pelo que talvez como anatomicamente ao nível dos membros do corpo humano, duma ou doutra forma o melhor mesmo seja a complementar e/ou democrática conjugação das duas coisas, no caso concreto de direita e de esquerda politicas/ideológicas. Mas dito isto e apesar de e/ou até pelo mesmo, repare-se:

            O excelentíssimo Senhor Presidente da Republica, na pessoa do Senhor professor Aníbal Cavaco Silva, disse recentemente algo como: “dissolver a assembleia da republica _ vulgo demitir o actual governo _, equivaleria a deixar ou a remeter o País para uma situação muito mais grave (critica e austera) do que aquela em que o mesmo se encontra actualmente!”. Algo que desde já e confessamente eu não me atrevo a discutir ou a contrariar, até porque pessoalmente, na minha imensa e confessa ignorância prática, teórica, técnica ou qualquer outra designadamente ao nível da gestão política, não sei se e/ou até que ponto assim é e seria ou não(?!); tanto mais se quando também o próprio Senhor Primeiro Ministro actual, na pessoa do Senhor Doutor Pedro Passos Coelho repete várias vezes que o caminho seguido pelo seu governo é o único possível _ ainda que aqui eu deva dizer que conheço mil e um caminhos para chegar a Roma; sem esquecer que, como referido no inicio deste texto, até dados os antecedentes da governação política nacional, designadamente que atrás duma crise política, por norma e ao nível da oposição política e/ou ao menos de parte do próprio povo, se peça logo uma outra crise política, o que à imagem e semelhança do dilema acerca de quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha, tão pouco já sei se a solicitação de crises politicas e concretização das mesmas é por inerência do que em sequência das diversas gestões políticas nos traz(em) recorrentemente de crise económica/financeira e social em crise económica/financeira e social, com correspondente(s) crise(s) política(s) e/ou se pelo seu inverso(?!). Mas a partir de que em qualquer caso permita-se-me o desabafo e a questão final que respectivamente é:

            Num País como o nosso em que respectiva e “”surpreendentemente”” se vem a encontrar o País de tanga, à beira da ruptura, à beira da banca rota, etc., etc. pela boca de diversos e sucessivos governos políticos da nação e dos seus respectivos lideres de há muito a esta parte; em que desde as mais altas instâncias políticas e sociais, até ao zé-povinho, (quase) toda a gente assume e/ou reconhece a actual crise económica, financeira e social actual; em que até como causa ou consequência desta última haja muito quem também aos mais diversos e transversais níveis políticos e sociais, por censurável norma com relação ao outro, afirme e reafirma que o País e/ou o povo andou a viver acima das suas (nossas) possibilidades, mas em que curiosa, irónica e/ou quiçá sintomaticamente seja a própria pessoa do Senhor Presidente da Republica actual, a assumir publicamente que não ganha para as despesas pessoais/familiares próprias ou pelo menos que tem dúvidas ao respeito, quando este último tem no curriculum político duas maiorias absolutas como ex. Primeiro-Ministro da Nação e já vai no respectivo segundo mandato como Presidente da Republica Nacional; o que sem ir descritivamente muito mais longe e mas que com todas as causas, efeitos e consequências inerentes a tudo o transacto me leva conclusivamente a perguntar: meu Deus estamos entregues a que pessoas; a que ideologias; a que fundamentos; a que princípios; a que objectivos; a que competências técnicas, práticas, políticas, sociais e/ou outro(a)s? Que desde logo, enquanto democraticamente, estamos ou estaremos entregues a nós mesmos, algo que segundo tudo leva a crer e digo eu para o qual talvez não estejamos (ainda) tão cultural, vivencial, responsável, consequente e por si só democraticamente preparados quanto por vezes pensemos ou queiramos pressupor, inclusive com as nossas cerca de quatro décadas de democracia vigente a derivarem de cerca de meio século de opressiva/repressiva ditadura, com uma romântica e florida revolução, que como constatável redundou em frustrada e murcha ilusão, pelo meio; apesar de e/ou até pelo que me resta ainda em respectiva e derradeira conclusão perguntar se não mereceremos todos e cada um de nós algo mais e melhor, antes, durante e depois do mais de e para nós mesmos e até por isso de e para com quem nos governa, do que esta recorrentemente triste, critica, austera, na melhor das hipóteses alegremente ignorante ou (auto e extra) demissionária e/ou digo eu ainda lamentável condição política, social e/ou existencial colectiva e até por isso individual e/ou vice-versa em que, salvos as devidas excepções, de resto e por genérica norma recorrentemente vivemos, caímos e/ou existimos(*)?

                                                                                              VB

            (*) Porra! Quero eu dizer que se não estamos colectivamente contentes com os políticos e/ou governantes que temos, no caso somos nós que democrática e colectivamente os elegemos e/ou então que nos demitimos de o fazer; aquém e além de que talvez e/ou até por tudo isso esperemos ou exijamos dos políticos o que não estamos dispostos a fazer por nós mesmos e pelo colectivo nacional/universal; pois que se estamos colectivamente contentes com os políticos e/ou governantes que temos, salvo momentâneos, pontuais, circunstanciais ou até naturais contratempos, de resto não sei propriamente do que tanto e tão genericamente reclamamos, desde logo a ponto de se pedir ou exigir recorrentemente a queda de governos _ vulgo crises políticas _ salvo que não vivamos tão democraticamente quanto pensamos ou julgamos, com respectiva e crescentemente unilateral imposição duma(s) ideologia(s) e afins sobre outra(s), com uma maioritária e amorfa massa popular a assistir passiva, resignada e intermediamente de bancada(!?), só se manifestando democraticamente quando a coisa dói ou passa a doer para além da norma e/ou até do suportável; que por mim pessoalmente devo dizer que se não gosto de todo em todo de ditadores políticos ou outros, a começar e a terminar logo pelos muitos pequenos e mas também muito diversos e consequentes ditadores por ai divagam _ gente frustrada e amarga que tem ou encontra na arrogância, na prepotência e afins perante e para com o próximo, a sociedade e a própria vida a sua maior ou melhor expressão _ o facto é que tão pouco gosto de no caso concreto políticos que em democracia governam tanto ou mais em oportuna e/ou até sensacional função de ciclos eleitorais, do que propriamente em função do que verdadeira e realmente necessário, que tudo tanto pior quando pré eleitoralmente se fazem promessas políticas irrealistas, que ou não se cumprem pós eleitoralmente com a recorrente ou surpreendentemente argumentativa desculpa do(s) anterior(es) governante(s) afinal parecer terem deixado ou circunstancialmente estarem a deixar cada vez mais e mais o país de tanga, à beira da rotura e/ou da banca rota ou então e por outro inverso lado cumprem-se algumas dessas ditas de promessas irrealistas às custas da miséria _ vulgo da crise e austeridade _ colectiva nacional, com o dito povo a cair redundante e recorrentemente no engodo, talvez porque o povo desconhece as suas (nossas) verdadeiras capacidades e/ou limitação próprias e/ou do próprio país, que desde logo, por mim mesmo e à cautela, como inclusive espero constatável no e pelo presente, com tudo o que o antecedeu e o que posteriormente venha em sua sequência, diria que me limito há muito ao estritamente necessário, sendo que ultrapassar o estritamente necessário do momento e das circunstancias presentes, equivale a passar ao estritamente necessário do momento e circunstancias seguintes, o que em si mesmo é pouco ou nada monótono, se acaso é mesmo positiva, vital e universalmente muito aliciante, ainda que até por isso e dadas as circunstancias próprias e envolventes a mim, não seja necessária ou absolutamente nada fácil; em qualquer caso e duma ou doutra forma, ao menos em democracia, os políticos e os governantes derivam do povo e enquanto tal o povo tem e terá os políticos que merece e que indefinidamente continuar merecer, com o seu respectivo e correspondente inverso. Em qualquer caso e enquanto tal, sem qualquer ironia que Viva Portugal, desde logo um Portugal que espero e gostaria eu, fosse ou seja um Portugal ao democrático serviço de si mesmo e do todo Universal. 

           


                 

No limiar ou no limite, resistir

            Antes de continuar com a postagem de qualquer outro texto, inclusive e concretamente do texto que se seguirá a este, de seu titulo: Entregues a quem?!, no entanto e até pelo tempo que levei de entre me ter sido suscitado escrever este último e a subsequente postagem do mesmo, no caso com a execução do presente No limiar ou no limite, resistir(*) pelo meio e/ou em sequência de estar com indisponibilidade de espaço, de tempo e pessoal modo geral para escrever de entre outras coisas também o texto Entregues a quem?!, me leva a postar este No limiar ou no limite, resistir, antes mesmo de Entregues a quem?!, em qualquer caso numa sequência que dalgum modo se complementa, inclusive quando após escrever No limiar ou no limite, resistir, senti natural necessidade de regressar a parte do que entre tanto deixara de escrever, o que incluía o que entretanto viria a resultar em Entregues a quem?!

            Não terminando de conseguir conciliar o que e como eu sou, com interacção com o próximo e/ou com plena integração no meio envolvente; logo tenho cada vez menos tempo e disponibilidade para mim mesmo; tenho cada vez menos tempo e disponibilidade para cultivar o que e como sou (penso, sinto, necessito, etc.) por mim mesmo, perante e para com o próximo e/ou a própria vida. Sendo que, apesar de e/ou até por tudo, tenho nesta minha expressão escrita, a minha maior e melhor, quando não mesmo única forma de expressão e de existência própria, também perante e para com o próximo e/ou o exterior modo geral. Pelo que de momento e sem poder escrever tudo o que, como e quando necessito, cada vez mais resta-me apenas tempo e disponibilidade para fazer coisas que não me são propriamente naturais, coisas que inclusive me são prejudiciais de diversas e substanciais formas, desde logo ao nível duma certa decadência física, tendo por base uma minha determinada patologia fisiológica, tudo em nome de básica, imediata e materialmente sobreviver. Sendo que até pelo anterior, tenho de todo e cada vez mais por adquirido que há esforços que não valem verdadeira ou absolutamente a pena, salvo se em nome da fé, da esperança e da confiança em alcançar algo mais e/ou algo melhor, desde logo a plenitude vital. A partir de que o pior ou mesmo mau é quando se perde a fé, a esperança e/ou a confiança em alcançar esse algo mais e/ou melhor, sendo que naturalmente e sem ao menos poder pró vital, sanitária, subsistente ou descompressivamente escrever, por inerência me resta cada vez menos tempo, menos espaço e não raro até forças ou capacidades de e para lutar por algo mais e/ou por algo melhor, do que meramente subsistir esforçada, sofrível e/ou se na melhor das hipóteses voluntariosa e abnegadamente.

            Pelo que salvo ao nível do que, como por exemplo e no limite por aqui vou pró vital, sanitária, subsistente e/ou descompressivamente escrevendo, inclusive de entre todas as potencialidades de plenitude vital e no caso a minha crescente carência, se não de fé, de esperança e/ou de confiança, pelo menos de espaço, de tempo e/ou de forças e de capacidades para concretizar essas mesmas potencialidades na prática.

            Digo-o (escrevo-o) numa imediata sequência em que tendo precisamente nesta minha e por si só reiteradamente pró vital, sanitária, subsistente e/ou descompressiva necessidade de escrever, uma espécie de meio-termo de entre _ no limite _ plenitude vital e morte literal, no entanto tenho cada vez menos tempo, espaço e/ou disponibilidade pessoal geral para escrever tudo ou pelo menos o que mais substancialmente me vai sendo solicitado escrever, de resto estou a escrever o presente em concreto, por inerência do que tenho deixado de escrever, desde logo neste meu e como melhor ou mais moderada das hipóteses aparentemente eterno meio-termo de entre plenitude vital e efectiva inconcretização desta última!

            Dalgum modo diria que: ao não gostar de meias tintas; de meios-termos; de meias verdades; de meio cá meio lá; de aparências que não correspondem à realidade; como que respectivamente e ao menos confiando no meu instinto de sobrevivência me disse há muito de mim para mim mesmo (auto) preferir: plenitude vital ou morte literal.

            E assim aqui estou eu, creio que no subsistentemente intermédio e inconclusivo limiar ou limite, de entre uma coisa e outra, desde logo de entre vida plena e morte literal e/ou de entre todas as indefinidas e infinitas potencialidades da e na vida, como seja ainda de entre fé, esperança, confiança e/ou falta delas!   

            Pelo que resumida e conclusivamente, creio que no meu caso o que cada vez mais me resta é subsistentemente resistir, resistir e resistir tanto quanto literalmente possível, aquém e além duma melhor ou de pior forma e de mais ou menos tempo _ no fundo e na verdade, inclusive no meu caso como melhor das hipóteses, não me conseguindo libertar do meio cá meio lá e afins, inclusive sendo mesmo esta última a grande verdade desta minha subsistente existência, ainda que em parte também da minha condição humana, em qualquer caso de entre todas as, no limiar e/ou quiçá no limite, potencialidades de vida e/ou de morte _ que apesar de e/ou até por isso, espero e inclusive no que ou como estiver ao meu alcance, desde logo pelo que e/ou para com quem eu amo, tudo faço e farei para que seja em pró concretização de potencialidades de vida!

                                                                                              VB 

           (*) Atenção, para quem teve acesso à minha primeira postagem do transacto texto acabou lendo Condição limite onde agora aparece No limiar ou no limite, resistir; o que simplesmente se deve ao facto de na última hora antes de postar o mesmo acabei fazendo a alteração do titulo que me pareceu mais adequado, no caso para a última designação aqui em causa, tendo-me no entanto esquecido de fazer essa alteração na respectiva introdução, que entretanto havia concretizado antes mesmo de alterar o titulo. Fica feita a devida correcção, com a correspondente justificação e se acaso com subsequente pedido de perdão. 

domingo, junho 02, 2013

Solidariedade

            Nem de propósito, escrevi o seguinte texto na manhã de ontem (01-06), sem sequer imaginar que também na tarde de ontem iria dar de caras com o recorrente peditório do Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) à porta das grandes superfícies comerciais. Pelo que não poderia haver melhor dia para escrever algo relacionado com solidariedade, inclusive quando soube-o já hoje (02-06) via comunicação social que mais uma vez Portugal foi global e generosamente solidário com o peditório do BACF em causa.

            Solidariedade

            Ouço muitas vezes, inclusive nos meios de comunicação social, aludir elogiosa e saudosamente à solidariedade do antigamente.

            Mas por mim digo que, independentemente dos motivos e razões de e para tal, dispenso uma solidariedade baseada na opressiva/repressiva miséria de todo um povo como antigamente, que nem por isso ou até por isso dita solidariedade conseguiu evitar muitas traições, muitos conflitos, muitíssima inveja, muita descriminação entre indivíduos ou entre classes sociais, etc., etc., etc. No caso com pena e lamento meus pelo facto de que as pessoas só tendam a recordar o que lhes é agradável e interessante ou interessado _ comigo naturalmente incluído, salvo que eu esforço-me por recordar o melhor e o pior, inclusive e desde logo de mim mesmo.  

            Sendo que salvo as devidas excepções que não o sejam e/ou que até se aproveitem ilegitimamente disso, o facto é que até somos um povo globalmente solidário. Mas que para se ser natural e correntemente reconhecido como tal, parece ser necessário regressar a uma solidariedade baseada na mais oprimente e reprimente miséria, desde logo material, que em alternativa a contarmos autonomamente connosco para connosco mesmos e solidariamente para com o próximo, tenhamos de contar dependente/caridosamente com o outro para connosco e obrigatoriamente connosco para com o outro _ dalgum modo à imagem e semelhança do que se passa com o próprio País relativamente à dita Troika! Em que tendo o país entrado em rotura _ vulgo miséria _ económica/financeira, passou a necessitar contar com a solidariedade da troika, em troca da respectiva obrigatoriedade do país para com a troika, como seja com muito significativa quebra da autonomia nacional própria.

            Pelo que solidariedade sim, mas uma solidariedade consciente, uma solidariedade convicta, uma solidariedade voluntária, uma solidariedade genuína, uma solidariedade desinteressada _ pelo menos aquém e além do próprio prazer de se ser solidário _ que puxe o próximo positivamente para cima em vez de o manter caridosamente em baixo; pois que sem prejuízo das devidas e positivas excepções ao nível do antigamente, no entanto e de novo uma solidariedade genérica e essencialmente forçada pelas miseráveis e opressivas/repressivas circunstancias de todo um povo, não muito obrigado!

                                                                                       VB 

sábado, junho 01, 2013

O nosso Fado

            Um dos grandes males deste país (Portugal) modo geral e do actual governo da nação em particular é que:

            Durante anos (décadas), com semi passiva ou activa conivência de todos e de cada um de nós, uns tantos andaram a comer à grande, à francesa e impunemente à conta do orçamento. E repentinamente surgiu o actual governo pseudo justiceiro, pseudo competente _ tanto mais assim quanto à imagem e semelhança dum determinado passado em que estava tudo bem assim e não podia ser doutra maneira, também agora e segundo o próprio actual governo parece ser o seu o único caminho possível para o próprio país _ pelo que não sei ainda quantas mais pseudo coisas(?!), e que tudo tanto pior quanto como outros seus antecessores foi também o presente governo eleito com base numas promessas eleitoralistas que em significativa ou substancial parte o mesmo não cumpriu, nem está a cumprir, se acaso até bem pelo contrário e que em conclusão se pôs a cortar a direito sem olhar muito ou em muitos casos de todo a causas, a efeitos ou a consequências. Dalgum modo dando razão ou consubstanciando na prática aquilo que durante anos eu disse de e para mim mesmo e/ou a quem me era e é mais intimo, como seja: enquanto poderem uns tantos comerão o mais e o melhor possível sem olhar para o lado, nem a princípios, a meios ou a fins; já quando tocar a pagar pagarão todos ou _perdão_ pagam e pagarão os que não poderem deixar de pagar, aquém e além de também terem comido ilegítima e/ou indiscriminadamente ou não!?

            E assim temos um dos países mais socialmente injustos da Europa dita de civilizada, com uns poucos a terem quase tudo e se acaso cada vez mais, com todos os maioritários restantes a possuírem o pouco que resta ou cada vez menos. Quiçá seja este mesmo o nosso eterno destino, afinal de contas (quase) sempre assim foi, inclusive e do mal o menos que dando razão à mais genuína forma cultural ou musical nacional _ em si mesma património universal da humanidade _ que é por si só o próprio e essencialmente fatalista Fado(*)!


                                                                                              VB 

           (*) Fado que já agora e diga-se de passagem, enquanto forma de arte poética/musical, eu muito aprecio.