domingo, maio 19, 2013

Hipocrisias humanas e/ou leis universais

           Ando suficientemente ocupado a procurar prosaica e materialmente sobreviver, com detrimento de espaço, de tempo e/ou até de disponibilidade interior para poder, não diria sublime, mas pelo menos recreativamente escrever. Mas como até para tão só necessitar sobreviver, no meu pessoal caso até necessito também circunstancial ou providencialmente escrever, logo e assim que tenho um pouco de espaço, de tempo e/ou de disponibilidade interior para tal, não posso nem quero evitar escrever, segundo o que e como me for natural e espontaneamente suscitado fazê-lo. E como hoje é Domingo, folga de actividade laboral/profissional de sobrevivência e/ou de outros afazeres que para mim não sejam prioritários face a esta minha necessidade de escrever, no caso e como sempre vou aproveitar para fazê-lo (escrever) tanto quanto qualitativa e quantitativamente possível, necessário e/ou indispensável!...

            Hipocrisias humanas e/ou leis universais

            Nas últimas semanas, designadamente em sequência da tensão militar entre as duas Coreias (Norte e Sul), voltou humanamente a falar-se na desnuclearização militar em nome da Paz.

            Sequência de que me apetece perguntar: alguém tem a mais ínfima dúvida de que perante a dita de hipotética, teórica e/ou (já) utópica desnuclearização, respectivamente as guerras convencionais ou não nucleares entre povos, culturas, civilizações, etc. humano(a)s, proliferariam (quase) imediata e imparavelmente?

            Por mim, desde logo dados os históricos antecedentes humanos e/ou o mínimo conhecimento que tenho adquirido acerca da minha própria humanidade, não me parece haver a mais ínfima duvida ao respeito. Ou seja que as guerras entre povos, culturas e civilizações proliferariam de imediato. Por exemplo, porque é que há tantas décadas não há um conflito militar armado e alargado a nível mundial ? Digo eu que entre outros factores, tal não existiu ou existe em tão significativamente longo espaço de tempo porque precisa e destacadamente também existem armas nucleares!

            È que as armas e correspondentes conflitos nucleares não escolhem ricos nem pobres, nem elites ou bases políticas, sociais, culturais ou outras. Seja que num conflito nuclear tanto mais se globalmente alargado somos todos, literalmente todos, duma ou doutra directa ou indirecta e imediata ou remota forma afectados. Já num dito conflito armado convencional, ao menos as elites políticas, sociais ou outras pensam à partida não ser afectadas, se acaso até bem pelo contrário e não raro as bases políticas, sociais ou outras, se acaso até inspiradas, influenciadas ou mandadas pelas elites pensam poder sair vencedoras. E como tal, inclusive como reza a história remota, recente e/ou até contemporaneamente em permanência, torna-se dalgum modo relativa ou significativamente fácil espoletar e/ou sustentar sanguinários e/ou mortais conflitos armados entre povos, culturas e/ou civilizações (humano(a)s).

            Dalgum modo eu diria que as armas nucleares funcionam de entre povos, culturas e/ou civilizações, como dalgum respectivo modo qualquer força policial e/ou armada funciona para a sociedade ou as diversas sociedades modo geral, como seja a permanente ameaça da violência (armada), como meio e forma de no mínimo ou irónica e paradoxalmente procurar evitar e/ou prevenir a violência, desde logo de entre indivíduos, corporações ou instituições sociais/humanas _ ainda que até pelo seu teor armado e humano, especialmente em determinados regimes político/sociais, por exemplo pró repressão de Estado, possam por vezes ser as correspondentes forças policiais ou armadas, mais ou menos fundada ou infundadamente, respectivos e primordiais actores de violência social e/ou humana, por norma em nome da justiça ou da não violência. Seja que as armas nucleares têm servido também ou essencialmente como um meio dissuasor de conflitos armados, desde logo a nível global e em especial de entre as diversas potencias políticas, económicas e/ou por si só armadas mundiais _ porque precisamente, à partida e/ou à chegada, quem quer que fosse teria ou terá a ganhar verdadeira ou clara e conclusivamente com isso.

            Só que não menos irónica e/ou paradoxalmente no que ao factor dissuasor de conflitos armados em larga escala que também são ou essencialmente têm sido as armas nucleares, o facto é que precisa e inversamente com a “”democrática”” proliferação global destas últimas de entre os mais diversos povos, culturas e/ou civilizações, também respectiva e equitativamente proliferam as potencialidades de haver um ou mais lunático(s): fundamentalista(s), totalitarista(s), imperialista(s) e/ou afins, com potencial e/ou permanente predisposição a “carregar no botão” _ vulgo a espoletar um conflito nuclear _ como por exemplo, de entre outros, o “lunático” (ditatorial, totalitário e/ou o que mais equitativamente aplicável) líder da Coreia do Norte. No caso tornando as armas nucleares, tanto ou mais que um elemento dissuasor, também ou acima de tudo como o elemento espoletador do correspondente conflito nuclear.

            Seja ainda e conclusivamente que tendo por base as ditas armas nucleares, chegamos humana e globalmente a uma espécie de encruzilhada muito difícil, por mim diria mesmo que humanamente (quase) impossível de resolver, salvo se com a intervenção das providenciais leis divinas e/ou universais, de que por si só somos duma ou doutra humana forma partes integrantes, inclusive enquanto terráqueo Ser humano auto intitulado de à imagem e semelhança divina. Sendo que quando são as leis divinas e/ou universais a falar por si sós e/ou mais alto, talvez tão irónica e/ou paradoxalmente quanto tudo o em si mesmo humano ou planetário restante, também é tudo directa e imediatamente possível, desde logo de entre o que é humana e/ou vitalmente considerado de bom e/ou de mau, de bem e/ou de mal, vulgo designadamente de paz e/ou de guerra _ ainda que por norma em nome do bom, do bem e/ou da paz!...  

                                                                                              VB     

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