sábado, agosto 31, 2013

Atitude

             Até por este meu Blog e todo o seu conteúdo, que é em si mesmo uma excepção à reservada, introvertida e discreta regra da minha existência, se poderá concluir ou pelo menos intuir da intensidade, complexidade e/ou complicação inerentes, desde logo e no limite do que poderia e/ou poderá correr bem ou mal na minha inerente vida própria. Inclusive correr bem ou mal, enquanto numa sociedade pró sucesso imediato, sensacionalista e materialista, em que não raro o ter e/ou o parecer valem demasiadas vezes mais que o ser e/ou o fazer (bem).

            Seja ainda que intensidade, complexidade e/ou complicação inerentes à minha existência, na media em que por uma série de motivos e de razões (inter)pessoais, humanas, sociais, culturais, familiares, existências e/ou vivenciais modo geral, acabei por me auto assumir há muita pela negativa ou como positivamente inócuo, ainda que e/ou até porque pró positivamente. O que por si só me leva a ser essencialmente reservado, introvertido e/ou discreto, ainda que depois tenha circunstancial/providencialmente de por exemplo escrever pró vital, sanitária, descompressiva ou subsistentemente coisas como esta. Em qualquer caso com reflexos na minha vida interpessoal e social prática, no caso quase literalmente nula, excepção feita para o que e/ou como não possa pró vital ou subsistentemente deixar de ser, como por exemplo aos níveis interpessoal e/ou social em contexto de actividades laborais/profissionais pró subsistência.

            E precisamente aos níveis laboral/profissional pró subsistência e/ou pró plenitude vital, em que apesar de e/ou até por tudo o demais anterior, eu privilegio o ser e o fazer bem ou o melhor possível, aquém e além de discreta ou indiscretamente; a por exemplo fazer depressa ou a aparentar o melhor possível, se acaso ou mesmo não raro de forma ostensiva e vangloriante.

            Global sequência de que qualquer “gaiato”, com um mínimo de potencialidades e mas em efectivo com pouco mais que um certo nível de intuitiva prosápia de circunstancia, acaba por me passar argumentativa, ostensiva ou vangloriantemente à frente, desde logo em termos de ditos e de aparências. E atenção que com isto não pretendo dizer que à partida ou à chagada eu sou positiva e/ou substancialmente melhor que quem mais quer que seja; mas o facto também é que muitas vezes, se acaso tomando-me a mim como interlocutor ou como objecto de comparação, acabo por constatar pessoas que se (pró) auto valorizam imediata, ostensiva ou vangloriantemente, inclusive com laivos absolutistas, tendo por base a mais pura prosápia e/ou aparências exteriores. Desde logo senti-me inspirado ou impulsionado a escrever isto, em sequência duma circunstancial conversa de rua que tive com um jovem e a muitíssimos níveis inexperiente colega de trabalho, inclusive perante outras pessoas, em que para falar de algo técnica e substancialmente muito básico, mesmo rudimentar e que eu não valorizo pessoalmente mais do que pelo facto de ter de o praticar ao nível duma actividade laboral/profissional de subsistência, mas no relativo ao que esse meu dito colega de trabalho fez um discurso como se o mesmo fosse um mestre na matéria ou como se o que o mesmo sabe ou aprendeu ao respeito lhe conferi-se um estatuto de absoluta superioridade relativamente a mim ou a qualquer outra pessoa, que no caso esta última pouco ou nada saiba ao respeito, ainda que e/ou até porque aprender ao respeito seja tão relativamente fácil, quanto até meramente intuitivo.

            Conclusivamente, a atitude por assim dizer algo imediatista, ostensiva ou vangloriante do meu colega de trabalho em causa, torna-o muito mais próximo dum respectivo sucesso imediato, sensacionalista, respectivamente (pró)mesmo (prista ou atso imediato,  causa, torna-o muito mais prqualquer outra pessoa, que no caso pouco ou nada saiba ao respeit materialista e/ou que tão só aparente; enquanto eu de atitude essencialmente reservada, introvertida, discreta, desde logo e acima de tudo pró positivamente humilde, no paradoxal ou excepcional caso concreto, tenho de ir escrevendo coisas como esta, para tão só ir necessitando sobreviver nas e às circunstâncias em causa _ em especial quando alguém como eu que acaba não raro ou mesmo por norma tido como positiva ou absolutamente: ignorante, incompetente, inconsequente, incapaz e/ou afins, o que já agora refira-se que não me preocupa enquanto tal, salvo se quando as outras pessoas ou a sociedade em si mesma me passem a tratar como tal ou em sequência de tal, para com o que salvo a imodéstia está ou espero esteja excepcional ou normativamente esta minha pró positiva, vital e/ou universal, auto e extra consciência ao respeito!  


                                                                                              VB   

              Obs: Escrevi espontaneamente o transacto em cerca de meia-hora e estou a publicá-lo acto imediato aqui no Blog, sem grandes revisões, correcções ou complementações, pelo que o mesmo valha também como e enquanto tal! 

segunda-feira, agosto 26, 2013

Espectacular e industrial NORMA dos incêndios florestais

            Como triste sinal dos tempos e do mental sociocultural geral!

           Chegado o Verão, são ano atrás ano e dia após dia os títulos da imprensa escrita, radiofónica e televisiva, com respectivas e ilustrativas imagens fotográficas, relatos verbais ou imagens televisivas a versar o dilemático tema dos incêndios florestais, com ditos títulos de imprensa básica e genericamente do tipo: centenas de homens (bombeiros, militares e afins); dezenas de viaturas terrestres (tanques e auto tanques); diversos meios aéreos (aviões e helicópteros) combatem as chamas aqui e ali; com correspondentes dezenas, centenas, milhares ou até dezenas de milhares de hectares de área florestar ardida e/ou a arder; com ainda diários e incansáveis avisos de perigo de incêndio devido às temperaturas altas, acrescidos de cautelares normas ou mesmo obrigações de base legal, como por exemplo no relativo a não fumar ou a não foguear em área florestal, etc., etc., global sequência, ao que cada vez mais parece adicionar-se e enquanto tal tornar-se norma, uns ditos acidentes pessoais e/ou colectivos, no limite redundando em morte, por norma enquanto inerente aos operacionais (bombeiros e afins) de índole profissional ou voluntária, em qualquer caso destacados para o combate às chamas; em regra tudo espectacularmente mediatizado como socioculturalmente convém, a que acresce ainda noticias inerentes à detenção por parte das autoridades policiais competentes dalguns suspeitos de atear dolosa ou promiscuamente fogos florestais!

            Ainda que duma forma bastante grosseira e/ou superficial, o facto é que o anterior parágrafo reflecte ou retrata aquilo que é de há muito e parece que cada vez mais a triste Norma ou quiçá pelos meios técnicos, humanos, materiais, legais e/ou outros envolvidos, até já Industria, no que a incêndios florestais diz respeito.

            A partir de que a questão é que: desde logo eu próprio me recordo, mas muito mais que eu se recordam por experiência própria os meus pais e tanto mais ainda se os meus avós _ neste último caso já falecidos_ de que aquém e além de floresta, haver milhares, repito milhares hectares de campos plantados de cereal, como seja de algo tremendamente volátil em pleno Verão, sendo que enquanto Portugal como País fundamentalmente agrícola, há altura havia também milhares de homens e mulheres a trabalhar os campos, natural e proporcionalmente divididos pelas parcelas que lhes correspondiam enquanto proprietários ou assalariados agrícolas e em que pelo menos os homens eram (quase) literalmente todos fumadores, inclusive e se acaso fazia-se o almoço em pleno campo com recurso ao fogo; no entanto parece que há altura o calor de Verão não era propicio ou mesmo espoletador de incêndios florestais e/ou de muito voláteis campos cerealíferos. E que se quando havia um qualquer fogo que fugi-se minimamente ao mais imediato e/ou corrente controlo humano _ vulgo incêndio _, logo e com um espírito que quiçá hoje em dia regra geral não exista, toda a gente disponível e/ou em proximidade ao fogo, acorria tão natural, espontânea e motivadamente a apagar o fogo, que o mesmo tinha poucas ou nenhumas hipóteses de progredir, sendo que há altura nem sequer havia bombeiros em muitos locais (vilas e afins) onde posteriormente os passou a haver, mas mesmo quando inclusive numa primeira fase de proliferação de associações humanitárias de Bombeiros Voluntários a nível nacional, ainda assim parecia haver e havia de facto um certo orgulho nas populações civis modo geral, que com poucos mais meios que o próprio corpo, a natural vontade e o espontâneo engenho para combater o fogo, dizerem no relativo a incêndios: não foi necessários virem os Bombeiros e/ou quando os Bombeiros chegaram já o fogo estava extinto _ sendo que em toda esta última acepção não pretendo dizer que foi e/ou é por haver bombeiros que passou a haver ou há incêndios florestais, pretendo dizer e digo sim é que o espírito e o mental sociocultural geral, no caso com relação ao fenómeno dos fogos florestais é totalmente diverso ao que já foi em tempos, aquém e além de bombeiros ou de não bombeiros e afins. De resto e como parece confirma-se que quantas mais instituições públicas ou privadas existem (protecção civil, bombeiros, meios aéreos de base privada e comercial, etc., etc.,), inclusive com todas estas instituições baseadas em regras técnicas, legais e afins, sem esquecer os permanentes e cautelares avisos ou anúncios mediáticos, tudo adicionado de intermináveis meios económico-financeiros disponibilizados, em qualquer caso pró prevenção e combate a incêndios florestais; no entanto parece irónica e paradoxalmente que também mais quantitativa e mais qualitativamente graves incêndios florestais existem, inclusive parece que também com cada vez mais recorrentes vitimas humanas a lamentar.

            Seja que para mim, esta a (quase) todos os títulos nefasta coisa dos incêndios florestais, desde logo tendo por base a qualitativa, quantitativa, recorrente e acrescida gravidade dos mesmos, que enquanto tal se cristaliza cada vez mais como a norma e não como a excepção, tem tanto ou quiçá muito mais que ver com o espírito e/ou com o mental sociocultural geral inerente do que com os meios técnicos, materiais, humanos e/ou outros de prevenção e/ou de combate aos fogos (incêndios) florestais. Seja ainda que há décadas atrás um fogo fora de controlo _ vulgo incêndio _ era a excepção que havia que combater o mais imediata, absoluta ou incondicionalmente possível com todos os parcos meios técnicos e materiais, mas com todos os substanciais meios humanos e vitais disponíveis há altura, isto enquanto naturalmente interiorizado em todos e cada qual e/ou como a esmagadora norma sociocultural geral, em que a haver orgulho, este último era directamente proporcional a combater-se e extinguir-se o fogo (incêndio) o mais rápido e eficazmente possível, como um verdadeiro estado de espírito e não como uma norma e/ou imposição técnica/legal, se acaso vedada a uma série de peritos devidamente hierarquizados, talvez por isso levando a que por exemplo e por vezes se ouça dizer aqui e ali que: “os bombeiros não combateram de imediato o incêndio num determinado ponto territorial, geográfico e/ou por si só de gradual progressão do fogo, porque alegadamente esperavam ordens superiores para poderem entrar num determinado cercado particular, para acederem a um determinado ponto do terreno e/ou afins”!

            Enfim, digo eu que tudo isto me parece redundar num sinal dos tempos e/ou do mental sociocultural geral _ já agora refira-se que um sinal dos tempos e/ou um mental sociocultural geral eminentemente tristes e degradantes, desde logo para o bem comum, inclusive para a vida natural selvagem e o meio ambiente global, de que em qualquer dos casos somos humana parte integrante e duma ou doutra forma dependentes. Mas talvez tudo isso pouco ou nada importe, num mundo e/ou numa sociedade e cultura humana essencialmente materialistas, em que designadamente o ter e/ou o parecer importam muito mais do que o ser e/ou do que o querer bem _ veremos até quando, como e/ou com que consequências vitais ou universais (globais), aquém e além de humanas, ainda que enquanto tal necessária e incontornavelmente também humanas!?

                                                                                              VB 

domingo, agosto 18, 2013

Inspiração

            Tendo por base a minha própria existência e origens pessoais, familiares, sociais, culturais, vivenciais modo geral e (hetero)sexuais em particular:

            Primeiro as pessoas, heterossexualmente falando, “encontravam-se” (apaixonavam-se e/ou amavam-se), acima de tudo queriam-se ou necessitavam-se circunstancialmente; depois comprometiam-se (casavam-se/juntavam-se) e salvo as devidas positivas ou inversas excepções, de resto por esmagadora norma o homem (macho) passava a mandar e a mulher (fêmea) a obedecer, sendo então e como tal “”felizes”” para sempre!!! Refira-se que o divorcio era por respectiva e esmagadora norma algo inaudito, tanto mais ou pior se para o elemento feminino e/ou pior ainda se por iniciativa deste último. Em regra era “comer e calar”, e de entre “marido e mulher ninguém metia a colher”!

            Segundo e actualmente vigente, salvo as correspondentemente negativas ou inversas excepções, por genérica e legal norma impôs-se revolucionária e digo eu abençoadamente uma dita de liberdade democrática (política, social, pessoal e/ou por si só sexual), designada e ao menos teoricamente impôs-se uma dita de igualdade de direitos entre géneros sexuais. Dalgum correspondente modo, os divórcios dispararam quer formal, quer informalmente, não raro por iniciativa do até então oprimido, reprimido ou positivamente descriminado género feminino. Digo eu que isso levou à abençoada necessidade das pessoas, desde logo das pessoas de complementares géneros opostos se (re)encontrarem verdadeira, natural, genuína e substancialmente, aquém e além de imposições legais, sociais, culturais e/ou outras (politicas, religiosas, etc., etc.).

               Por mim pessoalmente e enquanto do género masculino, diria que me perdi positiva, natural, espontânea, prática, activa e funcionalmente de mim mesmo e/ou da própria vida, também de entre as, por assim dizer, maldição versos bênção anteriores, no que aos relacionamentos interpessoais, sociais e sexuais em concreto diz respeito.

            Sequência de que:

            Tendo por base a natural atracção e fascínio que o género feminino suscita e exerce em e sobre mim, inclusive como associativa ou dissociativa parte integrante desta coisa estranha que é a própria vida enquanto tal e no que a mim diz respeito em particular; um determinado e correspondente dia, numa particular sequência e especiais circunstancias, com o peso de todo um passado pessoal e sociocultural da minha própria parte e do genérico meio envolvente, reparei duma mais vinculativamente consequente forma que nunca, num determinado elemento do género feminino, que dum imediato, consequente e indefinido modo me suscitou por um lado (pró) auto consciencialização de insegurança, de instabilidade, de indefinição, de carência de autoconfiança, de auto estima e de amor próprio; à vez que por outro inverso ou quiçá correspondente e complementar lado me suscitou a necessidade de procurar chegar a merecer o positivo respeito, consideração, admiração, amizade, amor e/ou (inter) relação dum e/ou com um elemento do género oposto (feminino) essencialmente belo, elegante, atraente, desde logo e em qualquer caso enquanto inteligente, culto, autónomo, independente, com gosto pela diversão, ainda que e/ou até porque levando a vida tão a sério quanto necessário ou indispensável. Refira-se desde já e (auto)confessamente que em sequência da minha vida encontrei dalguma natural e incontornável forma, elementos do género feminino que dum ou doutro modo correspondiam e/ou correspondem ao paradigma por mim atrás descrito, inclusive e no caso concreto, tal como de resto, na particular sequência e especiais circunstancias me suscitou o concreto elemento feminino atrás referido em e por si só e/ou segundo a perspectiva que eu tive ou passei a ter acerca do mesmo; no caso e na circunstância, eu é que não estava e dalgum modo contínuo positiva e indefinidamente, enquanto pessoa e por inerência enquanto homem, uns correspondentes e complementarmente positivos furos abaixo do paradigma pessoal, humano, vital e/ou feminino em causa.

            Dalgum resumido e para aqui sucinto modo, tendo-me tudo isto como que suscitado um auto ou intra conflito interno, por assim dizer de entre insegurança, instabilidade, indefinição, carência de autoconfiança, de auto estima e de amor-próprio _ a exigir-me prática e activa (auto)anulação; versos auto exigência, rigor, perfeccionismo, idealismo, positivismo e pró pragmatismo _ a exigir-me pró prática e activa entrega; em qualquer dos casos e (pró)subsistentemente com muito passivo e abnegado abandono pelo meio. No limite um conflito interno de essência maniqueísta, entre bem e mal, comigo a auto assumir-me como mal (negativo) e a procurar o bem (positivo) em quem externa e envolventemente mo suscitasse, procurando enquanto tal corresponder a este último exterior (positivo) em auto anulante detrimento de mim mesmo (negativo); o que em termos interpessoais, humanos, sociais e/ou por si só sexuais, me tornou dalgum referente, influente e consequente modo dependente do exterior, pelo menos do exterior que me inspirava e inspirava mais positivamente; ainda que e/ou até porque isso me tenha colocado prática, (inter)activa e funcionalmente distante desse mesmo exterior, enquanto tendo-me perdido natural, espontânea, positiva, prática e activamente de mim mesmo e/ou da própria vida. 

            O que me restou e/ou me resta? Desde logo e como melhor das hipóteses restou-me e resta-me (auto) respeitar-me e considerar-me a mim mesmo, tendo por base o melhor (mais positivo e/ou florescente) que o exterior suscita em e sobre mim, enquanto eu me auto assumo desconsiderantemente à altura do pior (mais negativo e/ou decadente)(*) exterior; em qualquer dos casos comigo prática, (inter)activa e funcionalmente distante de todo e de qualquer (positivo ou negativo) exterior, salvo se a partir, através e/ou para com esta minha pró vital, sanitária, descompressiva ou subsistente necessidade de expressão e/ou de existência própria, desde logo e inclusive de entre o melhor e o pior que o exterior suscita em e sobre mim, em qualquer caso como efectiva ou potencial parte pessoal, humana, vital ou universal de mim mesmo. Como seja, no para aqui resumido e conclusivo caso concreto, com esta minha pró vital, sanitária, descompressiva, subsistente, quando não mesmo maior, melhor e não raro até única forma (escrita) de expressão e de existência própria, aquém e além de todo e de qualquer exterior, ainda que e/ou até porque inspirada neste e para com este último, inclusive com o vital e inspiradoramente oposto factor feminino como grande fonte impulsionadora, do e para com o meu (pró) positivo melhor pessoal, humano, vital e/ou masculino próprio!

                                                                                  VB


            (*) Não necessária ou absolutamente por eu ser prática e activamente negativo ou decadente, mas desde logo e por exemplo devido a não me saber ou pelo menos durante muito tempo não me ter conseguido defender positivamente enquanto tal e por inerência face à própria negatividade e/ou decadência própria e/ou envolvente; por dalgum modo dizer, sou ou terei sido de todo mais positivamente inócuo do que negativamente activo, com todas as substanciais distinções que existam de entre uma coisa e outra! Ainda que e/ou até porque, ao menos, enquanto baseado no que e/ou em quem me inspira a tal, auto assumo-me acima de tudo como alguém pessoal, humana, vital e universalmente pró positivo, construtivo, criativo, produtivo, satisfatório e condigno! De resto, o simples facto de, como digo atrás, eu me ter auto assumido pela negativa, tem por um lado a ver com a necessidade de me (auto) defender, não necessariamente da minha activa negatividade, mas sim e acima de tudo da minha positiva inocuidade, inclusive auto provocando-me pró positivamente a mim mesmo enquanto tendo de auto sobreviver na e à minha efectiva ou potencial negatividade própria e/ou envolvente, que em qualquer dos casos auto assumo por e para mim mesmo, ainda que e/ou até porque respectivamente contrariando-a pró positivamente a partir de mim próprio. No caso um exercício que faço semi objectiva ou instintivamente por mim mesmo desde há muito (já décadas), mas que talvez a consubstanciar o mesmo, li recentemente algures e passo a transcrever, enquanto de filosófica origem oriental que: "quem vence outro é um vencedor, mas quem se vence a si mesmo é invencível!" _ que com tudo o que isso seja ou signifique pessoal, humana, vital e/ou universalmente, creio que estou neste último caminho!   

sexta-feira, agosto 09, 2013

Suposta homossexualidade II

            Necessito dizer e digo que prefiro em absoluto a minha (pró) racionalidade, intelectualidade e/ou espiritualidade, a certos e determinados preceitos e preconceitos socioculturais modo geral e de índole sexual em particular. Inclusive a meu ver e sentir, salvo total e absoluto relaxo das relações interpessoais, sociais e/ou por si só sexuais, mesmo que e/ou até porque com este último factor sexual como incontornável e fundamental à própria vida, chega a parecer-me profundamente redutor, sob os mais abrangentes pontos de vista humanos, vitais e universais, que não raro o genérico mental sociocultural vigente tome a própria sexualidade como uma espécie de princípio, de meio e de fim de tudo _ da própria vida!    

            Hoje mesmo (09-08-2013), numa conversa de “homens”, desde logo de entre dois dos meus camaradas de trabalho, como que numa disputa verbal de entre ambos acerca do número e/ou da qualidade de conquistas do sexo oposto, diz um para com o outro: _ “a mim mulher alguma me ficou ou ficará a chamar paneleiro _ maricas, gay, homossexual,...” _, ao que corresponde o segundo:.. “mas a mim também não”!

            Por mim, até dada a minha condição, por assim dizer algo ou mesmo essencialmente (pró) racional e austera com relação à vida em geral e à própria sexualidade em particular, aquém ou além de momentânea e circunstancialmente não me ter sentido motivado a tal, tão pouco e inclusive devido ao mental sociocultural inerente, consegui ou quis participar na discussão/conversa de entre os meus camaradas de trabalho, nos correspondentes termos em que essa conversa estava básica e substancialmente a decorrer. De resto e salvo pelo facto dum destes meus camaradas de trabalho, que tendo o mesmo por si só _ salvo erro _ vinte e três anos de idade, se começar a (auto) achar pessoal e/ou socioculturalmente a si mesmo “velho para casar”, por correspondente inerência achar também o respectivo que eu próprio, enquanto na casa dos quarenta, “já tenha ultrapassado (quase) todos os prazos para casar”, independentemente do que eu mesmo penso e sinto ao respeito, levando-me a sentir que com as suas palavras, ao menos este último pudesse (também) querer dizer que alguém como eu: na casa dos quarenta, solteiro e sem compromisso, só pudesse ou possa ser paneleiro _ homossexual(!?); mas como a conversa não era directamente comigo, não só não lhe dei mais importância, bem como na mesma não mais pensei, salvo quando há poucos minutos atrás, como seja já em casa e algumas horas após ter saído do trabalho, inclusive tendo entretanto dormitado cerca de uma hora, como que acordei com a conversa dos meus dois camaradas de trabalho em mente, para no caso e se podendo fazê-lo agora dir-lhes-ia: ...pois por mim e para mim, há mulheres e/ou certo tipo de mulheres que nem que as mesmas estivessem ou estejam de pernas abertas por si sós e/ou para mim, eu sequer lhes olharia e muito menos lhes tocaria, e que se tendo de circunstancialmente olhá-las ou tocá-las, fazê-lo-ia de forma tão fria, seca e/ou objectiva quanto imagino o faria, por exemplo um profissional de saúde enquanto tal. Seja que adorando e sentindo-me eu afectiva, sentimental e/ou sexualmente atraído pelo género oposto (feminino), no entanto nem por isso e/ou até por isso qualquer mulher me serve ou me serviria, muito menos para eu me limitar a justificar a minha masculinidade. Sendo ainda e talvez ou seguramente também por isso que eu tenho tantas dificuldades interpessoais, de integração sociocultural e/ou por si só para fazer amigos de entre o próprio género masculino, porque desde logo não quero fazer parte integrante de certos e determinados tipos de mentalidade sociocultural, por si só machista e/ou pseudo máscula do tipo “papa (sexualmente) todas” e/ou pelo menos de “casa e tem filhos se queres ser considerado homem”!

            E que se em toda esta sequência, há também mulheres a quem eu gostaria de pessoalmente “tocar” e mas a quem paradoxalmente nem sequer tento ou procuro fazê-lo, referindo-me aqui a mulheres do meu nível sociocultural e/ou vivencial, como seja ao meu efectivo ou potencial alcance pessoal, no entanto e aquém ou além de qualquer outro factor, como por efectivo ou eventual exemplo devido a timidez, a insegurança, etc., da minha parte pessoal, isso tem também e/ou quiçá muito mais a ver com factores socioculturais e/ou pseudo másculos como os aqui em causa, que me marcaram desde globalmente sempre, sem que eu tenha conseguido terminar de lidar positivamente com os mesmos, em qualquer caso aquém e além do mero factor sexual.       

            Dalgum conclusivo modo diria e digo que não sei até que ponto são motivos e razões tão fortes quanto o próprio impulso sexual, mas são seguramente motivos e razões muito mais profundos e complexos do que este último aqueles que me levam a ter dificuldade não só, nem de todo com o sexo oposto, mas sim com o mental sociocultural em geral, pelo menos com aquele ou com este inerente às minhas mais básicas, remotas e/ou continuamente vivenciais origens. Desde logo motivos e razões socioculturais esses, que são por respectivo exemplo inerentes a preceitos e a preconceitos que desde globalmente sempre me ditaram que “há uma idade própria para casar” e/ou que “jamais se volta (sexualmente) as costas a mulher alguma”, sob pena de em qualquer dos casos se ser considerado de “anormal” e/ou por si só de “homossexual”, como que exercendo-se pressão sociocultural para o enlace sentimental no primeiro caso e/ou se pior ainda exercendo-se pressão sociocultural para a interacção sexual, mais ou menos indiscriminadamente com que quer que fosse e/ou seja. Na circunstancia como uma dupla ou múltipla pressão que eu jamais suportei e/ou admiti por e para mim mesmo, nem que para isso tenha havido, ainda haja e/ou eventualmente continue acto indefinido a haver disfuncionalidade sociocultural em geral, aquém e além do mero e funcional ou disfuncional factor sexual em particular, ainda que e/ou até porque em qualquer caso também com correspondente estigma de suposta homossexualidade, da e pela minha parte e/ou com relação a mim, enquanto eu sob os olhos e/ou os sentidos do mental sociocultural envolvente, tanto mais se num tempo sociocultural em que redutoramente a própria sexualidade parece prevalecer sobre todo e qualquer outro valor humano, vital ou universal, como por exemplo: afectividade, sentimento, identificação, cumplicidade, etc., etc., de entre indivíduos humanos em geral e de entre indivíduos de géneros sexuais opostos em particular!


                                                                                              VB 

           Obs: "Suposta homossexualidade II", sinónimo de mais um possível sucesso de acessos a este meu Blog!!!

domingo, agosto 04, 2013

Resistência

           Independentemente do que quer que isso seja e/ou signifique humana, vital e/ou universalmente!?

           Independentemente ainda das suas causas, efeitos e consequências (inter)pessoais, sociais e vivenciais(*) do e no dia a dia prático modo geral e para com o respectivo em particular!?

           O facto é que com todos os seus literais inversos e correspondentes intermédios, tive medo do sucesso; tive medo do amor; no fundo tive medo da vida!

           Tive medo pelo exterior perante mim e para comigo; tive medo por mim perante e para com o exterior!

           O que marcou natural e incontornavelmente a minha existência sob e sobre os mais diversos aspectos pessoais, humanos, vitais e universais, como seja de mim por mim mesmo, de mim perante e para com o exterior e do exterior perante mim e para comigo _ não necessariamente pela positiva ou pela negativa, mas desde logo de entre o melhor e o pior e para o bem ou para o mal!

            Cujo resultado da minha pró positiva, vital e universal auto resistência em e a tal facto é o que e como se pode constatar e/ou passa (também) pelo presente!

                                                                                                            VB

           (*) Como, por destacado exemplo, seja: carência de positiva ou de absoluta (auto)confiança própria e/ou perda de positiva e coerente confiança no que e em quem mais quer que envolventemente fosse _ salvo no que e/ou em quem eu mesmo sentia ou constatava como positivo e coerente, ainda que enquanto tal de quem eu me sentia cada vez mais pessoal e objectivamente distante, desde logo pela confiança que este último exterior inspirava em mim, versos a (auto)confiança que crescentemente deixava de ter em mim por mim mesmo, levando-me na melhor das hipóteses a ficar referente e influentemente dependente, ainda que prática e (inter)activamente distante do que e de quem me inspirava positiva e coerentemente! Isto num processo existencial próprio e envolvente significativamente complicado, diria mesmo que tremendamente contraditório, como seja a partir da minha existência própria com uma original cultura envolvente essencialmente provinciana, mesquinha e/ou opressiva/repressiva, face ao todo universal; com uma posterior revolução de hábitos, de preceitos e de preconceitos, revolução por assim dizer pró liberdade democrática e universal, o que sem prejuízo dalguma positiva, vital ou universal elevação, também e não raro ou acima de tudo com muita mesquinhez e/ou inveja sociocultural pelo meio! O que aquém e além do meu efectivo ou potencial melhor e pior próprio(s), tendo eu também e/ou acima de tudo sido e ficado marcado pelo melhor e pelo pior envolvente(s), em qualquer caso enquanto não podendo eu confiar ou tendo deixado de poder confiar positiva e/ou coerentemente em mim mesmo e mas também ou acima de tudo em muito do que e de quem me rodeava; logo o que dalgum circunstancial/providencial modo me restou foi auto anular-me prática e activamente em e por mim mesmo, até enquanto tal tendo passando a auto assumir-me pelo efectivo ou potencial pior próprio e envolvente; mas também enquanto tal, auto assumindo-me respectivamente para com o efectivo ou potencial melhor próprio e envolvente! Cujo efectivo e concreto melhor que até ao presente resultou desta minha prática e activa inexistência própria e mas também da em grande medida incoerente e não raro mesmo negativa existência envolvente a mim, foi esta minha correspondentemente (pró) positiva (auto) resistência, de entre o efectivo e/ou potencial melhor e pior próprio(s) e envolvente(s)!