sexta-feira, julho 22, 2016

Como evitar/quebrar o ciclo de violência que gera violência!?

Antes de mais não me aprece a mim que a problemática da violência esteja na religião, na ideologia, na cultura, na civilização, etc., A, B ou C, estando sim e acima de tudo na natureza humana e/ou da própria vida, que depois certos contextos religiosos, ideológicos, culturais ou civilizacionais humanos favorecem mais ou menos a violência por parte da e/ou de entre a própria humanidade. De qualquer modo a auto designada racionalidade humana é que não pode fugir à responsabilidade de evitar o mais possível qualquer nível de violência ou então de em última e incontornável instância sofrer as consequências da violência que gera violência, especialmente de entre si mesma humanidade. Até porque por básico princípio primário, que a violência gera ou pelo menos pode gerar violência é um dado adquirido que à partida nem sequer tem grande discussão. Salvo quando isso não sucede de facto, cujo este último caso em especial tem muito o que se lhe diga, até porque por norma envolve valores humanos, vitais e universais que estão muito aquém e além do mero princípio primário de violência que gera violência, sem mais ou para além da mera e proporcional auto defesa face a qualquer ofensiva violenta!

Mas dado o facto de eu confessamente não ter suficiente cultura técnica ou intelectual para escrever acerca dum assunto tão vital ou fatal, como no caso concreto também acerca da violência, sem por exemplo utilizar a minha experiência e/ou perspectiva própria; sequência de que tenho quase invariavelmente de utilizar estas últimas (experiência e/ou perspectiva próprias) não por uma questão egocêntrica, até porque isso implica sempre uma responsabilidade acrescida, tanto mais se focando um tema como o da violência, mas sim porque não tenho muito mais nem melhor como pegar neste assunto, violência, que é como mínimo potencialmente transversal à vida modo geral e respectivamente à própria humanidade enquanto tal, enquanto por si só com esta última como autora e/ou vitima de violência, inclusive e especialmente de entre si mesma humanidade. Pelo que especialmente quando a violência não gera violência, acaba sendo uma espécie de excepcional fenómeno que até pelas suas múltiplas facetas eu não me sinto à altura de poder analisar e descrever racional, intelectual e/ou tecnicamente em toda a sua extensão e complexidade, salvo no que isso entre na minha seguinte (auto) reflexão/experiência própria de base (pró) transversalmente pessoal, humana, vital e universal e/ou ainda de como diria o mestre de artes marciais: _ "aprender a lutar para não ter de lutar"!.

A partir de que já na essência do que violentamente envolvente aqui me está a trazer e do que eu próprio penso e sinto ao respeito, digo que tanto mais se como algo que se está a tornar recorrente e que parece ter vindo para ficar, como o designado “terrorismo global” auto proclamado de “islâmico”, que a nível Europeu está a atingir particular e insistentemente a França. Logo e sem esquecer em absoluto todos os atentados terroristas anteriores de auto proclamada base “islâmica”, inclusive fora da Europa, incluindo dentro do próprio mundo islâmico e de entre si mesmo, além dalgum já posterior atentado terrorista como recentemente na Alemanha, sem tão pouco e muito menos esquecer a continua ameaça de atentados terrorista; mas em especial após mais um indiscriminado atentado como o de Nice muito em concreto que atingiu famílias inteiras, incluindo acima de tudo muitas crianças, no meu pessoal caso concreto confesso que o meu primeiro instinto foi o de imaginar a Europa livre de islâmicos, até porque nunca se sabe de onde ou de quem individual ou conjunturalmente pode vir um ataque terrorista no contexto actual, salvo enquanto terrorismo de base auto proclamada “islâmica”, logo esperando-se essencial e indefinidamente a partir dos islâmicos. Sequência de que imaginei ainda todo o mundo não islâmico a lutar contra o cancro do terrorismo auto proclamado “islâmico”, o que por si só e no limite levaria ou poderia levar a uma dita “guerra civilizacional” _ com todas as globais consequências dai decorrentes. Mas imediatamente após ou alternadamente não consegui evitar pensar também que nem de perto, nem de longe todos os islâmicos são terrorista ou apoiam o terrorismo dito “islâmico”, até porque há muitos islâmicos (xiitas) vitimas do auto proclamado terrorismo “islâmico” (sunita). Além que quantas vezes também nós ocidentais fizemos inocentes vitimas islâmicas ou outras, incluindo crianças, que depois designamos fria e distantemente como “vitimas colaterais” _ mesmo que com a ressalva de abjectos terroristas que se escudam de entre ou por detrás de vitimas inocentes. Em qualquer dos casos com o cíclico princípio primário de violência que gera violência sempre presente em efectivo ou em potencia e então sim já em nome desta ou daquela outra religião, ideologia, cultura, etnia, civilização, etc., face a outra, em que umas e outras se auto proclamem vitimas de ofensiva violência por parte da(s) outra(s), com respectivo direito a proporcional e/ou respectivamente ofensiva auto defesa. Violento ciclo este que é muito difícil de evitar ou de quebrar, após uma primeira ofensiva violenta por parte dum individuo ou grupo humano sobre outro, pelo menos sem que intervenham superiores factores humanos ou vitais externos às partes violentamente envolvidas e/ou então que uma das partes envolvida tenha a superior capacidade humana/vital de se defender sem ofender a parte originalmente ofensiva, evitando que uma aniquile a outra e/ou que se aniquilem de entre si; cuja no limite aniquilação duma ou de ambas as partes envolvidas em acto de violência é normalmente o que resulta do mero e primário ciclo de violência que gera violência, sem mais.  O que creio eu só se evita e/ou se quebra com racionalidade e inteligência humana, em salvaguarda da própria humanidade ou então sob suprema providencia Divina/Universal que pode ou não incluir a salvaguarda humana!

Sendo que o primeiro e grande combate à violência começa em cada qual face à sua própria natureza humana, no mínimo potencialmente violenta; cujo respectivo primeiro e grande combate ao terrorismo auto proclamado de “islâmico” deve começar e estar acima de tudo dentro do próprio islão.

Mas enfim é necessário ser-se um pouco ou mesmo muito mais culto do que eu para poder analisar e explanar a fundo todas as causas, os efeitos e consequências desta violência barbara auto-proclamada de “terrorismo islâmico” em concreto e respectivamente no que isso suscita em cada um de nós consoante a personalidade, a cultura geral, a ideologia, etc., etc., de cada qual e do respectivo colectivo que acabamos por formar, desde o nível familiar, passando pelos níveis comunitário, nacional, até ao nível global/universal que neste último caso inclui todos sem excepção, como por exemplos os próprios terroristas e suas vitimas, sejam uns e as outras quem quer que sejam, mas desde logo, em qualquer caso e ao menos por princípio são todo/as humano/as. A partir do que na minha modesta opinião uma coisa parece-me mais ou menos incontornável que é o facto desta indiscriminadamente bárbara violência dita de global “terrorismo islâmico”, começar a suscitar, desde logo e como mínimo reflexivos sentimentos auto defensivos em quem é efectivo ou alegado alvo do mesmo, o que no limite e dadas as circunstâncias pode chegar a uma equitativa autodefesa (pró) violenta, mesmo que em indivíduos (pró) pacíficos, tolerantes e racionais como confessamente eu mesmo. O que por exemplo ao nível Europeu, salvo naquilo em que ao menos em potência jamais deixamos de o ser, pode no limite também levar a tornar-mo-nos tão efectiva e equitativamente violentos quanto aqueles, violentos, de que pretendemos ou necessitemos defender-nos. O que enquanto tal tem como mínimo duas grandes versões muito distintas; uma é a de equitativa resposta auto defensiva face ao grau de ameaça concreto de que se é alvo, como a exemplo quando em Nice a polícia abateu legitimamente um violentamente bárbaro terrorista, para em última instância (auto) defender a Paz enquanto tal e/ou a “tolerância/liberdade” Europeia/Ocidental e local em particular; mas também inclui uma outra versão que é a de nos fecharmos ou podermos fechar-nos num fundamentalismo Europeu/Ocidental próprio, alegadamente inverso e mas equitativo aquele que necessitamos combater, no caso tornando-nos duplas vítimas do terrorismo fundamentalista, auto proclamado de “islâmico”. Seja ainda que na primeira versão como que utilizando excepcionalmente a violência para em última instância defender a Paz; já no segundo caso passando a utilizar a violência como norma, em alegado nome de combater a própria violência. Cujo uma das grandes diferenças de entre a primeira e a segunda das versões em causa é que a primeira gera uma proporcional violência de circunstancia em defesa da Paz como norma, em directa sequência de efectiva ofensa à própria Paz; enquanto a segunda versão gera violência como cíclica norma em nome de circunstancial combater a própria violência, de que em regra duas facções pessoais ou conjunturais humanas se auto acusam cíclica e ofensivamente de entre si.

Seja que a minha singela conclusão para algo que tem potencialidades discursivas significativamente extensas e complexas, por não dizer indefinidas, resume-se a que: por básica e primária norma, a violência gera (quase) sempre violência, mesmo que a violência gerada possa e deva ser mais auto defensiva e circunstancialmente proporcional à violência geradora, ainda que e/ou até porque a violência gerada, inclusive por primário princípio, também possa sempre ser ou tornar-se normativa e ciclicamente equivalente à violência geradora. Cujo caso de quem individual ou conjunturalmente se utiliza de circunstancial e proporcional violência auto defensiva face a quem é violento por ofensiva norma, mesmo que paradoxalmente fazendo o(s) primeiro(s) auto defensivo uso da violência para quebrar a própria violência ofensiva, respectivamente esses primeiros acabem também tendo sempre mais pacífica e/ou Vital razão do que os segundos; mas já se quem individual ou conjunturalmente sente necessidade de utilizar violência auto defensiva acabar caindo na vertiginosa tentação de se tornar tão ou mais ofensivamente violento que aqueles de quem se(nos) necessita(mos) defender, no mínimo o respectivo risco de todos se tornarem ou nos tornarmos equitativamente violentos de entre si/nós mesmos é inevitável, fazendo dessa equivalência uma normativa e caótica espiral de violência, que se auto sustenta de per si e/ou de entre as partes violentamente envolvidas. Pelo que eu pessoalmente defendo a Paz, sem natural prejuízo de sempre que, quando e se como possível concretizar a proporcional auto defesa relativa a qualquer correspondente grau de ofensiva violência. Tudo numa base em que creio que a Paz é uma transversalmente esmagadora necessidade humana; enquanto a violência está por norma subjacente a interesses humanos mais ou menos restritos e corporativos, ainda que com grande capacidade de violenta auto sustentação, até por se com base no mero e muito primário princípio de violência que gera violência _ ao menos até que a generalidade humana não atinja um grau/nível de Luz vital, desde logo uma Universal consciência própria e do outro, muito mais ampla e transversal do que o obtuso obscurantismo primário, designadamente de violência que gera violência, sem mais!

VB           

              

quinta-feira, julho 21, 2016

E viva a "multifacetada excelência"!!!

Talvez eu venha a escrever algo mais profundo a respeito deste senhor Dr.º Durão Barroso (DB), em sequência da minha perspectiva acerca do mesmo, isso sim tendo por base a sua própria carreira política e profissional, incluída a sua personalidade. Mas por agora e aqui para o Blogger vou-me limitar ao seguinte:
_ Primeiro e para mim não estão, nem estarão jamais em causa as competências técnicas do sr. Dr. DB, onde as mesmas existam de facto, que desde logo e no mínimo revelem-no como um poliglota. Ainda que competências técnicas não tenham necessariamente que coincidir com qualidade éticas, morais e/ou humanas modo geral, aquém e além dessas mesmas qualidades técnicas!
_ Segundo e nessa mesma base, mas dado o percurso prático do sr.º Dr.º DB, a meu ver este tem-se revelado acima de tudo e sucessivamente um vaidoso, a roçar a futilidade e em alguns aspectos até o ridículo. Desde logo ao auto submeter-se à unilateral, falaciosa e obsessiva decisão do sr.º Bush em associação a Blair e a Aznar para invadir o Iraque. De resto de onde em significativa medida creio que derivou o convite dos grandes lideres Europeus para que o mesmo fosse liderar a respectiva Comissão Europeia, coincidindo precisamente com a fase em que o designado e poderoso eixo Franco-Alemão e/ou Centro e Norte Europeu ganhou protagonismo dentro da dita Europa Unida, ainda que não raro e diria mesmo crescentemente pró Europa Desunida _ inclusive os resultados estão corrente e continuamente bem patentes, basta estar minimamente atentos. Além de que alguns dos Estados Europeus mais poderosos, como por exemplo a França que convidaram/elegeram o Dr.º DB para liderar a Comissão Europeia, sabem eles e suspeito eu o porquê, estão ironicamente agora a provar do próprio veneno, designadamente já não lhes agradando que pela mesma equivalente premissa que os levou a eleger DB para a Comissão Europeia, seja agora um Banco privado não necessariamente coincidente com os interesses Europeus a colocar DB aos seus próprios serviços _ do mal o menos que, "como sempre", o Dr.º DB na sua "reconhecida" e parece que crescentemente "multifacetada excelência" vai defender ao mesmo tempo os interesses Nacionais portugueses, Europeus unitários e Privados globais do próprio banco Goldman Sachs _ e viva a "competência" técnica, política, privada e nem sei o que mais dizer!!!!
_ Terceiro, até em directa sequência do imediatamente anterior, não só por toda a polémica envolvida, mas também por todos os indícios inerentes, mais uma vez, com o Dr.º DB a ser convidado, agora para o sector privado, concretamente para um dos maiores bancos globais: Goldman Sachs. E mas dadas as circunstancias inerente a todo o processo financeiro global, com respectiva grave crise económica-financeira global, tendo o próprio Goldman Sachs como um dos maiores e no caso responsavelmente perversos protagonistas; também mais uma vez diria e digo eu que o Dr.º DB está a ser convidado para servir interesses que, como sempre no seu caso, pouco ou absolutamente nada têm que ver com o interesse colectivo nacional, europeu e muito menos global. Isto porque precisamente uma ou mesmo a principal característica do Dr. DB é a meu ver uma vaidade tão fútil, mesquinha e a roçar o ridículo que em nome de sustentar esta última o sr. Dr.º DB submete-se a tudo o que sejam grandes interesses, ainda que grandes interesses corporativistas e elitistas mas não colectivistas e comuns, por si só Universalistas _ que não necessariamente comunistas, para que não haja confusões.
_ Quarto, pelo que se como portugueses pode haver alguma tentação de ficarmos colectivamente orgulhosos ou por si só vaidosos com estas nomeações do português Dr.º DB para altos cargos públicos ou privados internacionais, a meu pessoal ver há tantas ou mais razões de preocupação e só espero que mais tarde ou mais cedo não vir a ser motivo de destacada vergonha, não só para o próprio, como respectivamente para todos os que nacionalmente nos orgulhemos e/ou envaideçamos com as "Altas" nomeações internacionais do Dr.º DB!!!
_ Quinto e último, mas tudo isto sou eu que o digo/escrevo, enquanto eu nos antípodas técnicos, públicos, privados e/ou outros face ao nacional e internacionalmente destacado Dr. DB. Que talvez por isto e como é relativamente comum em Portugal, haja quem eventualmente me veja como invejoso face ao "sucesso" publico e privado do Dr.º DB, relativamente ao que só posso dizer que cada qual é livre de pensar e se acaso tal como também eu aqui faço, respectivamente também cada qual dizer ou escrever o que responsável e consequentemente assim lhe for dado fazer. Mas no caso e relativamente a inveja no que a mim pessoalmente respeita posso ainda adiantar que é mais certo eu ter, positiva(*), inveja do humilde trolha que até tem uma vida ética, substancial e genericamente condigna, do que ter inveja de personagens, acima de tudo vaidosas, como o Dr.º DB em concreto. Tudo sem natural prejuízo do/as verdadeira e morbidamente invejoso/as, como por exemplo o/as que só sabem falar do que o/a outro/a ganha material/monetariamente. O que a mim à partida não me interessa absolutamente nada. Pois que no que toca a ganhar monetária/materialmente, a mim importa-me sim onde, como e porque se ganha, não quanto se ganha, até porque levando esta perspectiva para o limite, por exemplo ...um só cêntimo de € auferido por um traficante, corrupto, etc., está absolutamente a mais; já um... milhão de € auferido por quem beneficia o bem comum, por si só o bem Universal nunca estará demais.
(*) ...no sentido do mesmo me servir de positiva referência e não de eu pretender ser igual ou melhor que o respectivo, muito menos ainda se desejando-lhe qualquer mal, que mesmo pelo contrário. De resto, até por mim mesmo e pelo respectivo bem colectivo, ao desejar o Bem do próximo, no sentido mais Vital e Universal do termo, desejo-o até a personagens com quem não simpatizo em absoluto, como é o caso do Dr.º Durão Barroso.
VB

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O seguinte é o texto por mim copiado de: 
 

Durão Barroso é o novo chairman da Goldman Sachs


O nome do ex-presidente da Comissão Europeia já terá sido aprovados pelos vários reguladores financeiros britânicos.
A Goldman Sachs International (GSI) anunciou hoje a nomeação de José Manuel Durão Barroso para seu presidente não executivo e consultor do banco de investimento.
“A sua perspectiva, capacidade de avaliação e aconselhamento irão acrescentar muito valor ao Conselho de Administração da Goldman Sachs International, à Goldman Sachs, aos seus accionistas e trabalhadores”, refere a instituição com sede em Nova Iorque, em comunicado.
Durão Barroso foi presidente da Comissão Europeia de 2004 a 2014 e primeiro-ministro de Portugal de 2002 a 2004.
Foi eleito pela primeira vez para o parlamento português em 1985, ocupando em sucessivos governos os cargos de secretário de Estado da Administração Interna, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, e ministro dos Negócios Estrangeiros.
Em 1999, foi eleito presidente do Partido Social Democrata e tornou-se líder da oposição.
Antes de iniciar a sua vida política, Durão Barroso assumiu várias posições académicas, entre as quais como professor convidado da Georgetown University.
Mais recentemente, sinaliza a nota, foi professor convidado de Política Económica Internacional na Universidade de Princeton.
É atualmente também professor convidado na Universidade Católica, em Lisboa, na Universidade de Genebra, e no Instituto de Altos Estudos Internacionais e do Desenvolvimento na mesma cidade.
José Manuel Durão Barroso foi reconhecido com vários graus honorários e recebeu mais de 60 condecorações, prémios e distinções, incluindo a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e o Grande Colar da Ordem do Infante Dom Henrique.

terça-feira, julho 12, 2016

Touradas II

O "heroísmo" dos toureiros _ matadores de touros em Espanha(*) _ decorre directamente do risco de vida a que se auto submetem perante o touro, desde logo "lidando", vulgo torturando e matando(**) este último, num acto espectacular designado de arte: tourada.
A partir de que como mínimo custa a acreditar que se designe de "assassino" o touro que durante a "lide" acabe por auto defensiva e instintivamente matar o matador (toureiro). Enfim coisas da irracionalidade _ dita de tradição _ humana!!!!
Em qualquer caso é sempre de lamentar uma morte humana, tanto mais se dum jovem, ainda que no caso concreto uma morte decorrente da própria actividade "heróica" de toureiro (matador de touros) cujo seu heroísmo e/ou por si só a sua dignidade enquanto toureiro deriva do inerente risco de vida perante o touro. A partir de que demonizar/criminalizar o touro e inclusive a mãe deste último é um absoluto absurdo da parte humana. Sequência de que a meu ver, tanto ou de todo mais que simplesmente lamentar a morte do toureiro é sim de honrar quer a vida e morte do toureiro quer do próprio touro _ só assim fazendo sentido algum heroísmo e/ou dignidade humana inerente à actividade tauromáquica em causa.

Ah! E depois de entre as muitas e hipócritas incongruências humanas subjacentes a este factor tauromáquico, inclui desde logo a retórica do "touro bravo e quanto mais bravo melhor!", mas depois e em efectivo quando o touro leva a sua bravura ao limite mata-se até a mãe deste último para acabar com a "brava linhagem", que passa a ser considerada "assassina" _ dalgum resumido modo, como li num determinado comentário a este respeito: "proclamam-se touros bravos, mas na realidade exigem-se tourinhos!!!"
(*)...fatal risco de vida que em Portugal e na tourada à Portuguesa praticamente não se coloca, até porque em Portugal quem corre mais riscos directos são os forcados, que por norma implicam umas meras contusões, entorses, ..., no limite e mais raramente algum osso partido. Até porque em Portugal toureia-se e pega-se touros com os cornos cortados e/ou embolados, enquanto em Espanha se "lidam" e matam touros com os cornos em pontas ou como Deus lhos deu!

(**) Atenção que na acepção aqui em causa não se está, desde logo eu não estou a falar de se matar um animal (bovino/touro) por necessidade de subsistência fisiológica/humana, como de resto é relativamente comum de entre espécies na natureza animal e na respectiva cadeia alimentar natural modo geral. Esta-se e desde logo estou eu a falar sim da tortura e morte dum animal (ser vivente) como forma de espectáculo/diversão sanguinário/a: tourada _ com frequentemente mero pseudo-heroísmo humano!

VB

ptjornal.com/tradicao-matar-mae-do-touro-matou-toureiro-nova-polemica-91969


O toureiro Víctor Barrio, de 29 anos, morreu na noite de sábado na praça de touros de Teruel, leste de Espanha, na sequência de uma colhida pelo terceiro touro da corrida, disseram fontes municipais.

Barrio recebeu cuidados imediatos, mas não resistiu aos ferimentos, acrescentaram as mesmas fontes, que anunciaram a suspensão das festas taurinas.
Nascido a 29 de maio de 1987, Barrio recebeu a alternativa na praça de touros de Las Ventas de Madrid, a 08 de abril de 2012, tendo conquistado várias distinções como melhor toureiro em Bilbau e Santander, e os prémios Alfarero de Oro, Frascuelo de Plata, Espiga de Oro, Mesonero Mayor de Castilla e Chimenea de Oro.
Barrio chegou tarde às lides, depois de trabalhar num campo de golfe, ocupação que conciliava com os estudos.
A decisão foi tomada aos 20 anos. "Sempre senti grande admiração pelos toureiros e pela festa, mas tinha vergonha de dizer que queria ser toureiro e um herói como eles", disse, de acordo com a agência espanhola de notícias.
A morte de Víctor Barrio é a primeira deste século em Espanha, indicou a agência noticiosa EFE.
As mortes dos toureiros Francisco Rivera "Paquirri" (Pozoblanco, Córdoba, 1984) e José Cubero "Yiyo" (Colmenar Viejo, Madrid, 1985), assim como as dos bandarilheiros 'Manolo Montoliú' e Ramón Soto Vargas (ambas em 1992) foram as últimas nas arenas espanholas.

Diário Digital com Lusa