segunda-feira, fevereiro 22, 2016

Decadente ciclo vicioso

            Nem de perto, nem de longe quero julgar o todo por mim próprio ou pela minha experiência de proximidade. Mas no caso também por mim e pela minha experiência de proximidade, que de resto me confere a legitimidade de conhecimento próprio e/ou próximo, sem natural prejuízo de quem discordar, tão pouco quero deixar de dizer/escrever o seguinte acerca da desequilibrada ligação humana com o meio ambiente natural. Seja que no caso, também, com base em mim e na minha experiência de proximidade própria digo que:

            _ Por si só derivado de acção humana, está cientificamente comprovada a contínua e não raro perniciosa alteração climática. Sendo que o “cientificamente comprovado” é muito importe, porque desde logo quando a humanidade tem um interesse próprio, que até logo à partida pode deixar todas as dúvidas com relação aos perniciosos efeitos desse unilateral interesse humano na vida em geral, por si só na vida ambiental e planetária, mas desde que não haja uma lei política/judicial, inclusive derivada de parecer científico, como seja havendo um designado “vazio legal” e logo a humanidade avança para com a satisfação do seu unilateral interesse próprio inerente, se acaso tão mais vorazmente quanto na suspeita que a cautelar ou impeditiva lei política/judicial surja a qualquer momento _ sendo ainda que mesmo após constituição de leis políticas/judiciais em nome do todo humano/vital/planetário, ao menos parte da humanidade avança até mesmo ao arrepio da lei em seu unilateral interesse próprio, incluindo ou excluindo ainda que por vezes e certas leis políticas/sociais são só para “inglês ver”(*) e/ou mal instituídas em si mesmas, enfim o rol da complexa ou complicada existência humana é mais ou menos infinito, não raro como no caso concreto às custas do mais vasto bem ambiental, vital ou planetário e por isso a prazo também humano. Mas de entre o que regressando às alterações climáticas, por minha experiencia própria e de proximidade, inclusive em parte confirmada cientificamente, as temperaturas climatéricas têm vindo a subir continuamente no tempo, tão só nos últimos quatro anos têm sido sucessivamente batidos os recordes de temperaturas mais altas face ao ano anterior e/ou desde que há medição cientifica dessas mesmas temperaturas médias e/ou absolutas, em especial no Inverno. O que por seu turno leva a uma, aqui sim, minha constatação própria, que é o facto de cada vez menos se notar a diferencia entre Inverno e Primavera, sendo que no corrente ano de 2016, creio mesmo que quando chegar a Primavera no calendário, já estaremos no final da Primavera climática real. Seja que no presente momento, em finais de Fevereiro, já todas as flores campestres/silvestres estão em final de ciclo vital e a Primavera no calendário só se inicia a 21 do próximo mês de Março. O que por seu turno me leva a notar também que há já cerca de um mês a esta parte que, aos menos, os pardais que fazem ninho no telhado cá de casa, carregam pastos e penas para a execução desse mesmo ninho, levando-me a pressupor que o mesmo se passará com a generalidade da restante passarada silvestre. Crendo ainda eu que isto derivado precisamente ao genérico aumento das temperaturas médias e à cada vez mais quase ausência de Inverno climático propriamente dito _ quer ao nível de precipitação quer de tempo verdadeira e continua/consistentemente frio, ao menos na minha região e vastos arredores. Tudo isto, ao menos parcialmente também sob parecer cientifico humano, derivado da própria acção humano no ambiente climático, designadamente por via da poluição atmosférica.

            Ou seja por perniciosa acção no ambiente climático, que leva ao aumento médio das temperaturas climáticas globais e por seu turno, ao menos segundo minha observação própria e/ou de proximidade, levando também ao antecipar da época de nidificação das aves silvestres, no entanto e como se tudo isto não bastasse, ainda ontem mesmo (20-02-2016) caçadores humanos disparavam as suas armas obstinadamente, creio eu que contra aves como tordos e/ou afins _ ao que acresce que por minha própria experiencia de caça em tempos idos, sei por A+B que há muito quem dispare sobre tudo o que naturalmente mexa(**), quer seja legal ou ilegal e humanamente aproveitável ou não. Mas que restringindo-nos aqui à faceta legal de ainda se caçar em finais de Fevereiro, quando ao menos algumas aves já começam a nidificar, me parece a mim um múltiplo crime ambiental humano, a adicionar ao crime ambiental humano sobre o clima que leva ao aumento médio das temperaturas climáticas globais, com consequência sobre a época de nidificação avícola.  

              Resumo de que o decadente ciclo vicioso que é por si só a acção humana no e sobre o ambiente natural (fauna, flora e clima) me parece a mim imparável, pelo menos até terminar por levar à própria e directa ou indirecta decadência humana dai derivada como um todo e a mais curto, médio ou longo prazo, por já não dizer que assim é continuamente desde há muito e cada vez mais aceleradamente. E não com isto não estou nem pretendo estar a ser profeta da desgraça; estou ou pretendo estar sim a apenas alertar para a mais ou menos óbvia (con)sequência dos factos e logo para a tanto quanto possível positiva reversão destes últimos, que aqui sim me parece pessimistamente que tal não venha a ocorrer por própria e massivamente consciente/sensata acção humana.

            Que já agora e só a terminar este concreto raciocínio, devo ainda dizer que comecei a caçar quando inclusive nem sequer tinha idade legal para tal, mas rapidamente me apercebi que a caça tal como humanamente praticada não me interessava, nem me interessa sob e sobre muitos aspectos e formas, pelo que me auto afastei o mais literalmente possível dessa dimensão humana, ao menos para evitar ser mais um a contribuir para a desgraça ambiental geral. Não necessariamente porque a caça da perspectiva humana tenha de ser invariavelmente confundida com a desgraça ambiental geral, mas muitas das práticas, modalidades e/ou teorias acerca desta última sim que contribuem para a desgraça ambiental geral, de resto como muitas outras múltiplas facetas, modalidade de acção, com base em meras teorias humanas. De resto não duvido que de entre os caçadores haja quem ame verdadeiramente a natureza, mas sei eu por observação (visão, audição e constatação) própria que a maior e melhor ligação de muitos humanos têm com a natureza é essencial e acima de tudo por via da caça ou seja por via do que podem retirar materialmente da natureza, no caso também por via da caça, e não por qualquer outro tipo de ligação com a natureza selvagem, em especial sem ser duma perspectiva de retirar materialmente algo desta última e em unilateral interesse humano. De resto estou mesmo certo e seguro que determinadas pessoas (caçadores) humanos amam mais as suas armas de caça e o que podem fazer com elas do que amam a própria natureza enquanto tal, dependente ou independentemente de ser-se caçador implicar amor ou desamor pela natureza. Seja ainda que sei eu haver pessoas, cultural/vivencialmente, incapazes de retirar mero proveito espiritual da natureza, pois que para as mesmas tem de haver sempre um interesse material, palpável, económico ou qualquer outro equivalente pelo meio ou mesmo acima de tudo, por exemplo como me disse alguém (um caçador) há algum relativo tempo atrás: _ “se não for para ir à caça, dar uns tiros, o que é que mais vou fazer para o campo?!”… “eu gosto do campo por causa da caça!(***). O que digo eu que é uma perspectiva profundamente redutora do campo, por si só do ambiente natural modo geral. Mas, em parte, é também esta a humanidade que lamentável, mesquinha, unilateralista, corporativista e decadentemente temos e somos!

                                                                                              VB

(*) Por exemplo na era, em pleno Séc. XXI, em que tanto se fala de protecção Ambiental, havendo cimeiras ao mais alto nível político internacional pró Ambiente, em que há Ministérios de Ambiente nos diversos governos nacionais, em que se gastam milhões em estações de tratamento de resíduos, em que há muitas respectivas leis pró Ambientais, em que por si só se multa um singelo cidadão por fazer uma simples figueira no próprio quintal, etc., etc., etc., mas ao mesmo tempo há industrias que mais ou menos sistemática, descarada, directa e por si só impunemente despejam resíduos industriais altamente destrutivos do meio Ambiente natural, como por exemplo sucede no rio Tejo. Tudo em nome do lucro económico/financeiro, no caso concreto dessas mesmas empresas e suas administrações, se acaso cínica, hipócrita e no limite chantagiantemente escudadas no argumento de que produzem emprego, no caso concreto num País como Portugal com escassez deste último. Do mal, o menos que do outro lado, também em nome do lucro económico/financeiro ou pelo menos em nome da própria subsistência mais básica estão os pescadores do Tejo, que começaram a dar visibilidade publica e pró judicial ao caso da sistemática poluição industrial do Tejo. Ainda que para uma humanidade devidamente sensata, consciente, racional, inteligente e vitalmente culta devia em qualquer caso ser uma prioridade manter o Ambiente natural o mais limpo e saudável possível, aquém e além de interesses económico/financeiros ou outros de mero e unilateral interesse humano, pois que muitos interesses humanos são meramente humanos sem mais, ainda que com variantes como a de diversa ou mesmo oposta forma desses mesmos interesses de entre uns humanos e outros, enquanto a utilidade do Ambiente natural é absolutamente transversal a toda a humanidade. Mas como a utilidade Ambiental para o ser humano é dum interesse mais imediatamente indirecto e/ou subjectivo para a não raro imediatista e materialista humanidade, logo o interesse humano no meio Ambiente natural é algo que fica genericamente em segundo, terceiro, quarto, quinto ou indefinido plano, face à qualquer mais directo e imediatamente palpável interesse materialista, mesmo que às custas do mais vitalmente transversal meio Ambiente natural. A partir de que seja qual for o desfecho deste caso dos pescadores do Tejo versos industrias poluidoras do rio, como muitos outros idênticos, uma coisa é certa e que é o facto de que as leis, as regras, os rigores, etc., pró Ambientais do mero ponto de vista humano não são bem, nem todo o tempo para todos e que salvo hajam directos interesses humanos de entre meio, em que uns desses interesses até coincidam minimamente com a preservação do meio Ambiente natural, de resto este último parece não importar em absoluto para a própria humanidade, mesmo que mais tarde ou mais cedo e duma ou doutra forma a humanidade acabe por pagar caro, não necessária ou essencialmente nas instituições políticas ou judiciais humanas, mas sim através do próprio Ambiente natural, as respectivas agressões que faz a este último; só que como regra geral a humanidade tem vistas curtas e interesses tão imediatistas quando egoístas, unilateralistas e corporativistas, respectiva sequência de entre o que o meio Ambiente natural por si só vale pouco para grande parte da humanidade e não vale mesmo absolutamente nada para significativa parte dessa mesma humanidade _ salvo pelo unilateral proveito que a humanidade retira do mesmo, já seja pelo que a humanidade colhe como matéria-prima do e no meio Ambiente natural ou pelo que respectivamente a humanidade despeja residualmente e indiscriminadamente no meio Ambiente natural. O que em qualquer dos casos e ao respectivo crescente nível de conhecimento cientifico acerca da acção humana sobre o meio Ambiente natural com correspondente risco para a própria existência humana, pode chegar a pressupor e que para mim pressupõe de facto um imenso crime não político/judicial, mas sim Vital/Universal da humanidade face ao meio Ambiente natural de que neste ultimo caso a própria humanidade é parte integrante e (inter)dependente.   

(**) Neste ponto quem me conhece, se acaso até para interessadamente desviar as atenção do essencial dirá: pois essa ou uma dessas pessoas é ou será o teu pai. Ao que eu tenho de acrescentar que sim, o meu pai foi um caçador inveterado durante décadas, que inclusive chegava a caçar extra temporada legal e por isso também chegou a ser apanhado e sancionado legalmente. Mas ao que aqui me refiro ultrapassa em muito o meu pai ou apenas meia dúzia de elementos humanos, caçadores, que de resto e na maioria dos casos até respeitam ou respeitarão a época legal de caça, mas que depois dentro desta última e ao menos tomando por base o tempo em que eu convivi com o meio, imagino que continuem a usar a abusar de certas práticas menos ambiental ou até legalmente correctas, incluído o próprio regime legal que rege o sector da caça que não raro me parece ele mesmo abusivo do meio ambiente natural, como por exemplo no final de Fevereiro ainda se andar legalmente aos tiros, creio eu que contra os tordos, incluindo ainda que há sempre quem dispare, nem que seja só por disparar sobre outras aves extra legalmente. Tudo isto quando o próprio aquecimento climático global está a levar, ao menos, algumas aves a nidificar cada vez mais cedo. Pelo que eu pessoalmente não sou propriamente contra a caça, da perspectiva humana, sou sim contra ou como mínimo tenho muitas reservas com relação a muitas práticas humanas dentro do factor caça da própria perspectiva humana, de resto numa humanidade sob e sobre muitos aspectos cega para a mais vasta multiplicidade de dimensões vitais, aquém e além de imediatos e unilaterais interesses humanos, que não raro até meramente pessoais ou corporativos dentro da própria humanidade, tudo aquém e além da mais vasta e interactiva multiplicidade vital/natural. Ah! E finalmente, pelo menos que eu saiba, o meu pai não caça legal ou ilegalmente há já mais de uma década.    

(**) Eu por exemplo nasci, cresci e vivo no campo. No entanto não é necessário ser tempo de praia, nem sequer de ir à praia para eu gostar do mar e de, na medida do possível, me interessar pelo que se passa no e com o mar por si só ou tanto mais se sob acção humana.   

sábado, fevereiro 20, 2016

Ponto da situação

            A partir duma sequência de partilhas que tenho vindo a fazer no Facebook (FB) tendo por base a péssima forma como não raro humanamente tratamos a vida natural selvagem, por si só o ambiente natural dum modo geral: fauna, flora e clima, incluindo ou excluindo a forma como não raro ainda nos tratamos humanamente de entre nós mesmos. Cujo essa minhas partilhas no FB, em regra aproveitando partilhas externas a mim, no entanto da minha parte têm como denominador comum o facto de eu terminar todas elas com a frase: _ A humanidade é ou está a caminho de ser o cancro do Planeta.

             Escusado será dizer que ao referir-me à Humanidade, não posso deixar de incluir-me a mim mesmo. Pois que desde logo eu também me alimento organicamente, a partir de que já seja por via de colher directamente da natureza ou por via de artificial cultura humana, neste último caso incluindo produção própria ou alheia, estou em qualquer caso a influir sempre no e com o ambiente natural. Isto tão só ao nível de alimentação básica, que no caso deve ser multiplicada pelos milhares de milhões de equitativos “eus” a nível global. Ao que depois há que adicionar o facto de que a humanidade não se satisfaz com a mera alimentação básica, pois que a esta última há que adicionar a necessidade ou ambição humana de mais saúde; de mais longevidade vital/existencial; de mais progresso cultural, económico, financeiro e tecnológico, etc., etc., etc., etc.. O que de resto acaba por ser algo natural à própria humanidade dentro da natureza modo geral, ainda que não raro ou mesmo em regra com a natureza humana ou pelo menos com a forma como a mesma é humanamente praticada ao prático arrepio da natureza geral, em que se integra a própria natureza humana. Sendo precisamente no ténue, subtil, sensível e/ou complexo equilíbrio de entre natureza humana e natureza geral que pode estar a está a inteligência ou a não inteligência humana, desde logo na medida em que não adianta de muito a designada inteligência humana se esta apenas e essencialmente servir para sacar o mais rápida e absolutamente todos os recursos naturais em unilateral proveito humano, se até enquanto tal isso terminar levando à própria auto destruição humana, já seja de forma directa por via da crescente capacidade humana de se auto destruir no seu todo ou já seja de forma indirecta por via da humanidade destruir todo o entorno natural de que é parte integrante e desde logo (inter)dependente, destruindo-se assim a si própria. Pelo que a humanidade será tão mais inteligente quanto mais consiga preservar e interagir de forma positiva e vitalmente proveitosa com todo o entorno natural modo geral; o que sob e sobre muitos aspectos não tem acontecido, continua a não acontecer, não raro mesmo pelo contrário, o que neste último caso leva a que a humanidade não seja tão inteligente quanto se auto proclama a si mesma.

            Claro que a partir daqui se podem introduzir diversos factores, como por exemplo o factor de que o próprio Planeta, sequer o sistema planetário ou galáxia que habitamos não durarão eternamente. Mas se vamos partir desse princípio, para justificarmos a falta de cuidado com o meio natural como em algum caso já escutei alguém dizer, então também tenho de dizer que ao sermos racionalmente conscientes de que nós mesmos não somos individual e/ou humanamente eternos, o melhor será então auto suicidarmos-nos logo à partida _ o que no caso até seria útil ao restante meio ambiente natural, ao menos até onde naturalmente este último fizesse ou faça vital/universal sentido por si só. Salvo que precisamente ao sabermos que não somos eternos andemos mais ou menos todos colectivamente numa vertigem de retirar o maior e melhor partido possível de tudo o que nos envolve, independentemente de até onde e como isso nos leve ou deixe de levar!? A partir do que por exemplo entram os egoísmos, a começar pelo egoísmo individual, do tipo de quem não se importa com o que ou quem mais quer que seja, desde que os seus interesses próprios sejam satisfeitos, o que no limite leva a que inclusive certos pais só se importem consigo mesmos, independentemente do futuro dos filhos, etc.; depois vem o egoísmo familiar/corporativo em que o que importa sou eu e os meus familiares/corporações próprias, o resto da humanidade ou da vida que se lixem ou pelo menos que se desenrasquem por si mesmas, neste último num culto competitivo de entre humanos, para quem o meio envolvente natural pouco ou nada importa, ainda que a humanidade dependa deste último; que ainda nesta mesma sequência podemos incluir os próprios egoísmos mais colectivos, como por exemplo nacionalistas, culturais, ideológicos, religiosos, etc., em que por norma a minha nação, a minha cultura, a minha ideologia, a minha religião etc., é sempre melhor e merece sempre mais que a do outro, do distinto. O que de resto e no limite leva a recorrentes conflitos entre humanos, que terminam sendo não só devastadores da e para a própria humanidade como também para o meio natural envolvente, o que é tanto mais assim quanto mais se avança no desenvolvimento e propagação de armas/tecnologias humanas de destruição massiva.

            Mas em que pelo meio de tudo isto há desde logo uma infinidade de industrias humanas, que podem e ir e vão desde a industria agrícola e piscatória, até industrias mais elaboradas como a industria de extracção mineira e/ou de combustíveis, em qualquer dos dois últimos casos de origem fóssil; ao que há que adicionar toda uma infinidade de indústrias transformadoras, distribuidoras, etc., etc., em qualquer dos casos pouco ou nada amigas do ambiente natural, senão por si mesmas, pelo menos pela forma pró económica/financeiramente cega e/ou mesmo vital/ecologicamente criminosa como não raro a humanidade as pratica. Por exemplo ao nível agrícola com uso e abuso de químicos altamente prejudiciais para a biodiversidade e logo até directa ou indirectamente da própria humanidade _ sendo que a própria necessidade de espaços agrícolas é em si mesmo contrário à biodiversidade natural; já ao nível das pescas e da pesca industrial em concreto, não raro pescando-se múltiplas vezes mais quantidade e qualidade de espécies do que aquelas que são verdadeira e por si só económica/financeiramente aproveitadas pelo ser humano, o resto é atirado borda fora já sem vida _ numa vertigem de lucros económico/financeiros pouco ou nada coincidentes com a preservação da biodiversidade, no caso marinha/aquática; quanto ao nível da extracção mineira e de combustíveis fosseis, mesmo havendo diversas formas de evitar ou pelo menos de minorar os nefastos efeitos destas últimas no meio ambiente natural, no entanto e como todos bem sabemos, ao menos e mas também por de todo demasiadas vezes, os “acidentes” acontecem, não raro em nome de se economizar financeiramente na precaução desses mesmos “acidentes” ao nível da própria extracção ou posteriormente no transporte ou manipulação das matérias-primas derivadas; depois ainda ao nível das industrias transformadoras, que durante décadas, quiçá séculos foram e não raro continuam a ser explicitamente agressoras do meio ambiente natural, mas a premência económica e financeira não permite reverter positiva e ecologicamente a situação no imediato ou sequer a médio e longo prazo. E agora tão só por este meu leve aflorar do problema ambiental inerente imagine-se até onde e como tudo isto nos pode levar, tanto mais se associado às barbaridades ambientais de todos e de cada um ou pelo menos de indefinidamente muitos de nós indivíduos humanos.

            A partir de que agora quero voltar a mim mesmo individualmente, para dizer que por exemplo ao estar a utilizar um computador para escrever e partilhar isto via Net (Blogger e FB), já implica que eu estou a ser duma ou doutra forma utilizador de todas e de cada uma das industrias atrás referidas e de muitas outras directa ou indirectamente derivadas, em que se pode ainda incluir a industria da exploração eléctrica que mesmo ao apostar esta última cada vez mais nas designadas de fontes limpas (eólica e solar), no entanto na sua esmagadora maioria depende dos hidrocarbonetos, por via da em si mesma altamente poluente queima de combustíveis fosseis; incluindo ainda a energia nuclear, dita como a “mais segura”, mas também como potencial e por vezes confirmadamente mais perigosa de todas face a qualquer forma de vida; além ainda e em alguns casos acima de tudo do factor hídrico por via de construção de barragens que em si mesmas cortam cursos de água e os respectivos fluxos naturais de espécies piscícolas e assim sucessivamente até ao infinito.

            Sequência de que com tudo isto não pretendo que se anule a natureza humana, no sentido racional, criador e/ou transformador, por si só naturalmente inerente à própria humanidade. Agora o que pessoalmente me parece é que tudo podia ser muito positivamente diferente daquilo que é, disso tão pouco tenho dúvida absolutamente alguma. Desde logo se desde sempre a humanidade, até enquanto entidade racional avança-se mais cautelarmente nos seus empreendimentos transformadores ou criadores, só que em vez disso a humanidade parece ter dado sempre prioridade aos seus múltiplos vícios egoístas e aos caminhos mais directos, fáceis e/ou cegos para alcançar os objectivos subjacentes a esses vícios, nem que para isso tivesse de arrasar tudo o que fosse alheio ao individuo, à família, à corporação, à nação, à cultura, à ideológica, à religião, etc., própria, no limite e sempre ao que fosse e seja alheio à própria humanidade, com o egoísmo humano como mais uma das formas de egoísmo inerentes. Só que tal como no egoísmo individual ou corporativo que acaba por prejudicar o global colectivo humano, também e egoísmo humano acaba prejudicando o restante colectivo vital, em qualquer dos casos e mas neste último em concreto com o próprio ser humano como o grande e/ou derradeiro prejudicado, a prazo.

            E atenção que com tudo isto não pretendo dar lições do que quer que seja a quem quer que seja. Se acaso apenas pretendo dizer que apesar de e/ou até por tudo, estou a tentar aproveitar o melhor possível a minha dependência pessoal do meio humano e natural envolvente, para se tanto quanto possível procurar beneficiar estes últimos ou pelo menos alertar para a nossa genérica falta de cuidado humano ou mesmo a nossa agressividade humana face a tudo o que seja ou pareça ser-nos externo, alheio, desinteressante e pior se adverso, ainda que e/ou até porque também nos seja directa ou indirecta e mas desde logo transversalmente fundamental, como por exemplo o meio ambiente natural.

            Ah! E já agora creio que com tudo isto não estarei a ser egoísta, não só na medida em que ao escrever isto não estou a ganhar o que quer que directa ou absolutamente seja com o mesmo, salvo alguma devida paz interior, pois que de resto e dado o contexto sociocultural em que vivemos até quiçá arranje algumas antipatias com tudo isto; mas também ainda e quiçá acima de tudo porque ao não ter eu filhos, teria de todo mais razões para estar a aproveitar a vida em meu mero e unilateral interesse/prazer pessoal próprio e o resto da humanidade ou da vida natural que se lixassem; mas como vejo em cada um/a de vós meus semelhantes um/a irmão/irmã e nos vosso filhos, os respectivos filhos da minha própria humanidade, se for o caso e ao invés do que é humanamente normal e corrente prefiro sacrificar a minha própria vida/existência pessoal, desde que isso implique preservar e cultivar a mais equilibrada sanidade humana em si mesma e no caso face ao meio ambiente natural modo geral, até onde e como isso vital/universalmente possível ou necessário.

                                                                                              VB 

Nota: Originalmente aqui para o Blogger, devo talvez dizer que não sou um ecologista activo, muito menos profissional e menos ainda radical. Salvo que procuro interferir da forma o menos negativamente activa com a natureza e/ou se como no presente caso procuro alertar para o que eu acho estar mais errado na forma como nós humanidade interagimos, não raro de forma negativa ou pelo menos desprezível, com o meio ambiente natural. E de resto dizer ainda que tudo o que aqui agora publico foi escrito de forma espontânea e apenas com uma única auto revisão.      

sexta-feira, fevereiro 12, 2016

O Homem e a Terra/El Hombre y la Tierra

            Tendo eu nascido e crescido em contexto rural na segunda metade do século XX, inicialmente sem sequer corrente eléctrica e menos ainda televisão, logo na vivência prática do dia-a-dia haviam duas grandes perspectivas acerca da vida natural selvagem. A primeira dessas perspectivas, por assim dizer mais intuitiva/instintiva e mas também onírica, derivava da observação directa da natureza por via do vivencial contacto com esta e/ou observação mais indirecta por exemplo via livros escolares, resumia-se ao (meu) sonho infantil de poder voar livre como os pássaros, com expressão máxima no imponente, majestoso, elegante, altivo voo da águia; de nadar sob ou entre as ondas como os peixes, com expressão máxima no elegante, simpático, alegre, contagiante e encantador golfinho; ou de correr livre pelos prados como os mais diversos mamíferos, com expressão máxima no imponente, altivo, inteligente, assustador e mas também fascinante lobo. Respectivamente com a segunda das perspectiva em causa derivada do mais pragmático instinto de subsistência humana e mas também do culto social humano que se resumia basicamente a que tudo o que mexe-se/vive-se era e é para abater, já fosse e seja porque serve para qualquer tipo de consumo humano (alimentação, abrigo, luxo, etc.), porque era e é concorrente humano nesse mesmo consumo e como tal inconveniente, além ainda de porque não tinha ou não tenha qualquer directa/imediata utilidade e respectiva importância para o ser humano e como tal era e é na melhor das hipóteses desprezavelmente ignorável ou na pior das hipóteses era e é desprezavelmente abatível, ou então ainda porque era e é um objectivo ou ilusório/mítico perigo para a humanidade.  

            Cujas duas grandes perspectivas anteriores acerca da natureza selvagem e da sua fauna em concreto eram suficientemente antagónicas ou mesmo incompatíveis de entre si, como para que ao ter eu vivenciado duma ou doutra consequente forma as mesmas, também duma ou doutra respectiva forma não tenha conseguido evitar sentir-me confuso e/ou perdido de entre as mesmas em algum momento da minha vida, tanto mais ainda quando e por quanto tendo eu por um lado no meu pai um inveterado caçador, que independentemente do mais ou menos razoável sentido vital que faça factor caça do ponto de vista humano, em qualquer caso o mesmo implica sempre matar e não raro matar de forma pouco ou nada razoável por desporto, por vício, por tradição, pelo prazer de disparar/matar com armas cada vez mais sofisticadas, no limite matar só por matar; mas por outro lado também tinha influências familiares como por exemplo a minha mãe e/ou um tio-avô, etc., que em qualquer dos casos não eram caçadores e que me levava a ver ninhos de pássaro ou até de lebre e coelho com as suas respectivas crias, dizendo-me que não se mexia nestas últimas porque aquela era a sua casa e era ali que os seus pais as viriam alimentar, ficando estes últimos tristes se não encontrassem os filhos ou se os encontrassem mortos. Sendo que entretanto, em especial ao nível da minha juventude e de entre um instinto próprio um tanto mais negro em associação a uma série de influências socioculturais, inclusive pró machistas em que era ou seria mais tradicionalmente homem/macho aquele que por exemplo fosse caçador e/ou não tivesse qualquer pejo em matar outros seres viventes, tendo eu inclusive chegado a matar todo o tipo de animais e de todas as formas possíveis e imaginárias, algumas até cruéis de que me arrependi profundamente e mas que no entanto me demonstraram que o pior humano e da própria vida não está só no nosso exterior, mas que sim passa ou pelo menos está duma ou doutra forma latente em todos e cada um de nós; no entanto e até também pelo anterior, já enquanto minha adolescência, numa sequência de momentos e de actos que tudo me levavam a crer que eu viria a ser mais um puro e duro caçador, como mandavam as genéricas regras socioculturais que me envolviam, eis que numa determinada sequência derivada de diversos motivos e razões semi-objectivos e subjectivos, como que tudo começou a afastar-me da perspectiva do mero caçador e/ou do mero matar por todos os motivos e mais um, desde logo e em especial porque no meu mais profundo intimo havia uma qualquer sementinha pró ecológica que por si só ou por algumas das minha também influências socioculturais extra caça teimavam ao menos romanticamente em germinar em mim, nem que fosse para cair num intermédio vazio de entre ser socioculturalmente correcto enquanto macho que só tem mesmo é de caçar e de matar, versos no limite não ser nada e não ser ninguém enquanto inverso do socialmente correcto, no circunstancial contexto aqui em causa, tendo por base a forma como a humanidade, ao menos ao meu nível sociocultural e existencial via/vê e interagia/interage com a natureza.

            Mas de entre o que pelo meio de tudo isto e quando eu ainda infantil/juvenil que oscilava vivencialmente entre uma perspectiva onírica versos uma perspectiva prática face à vida em geral e à natureza selvagem em particular, quando por aquela altura (1970/1980...) em casa dos meus pais sequer sequer ainda havia corrente eléctrica e muito menos televisão, mas já havia quem localmente tivesse acesso a esses, então, luxos tecnológicos, como por exemplo uns meus amigos infantis/juvenis cujos pais possuíam café/mercearia, que sendo dos primeiros a ter acesso a corrente eléctrica e a televisão, a partir de que sempre que era possível, salvo erro todas as Sextas-feiras, eu acorria ao café/mercearia dos meus amigos para ver algo que à altura me encantava em absoluto: pela banda sonora, pelo genérico, pelo conteúdo de cada episódio/emissão, etc., etc., etc., e que era a série naturalista O Homem e a Terra de Félix Samuel Rodríguez de la Fuente . Que por assim dizer fazia dalguma forma a ligação entre a minha perspectiva mais remota e instintivamente onírica de desejar possuir as faculdades dalgumas espécies animais e/ou de se por eventual futuro acaso encarnar numa dessas espécies, versos a perspectiva socioculturalmente mais prática/preconceituosa face à natureza selvagem, em que por exemplo no meu contexto sociocultural de proximidade tudo o que mexe-se era e não raro continua a ser basicamente para abater; no entanto e no intermédio caso concreto com O Homem e a Terra a demonstrar que era e é possível à humanidade interagir com a natureza selvagem duma positiva e construtiva forma em benefício comum, que não tem de ser meramente onírica pró possessão humana das faculdades dos demais seres da vida natural, nem tão pouco e muito menos pró pragmático abate humano de tudo o que naturalmente mexa, por todos os motivos e mais um ou até por motivo nenhum. 

            Claro que entretanto a vida em geral e a minha própria vida pessoal deu muitas voltas, inclusive a ponto de eu ter deixado de saber qual havia sido o destino quer da série televisiva naturalista O Homem e a Terra, quer do seu próprio narrador, protagonista e autor Félix Rodríguez de la Fuente. Pelo que tal como por incontornáveis vezes nos recordamos de referências e influências da nossa infância, inclusive como partes integrantes dos nossos princípios vitais/existenciais a cultivar ou a reverter, ao menos pontual e circunstancialmente dei por mim a perguntar-me também acerca de O Homem e a Terra?! Isto até que com o advento da Internet e do Wikipédia em concreto passou a ser possível aceder a este tipo de informação, mas como se isso não bastasse, há alguns meses atrás, tal como novamente no passado fim-de-semana tive referência de O Homem e a Terra em sequencial via da honorífica referência a Félix Rodríguez de la Fuente, por parte de Iker Gimenez enquanto com este último como apresentador, mentor/auto do contemporâneo programa televisivo Quarto Milénio que aborda e procura desvendar os mais diversos mistérios da vida e logo da humanidade, no caso concreto incluindo a vida e morte do próprio Félix Rodríguez de la Fuente. Mas que não indo eu entrar agora aqui nessa misteriosa temática, até porque não me compete fazê-lo, no entanto tendo descoberto por via de Quarto Milénio que afinal Félix Rodríguez de la Fuente por inerência do seu O Homem e a Terra influenciaram de forma consequentemente tocante gerações de infantis/juvenis e correspondentemente de posteriores adultos em diversas latitudes globais, aquém e além da sua origem Espanha, tal como por exemplo eu aqui em Portugal. Pelo que com o presente e na medida do muito modestamente possível da minha parte pessoal, apenas pretendo prestar a minha própria homenagem a Félix Rodríguez de la Fuente que me influenciou também a mim duma forma que auto considero muito positiva e construtiva, desde logo porque enquanto eu actual adulto contínuo responsável e consequentemente, na minha muito modesta medida pessoal, a seguir exemplos ou pelo menos mensagens como as de Félix Rodríguez de la Fuente _ ainda que isso não raro ou mesmo em significativa regra ao arrepio de quase tudo, o socioculturalmente (ainda) vigente e envolvente, por norma pró devastação da natureza selvagem já seja por acção ou por omissão humana.

                                                                                              VB  
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            Lo Hombre e la Tierra

            Habiendo yo nascido y crecido en contexto rural en la segunda mitad de lo siglo XX, inicialmente y hasta cerca de mis catorce quince años sin siquiera corriente eléctrica e menos aún televisión en al lar familiar, luego en la vivencia práctica del día-a-día, habían dos grandes perspectivas acerca de la vida natural salvaje. La primera de esas perspectivas, por así decir más intuitiva/instintiva y aún también onírica, derivava de entre observación directa de naturaleza por vía del vivencial contacto con esta última e/o por observación más indirecta de la misma por ejemplo pela vía de libros escolares, y que en su global coyunto se resumía al (mío) inocente pero también genuino sueño infantil de poder volar libre como los pájaros con expresión máxima en el imponente, majestuoso, elegante, altivo vuelo del águila; de nadar bajo o entre las olas como los peces, con expresión máxima en lo elegante, simpático, alegre, contagioso e encantador golfín _ que en el caso hasta es un mamífero acuatico; o de correr libre por los prados como los más diversos mamíferos, con expresión máxima en lo imponente, altivo, inteligente, asustador e mas también fascinante lobo. Respectivamente con la segunda de las perspectivas en causa derivada de lo más pragmático instinto de subsistencia humana y aún también de lo culto social humano que básicamente se resumía y no raro se resume a que todo lo que mueva o viva es para abatir, ya sea porque sirve para cualquier tipo de consumo (alimentación, abrigo, luxo, etc.) humano; aún porque es concurrente humano en ese mismo consumo y como tal inconveniente; o también porque no tenía y ni tiene cualquiera directa/inmediata utilidad y respectiva importancia para el ser humano y como tal es por mejor de las hipótesis despreciablemente ignorável o mismo por peor de hipótesis es despreciablemente abatible; e/o entonces aún porque es un efectivo o tan solo ilusorio/mítico peligro para la humanidad.  

            Cuyas dos grandes perspectivas anteriores acerca da naturaleza salvaje y de su fauna muy en concreto eran y son tan suficientemente antagónicas o mismo incompatibles de entre si, como para que al tener yo vivido de una o de otra consecuente forma las mismas, también de una o de otra respectiva forma no tenga evitado sentir-me confuso e/o perdido de entre las mismas en algún momento de mi vida, tanto más aún cuando y por cuanto habiendo tenido yo por un lado en mi padre un inveterado cazador, que acá o allá del más o menos razonable sentido vital que haga el fator caza del punto de vista humano, en cualquier de los casos este conlleva siempre matar y no raro matar de forma poco o nada razonable por deporte, por vício, por tradición, por placer de disparar/matar con armas cada vez más sofisticadas, en limite matar solo por matar; aun que por otro lado también he tenido influencias familiares como por ejemplo mi madre o un tío-abuelo que me llevaba a ver nidos de pasaros o incluso de liebre y de conejo con sus respectivas crías, diciéndome esos mis familiares que no se movía estas últimas crías porque aquella era a su casa e era allí que sus padres les vendrían alimentar, quedando estos últimos tristes se no encontrasen sus hijos o se los encontrasen muertos. Siendo que mientras tanto, medio por instinto, medio por influencia social o por cualquiera otro motivo de circunstancia, teniendo yo inclusive llegado a matar todo o tipo de animales e de todas las formas posibles e imaginarias, algunas hasta crueles y de que me he arrepentido profundamente, aun que por el medio me han demostrado estas últimas mientras de mi autoria que lo peor humano y de la propia vida no está solo en nuestro exterior y que si pasa o por lo menos está de una o de otra latente forma en todos y cada uno de nosotros; aun que hasta también por lo anterior, mientras ya en mi adolescencia, en una secuencia de momentos y/o de actos que todo me llevaban a creer que yo vendría a ser un puro y duro cazador más, como mandaban las genéricas reglas socioculturales y inclusive machistas que me envolvían, cuando en una secuencia derivada de diversos motivos e razones semiobjectivos e subjetivos todo empezó a apartarme de la perspectiva del mero o mismo absoluto cazador, desde luego con base en matar por todos los motivos e más uno, en especial porque en el mío más profundo intimo había una cualquiera sementina pro ecológica que por sí sola o también por algunas de mis influencias socioculturales extra caza temaban al menos románticamente en germinar en mi, ni que fuese para caer en un intermedio vacio de entre ser socioculturalmente correcto, inclusive, como macho que solo tenía mismo era de cazar e de matar, versos en el límite no ser nadie o ser alguien poco o nada valorizado mientras yo al margen o mismo al inverso de lo socialmente asumido como normal _ en el circunstancial presente contexto teniendo por base la forma como la humanidad ve y interactúa con la naturaleza.

            Mismo que por el medio de todo esto e cuando yo aun infantil/juvenil que oscilaba vivencialmente entre una perspectiva onírica versos una perspectiva practica hace à la vida en general e à la naturaleza salvaje en particular, precisamente e volviendo un poco atrás, a cuando la casa de mi familia de origen aun siquiera tenía corriente eléctrica e mujo menos televisión, aun que habiendo quien mientras tanto localmente tuviese pasado a tener acceso a eses, entonces aun lujos tecnológicos, como por ejemplo dos amigos infantiles/juveniles cuyos padres poseían un café/tienda de alimentación, que fueran en aquel entonces (1970/1980…) de los primeros en tener acceso a corriente eléctrica e a televisión acá por mis origenes, a partir de que siempre que me era posible, salvo erro todos los Viernes, yo acorría al café/tienda de mis amigos infantiles para ver algo que me encantaba en absoluto, ya fuera por la banda sonora, por el genérico, encima de todo por al contenido de cada episodio/emisión, etc., etc., etc., que en el caso era la serie naturalista El Hombre y la Tierra de Félix Samuel Rodríguez de la Fuente . Que por así decir hacia de alguna forma la ligación de entre la mía perspectiva más remota y onírica de desear poseer las facultades de algunas especies animales e/o de por en eventual futuro acaso encarnar en alguna/s de esas especies; versos la perspectiva sociocultural más intolerablemente practica cara a la naturaleza salvaje, que por ejemplo en el mío contexto sociocultural de proximidad todo lo que se moviese era y no raro continua a ser básicamente para abatir; mientras, en el intermedio caso concreto, con El hombre y la Tierra a demonstrar que era y siempre será posible a la humanidad interactuar con la naturaleza dita salvaje de una forma positiva y constructiva en beneficio del bien común (humanidad e naturaleza), sin que tenga se ser de una forma meramente onírica pro posesión humana de las facultades de los demás seres vivientes en la naturaleza, ni tan poco y mucho menos pro abate humano de todo lo que naturalmente se mueva, por todos los motivos e más uno o hasta por motivo alguno. 

            Claro que, mientras tanto la vida en general e la mía propia vida personal ha dado muchas vueltas, inclusive a punto de que yo haya dejado de saber lo destino quiere de la serie televisiva naturalista El Hombre y la Tierra, quiere de su proprio narrador, protagonista e autor Félix Rodríguez de la Fuente. Por lo que tal como muchas veces y por muchas circunstancias perdemos la referencias e influencias directa de nuestra infancia, aun que con esta ultima como nuestro principio vital/existencial, luego a cultivar o a reverter según que más por la positiva o más por la negativa, en mi caso y al menos puntual e circunstancialmente he dado conmigo a preguntarme también acerca del destino de El Hombre y a Tierra?! Esto hasta que con el adviento de la Internet e de Wikipédia en concreto paso a ser posible acceder a este tipo de información, aun que como se eso no bastase, hay algunos meses detrás, tal como también de nuevo en el pasado fin-de-semana en que tuve referencia de El Hombre y al Tierra, por secuencial vía de la honorífica referencia a Félix Rodríguez de la Fuente, por parte de Iker Giménez, en cuanto con este último como presentador, mentor/auto del contemporáneo programa televisivo Cuarto Milenio que aborda e procura desvendar los más diversos misterios de la vida e de la humanidad, en el caso concreto incluyendo la vida y la muerte del propio Félix Rodríguez de la Fuente. Aun que yo no va-a entrar ahora acá en esa misteriosa temática, hasta porque no me compete a mi hacerlo, al menos allá de mientras teniendo yo descubierto por vía de Cuarto Milenio que al final Félix Rodríguez de la Fuente por respectiva inherencia de su El Hombre y la Tierra tenga influenciado de una forma consecuentemente tocante generaciones de infantiles/juveniles e por consiguiente de posteriores adultos en diversas latitudes globales, acá y allá de su origen Española, tal como por ejemplo yo proprio acá en Portugal. Por lo que con lo presente e en la medida de lo muí modestamente posible en cuanto de mi parte personal, apenas pretendo prestar la mía propia homenaje a Félix Rodríguez de la Fuente que me ha influenciado también a mí de una forma que auto considero muy positiva y constructiva, desde luego porque en cuanto yo actual adulto responsable y consecuente, en mí muí modesta medida personal continuo a perseguir ejemplos o por lo menos mensajes como las de Félix Rodríguez de la Fuente en su El Hombre y la Tierra _ aún que eso no raro o mismo en significativa regla por contracorriente con casi todo lo socioculturalmente (aun) vigente y envolvente, por normativa e lamentable regla pro devastación de la naturaleza salvaje ya sea por acción o por omisión humana.

                                                                                              VB 

Obs: Solicito perdón por mi "castellano"!   

quinta-feira, fevereiro 04, 2016

O melhor de tudo

            No mínimo como reminiscência do Estado Novo do Prof.º Oliveira Salazar, em regra com umas pessoas ou estratos sociais, designadamente mais ricos, adultos, mais velhos, machos, etc., a estigmatizarem de forma negativa outras pessoas ou estratos sociais designadamente mais pobres, infantis/juvenis, mais novos, fêmeas, etc.. A partir de que se esta/es última/os queriam demonstrar que eram ou valiam positivamente algo mais do que à partida suposto ou na/os mesma/os socialmente assinalado tão só por existirem como tal, teriam de se esforçar particular e multiplamente para isso. O que salvo as raras excepções da/os que se conseguiam afirmar por si sós pela positiva, ainda da/os que tinham a sorte de encontrar um elemento ou estrato superior que os respeitasse, valorizasse ou pelo menos protege-se paternalmente, incluindo no extremo oposto a/os que se perdiam mesmo pela negativa, de resto e regra geral a melhor demonstração de positividade ou pró positividade que os elementos dos estratos inferiores e enquanto tal negativos podiam demonstrar era submetendo-se, subjugando-se, tornando-se subservientes das pessoas ou dos estratos sociais "superiores"/estigmatizadora/es. Ah! Claro que se chegados aqui haverá quem diga com relação a mim e ao que aqui escrevo: _ mas este tipo ficou parado no tempo?! Ao que eu só posso corresponder que talvez nem tanto nem de todo assim ou pelo menos se a ser assim não terei sido só eu que fiquei parado no tempo, além de que eu procuro evoluir positivamente precisamente a partir das minhas bases, enquanto parece haver muito quem das duas uma: ou ficou inamovível e saudosamente agarrado ás bases ou então fez algum tipo de fuga para frente com todas as consequências inerentes, como por exemplo ter ficado sem princípios. Cujo exemplo que se segue, com relação aos que ficaram mesmo referente e até vivencialmente presos no tempo e por isso eu senti necessidade de voltar ao passado, pois que mesmo que já muito significativo tempo após a era do Estado Novo, mas dalgum modo ainda como reminiscência desta/e última/o, inclusive porque tendo por base alguns mais velhos que derivam ainda directamente desse tempo, é no caso concreto o exemplo dum contemporâneo jovem que se afirmou positivamente por si só, apesar de e/ou até pelas estigmatizações negativas logo à partida tão só por ser jovem e musico de géneros musicais que alguns mais velhos _ uma espécie de “velhos do Restelo” _ não apreciam, como o Rock.  

            O melhor de tudo

            Enquanto integrados num grupo musical de puro Rock, daqueles pouco conhecidos e que tocam em pequenos concertos, mas integrando excelentes executantes, conheci há algum tempo atrás um conjunto de excelentes músicos que estudaram nas melhores academias e/ou com os melhores professores musicais, inclusive individualmente tocam com as populares vedetas Pop nacionais como Toy, Mickael Carreira, etc., que no caso da vocalista não tendo esta destacada carreira a solo no entanto faz coros para uma série de gente famosa, mas que no caso tocavam num conjunto próprio num bar-concerto. E como no final do seu “pequeno” concerto Rock enquanto para um público restrito, mas um “enorme” concerto enquanto na qualidade e entrega dos músicos, após mais de duas a horas a tocar duma forma e num ritmo alucinantes eu pessoalmente não resisti a dirigir-me numa primeira instância ao baterista que deu um autêntico Show técnico e de entrega, desde logo perguntando-lhe eu: _ “como é que é possível tocar dessa forma e a esse nível de intensidade durante quase três horas?” ao que ele me correspondeu com um sorriso e um encolher de ombros, mas queixando-se dos braços: _ “eu sei lá!?”. A partir de que gerou-se uma certa dinâmica natural de entre mim e aquele conjunto de músicos, que à partida eu não poderia imaginar, mas que no final levou a que eu tenha ficado cerca de uma hora à conversa especialmente com o guitarrista. Pois que mesmo não estando eu em absoluto ligado ao mundo da música no entanto enquanto apaixonado musical e dalguns géneros musicais absolutamente menos populares como o Jazz e mas que em si mesmos integram alguns dos literalmente melhores executantes (músicos) nacionais que depois sim e enquanto tal tocam com as vedetas mais Pop nacionais e não raro integrando trios, quartetos, quintetos, etc., de Jazz nacionais e em alguns casos inclusive internacionais. Pelo que de entre os diversos assuntos abordados acabamos por coincidir, no meu conhecimento e admiração por músicos consagrados que em algum caso foram até professores daqueles jovens músicos que ali tocavam naquela noite naquele bar-concerto. 

            Mas enquanto minha conversa que acabou fluindo mais com o guitarrista daquele banda Rock, a determinada altura a conversa derivou para a relação entre o público e os diversos géneros musicais. Acabando então o guitarrista em causa por me contar um pouco da sua história pessoal própria no mundo da musica, que no topo da mesma e até ao momento estava e continua a estar o facto do mesmo tocar com uma das maiores e mais ascendentes vedetas Pop nacionais, com projecção internacional _ que eu não vou identificar em concreto, para não identificar o respectivo musico com quem conversei ao respeito, até porque à altura não pensava escrever ao respeito e como tal não pedi licença ao musico em causa para o identificar, no e para com o contexto em que e como agora aqui escrevo. Mas o que para aqui importa é que o músico em causa quer prévia quer paralelamente a tocar com uma afamada vedeta Pop, já fazia e como naquela mesma noite continuou a fazer uma carreira musical discreta, como seja fora do nível da grande projecção pública. Seja ainda que antes de ser reconhecido como membro efectivamente integrante do staff musical duma das maiores e mais emergentes vedetas Pop nacionais, lá pelo seu bairro de origem era considerado como mais um (pré) drogado ou delinquente só por ser músico, em especial de Rock. Como seja que quase toda a gente o olhava de lado, havendo quem lhe voltasse costas, alguns com comentários do tipo: _ “esta malta jovem que anda com uma guitarra às costas querem é droga e não fazer nada na vida!”. Salvo que quis o seu gosto, o seu talento, a sua persistência musical que um dia este músico em concreto viesse, como de resto continua a tocar com uma das maiores e mais emergentemente afamadas vedetas Pop nacionais; a partir do que no seu mesmo respectivo bairro de origem, exceptuando os seus amigos pessoais de sempre, de resto passou então a ser genericamente tratado pelo nome próprio, a receber sorrisos e palmadinhas nas costas quer dos mais quer dos menos conhecidos, com correspondentes elogios à sua Arte.

            Conclusão minha de que genérica e tristemente mesquinha sociedade esta que se pudesse e por si mesma mantinha todos ao rés-do-chão, ao nível a que nasceram e/ou balizados por preceitos e preconceitos pseudo moralista, em que salvo paternalista patrocínio dalguém ou dalguma entidade socialmente “superior” que pode-se para sempre dizer com relação a alguém ou a alguma entidade “inferior”: _ se não fosse eu jamais serias algo na vida. De resto e se quando e pela inversa alguém se destaca positiva e/ou publicamente por seu mérito próprio, desde logo aquém e além dos genéricos tentáculos sociais que vêm de longe, então a própria sociedade passa ou a roer-se de inveja ou então a ir genericamente toda babosa correndo atrás, mesmo que imediatamente antes e sem fundamento falasse raios e coriscos dos que logo depois passa a invejar ou a idolatrar. E agora por defeito de princípio da minha escrita, dado que comecei a escrever e escrevo essencialmente a meu próprio respeito, não posso evitar incluir-me a mim, para em directa sequência do imediatamente anterior dizer que: _ salvo claro casos como o meu, que mesmo que alguma improvável vez me destacasse positiva e/ou publicamente, tão só por e/ou tanto pior se por escrever textos como o presente já creio que não poderia ter grandes e/ou sensacionalista massas correndo atrás; mas também para ter mesquinha/os e no limite cínica/os, hipócritas, invejosa/os ou baboso/as correndo atrás, mais vale mesmo ter um meramente restrito e mas genuíno grupo de amigos e/ou pelo menos de maior ou menor quantidade de seguidores, mas que em qualquer dos casos se regem mais pela essência humana, vital e universal do que por sensacionalismo populista, por famas mediáticas e/ou ainda por teres e haveres materialistas e afins.

            Que como disse alguém: _ se o George Clooney fosse o gasolineiro ninguém lhe dava importância(!) e/ou como diz o ditado popular e dizia recorrentemente alguém cá da minha terra: _ mais vale só do que mal acompanhado!. Ao que eu pessoalmente acrescento a variação de que: _ mais vale ser uma boa influência para o exterior ou ter uma boa influência no exterior mesmo que a partir da nossa absoluta ou interactiva solidão própria, do que estar permanentemente acompanhado por más ou pelo menos por mesquinhas, preconceituosas e pseudo superiores influências sociais. Ainda que claro o melhor de tudo será mesmo estar directa e interactiva ou indirecta e influentemente rodeado de gente genuína, positivamente genuína. E felizmente que apesar de tudo há sempre gente verdadeira e positivamente genuína, independentemente de com mais ou menos e toda ou nenhuma afamada projecção pública, social, cultural, económica, financeira, política, popular, artística, mediática e/ou por si só existencial.

                                                                                              VB          

quarta-feira, fevereiro 03, 2016

De entre processos divergentes ou antagónicos

           Isto que eu escrevo e por respectiva inerência este meu blogue essencialmente de escrita, nunca poderá ser algo muito popular. Desde logo porque se outros motivos não houvessem, como por exemplo o facto da leitura não ser o mais comum à generalidade da humanidade; incluindo que eu mesmo auto reconheço não escrever duma forma sucinta e/ou simples, ainda que isso me chegue a dar algum prazer, na medida em que na corrente sociedade dos facilitismos haver quem como, salvo a imodéstia, também eu faz o contraponto a esse mesmo facilitismo no limite me seja prazeroso; incluindo ainda que, salvo as devidas distancias comparativas, por si só um dos textos mais complexos que eu já li foi também um dos que mais me marcou, como "O Sentido da Alma" _ Thomas Moore; sem esquecer que mais uma vez em contraponto com o genericamente convencionado, o que e como eu escrevo deriva também de eu procurar saber mais o que e em como posso ser útil ao exterior do que o que e como o exterior me pode ser útil a mim, ainda que para haver verdadeira e tanto mais se continua utilidade a mesma tenha de ser minimamente equitativa de entre o interior e o exterior, de entre um individuo e o outro e/ou de entre o individuo e o colectivo; mas há no entanto ainda e no presente caso concreto acima de tudo o facto de que antes, durante ou depois de eu colocar em causa o que ou quem mais quer que seja, por genérica ou invariável norma costumo colocar-me positiva, coerente ou absolutamente em causa a mim mesmo, também no que e como escrevo. O que em qualquer dos casos e enquanto tal vai contra tudo o que está genérica e correntemente convencionado, pois que por convencional norma corrente cada qual assume a sua própria razão como a Razão, o que não tendo de estar necessariamente errado, no entanto a razão de cada qual está longe de ser a Razão vital/universal total, na medida em que esta última incluí a razão de todos e de cada qual e algo indefinidamente mais! Mas que mesmo se excluindo o “algo indefinidamente mais” e restringindo-nos tão só à razão de cada qual, que salvo circunstancial, conjuntural ou conveniente coincidência, de resto e por norma a razão de cada qual é diversa quando não mesmo antagónica de entre uns e outros. Ainda que, mais uma vez, não raro ou mesmo em regra cada qual auto assuma a sua razão própria como a Razão _ até por isso existem as designadas instituições judiciais para no limite arbitrarem e/ou julgarem de entre as mais diversas e/ou antagónicas razões de cada qual e nem mesmo assim se consegue sempre e por vezes sequer de todo fazer a devida justiça. Pelo que alguém como eu que antes, durante e depois da razão de quem mais quer que seja tendo a auto colocar a minha própria razão em causa, implicando isso por si só uma espécie de intragável revolução interior em cada qual, face ao que está convencionado sociocultural e existencialmente modo geral. Seja que não sendo compreensivelmente agradável para o exterior que eu o coloque em causa, ainda que podendo ser senão agradável pelo menos curioso para esse mesmo exterior que eu me coloque em causa a mim próprio, no entanto neste último caso seria e será sempre uma semi-objectiva, subjectiva ou no limite subliminar “má”, no caso desagradável, influência para o exterior, mais uma vez, face ao genérica e correntemente convencionado. Pelo que em qualquer caso não será jamais agradável para o genérico exterior ler o que e como eu escrevo, ainda que _ digo eu _ muitas vezes o imediatamente mais agradável seja o mais desagradável a médio e/ou longo prazo! 

            De entre processos divergentes ou antagónicos

            Numa cíclica sequência em que auto reconhecidamente não tenho vida social, profissional, familiar e autonomamente própria; acabo por quase meio século após ter nascido (ainda!) subsistir sob o tecto maternal/paternal.

            A partir de que talvez porque os meus pais e as minhas irmãs, não só estarão mais integrado/as socioculturalmente, mas também porque têm muito mais autonomia própria do que eu, resolveram conjuntamente fazer obras de base aqui na casa familiar, recentemente adquirida ao anterior proprietário na pessoa da edilidade publica local e mas onde a minha família, de ascendência, habita há cerca de quatro décadas. Mas de entre o que eu na minha global inexistência própria, não só não tenho qualquer activa participação ou iniciativa própria, como em grande medida até me auto exclui de todo o processo em causa, aquém e além de naturalmente ajudar no que e como me seja material/laboralmente possível, tendo por base a própria iniciativa familiar. Seja que não posso evitar ser parte do processo progressista familiar pró básico melhoramento da casa familiar, no entanto a minha participação é essencialmente passiva e/ou de disponibilização da mão-de-obra própria possível para com a iniciativa familiar _ isto dependente ou independentemente de eu mesmo sentir necessidade de obras cá em casa, até porque por exemplo o quarto, onde escrevo estas linhas, que é o meu quarto desde há décadas é em si mesmo altamente gelado e húmido de Inverno e escaldantemente insuportável de Verão, devido ao tipo de construção antiga e a não ter qualquer forma de isolamento além das paredes de taipa e duma telhado que praticamente todos os anos tem de se lhe dar um jeito para que não chova dentro de casa. Pelo que o problema da minha unilateral parte está no facto de eu não ter condição económica/financeira e/ou acima de tudo existencial própria dum modo geral para ser eu a tomar a iniciativa ou pelo menos para também participar activamente no genérico processo pró básico melhoramento do lar familiar em causa. De resto a minha necessidade de substancial (re)estruturação/melhoramento interior própria/o, salvo excepcional motivo de força maior, ultrapassa em muito qualquer necessidade de imobiliária reestruturação/melhoramento exterior.

            Global sequência em que não discuto nem coloco em causa quer a conjuntural iniciativa familiar, quer as parciais opções de cada qual dentro dessa conjuntural iniciativa pró básico melhoramento do lar familiar, salvo num aspecto que é o facto de que dado o tipo de telhado antigo das casas, levar respectivamente a que os pássaros silvestres (pardais, zurzais, etc.,) façam o ninho nos respectivos telhados. Pelo que salvo eventual alteração de última hora, de resto tudo leva a crer que segundo acordado de entre a família e o mestre-de-obras, as mesmas respectivas obras serão para iniciar na Primavera que se avizinha. Seja que isso coincidirá com a fase em que os pássaros ou já terão ninhos com ovos ou mesmo com criação nova, que em qualquer dos casos ditos ninhos terão de ser destruídos em nome do melhoramento da nossa humana habitação familiar _ no caso destruindo-se não só os ninhos como um série de famílias doutras espécies em nome do melhoramento do nosso humano ninho familiar próprio _ algo comum entre a humanidade, que em seu unilateral nome/benefício próprio ignora toda uma infinidade de formas de vida envolventes. Claro que pela própria lei natural, não raro ou mesmo em regra a vida dumas espécies animais ou até vegetais depende muitas vezes e de diversas formas do directo ou indirecto sacrifico doutras espécies; o problema é que pela mesma lei natural isso costuma processar-se duma forma globalmente equilibrada de entre todas as espécies existentes, salvo que nós humanidade temos o poder de preservar e de promover mas também de alterar ou mesmo de destruir esse equilíbrio natural. Seja ainda que não estando eu contra as obras que a família quer fazer cá em casa, até bem pelo contrário essas obras são basicamente necessárias, ainda que se eu pudesse contribuir, desde logo materialmente para essas obras as mesmas teriam de incluir factores que de momento e dadas as próprias limitações económico-financeiras familiares e de mim próprio, nem de perto nem de longe ditas obras incluirão esses mesmos factores, como por mero exemplo energias ecologicamente limpas (solar e/ou eólicas, …), além de técnicas de construção o mais ecológicas possível. Tudo isto para dizer que, apesar de e/ou até por tudo, não tendo eu grande ou qualquer voto na matéria no que às obras cá em causa respeita, no entanto e ao menos no relativo ao inicio das obras gostaria por mim mesmo e pelas aves silvestres que fazem ninho nos telhados da casa que essas mesmas obras começassem só após a Primavera. Ainda que por princípio sociocultural, familiar e existencial geral pró obediência a uma série de hierarquias superiores e mas também por carência de minha autonomia, desde logo económico-financeira própria, eu nem sequer tente fazer vingar a minha perspectiva e/ou vontade própria a respeito das obras versos ecologia, ainda que também por minha respectiva necessidade pró vital, existencial e/ou eventualmente autonómica própria, não possa nem queira deixar de me expressar ao respeito como presentemente. 

            A partir de que e/ou até porque inclusive auto excluidamente não tendo eu voto na matéria quanto ao genérico processo familiar inerente às e para com as obras na respectiva casa familiar, mas também porque num meu genérico processo de auto gestão e de reestruturação pessoal/existencial própria que me vem desde há muito, pelo menos desde há três décadas, em que designadamente necessito não perder de vista os meus princípios socioculturais, familiares e existenciais que por exemplo e por si sós implicavam a humilde quando não mesmo incondicional obediência a uma infinidade de hierarquias superiores, como desde logo à hierarquia maternal/paternal, além de ao colectivo familiar e/ou social modo geral; mesmo que e/ou até porque isso em contraposição à entretanto revolucionariamente instituída liberdade democrática onde prevalecem os direitos e/ou as opções individuais ou corporativo/as. Global sequência de entre a que confessamente eu próprio jamais terminei de me encontrar positiva, construtiva, criativa, produtiva, satisfatória, condigna, por si só autonomamente tendo por referência os meus princípios socioculturais, familiares e existenciais mais remotos e até por isso também mais marcantes, enquanto sustentados essencialmente em deveres e obrigações, inclusive de base opressiva ditatorial; versos a dimensão sociocultural, familiar e existencial que entretanto se impôs sustentada essencialmente em direitos e opções, por si só de base liberal democrática. Sequência de que neste caso concreto de obras na casa familiar não deixei de informalmente _ como seja num mero comentário de circunstancia _ fazer notar a minha insatisfação com o momento biológico para o inicio das obras, mas a partir de que voltando ao inicio deste meu relato, como seja porque talvez a minha família está mais sociocultural e progressistamente integrada do que eu, logo as obras na casa são para a família prioritárias a designadamente qualquer preocupação ecológica. Seja que se os meus princípios socioculturais, familiares e existenciais próprios de base ditatorialmente opressiva/repressiva exigiam obediência a uma série de factores externos hierarquicamente superiores; já o culto social-civilizacional e existencial vigente de base democraticamente liberal/progressista exige foco em objectivos individuais e associativos/corporativos. De entre o que derivando toda a minha família dos estratos mais humilde e acima de tudo obedientemente básicos subjacentes aos meus princípios e tanto mais se aos princípios dos meus pais e assim sucessivamente, no entanto e na medida do possível ou do indispensável lá se vai também lenta e pausadamente integrando a minha família no culto liberal ou progressista vigente, no caso concreto com a minha família a focar-se no melhoramento da habitação familiar _ ainda que ditas obras de melhoramento não sejam necessariamente progressistas, na medida em que se limitam a melhor as condições de habitabilidade já existentes, que neste último caso são algo precárias sob alguns aspectos. Tudo isto quando e enquanto o meu foco pessoal é não ter foco algum, até porque no meu global percurso de vida pessoal acabei por perder toda e qualquer positiva e não raro mesmo absoluta confiança em mim mesmo como para me poder dar ao luxo de ter focos pessoais próprios. A partir de que em regra ao abstraio-me de mim mesmo, me leva a deixar-me permeável ao mais diversos tipo de referências e de influências externas, enquanto referências e influências estas últimas que posterior e necessariamente eu auto assumo de e para mim mesmo, por mais antagónicas ou mesmo incompatíveis que as mesmas sejam de entre si, processando-as no meu próprio intimo duma forma o mais pró positiva, vital e universalmente transversal possível. O que se por exemplo aplicado ao foco familiar pró básicas obras de melhoramento da respectiva casa familiar, da minha parte sem colocar de todo em causa essas obras no entanto e da minha perspectiva as mesmas tinham de incluir muito mais do que o mero beneficio familiar, designadamente teriam de incluir também o benefício ambiental. Mas dado que isso exigiria tanto mais dinheiro quanto mais imaginação e/ou vice-versa, que em qualquer dos casos eu confessa e ao menos conjunturalmente não possuo de momento e/ou desde sempre, logo e salvo que até na sequência da minha genérica auto abstracção própria, em que me costumo deixar levar até ao limite de por exemplo actividade ou passividade com relação a algo ou alguém, desde logo com relação a qualquer actividade laboral/profissional e/ou social minimamente legitima e indispensável, inclusive ainda com relação à minha saúde ou perda de saúde própria, a partir de que chegado a esse limite, se de actividade tenho de me passivizar um mínimo indispensável e/ou se de passividade tenho de me (re)activar um respectivo mínimo indispensável, sequência de que talvez algum dia eu por mim próprio e na medida do possível ou do indispensável viesse a ser forçado a fazer algum tipo de obra doméstica, porque de resto e por mim talvez nunca se fizessem obras de cá em casa, nem sequer de básico melhoramento imobiliário. De entre o que mais vale eu nem sequer me intrometer na focada iniciativa familiar pró básico melhoramento do comum lar familiar de ascendência. Sequência de que mesmo tendo eu os elementos familiares demonstrado alguma compreensão para com a minha expressa preocupação ecológica, no entanto pela forma informal, circunstancial e em parte até objectivamente pouco convicta em que eu expressei essa minha preocupação pró ecológica face ao foco familiar pró melhoramento do respectivo lar comum, na circunstancia  não chegando a compreensão familiar para com a minha preocupação ecológica a ser consequentemente suficiente para por exemplo se tomar alguma medida concreta que salvaguarda-se esta minha perspectiva ecológica. Em especial quando e até por enquanto eu mesmo auto excluído da iniciativa familiar pró melhoramento do lar comum, o que designadamente acabou por levar a que salvo num circunstancial e intermédio ponto ou outro de resto eu nem tenha feito parte integrante, designadamente do processo de contactos e negociações com o mestre-de-obras. Pelo que só após eu saber que as obras se iniciariam na Primavera é que então me despertou o alarme ecológico, a partir de que ai tão pouco já quis ou quero exercer a minha influência pró ecológica de forma consequentemente vinculativa. Até porque tão pouco sei até que ponto isso já interferiria negativa ou inconvenientemente com a vida do mestre-de-obras e por princípio sociocultural, familiar e existencial próprio eu não quero ser perturbador da vida de quem quer que seja, muito menos por minha unilateral perspectiva própria, no caso perante o colectivo familiar e também já extra familiar. Pelo que salvo o facto da existência humana enquanto tal ir, por acção ou por omissão, como uma espécie de rolo compressor cilindrando tudo o que é vida natural, e logo aquém ou além de eu ficar com a minha mínima consciência ou sensibilidade pessoal própria ao respeito algo ferida, de resto o que são (mais) alguns meros ninhos de aves silvestres perante a emergência de (apensas) mais uma obra humana!?. Que nessa medida eu talvez nem devesse ter sequer informal e circunstancialmente referido a minha preocupação ecológica perante alguns elementos familiares, nem tão pouco e/ou acima de tudo estar a escrever o presente ao respeito. Salvo que com o presente eu pretendo e/ou necessito infinitamente mais do que meramente expressar a minha preocupação ecológica perante e para com o contexto familiar ou até extra familiar em causa, pois que acima de tudo necessito continuar com o meu processo de auto gestão e reestruturação pessoal/existencial próprio/a, que designadamente inclui auto assumir os meus efectivos ou potenciais defeitos e mas também as minhas efectivas ou eventuais virtudes próprias e vice-versa, sem esquecer os efectivos ou potencias defeitos e mas também as efectivas ou eventuais virtudes exteriores e vice-versa, em qualquer dos casos por inclusive numa inerente sequência de entre mim e o exterior e/ou de entre os meus princípios socioculturais, familiares e existenciais próprios essencialmente opressivos/repressivos de base ditatorial, versos o contexto sociocultural, familiar e existencial entretanto revolucionariamente imposto e correntemente vigente de básica essência liberal/autonómica democrática, eu tenha terminado de me perder positiva, coerente e/ou não raro (quase) absolutamente de mim mesmo e da própria vida. Sequência de entre o que estar por exemplo agora aqui a escrever o presente, implica um processo existencial ou que tão só pró existencial significativamente sensível e complexo da minha parte, que só tudo o que eu já escrevi até a presente momento e que eu possa escrever de futuro pode minimamente explicar ou pelo menos reflectir duma ou doutra forma. Sendo que escrever se me apresentou circunstancial/providencialmente como fundamental, não só para evitar ter terminado de me perder de todo em todo de mim mesmo e da própria vida, mas se acaso e se tanto quanto possível para inclusive me reencontrar o mais positiva, construtiva, criativa, produtiva, satisfatória, condigna e/ou plenamente possível comigo e com a própria vida. 

            No entanto e mais uma vez, apesar de e/ou até por tudo isso, inclusive pró minha auto subsistência própria mais básica e imediata e mas se possível para com qualquer minha eventual e globalmente futura autonomia própria, não posso por exemplo deixar de expressar/exteriorizar a minha perspectiva ao respeito, o que no caso concreto efectuo por via da escrita, com esta última como circunstancial/providencialmente incontornável parte integrante do meu inerente processo de auto gestão e reestruturação próprio/a. Isto não necessária ou absolutamente para tentar influenciar e muito menos coagir alguém familiar e menos socioculturalmente modo geral ao que quer que seja, mas sim e acima de tudo para com uma minha mínima forma de expressão e de existência pessoal, humana, vital e universal própria _ necessariamente com base no que é importante para mim, que no caso é a vida humana, mas também a vida natural selvagem, por si só a Vida transversalmente universal enquanto tal. A partir de que se esta minha forma de expressão e de existência escrita tem alguma referente e influente importância para quem mais quer que seja, que então também seja de forma natural para esse/s outro/s alguém/s e não de forma forçada por mim, ainda que se por via de quem circunstancial, providencial e/ou opcionalmente tenha natural curiosidade própria de ler e de por respectivamente eventual natureza própria e/ou universal de se sentir tocado/a pelo que e como aqui escrevo e disponibilizo ao exterior, tudo muito bem enquanto por mim não esforçadamente imposto ao que ou a quem mais quer que individual, corporativa ou colectivamente seja. E de resto até também por isso eu escrevo, na medida em que ao escrever e disponibilizar o que escrevo ao indefinido critério de quem ao mesmo tenha natural, circunstancial ou objectivo acesso e respectivamente sinta natural, circunstancial ou objectiva necessidade de o ler, como seja aquém e além de qualquer minha outra acção que não seja escrevê-lo e disponibilizá-lo indefinida/publicamente ao exterior. De qualquer forma eu terei sempre de arcar com as responsabilidades e consequências de existir, já seja por assim dizer duma forma mais plena e/ou autonomamente activa na vida interpessoal e social prática do dia-a-dia e/ou já seja duma forma mais pró subsistente e/ou resistentemente por via desta minha mais intimista forma de expressão e de existência escrita. Em que no caso desta minha existência escrita com tudo o que e como me traz à mesma e que da mesma deriva para com e sobre mim, diria que a mesma está de entre a minha obediência a uma infinidade de factores envolventes, externos ou superiores a mim, em associação ou dissociação à minha mais pró plena ou autonómica existência pessoal, humana, vital e universal própria, perante e para com o que ou quem mais quer que envolvente, externo ou superior seja a mim; com tudo isto senão num meu pleno processo vital/existencial, pelo menos num meu auto-gestionado processo pró subsistente/resistente próprio, de qualquer modo em sequência duma infinidade de factores próprios e/ou envolventes não raro paradoxais de per si ou mesmo incompatíveis de entre si, como no caso concreto do foco familiar pró obras de básico melhoramento do lar comum, em associação ou dissociação ao meu foco pessoal mais pró vital, sanitário ou subsistente próprio, mas também pró humana, vital e  universalmente transversal, que para além das prioridades familiares, no meu caso inclui também a preocupação ecológica; mas que não contribuindo eu por activa iniciativa própria para o processo de obras, ainda que ao arrepio do meu processo de auto gestão que inclui a minha consciência ecológica também me absterei desta última enquanto interrelacionada com as obras em causa. A partir de que fincando eu incontornavelmente com a minha auto consciência inerente, pelo melhor e pelo pior, para o bem ou para o mal, que desde logo e como mínimo será para com indefinida continuidade do meu processo de auto gestão próprio/a, a partir duma auto perspectiva negativa ou positivamente inócua de mim mesmo, ainda que e/ou até porque pelo e para com o positivamente melhor da própria Vida universal, num intermédio percurso significativamente lento e complexo dada/os a/os processuais divergências e antagonismos inerentes.

                                                                                              VB      

            Obs: Ultimamente estou a basear muito o que escrevo no factor ecológico-ambiental, o que para além deste último ser algo que duma ou doutra forma é importante para mim desde globalmente sempre, no entanto não é porque eu seja um fundamentalista ambiental, bem longe disso, tal como de resto não me creio fundamentalista de coisa absolutamente alguma. Mas que até pela velha importância que o factor ambiental tem para mim, em especial quando essa importância passa pelo factor ambiental ser transversal a toda a vida Terrena e como tal a toda a humanidade _ dependente ou independentemente da maior ou menor consciência humana a esse mesmo respeito ou não!?