quinta-feira, maio 30, 2013

Touradas II

           Tendo por base o facto de que o já remoto Post por mim aqui escrito e publicado sob titulo "Touradas!" foi e continua a ser um dos mais visitados; na respectiva sequência e com uma breve auto revisão vou transcrever para aqui o que escrevi no Facebook, como minha introdução pessoal à também minha respectiva partilha de mais uma excelente, por não dizer genial obra do canta-autor espanhol Joaquín Sabina, enquanto obra para além de como um dito de "retrato falado do pós guerra espanhola", também ainda como uma parcial "homenagem à tauromaquia e dedicada ao seu Amigo toureiro José Tomás" e que como introdução da minha parte, com subsequente partilha do link da obra de Joaquín Sabina, é:

            Da minha parte:

            Não gosto de tourada, ainda que aquém e além da mise en scène e do plasticismo, há ainda no toureio apeado "à espanhola" um muito significativo e nobre risco no enfrentar do touro por parte do toureiro que (quase!!!) coloca o homem (racional) e o animal (irracional) à mesma sangrenta e mortal altura!? Como seja sem um unilateral e superior massacrar do irracional ou inferior animal (touro), por parte do racional ou superior humano (toureiro), como que havendo também o, no limite, e por vezes consequente risco mortal para o próprio e superior humano! Mas que dependente ou independentemente de tudo isso, gosto muito da Arte Sabinera _ Joaquín Sabina é Grande...

VB

           O LinK:

           http://www.youtube.com/watch?v=Ct23kbalXRE

domingo, maio 26, 2013

Preferências!?

           Antes do mais devo referir que a actividade agrícola é para mim equivalente a qualquer outra pró vital ou subsistente actividade humana, inclusive enquanto actividade agrícola indispensável à mais elementar e/ou fisiológica subsistência humana, de que então sim derivam uma série doutras necessidades e respectivas actividades humanas, se acaso mais sublimes, como por exemplo necessidades e respectivas actividades artísticas e/ou por si só económicas/financeiras, com o ainda e por assim dizer intermédio mercantilismo, salvo a redundância, pelo meio. A partir de que artificiais, esforçadas, especulativas, enviesadas, distorcidas, interesseiras ou outras equitativas estigmatizações positivas ou negativas da, no caso, actividade agrícola sobre ou sob quais queres outras pró vitais ou subsistentes actividades humanas é, também para mim, pura e dura patologia sociocultural humana.

            O Dr.º Ricardo Salgado, Presidente do grupo empresarial e financeiro Espírito Santo, disse fria, seca, simples e basicamente em público: “...os portugueses preferem receber subsídio de desemprego a ter de trabalhar na agricultura”; ainda que também e segundo lhe terão comunicado empresários agrícolas espanhóis(!?): ...os Ucranianos trabalhem muito alegremente na agricultura".

            Desde logo da minha parte pessoal, se não respondi mais cedo(*), no caso ontem Sábado (25), a estas palavras do Dr.º Ricardo Salgado, foi aquém e além de por outros afazeres do dia-a-dia, também e acima de tudo porque eu estava pró subsistente e laboralmente ocupado a trabalhar no ramo agro-florestal.

             Seja que no meu caso estou suficientemente à vontade para falar neste assunto e/ou para dizer o que se segue, inclusive tão mais à vontade estou ainda quando nem sou adepto de subsídios de desemprego e/ou afins, inclusive beneficiei duas vezes de subsídio de desemprego, precisamente na fase sazonalmente passiva, entre duas fazes activas na actividade agro-florestal. Sendo que até pelas experiências anteriores, mesmo que tenha de recorrer a ajuda familiar, no entanto adianto agora aqui solenemente que no que depender de mim não voltarei a recorrer a benefícios do Estado, como por exemplo subsídio de desemprego, por mais direito legal que eu tenha a isso, não só porque prefiro estar e ficar tão independente de dependências do Estado quanto possível, mas também porque não quero ser visto e/ou tido como, mais um, culpado das crises e austeridades do Estado _ ainda que haja responsáveis, vulgo culpados, dessas e por essas crises e/ou austeridades a níveis infinitamente superiores aquilo que eu seria, poderia ser e/ou serei, desde logo na minha básica e elementar existência e/ou se por exemplo através de usufruto de subsídio de desemprego, no meu caso, ao respectivo nível mais básico e temporal deste último.

             A partir daqui tendo por base a minha experiência própria, enquanto eu mero serviçal agrícola, mais aquilo a que sempre assisti (vi e ouvi) a e em outrens, diria e digo, como resposta ao Dr.º Ricardo Salgado o seguinte:

             Salvo sempre as devidas e qualitativa ou quantitativamente maiores ou menores excepções, de resto diria que ao nível sociocultural e/ou nacional geral, desde logo individualidades não proprietários agrícolas ou do que mais quer que seja e que nascemos um pouco antes ou após a revolução de Abril de 74, fomos em regra e desde a mais tenra infância semi implícita ou explicitamente influenciados a estudar e/ou a procurar uma vida melhor, desde logo com relação à vida esforçada, sofrida, em muitos aspectos miserável, ainda que e/ou até porque alegremente ingénua dos nosso pais, avós e assim sucessivamente, tanto mais assim se enquanto serviçais de base rural e/ou agrícola _ não será por acaso que ainda actualmente os pais incentivam os filhos a tirar um curso superior (a ser doutores, engenheiros e afins), na pior das hipóteses a serem funcionários públicos, com designadamente intermédias ou mesmo supremas possibilidades como a de serem estrelas do desporto, da música, do espectáculo ou da vida publica em geral, pois que em regra ai serão reconhecidos e se acaso bem remunerados, ao invés de em actividades, tanto mais se ao nível básico como na agricultura. Pelo que desde já e sem aprofundar a coisa muito mais, há logo aqui uma questão sociocultural com relação à actividade agrícola, tanto mais se enquanto básico serviçal ao nível da mesma que por correspondente e respectiva inerência não é socioculturalmente atraente, por assim dizer ao povo ou pelo menos a significativa parte do povo nacional e/ou à própria humanidade. Inclusive e enquanto tal a actividade agrícola esteve e/ou está ainda e por si só associada a pobreza, a miséria, a exploração, a subsistência básica, não raro mesmo a subsistência esforçada e sofrida, em particular ao nível dos serviçais funcionários agrícolas de base. Nomeadamente o simples facto do Dr.º Ricardo Salgado, sob influência de empresários agrícolas espanhóis, associar os ucranianos à actividade agrícola, desde logo como funcionários agrícolas de base, pode ser e/ou é por si só paradigma da associação da actividade agrícola com pobreza ou mesmo com miséria social e/ou humana, em especial quando não raro e/ou em regra se associa os países de leste, como a Ucrânia, a uma muito significativa pobreza material e/ou geral, derivada de décadas de totalitarismo dito de socialista, levando inclusive a que licenciados superiores de leste se tenham dedicado ao funcionalismo de base em actividades socioculturalmente pouco valorizadas ou mesmo algo negativamente estigmatizadas como a construção civil e/ou a agricultura, nos _ em tempo _ ditos de prósperos países ocidentais, como Portugal.

            De resto ainda na minha infância pré revolução e/ou imediatamente após a revolução de Abril de 74, também precisamente em sequência de muito significativa pobreza material e no caso também cultural em geral derivada de décadas de, na circunstancia, totalitarismo dito de fascista interno, recordo a certa ou significativa desvalorização a que eram votados os funcionários agrícolas, designadamente como o ti coisinho ou a ti coisinha que coitados, para matar a fome própria e/ou aos filhos, para ali andavam a tratar do gados e/ou dos campos, da(o)s senhora(e)s fulano(a)s de tal e de qual. Seja que qualquer mini comerciante era socioculturalmente (auto ou extra) mais valorizado que um qualquer funcionário agrícola de base, que inclusive o maior e mais valorativo elogio que em regra um funcionário agrícola de base poderia receber e/ou recebia era o de ser humilde e/ou mesmo subservientemente obediente _ vulgo boa pessoa. Não admirando por isso que tantos, diria que com posterior e sequencial maior ou menor sucesso, quase literalmente todos os ex. funcionários agrícolas e/ou até muitos pequenos e médios proprietários agrícolas tenham tendido a zarpar rumo à altura pró valorizante vida urbana e/ou até mesmo emigrando para terras estrangeiras, incluindo naturalmente os não menos que se acolheram ao paternal e/ou protector Estado, designadamente como funcionários públicos, aos mais diversos níveis do correspondente funcionalismo publico _ sem prejuízo aqui de quem é funcionário público por convicção, vocação ou mérito próprio, aquém e além de como fuga ao que quer que seja, como por exemplo a uma não raro esforçada e sofrível vida rural agrícola. Que nesta última acepção, sem excluir aqui que, entre outros, também muitos dos médios ou mesmo grandes proprietários e/ou empresários agrícolas, tenderam em regra a recorrer ao Estado para tudo e para mais uma coisa, designadamente para cobrir prejuízos e/ou afins _ pelo menos aparentemente tendo uns argumentativa e substancialmente mais pró positivos motivos que outros para tal! Além ainda dos que estando muito habituados a gerir as suas explorações agrícolas, numa base laboral desregrada pré revolução, logo parecendo não se terem conseguido e/ou em alguns casos nem sequer querido adaptar à regulação laboral pós revolucionária e talvez também por isso abandonaram e/ou venderam, designadamente a espanhóis as suas respectivas propriedades agrícolas _ isto numa fase muito posterior a uma dita de reforma agrária, inclusive numa fase em que até se beneficiava de subsídios comunitários europeus pró desenvolvimento da actividade agrícola privada, fazendo-me também por isso suspeitar de dita inadaptação de muitos à regularização laboral de base legal da actividade agrícola, face à prévia e equitativa desregularização de que a mesma actividade derivava. Seja que em Portugal em concreto e salvo as devidas e correspondentes excepções, parece que a actividade agrícola não é propriamente algo atraente, rentável ou lucrativa para quem quer que seja. Levando-me neste sequencial caso a concordar parcialmente com o Dr.º Ricardo Salgado, na circunstancia não em beneficio do subsídio de desemprego, em correspondente prejuízo da actividade agrícola, mas sim em beneficio do que (quase) literalmente quer que seja, em respectivo prejuízo da actividade agrícola. 

            Enfim quero eu com tudo isto e desde já dizer que a coisa talvez ou certamente seja mais extensa, profunda, complexa e/ou subtil do que um mero: “...os portugueses preferem receber subsídio de desemprego a trabalhar na agricultura”. No caso quase que pondo os que trabalham na agricultura contra os que o não fazem, em especial se estes últimos usufruentes de subsídio de desemprego. Que no meu caso concreto, creio não ter dúvidas que haverá quem use e abuse da subsidio dependência do Estado, inclusive a níveis sociais mais elevados que os usufruentes de subsídio de desemprego; no entanto eu não odeio quem quer que seja, porque se por um lado deve ou devia ser o próprio Estado a saber devidamente à prior, durante e à posterior a quem, porquê e para que concede subsídio de desemprego e/ou outros; por outro lado se durante décadas as pessoas levaram socioculturalmente a fugir da actividade agrícola, pelos motivos já por mim evocados atrás, entre eventualmente outros, com dita fuga para os meios urbanos ou até para o estrangeiro; creio eu que não se poderá esperar que repentinamente as pessoas acorram ao meio rural e agrícola, tanto mais se como básicos funcionários ou serviçais agrícolas. Pelo que também quero crer que nem todas as pessoas se sintam de todo bem como beneficiários de designadamente temporal subsídio de desemprego, mas que enquanto usufruentes deste último, também vão mantendo alguma fé e alguma esperança em algo, mesmo que remotamente, melhor que no caso regressar e/ou ingressar originalmente na actividade agrícola.

            Que nesta ultima sequência quero ainda dizer que quiçá ou seguramente, nem de todo, nem todos os ucranianos trabalharão tão alegremente assim na agricultura nacional _ salvo se para empresários agrícolas espanhóis!? É que até na sequência da minha actividade como serviçal agrícola de base, conheci há uma boa meia dúzia de anos atrás, um grupo de por assim dizer emigrantes de leste _ ucranianos _ que trabalhavam numa empresa de prestação de serviços agro-florestais, equivalente e mas inclusive superior aquela em que eu mesmo trabalhava à altura; cujo um desses mesmo emigrantes de leste, com quem acabei por circunstancialmente ganhar um pouco mais de confiança, me confessava um dia: “... quando sai de Ucrânia não tinha dinheiro, mais tinha força e saúde; agora sinto-me com cada vez menos forças, menos saúde e o dinheiro pouco mais é do que quando estava em Ucrânia; aqui muitas horas de trabalho duro e pouco dinheiro no fim do mês!”. O senhor em causa, confessou-me ainda que desde mecânica automóvel, a transporte, carregamento, descarregamento, plantação e acondicionamento de árvores, fazia de tudo um pouco, por vezes das cinco da manhã até nove ou dez horas da noite. Soube alguns meses após que o senhor em causa, bem como todos os imigrantes de leste que com ele trabalhavam abandonaram o trabalho, sem sequer dizer nada ao patrão e regressaram _ supostamente _ à origem. O que talvez fosse por positivo defeito dos respectivos, mas terá sido só e/ou essencialmente isso?!

            Ainda que já me esteja a alongar discursivamente muito com o presente, no entanto devo ainda dizer por experiência própria que sendo a actividade agrícola algo basicamente indispensável à subsistência humana, por si só à mais elementar subsistência fisiológica, no entanto e desde logo ao nível manual básico em que eu a pratico, norma geral é uma actividade relativamente dura, difícil, praticada sub as mais diversas condições atmosféricas (sol, chuva, calor, frio, etc.), frequentemente suja, etc. _ salve-se que com regras laborais de base legal e no meu caso com alguma tolerância patronal com relação a facilitar o trabalho neste ou naquele funcional e laboral sentido, sem prejuízo do seu objectivo final. Pelo que salvo para quem tenha verdadeiro gosto, conhecimento, interesse e/ou necessidade na e pela actividade agrícola; tão pouco vejo que seja fácil qualquer um dedicar-se à mesma, inclusive conheço quem tenha gosto e jeito para esta última, inclusive num caso ou outro de alguém com terrenos próprios, no entanto e como já referi atrás, este(s) se tenham dedicado ao funcionalismo público, ao comércio, aos serviços e/ou à emigração em detrimento da actividade agrícola por si só e/ou pelo menos em complementação a esta última.

            Seja conclusivamente, no relativo às palavras do Dr.º Ricardo Salgado, como suscitadoras ou inspiradoras do presente, da e pela minha parte, devo ainda acrescentar que: talvez ou certamente o Dr.º Ricardo Salgado seja muito bom a administrar dinheiro e/ou bens patrimoniais, eventualmente até ao nível agrícola(?!), mas no caso e a meu ver as suas palavras revelam significativamente pouco conhecimento sociocultural de base; pouca sensibilidade e/ou consciência social, desde logo como que mesmo involuntariamente, quase que pondo uns portugueses contra os outros; aquém e além de que falar do alto das elites, desde logo económicas e financeiras em que o Dr.º Ricardo Salgado o faz, com respectivas repercussões políticas, sociais e/ou outras a nível nacional, é muito diverso, ainda que também muito mais responsável e consequente do que estar cá em baixo de onde designadamente eu escrevo o presente. Sendo ainda que ao nível básico, não raro esforçado, sofrível e/ou como melhor das hipóteses abnegado, voluntarioso e/ou humilde e obediente em que e como eu mesmo trabalho pró subsistentemente na actividade agrícola, se respectiva e pró circunspectivamente eu não lê-se, se como no presente caso pró descompressivamente eu não escreve-se, por outro lado ainda se não mantivesse uma mínima e/ou secreta fé e esperança em dias melhores _ se acaso como materialmente pobre e mas numa ilha deserta das mais diversas patologias socioculturais humanas _, de resto como correspondente melhor das hipóteses, inclusive à imagem e semelhança de muitos outros, teria de me afogar regularmente em álcool ou noutras substancias que tais, incluindo o recorrentemente descompressivo uso do palavrão, a alusão a Deus numa acepção pouco ou nada católica, se acaso cantar, assobiar ou rir nestes três últimos casos sem muito mais nexo do que o de distrair da dureza ou das contrariedades inerentes à vida e tanto mais se à actividade de funcionário agrícola base, sem esquecer a ilusória fé em totolotarias e afins e/ou ainda fé na compensatória vitória da selecção Nacional e/ou do Clube do coração face à(s) derrota(s) e frustrações própria(s), tudo em suma para tão só me poder ir suportando a mim mesmo e/ou à minha existência própria(**), numa sociedade humana não raro ou mesmo frequente e profundamente injusta e/ou doentia, de que designadamente quer eu quer o Dr.º Ricardo Salgado somos partes integrantes, mas no caso com o Sr.º Dr.º significativa e substancialmente mais responsável e consequentemente que eu!... 

                                                                                              VB

            (*) Ouvi o Dr.º Ricardo Salgado referi-lo na noite de Sexta-feira (24) nos microfones da rádio pública (RDP Antena1). Mas dado que esta semana eu só tenho o dia de hoje Domingo (26) como dia livre da minha pró subsistente actividade laboral no ramo agro-florestal para designadamente poder escrever de origem e respectivamente (auto) rever, corrigir e/ou complementar o presente, sendo que tão pouco vou dedicar todo o meu presente dia de Domingo ao presente, pois que aquém e além doutros prosaicos afazeres, pró diversificada, recreativa e/ou prazenteiramente vou ainda procurar ler e fotografar um pouco e se por acaso sobrar algum tempo, procurarei ainda preguiçar tanto quanto possível, pelo que no relativo ao presente incluindo publicação do mesmo em Blog, ainda que sem prejuízo de poder voltar ao mesmo num ou noutro complementar e/ou sequencial aspecto, no entanto regra geral e essencialmente de momento fico-me por aqui, no caso com resultado no que e como (pró) publicamente constatável. 

           (**) ...Sendo que eu pessoalmente tendo a refugiar-me numa realidade paralela face à realidade concreta, o que por exemplo sem perder de todo a noção da realidade concreta, no entanto a primeira ou me distrai ou me faz entrar em confronto interno com a segunda. Sendo que a realidade paralela em que eu me refugio tanto pode estar baseada na minha mais natural e profunda essência própria, quanto ainda no melhor duma infinidade de inclusive e não raro contraditórias referências e influências envolventes, desde logo e de entre muitas outras está por si só a contraditória referência e influência de eu ter nascido no interior rural fundamentalmente agrícola, mas tendo também crescido nesse mesmo interior rural num tempo e contexto sociocultural em que a agricultura era de todo algo a evitar, tanto mais a evitar se para quem não era ou não é proprietário agrícola como eu, só podendo à partida aspirar a ser um mero e básico operário agrícola _ com alguma variante, repito que numa base sociocultural em que a actividade agrícola era muito pouco valorizada positiva, social e/ou por si só remunerativamente, tanto pior se para o básico e assalariado operário agrícola. Tudo isto e no relativo ao meu caso concreto, aquém e além da minha maior ou menor vocação pessoal natural para a agricultura ou não(?!) e de entretanto até ter havido ou estar a haver alguma semi natural ou esforçada evolução sociocultural no relativo a pró valorização da actividade agrícola. De entre o que não raro despendo mais energias a procurar concretizar a realidade paralela em que eu me refugio e/ou a gerir o confronto interno de entre esta última e a realidade concreta modo geral, em qualquer dos casos a partir do meu próprio intimo, do que em viver plenamente a genérica realidade concreta do e no dia a dia prático em e por si só. E, sem lamentos nem regozijos, o resultado final é também o presente, como substancial parte da minha realidade concreta própria!

            Legenda cromática: Escrito a cinza, está tudo o que entretanto acrescentei à versão escrita e exposta originalmente.  

domingo, maio 19, 2013

Hipocrisias humanas e/ou leis universais

           Ando suficientemente ocupado a procurar prosaica e materialmente sobreviver, com detrimento de espaço, de tempo e/ou até de disponibilidade interior para poder, não diria sublime, mas pelo menos recreativamente escrever. Mas como até para tão só necessitar sobreviver, no meu pessoal caso até necessito também circunstancial ou providencialmente escrever, logo e assim que tenho um pouco de espaço, de tempo e/ou de disponibilidade interior para tal, não posso nem quero evitar escrever, segundo o que e como me for natural e espontaneamente suscitado fazê-lo. E como hoje é Domingo, folga de actividade laboral/profissional de sobrevivência e/ou de outros afazeres que para mim não sejam prioritários face a esta minha necessidade de escrever, no caso e como sempre vou aproveitar para fazê-lo (escrever) tanto quanto qualitativa e quantitativamente possível, necessário e/ou indispensável!...

            Hipocrisias humanas e/ou leis universais

            Nas últimas semanas, designadamente em sequência da tensão militar entre as duas Coreias (Norte e Sul), voltou humanamente a falar-se na desnuclearização militar em nome da Paz.

            Sequência de que me apetece perguntar: alguém tem a mais ínfima dúvida de que perante a dita de hipotética, teórica e/ou (já) utópica desnuclearização, respectivamente as guerras convencionais ou não nucleares entre povos, culturas, civilizações, etc. humano(a)s, proliferariam (quase) imediata e imparavelmente?

            Por mim, desde logo dados os históricos antecedentes humanos e/ou o mínimo conhecimento que tenho adquirido acerca da minha própria humanidade, não me parece haver a mais ínfima duvida ao respeito. Ou seja que as guerras entre povos, culturas e civilizações proliferariam de imediato. Por exemplo, porque é que há tantas décadas não há um conflito militar armado e alargado a nível mundial ? Digo eu que entre outros factores, tal não existiu ou existe em tão significativamente longo espaço de tempo porque precisa e destacadamente também existem armas nucleares!

            È que as armas e correspondentes conflitos nucleares não escolhem ricos nem pobres, nem elites ou bases políticas, sociais, culturais ou outras. Seja que num conflito nuclear tanto mais se globalmente alargado somos todos, literalmente todos, duma ou doutra directa ou indirecta e imediata ou remota forma afectados. Já num dito conflito armado convencional, ao menos as elites políticas, sociais ou outras pensam à partida não ser afectadas, se acaso até bem pelo contrário e não raro as bases políticas, sociais ou outras, se acaso até inspiradas, influenciadas ou mandadas pelas elites pensam poder sair vencedoras. E como tal, inclusive como reza a história remota, recente e/ou até contemporaneamente em permanência, torna-se dalgum modo relativa ou significativamente fácil espoletar e/ou sustentar sanguinários e/ou mortais conflitos armados entre povos, culturas e/ou civilizações (humano(a)s).

            Dalgum modo eu diria que as armas nucleares funcionam de entre povos, culturas e/ou civilizações, como dalgum respectivo modo qualquer força policial e/ou armada funciona para a sociedade ou as diversas sociedades modo geral, como seja a permanente ameaça da violência (armada), como meio e forma de no mínimo ou irónica e paradoxalmente procurar evitar e/ou prevenir a violência, desde logo de entre indivíduos, corporações ou instituições sociais/humanas _ ainda que até pelo seu teor armado e humano, especialmente em determinados regimes político/sociais, por exemplo pró repressão de Estado, possam por vezes ser as correspondentes forças policiais ou armadas, mais ou menos fundada ou infundadamente, respectivos e primordiais actores de violência social e/ou humana, por norma em nome da justiça ou da não violência. Seja que as armas nucleares têm servido também ou essencialmente como um meio dissuasor de conflitos armados, desde logo a nível global e em especial de entre as diversas potencias políticas, económicas e/ou por si só armadas mundiais _ porque precisamente, à partida e/ou à chegada, quem quer que fosse teria ou terá a ganhar verdadeira ou clara e conclusivamente com isso.

            Só que não menos irónica e/ou paradoxalmente no que ao factor dissuasor de conflitos armados em larga escala que também são ou essencialmente têm sido as armas nucleares, o facto é que precisa e inversamente com a “”democrática”” proliferação global destas últimas de entre os mais diversos povos, culturas e/ou civilizações, também respectiva e equitativamente proliferam as potencialidades de haver um ou mais lunático(s): fundamentalista(s), totalitarista(s), imperialista(s) e/ou afins, com potencial e/ou permanente predisposição a “carregar no botão” _ vulgo a espoletar um conflito nuclear _ como por exemplo, de entre outros, o “lunático” (ditatorial, totalitário e/ou o que mais equitativamente aplicável) líder da Coreia do Norte. No caso tornando as armas nucleares, tanto ou mais que um elemento dissuasor, também ou acima de tudo como o elemento espoletador do correspondente conflito nuclear.

            Seja ainda e conclusivamente que tendo por base as ditas armas nucleares, chegamos humana e globalmente a uma espécie de encruzilhada muito difícil, por mim diria mesmo que humanamente (quase) impossível de resolver, salvo se com a intervenção das providenciais leis divinas e/ou universais, de que por si só somos duma ou doutra humana forma partes integrantes, inclusive enquanto terráqueo Ser humano auto intitulado de à imagem e semelhança divina. Sendo que quando são as leis divinas e/ou universais a falar por si sós e/ou mais alto, talvez tão irónica e/ou paradoxalmente quanto tudo o em si mesmo humano ou planetário restante, também é tudo directa e imediatamente possível, desde logo de entre o que é humana e/ou vitalmente considerado de bom e/ou de mau, de bem e/ou de mal, vulgo designadamente de paz e/ou de guerra _ ainda que por norma em nome do bom, do bem e/ou da paz!...  

                                                                                              VB     

segunda-feira, maio 13, 2013

Resiliência

           Sem garantia de que o que e como eu (aqui) escrevo esteja vital e universalmente correcto na sua globalidade, essência e/ou totalidade; mas com a garantia de que o mesmo deriva duma base vivencial que é a minha e que como mínimo tem uma significativa base experimental, não posso, nem quero deixar de o assumir como e enquanto tal e/ou pelo que e como o mesmo é. A partir de que continuando...

           Cresci desestruturadamente num muito significativo vazio de princípios, de meios e de objectivos próprios e envolventes, funcionalmente sólidos, coerentes e/ou definidos. Claro que a partir daqui ou aquém e além disso restava-me sempre a inteligência, a racionalidade e/ou a perspicácia humana para me ir adaptando o mais pró positiva, estruturada e/ou substancialmente às circunstancias! Só que precisamente pelas circunstancias intrínsecas e extrínsecas a mim, em muitos aspectos demasiado instáveis, incoerentes e indefinidas, associadas ou dissociadas a eventualmente insuficiente inteligência, perspicácia e/ou racionalidade humana da minha própria parte pessoal, desde logo com circunstancial perda de positiva ou absoluta (auto)confiança geral em mim mesmo e em muito do que e de quem envolvente a mim; por respectiva inerência, o melhor que consegui foi introspectiva/circunspectivamente auto assumir-me como e enquanto tal (instável, indefinida, insegura, incoerente e/ou no limite maniqueistamente) e a partir dai sim procurar reencontrar-me o mais (pró) positiva, coerente e plenamente possível comigo mesmo e com a vida enquanto tal(*).

           De entre o que por dita positiva ou absoluta insegurança própria tendi a identificar-me com o mais negativo da e na vida; ainda que e/ou até sentindo-me atraído pelo e para com o mais positivo da e na respectiva vida; tendo-se dalgum respectivo modo gerado um significativo, diria mesmo que profundamente maniqueísta conflito interno em e comigo mesmo, ainda que inspirado no, pelo e para com o exterior. Em que não me sentindo positiva ou absolutamente seguro de mim mesmo, desde logo por e para comigo próprio e tanto mais se perante e para com esse o exterior, passei a auto assumir-me a mim mesmo pela negativa, inclusive para procurar isolar e/ou controlar as potencialidades negativas existentes em mim e/ou que o próprio exterior me suscitava; se tanto quanto possível procurando preservar e cultivar as potencialidades mais positivas existentes em mim e/ou que o próprio exterior me inspirava. De resto entrando talvez aqui a Musa Inspiradora, como circunstancial/providencial factor (pró) funcionalmente positivo, coerente, sólido e definido _ aquém e além da minha interactiva e funcional compatibilidade ou incompatibilidade com a respectiva pessoa concreta por detrás da Musa _ levando-me inclusive a um certo platonismo perante e para com a Musa e/ou a pessoa real por detrás da mesma, creio eu que circunstancial/providencialmente derivado da por si só disfuncionalidade entre ter-me auto assumido a mim mesmo pela negativa e a ver ou a auto assumir a Musa essencialmente pela positiva!

           Sequência de que tornei-me muito, diria mesmo que tremendamente auto critico e exigente comigo mesmo, perante e para com o exterior. O que dadas as circunstancias, de eu negativo e o exterior positivo, me tornou ainda e acima de tudo impotente perante e para com o exterior modo geral _ salvo na medida em que e como eu ia conseguindo absorver o melhor exterior e identificar-me dalgum modo com o mesmo, inclusive para auto sobreviver o mais positivamente em e a mim mesmo e/ou nesta e a esta minha por assim dizer, positivamente instável, indefinida ou mesmo vazia condição existencial própria, que me tornava susceptível ao pior envolvente. O que por seu turno me passou a tornar muito significativa ou equitativamente critico e exigente com e para com o respectivo exterior, inclusive enquanto necessitando eu duma ou doutra directa ou reflexa forma do positivamente melhor desse mesmo exterior, tanto mais se ao nível de entidades ou de autoridades oficiais (políticas, sociais e/ou outras) que não só se auto assumem a si mesmas pela positiva, como têm o dever de o ser (positivas); ainda que muitas, de todo demasiadas e constatáveis vezes não sejam mais ou melhores que movimentos de interesses e/ou de influências mais ou menos duvidosos, egoístas, mesquinhos e/ou até perversos!

           Claro que com tudo isto, inclusive porque passei a tender para a abstracção relativa à minha realidade própria e/ou à respectiva realidade envolvente a mim, numa espécie de ciclo vicioso que se (auto) sustentava a e por si só, como que me tornei significativa ou mesmo globalmente indisponível e/ou impotente perante e para as coisas mais práticas e funcionais da própria vida, por mais simples e/ou comuns que as mesmas fossem ou sejam, tanto mais se envolvendo outras pessoas. Até porque tendo-me dalgum respectivo modo auto anulado prática, activa e funcionalmente a e por mim mesmo de entre tudo isto, inclusive por positiva ou absoluta insegurança própria, na sequência tendo, no limite, passado a identificar-me tanto com o melhor quanto com o pior envolventes, inclusive auto assumindo-me como e enquanto tal, de onde de resto resultou o dito maniqueísta conflito interno de e comigo mesmo, por inerência a minha respectiva disponibilidade prática e funcional perante e para com o exterior tornou-se-me (quase) nula; a partir de que dentro de certos limites éticos/morais e/ou outros, como melhor das possíveis ou disponíveis hipóteses tendo eu então passado a abandonar-me passiva e abnegadamente, desde logo ao que e a quem me inspira-se positivamente e/ou que tão só não pode-se pró subsistentemente deixar de ser, desde logo que me permitisse ir imediata e prosaicamente auto sobrevivendo em e a mim mesmo e/ou nesta e a esta minha condição (in)existencial própria. Com subsequente resistência ou auto sobrevivência de que, introspectiva e circunspectiva ou circunstancial e providencialmente, resulta então sim esta minha pró vital, sanitária, descompressiva ou subsistente forma de expressão e/ou de existência própria! Tudo com um grande denominador comum, que tal como para tudo o mais inerente, salvo erro de auto juízo da minha própria parte, de resto e numa palavra eu designaria e designo por: resiliência e mais resiliência.

           Enfim, quero eu com tudo isto dizer que, inclusive ao introspectivar e circunspectivar tanto quanto possível, necessário e/ou  indispensável, dalgum respectivo modo tornei-me uma espécie de catalisador do melhor e pior da vida, do mundo, da própria humanidade e/ou de mim mesmo, procurando em qualquer caso neutralizar o pior e cultivar o melhor, inclusive ao ter-me auto assumido pelo pior (negativo) e mas para com o melhor (positivo), preservando sempre e tanto quanto possível a mais substancial essência de mim mesmo e da própria vida!

           (**)Pelo que sem pretensão de querer dizer que a sociedade humana seria positiva, vital e universalmente melhor ou pior, mas tão pouco sem denegar que eventual ou certamente seria algo diferente do que e como tem sido e/ou é, na sequência e em especial aos que, como eu, dalguma forma se perderam positiva, sólida, coerente ou funcionalmente de si mesmos e/ou da própria vida, no caso sem prejuízo de quem gosta de emoções fortes pois que por exemplo desde o êxtase (quase) eufórico até à angustia (quase) depressiva são em qualquer caso algo garantido e/ou se para quem é comodista não necessitando esforçar-se muito para que as mais diversas circunstancias e emoções da vida venham ter consigo, pergunto:

            O que e como seria humana e socialmente se todos e cada um de nós, positiva, vital e universalmente (auto e extra) perdidos(!) de nós mesmos e da própria vida, nos auto assumíssemos (paradoxalmente) pela negativa ou como positivamente inócuos, com fé e esperança no efectivo ou potencial melhor (mais positivo) inerente a nós mesmos e/ou a quem envolvente e inspiradoramente nos rodeia? Sendo que por si só e duma ou doutra genérica forma, pelo e para com o melhor, imagino que os verdadeiramente humildes(***) se integram neste contexto e sequência, aquém e além de se terem perdido, mais ou menos positiva ou absolutamente de si mesmos e da própria vida ou não?!

                                                                                              VB

            (*) Claro que, pelo melhor e pelo pior ou para o bem e para o mal, a minha própria família nuclear de origem teve e tem uma influência determinante nesta e para com esta minha condição (in)existencial própria! Pelo melhor e para o bem, desde logo pela em si mesma vertente global e essencialmente resiliente e humilde da minha própria família nuclear de origem, sem esquecer que duma perspectiva mais prática, tem sido com base na minha família nuclear original que como mínimo eu tenho encontrado o tempo e o espaço introspectivo/circunspectivo, para procurar ir (auto) (re)encontrando-me comigo mesmo e com a própria vida enquanto tal; já e no mínimo potencialmente pelo pior e para o mal, enquanto tendo-me a minha família nuclear feito desde sempre exigências (pró) positivas, à vez e/ou ao invés de ainda nas minhas determinantes infância e juventude, em especial ao meu nível escolar, em que precisamente pró incentivo escolar a minha família se me auto apresentava pela negativa ou como positivamente inócua, por assim dizer como um não exemplo para mim, em que supostamente eu teria de estudar para ser "alguém na vida" desde logo para ser algo positivamente diverso ou melhor que a minha própria família, tanto mais ainda quando e enquanto devendo eu respeito e/ou até obediência a essa mesma família _ algo com que confessamente eu não tive inteligência ou capacidade geral para conseguir lidar positiva e construtivamente em e por mim próprio, tanto mais ou menos ainda quando e por quanto, com natural prazer e dor e/ou alegria e tristeza, eu naturalmente amava e/ou aprendi vivencialmente a amar a minha família de origem!   

           (**) Estes dois últimos parágrafos estiveram originalmente integrados num outro texto, que de resto postei anteriormente sob o titulo (Des)compensação, sendo que inclusive o actual texto Resiliência, nasceu em pós sequência do anterior, com estes dois últimos parágrafos de entre meio!       

           (***) ...disse humildes, não modestos e muito menos arrogantes ou insanamente outros!

domingo, maio 05, 2013

(Des)compensação

            Salvo que quando e enquanto sendo eu mesmo a auto assumi-lo, de resto e o facto é que deixei há muito, dalgum modo desde globalmente sempre de acreditar e de existir em e por mim mesmo, pelo menos aquém e além do que e como o exterior suscita e inspira em mim e/ou que se em ultima instância pelo que o exterior me leva a (auto) reagir, desde logo defensivamente, em e por mim mesmo perante e/ou para com esse mesmo exterior!

             Por dalgum modo dizer, ainda que com uma mínima ou substancial (auto) noção de que como todos e cada um de vós restantes também eu era e tinha e/ou sou e tenho algo de próprio e de único, no entanto e o facto é que desde globalmente sempre que o próximo ou o exterior passaram a ser e/ou a significar em e para mim, tanto mais se pelo que o(s) mesmo(s) poderia(m) pensar ou dizer a meu respeito e tanto mais ainda se pelo que e como poderiam subsequentemente (re)agir por si só(s) e/ou para comigo, se me tornou infinitamente mais forte do que o que e como eu mesmo pensava, sentia, necessitava e/ou era em e por mim mesmo, dependente ou independentemente desse mesmo exterior. Levando-me dalgum resumido e conclusivo modo a (auto) anular-me em e por mim mesmo, desde logo para evitar atritos ou conflitos com um exterior perante e para com o que desde globalmente sempre eu me passei a sentir prática, activa, positiva, funcional, substancial e/ou genericamente desfasado e impotente.

            Claro que a partir daqui, inclusive com reflexo nesta minha expressão escrita, entraria toda uma tão mais complexa, sensível, delicada, contraditória e/ou por si só pessoal história de causas, efeitos e consequências que é a minha, quanto respectivamente é a história de qualquer outra pessoa, que em especial tenha (auto) abdicado ou que se tenha perdido de si mesma e/ou da própria vida, sem no entanto deixar de procurar ir (auto) resistindo e/ou sobrevivendo em e a tal facto.

           Pelo que salvo qualquer erro de memória da minha parte ao citá-lo e respectivamente transcrevê-lo, de resto e talvez ou seguramente ao invés do que e como disse John Le Carré(*), designadamente algo como: "génio é aquele que tendo duas vertentes opostas em si consegue funcionar". Seja que no meu "não genial" caso, me limito a auto resistir ou a auto sobreviver às mais diversas, não raro mesmo antagónicas e/ou até inconciliáveis referências e influencias envolventes a mim, inclusive intra identificando-me eu duma ou doutra forma com as respectivas, desde logo em sequência de eu ter auto abdicado de mim mesmo. A partir de que para não me alongar muito mais a este respeito, no e para o presente contexto, limitar-me-ia ou quiçá expandir-me-ia acrescentando aquilo que um destes dias me foi natural e espontaneamente suscitado escrever, em sequência da vida corrente e a que como resultado disso eu passei a designar como "pensamento do dia", que no caso concreto, para aqui duma ou doutra forma aplicável, foi e é o seguinte:

           Após ter-me auto assumido há muito pela negativa ou como positivamente inócuo, ainda que e/ou até porque paradoxalmente com fé e esperança no efectivo ou potencial melhor (mais positivo) inerente e mim e/ou ao que e a quem que me rodeia; isto num mundo e/ou numa sociedade humana que em qualquer dos casos e com mais ou menos substanciais razões para tal, não raro e diria mesmo genericamente cada qual se auto assume pela positiva ou como positivamente consequente, se acaso projectando a sua efectiva ou potencial negatividade no próximo (exterior); de entre o que nesta última acepção e da minha respectiva parte, desde logo porque me auto assumi pela negativa, ao invés do que e como em regra todos e cada um dos restantes se auto assume(m) pela positiva, também e até por isso porque me auto anulei prática, activa e funcionalmente a e por mim mesmo, desde logo para me auto proteger perante e para com o exterior, na respectiva sequência tudo o que consegui foi ficar significativa e/ou substancialmente descompensado e isolado com relação ao genérico exterior, além de ter ficado susceptível às melhores e piores referências e influências externas _ salvo se e quando o efectivo melhor exterior compensa positiva e inspiradoramente em mim a referência e influência do respectivo pior exterior, o que enquanto tendo-me eu auto anulado prática, activa e funcionalmente a e por mim mesmo e enquanto tal tendo reflexamente auto assumindo as respectivas melhores e piores referências e influências exteriores em e para mim mesmo, ainda que e/ou até porque conclusivamente e salvo a imodéstia com minha objectiva e pró activa auto opção própria pelo e para com o melhor(**)!

                                                                                              VB

            (*) Modestamente, se tudo o que e como aqui escrevo não valer positiva, substancial e/ou genericamente por si só; então que ao menos ou ao mais que valha pela cita referência a John Le Carré!

            (**)... seja lá isso o que e como quer que seja em si mesmo e/ou perante as mais diversas, quando não mesmo antagónicas ou até inconciliáveis vicissitudes e circunstancias da vida!