domingo, janeiro 27, 2019

Vergonha humana...

Não sustentei qualquer minha curiosidade macabra via espectáculo mediático, nem sustentei shares de audiência televisivas com base na trágica, dramática, horrível, por si só indescritível morte do pequeno Julen em Espanha. Pois a mim bastou-me saber num primeiro momento que uma criança havia caído num profundo furo (poço) de prospecção de água ou do que mais ou menos fosse, com dezenas de metros de profundidade, segundo consta com este último indiscriminadamente "abandonado" a céu aberto; a partir de que também me bastou saber que a criança terá sido escutada a chorar após a queda, o que a confirmar-se adensa por si só e indescritivelmente em muito o horrível drama inerente, sequer possível de imaginar em toda a sua extensão, desde logo e acima de tudo enquanto vivido pela própria criança; neste último caso como sua derradeira experiência de vida, já confirmada como tal. 

Sendo que agora tão pouco devesse estar eu próprio a escrever tudo isto ao respeito, mas dado que não raro a minha própria humanidade me envergonha, talvez a melhor catarse seja, como no caso, falar/escrever um mínimo a respeito e em sequência do motivo de vergonha.


  VB  

quinta-feira, janeiro 17, 2019

Questão de princípios, de meios e de objectivos...

Natural e, digo eu, felizmente nem todas as pessoas podem simpatizar connosco, desde logo gostar de nós num sentido pessoal e humanamente amplo, bem entendido.

Sequência de no que a mim se refere há uma pessoa, significativamente mais velha que eu, que conhecendo-me desde sempre, jamais demonstrou ter uma ideia muito positiva de mim, se acaso bem mesmo pelo contrário. Que de entre motivos mais objectivos ou mais subjectivos a mesma lá terá as suas razões, mas seguramente não por eu alguma vez a ter prejudicado, que mais uma vez e se acaso bem mesmo pelo contrário. Sendo que eu não consegui (ainda) e quiçá nem me interesse (de todo) entender se a mesma antipatiza comigo por motivos mais objectivos ou mais subjectivos. Mas desde logo por um qualquer seu inato ou cultural preconceito com relação a mim seguramente que sempre foi e é. No caso sendo uma daquelas pessoas que ao estilo da história do rapaz, do velho e do burro: em que designadamente, salvo eu esteja a servir dalgum directo ou indirecto modo os seus próprios interesses ou em consonância com as suas ideias, de resto faça ou deixe eu de fazer o que quer que seja na minha própria vida, que para essa pessoa estou ou estarei sempre mal, na melhor das hipóteses olhando-me como uma espécie de positivamente incapaz ao estilo: cotadito, é o victor _ repare-se que escrevo o meu nome com letra inicial minúscula, porque estou a citar o que sei dita pessoa negativa ou pelo menos de forma positivamente redutora pensa a meu respeito!

Sendo que essa pessoa por si só e respectivamente na sua negativa ou pelo menos positivamente inócua perspectiva a meu respeito, pouco ou nada evoluiu em décadas. Cujo um mais recente e concreto exemplo, das atitudes depreciativas ou positivamente redutoras, quando não mesmo provocadoras/ofensivas dessa pessoa com relação a mim está no facto de na passada temporada (2017/2018) de apanha de azeitona, dita pessoa em determinado momento, ao passar circunstancialmente por onde eu andava a apanhar azeitona, como (quase) sempre, não resistindo a positivamente desfazer com relação a mim, sendo que nem recordo se me cumprimentou, para de imediato, num misto de troça e de sarcasmo, passar a um monólogo do tipo: _ "olha o victor a apanhar azeitonas! Isso de apanhar azeitonas é alguma coisa? Eh! Isso não é nada, isso não dá nada!". Da minha parte que, salvo motivo de força maior, de resto e por um lado, até para não ter de me chatear a sério com a mesma, auto mentalizei-me desde há muito a relevar o que dita pessoa me diz e/ou diz a meu respeito. Sequência a que se associou o facto de no momento a que aqui aludo, para além de eu andar a apanhar azeitonas também estar mergulhado em pensamentos e preocupações muito mais profundo/as e complexo/as do que as imediatamente releváveis palavras de momentânea circunstancia dessa pessoa para comigo, mesmo que essas releváveis palavras de momentânea circunstância por si sós ou associadas a outros diversos factores, cumulativamente ao longo do tempo também contribuam para os meus mais profundos e complexos pensamentos e/ou preocupações; de entre o que até por isso e mas também por alguma minha congénita natureza própria, leve a eu não seja propriamente portador do espontânea dom da palavra, desde logo para dar imediata resposta pronta, com devida e contextualizada adequação às mais imediatas e relevantes ou releváveis circunstancia de cada momento presente; de qualquer modo, o facto é que, tudo isso aplicado aqui ao caso concreto aqui relatado, levou a ao menos aparentemente eu ter ignorado a provocativa/ofensiva observação em tom trocista e sarcástico da outra pessoas para comigo, ainda que também com provocativa/sarcástica subtileza da minha parte para com essa mesma citada pessoa, ignorei tudo o que a mesma disse, salvo tendo considerado a sua presença ali, para com o que me limitei a corresponder-lhe com tão sincero quanto também meramente seco: bom dia! O que, por um lado e no momento até levou a pessoa a mudar significativamente o tom e o discurso, tendo então ainda referido algo alusivo à apanha da azeitona já em tom mais grave e razoável, mas também insignificante, a ponto de eu não ter fixado em objectivo o que foi e logo após seguiu o seu caminho. O que no entanto e por seu turno, neste último caso, me leva, como tal, a crer que a pessoa em causa me interpreta ainda mais como, no mínimo, um coitadinho ou no máximo como um saco de levar porrada _ verbal, bem entendido! Ainda que, por assim dizer, as minhas secas e/ou razoáveis reacções à mesma, eventualmente e como mínimo a ponham a pensar, a ponto de imediatamente após essa dita pessoa até leve uns tempos com entoações e/ou observações mais comedidas com relação a mim e/ou acerca do que eu faço ou deixo de fazer _ pelo menos até que não passe algum tempo e tudo volte ao seu "normal" para comigo. Seja que o facto é que a (quase) exclusiva norma da pessoa em causa para comigo e de mim para com a mesma é basicamente a aplicada ao caso acabado de descrever.

Mas já agora, tudo o anterior, adicionado da paradoxal curiosidade da pessoa em causa, na corrente temporada de azeitona (2018/2019) se ter atirado a apanhar azeitona como se não houvesse amanhã _ parecendo que de repente: "... apanhar azeitona passou a ser algo e/ou dar alguma coisa(!)". O que inclusive me leva a reconfirmar uma relativa norma dessa mesma pessoa, não só e nem sequer mais gravemente com relação a mim, mas também com relação a outras pessoas, inclusive em algum caso comigo como testemunha directa, tender dita pessoa a projectar os seus próprios defeitos no próximo, designadamente ao estilo de não dizer o que pensa, mas sim de dizer o que lhe vem à cabeça sem pensar, coincidindo isso mais das vezes com acusar ofensivamente o próximo de defeitos que não raro são a norma da própria pessoa acusadora _ o que em alguma que outra já múltipla circunstancia tem chegado a levar a, digo eu, sempre lamentáveis vias de facto, ao nível de confrontada acção física, por parte doutrens face à e sobre a pessoa aqui em causa. E atenção que estou a referir-me a alguém que ao micro nível comunitário local tem o seu relativo e referencial peso, que não sendo um peso tão importante quanto a própria pessoa se auto julga a si mesma, no entanto tão pouco é tão insignificante quanto, ao menos, a consequente importância que eu lhe dou ou melhor que relevavelmente deixo de lhe dar, em qualquer dos casos a exemplo do que e como aqui escrevo ao respeito.

Sendo que eu utilizo o exemplo da pessoa aqui em causa relativamente a mim, como significativo paradigma dos meus princípios socioculturais e existenciais gerais; enquanto sendo a pessoa em causa mais velha que eu, ao nível de poder etariamete ser elemento meu progenitor, como tal referencial parte das minhas origens desde sempre; que tanto mais originalmente assim quanto a pessoa em causa não evolui muito na sua forma de ser e de pensar _ desde logo de fazer julgamentos de valor acerca do próximo, mais das vezes como projecção de si mesma _ aqui para o caso e por si só  com relação a mim, também acabe por na actualidade continuar a ser um paradigmático retrato individual duma mais generalizada forma em que eu era visto ou perspectivado ao comunitário nível local, além de sócio-cultural e existencialmente dum modo geral.

Como seja que à altura das minhas mais remotas origens, inclusive como algo de que se foi evoluindo muito lentamente, desde logo bastava ser-se criança e pior se criança pobre, como eu, para se ser perspectivado pela negativa ou pelo menos como alguém que não tem(tinha) querer, pensar, sentir, necessitar, no fundo existir próprio, salvo o que uma multiplicidade de hierárquicos estatutos superiores, como designadamente pais sobre filhos, mais velhos sobre mais novos, mais ricos sobre mais pobres, etc., etc., decidissem/definissem unilateral/superiormente serem as necessidades e no limite a identidade dum infantil-juvenil, desde logo aquém e além da mais básica e imediatamente incontornável necessidade de primária subsistência orgânica. Daí que o que mais importava até era a/o menina/o ser gordinha/o, pois que de resto e norma geral de criança (infantil/juvenil) _ vulgo moços _ não se esperava nada de bom! Sendo que isso depois era mais ou menos consequente ou inconsequente, positivo ou negativo, no fundo marcante ou irrelevante, etc., para cada qual, segundo a respectiva personalidade, a vivência familiar, comunitária, social, etc., de cada qual. Cujo no meu caso marcou-me tanto quanto o presente (ainda) reflecte por si só. O que em abono da verdade, no meu caso também haviam uns elogios que eu por vezes recebia, como por exemplo o elogio ser algo físico-externamente engraçadinho e/ou de ter um feitio sossegado! Ainda que depois os à partida elogiosos adjectivos de engraçadinho e de sossegadinho fossem uma espécie de pau de dois bicos, na medida em que por exemplo o engraçadinho era, como mínimo, potencial fonte de invejas e o sossegado também aproveitado para mais negativa ou depreciativamente se me taxar de banana ou de sonsinho. Em qualquer caso com o engraçadinho a não depender de todo de mim, mas sim da minha congénita natureza; enquanto o sossegado se em parte também dependia da minha congénita natureza tímido-introversiva, por outro lado tinha uma forte componente vivencial, em parte de respeito e em parte medo face aos meus próprios pais, que designadamente me diziam recorrentemente não querer ouvir queixas de quem quer que fosse relativamente a eu ter feito algo de mal _ fosse e significasse isso o que quer que fosse ou significasse, a mim levou-me essencialmente a auto anular-me prática, interactiva e funcionalmente perante o próximo e a própria vida, por receio de dar razões de queixa a quem quer que fosse e com isso desde logo desonrar os meus pais e se acaso levando os mesmos a castigarem-me física, verbal, em qualquer caso publicamente, como algo vergonhoso por si só e para mim em concreto. Sendo que de entre tudo isto havia ainda um factor, para mim era terrifico, que era um elemento estatutariamente inferior nas múltiplas hierarquias vigentes, como a hierarquia etária, a hierarquia social, a hierarquia institucional, etc., etc., em qualquer dos casos, perante sucesso desastrado ou mesmo negativo, cuja a autoria/responsabilidade não fosse directa e imediatamente constatável, desde que com elemento hierarquicamente inferior presente ou nas proximidades, a este último seria quase invariável e indiscutivelmente atribuída a culpa e/ou a responsabilidade, havendo até um dito, tão só ao nível da hierarquia etária que era: "onde há moços (infantil/juvenis) não se culpam homens (adultos)!". E assim sucessivamente ao longo das diversas múltiplas hierarquias vigentes(*), inclusive e se acaso com inversas nuances face ao anterior, pelo menos de entre indivíduos de estatutos diversos entre si, como por exemplo um infantil-juvenil de estatuto etário inferior face a um adulto, no entanto se o adulto em causa fosse de estatuto social inferior, aqui já não na hierarquia entre indivíduos, mas sim na hierarquia entre próprios estatutos, salvo excepcional motivo, por norma prevalecia a superioridade do estatuto social sobre o estatuto etário. Pelo que falando por mim, com extensão a um indefinida série doutros exemplos equivalentes, que enquanto infantis-juvenis, pior ainda se do género feminino, enquanto tal de origem pobre/humilde/obediente, na base de todas as hierarquias bases sociais instituídas ao nível das minhas origens, equivalia a ser-se basicamente nada e ninguém, aquém e além do que uma série de estatutos superiores nos quisessem ou lhes conviesse atribuir-nos. De entre o que depois entravam os, por si só, mais das vezes pseudo benévolos, maternalismos/paternalismo, não necessariamente familiares ou só familiares, mas também sociais em geral, a falar em nome do bem de cada qual... enfim, para já é melhor não me alongar muito mais ao respeito, porque a temática tem muito (mais) o que se lhe diga e eu necessito avançar para com o presente contexto que não se quer demasiado logo/fastidioso.

No fundo, com base em tudo o anterior e em algo multiplamente mais que lhe esteja ou não directamente inerente, o facto é que de entre mim e o exterior, no fundo e desde logo de entre mim e os meus princípios socioculturais e vivenciais originais, algum dia, logo a partir da minha idade infantil-juvenil, com irreversível agudização na adolescência e cristalização na idade adulta, acabei mesmo por me render à perspectiva externa a meu respeito, o que como tal e global regra geral coincidiu com, no limite, auto assumir-me a mim mesmo pela negativa ou como positivamente inócuo. Cujo para desde logo e por si só manter a coerência face a ter-me auto assumido pela negativa ou como positivamente inócuo, segundo os meus próprios princípios, em certa e substantiva medida, nem os elogiosos adjectivos de engraçadinho ou sossegadinho, me serviram positiva ou valorativamente de mim para mim mesmo, pois que como tal passei a também desvalorizar ou mesmo a, no limite, auto renegar de mim para mim mesmo qualquer elogiosa observação externa de engraçadinho por partes doutrens com relação a mim, mesmo que e/ou até quando essa elogiosa observação vinha da parte do género feminino que eu adoro, pois que dalgum modo passei a no limite auto abominar-me tanto mais a mim mesmo quanto mais alguém olhasse elogiosamente para mim como engraçadinho, com base na mera e primária vertente física/exterior, que de resto é muito relativa por si só e assim, em grande medida eu jamais a auto aceitei como tal e sem mais; enquanto no relativo à também e à partida elogiosa observação externa para comigo baseada na adjectivação de sossegadinho, era por um lado o próprio exterior a anular esta enquanto associando-lhe os depreciativos adjectivos de banana e/ou sonsinho, além de que regra geral eu mesmo sempre senti esta última como um elogio ao que eu não era e não fazia ou deixava de ser e de fazer por mim mesmo, inclusive por no limite ser opressiva/repressivamente abafado pelos hierárquicos estatutos superiores e por outro lado como diz o ditado "não podes com eles, junta a eles" eu mesmo a partir de determinado momento me ter passado a auto anular prática, interactiva e funcionalmente a mim mesmo, como tal a ter-me auto assumido como positiva ou absolutamente nada e ninguém por mim próprio. Face ao que qualquer elogiosa exaltação exterior, designadamente taxando-me como melhor das hipóteses de sossegadinho face à por minha (tímido-introversiva) natureza própria, mas também à (opressivo/repressiva) cultura social, a que final e circunstancialmente se adicionou o (humilde/obediente) facto de eu mesmo me ter rendido a tudo isso, em qualquer dos casos tendo por base o que no fundo são os meus princípios originais, também acabou sendo motivo para eu auto desvalorizar ditas elogiosas exaltações externas face a mim, restando então apenas e tão só ser mesmo e como melhor das hipóteses nada e ninguém.

Ainda que, então sim e também, da minha natural e pró positiva parte, não conformado com tudo o anterior, por assim dizer entrei em conflituoso processo de auto-gestão interna, de entre não me sentir nem me constatar positiva/substancialmente algo e alguém, procurando no entanto ser precisa e pró positiva/substancialmente algo e alguém, no fundo ser eu mesmo pelo meu pessoal, humano, vital e universal melhor. Ainda que e/ou até porque ao ter eu nascido e crescido materialmente pobre, sem tão pouco respectiva vocação natural ou pelo menos vivencial sócio-cultural e familiar própria para adquirir e gerir respectiva riqueza material; pior se de forma para mim muito circunstancial e profundamente marcante, não tendo eu jamais conseguido integrar-me devida e a espaços ou em certos aspectos sequer absolutamente no meio escolar com resumida conclusão num meu redundante fracasso interpessoal social e curricular; com tudo o anterior extensível à minha vivencial existência, modo geral; por irónico/paradoxal que seja ou pelo menos apreça, o facto é que basicamente o mais, melhor, quando não único com que pude passar a contar foi comigo mesmo, ainda que e/ou até por como já referido atrás em conflituosa auto-gestão pessoal e existencial própria. Que entretanto e justiça seja feita, tudo também com devido e acrescido destaque para o continuo e em certa media incondicional/impagável apoio dos meus pais, inclusive ao logo da minha idade adulta, como tal muito para além do que seria absoluta/correntemente suposto esperar ou sequer desejar; sem ainda esquecer toda uma multiplicidade de positivas referências de vida humana e extra humana, em qualquer dos casos exteriores a mim, designadamente a começar logo na própria e genérica energia vital, desde os vegetais aos mamíferos, que duma ou doutra imediata ou remota forma e segundo a sua própria essência e/ou a minha positiva interpretação dessa sua própria essência, sempre foram e são referências que jamais me faltaram pró influente potenciação ou concretização do meu pessoal, humano, vital ou universal melhor próprio. Cujo o intermédio resultado é (também) este que e como agora aqui se pode constatar via escrita, no presente caso concreto directamente inspirado por uma minha personalidade derivada das minhas mais remotas origens e a sua cronicamente pouco ou nada positivo-abonatória perspectiva a meu respeito, que por diversos motivos próprios e envolventes me habituei a impotentemente assumir como tal, mas não a positivamente conformar-me com a mesma enquanto tal, de que resulta o grande objectivo de procurar ser eu mesmo o mais plena e naturalmente possível, pelo meu pessoal, humano, vital e universal melhor próprio _ seja isso o que quer que seja ou signifique, passando desde logo pelo presente.

VB

(*)... com ressalva para o facto de que não tenho absolutamente nada contra estatutos hierárquicos desde que naturais e positivos, a começar logo por pais sobre filhos ou mais velhos sobre mais novos, desde que o exercício prático subjacente seja de positivo respeito do estatuto superior por si mesmo e face ao estatuto inferior, levando este último a respeitar-se positivamente a si mesmo, ao seu superior, ao próximo e à própria vida modo geral. Como seja o (quase) literal inverso do que por generalizada norma se passava ao nível dos meus princípios existências e que em alguns casos se contínua a passar, com não raro os hierárquicos estatutos superiores a imporem-se de todo mais pela razão da força do que pela força da razão, desde logo pró incondicional obediência dos hierárquicos estatutos inferiores, em ciclo vicioso, do que pró positivo respeito mutuo e para com a própria vida, em ciclo virtuoso! VB

terça-feira, janeiro 01, 2019

Com resposta expectável!...

Vídeo feito na noite de ontem (31/12/2018 para 01/01/2019), como prova de, segundo os meus pais, após um dia inteiro com sinal de Televisão Digital Terrestre (TDT) activo, deu-se a curiosa coincidência, potencialmente estratégica, de entre quinze a vinte minutos prévios à meia-noite (auge das festividades de passagem de ano) mesmo dito sinal de TDT ter falhado primeiro intermitentemente e depois em definitivo _ isto também ainda dentro da abrangente fase do subsídio de Natal!

Ainda que ao invés do que confessamente chegou a acontecer em tempos idos, de momento isso a mim (já) não me afecta grandemente, porque salvo algumas excepções, a mais corrente exemplo dos noticiários diários, com adição dalguma especifica série nocturna e/ou dalgum não menos nocturno programa de fim-de-semana, que ainda assim e em qualquer dos casos nem sempre acompanho, de resto e norma geral vejo muito pouca e até cada vez menos televisão, no entanto e ao menos em nome de quem, a exemplo dos meus pais, tem na televisão um foco muito importante, refiro:

Sob responsabilidade política da democrática lei parlamentar subjacente; com não menos subsequente responsabilidade operacional da Altice, que mera curiosidade é, salvo erro, sócia maioritária (proprietária) da MEO Televisão, como tal com inerente conflito de interesses, ao menos, por pressuposto princípio em favor da MEO televisão; em todo o caso com intermédia e ao menos supostamente independente supervisão da ANACOM; cujo na global e conjuntural sequência atrás, passo então a perguntar: porque será que, mais que no resto do ano, em concreto no Inverno (altura do subsídio de Natal) e no Verão (altura do subsídio de férias) o "universal" sinal televisivo de TDT, ao menos aqui na minha região rural Sul, falha de entre quatro e cinco semanas consecutivas, literalmente durante dias inteiros, intermitentemente durante um só dia e/ou ainda literal ou intermitentemente de entre dias?!

Com o anterior tão só alusivo ao serviço de TDT, porque entre uma multiplicidade doutros diversos exemplos do que funciona publico-privadamente mal no próprio País, para o caso acresce o próprio serviço eléctrico (EDP) que também aqui na minha região é outra M...., desde globalmente sempre, com uns ditos "picos energéticos" _ vulgo cortes de corrente eléctrica de milésimos de segundo _ a ocorrem de forma aleatória ao longo dum só dia, de entre dias e/ou ainda dias e semanas consecutivas mais ou menos à mesma hora. Sendo que não podia esquecer este último exemplo, porque por si só enquanto escrevia o presente ocorreu um desses "picos energéticos" que tal como qualquer outro utensílio eléctrico ligado cá em casa, me mandou também o computador e respectivamente a ligação à Net abaixo.

Ah! E muito importante, ao invés do que genericamente se diz o serviço de TDT não é grátis, já que à factura de electricidade acrescem acima de três(3) €uros de taxa audiovisual, o que no mínimo imagino reverta também em favor do serviço de TDT _ com a curiosidade de até por e mas também ao invés de tudo o descrito atrás, nem a factura da electricidade, nem a correspondente taxa de audiovisual alguma vez terem falhado para com o cliente-utente.

E, assim, que viva a "democracia", mais as suas "honestas" instituições públicas, privadas e/ou intermediamente "independentes"! Depois admirem-se ou admire-mo-nos da ascensão de radicais "populismos" _ com ressalva de que seja pública, privada e/ou "independentemente" isso que em efectivo se quer!?

VB

quarta-feira, dezembro 26, 2018

Intragáveis, louváveis, em todo o caso democraticamente aceitáveis!...

Numa minha perspectiva própria, de todo mais pessoal e humana do que político-partidária, que neste último caso auto renego identificar-me com um qualquer só partido ou sequer ideologia que seja na medida em que me auto-considero pessoal, humana, vital e universalmente muito mais multifacetado e complexo do que meramente unilateralista, corporativista ou para o caso partidarista. Se assim posso dizer, sou acima de tudo partidário de Deus e/ou da própria Vida, que como tal e em qualquer dos casos tem de todo mais que ver com multifacetado/plural integralismo do que com unilateral/corporativo partidarismo. Sequência em que como tal agradeço o regime democrático, porque sabendo eu à parida e à chegada que ser humano, partido e/ou ideologia político/a alguma/a é perfeito por si só e com relação à própria multifacetada humanidade, menos ainda se com relação à universalidade da Vida enquanto tal, também e especialmente quem como eu não é mera e unilateral/corporativamente partidarista, inclusive segundo as circunstancias de cada momento político, económico, social e até existencial, acabe por ser uma verdadeira bênção poder escolher democraticamente entre esta ou aquela outra facção político-partidária e/ou até nenhuma das mesmas. Mas precisamente a partir e/ou de entre o que sem esquecer uma conclusiva noção da política partidária nacional modo geral, ainda que para o caso tomando desde logo por referência lideres político-partidários portugueses que exerceram cargos governativos de topo Nacional, no contexto democrático das últimas décadas, ao menos desde que eu mesmo tenho consciência política própria e que como tal, para o caso e no limite, não consigo pessoalmente tragar ditas personalidades políticas, ainda que democraticamente as deva aceitar, a concretos exemplos de:

_ Prof.º Aníbal Cavaco Silva, a divindade, ser absolutamente perfeito e/ou imaculadamente impoluto, que por si só "nunca se engana e raramente tem dúvidas" ou vice-versa, que tem muitas memórias dos defeitos alheios, mas não de defeitos próprios. Como tal potencial ditador ou ser humano que, segundo indicia a sua auto memorialmente impoluta perspectiva própria, não o é..., quando eu pessoalmente gosto de seres humanos que o são, com virtudes e defeitos, predispostos a cultivar as virtudes e mas também, se acaso, assumir e corrigir os defeitos. Aliás para quem "nunca se engana e raramente tem dúvidas", quiçá até por isso, de entre outros desvarios, apostou (quase) cegamente na Banca, levando como mínimo muitos dos seus maioritários partidários da altura a apostar na Banca, que logo após ruiu como um castelo de cartas, com as consequências que bem se conhecem para o País e para os seus clientes, inclusive com o BPN como um dos primeiros a ruir e de forma tão ou mais escandalosa que qualquer outro, enquanto sendo gerido em boa parte por elementos saídos PSD e/ou directamente do dos governos Nacionais do Prof.º Aníbal Cavaco Silva. Tudo sem absoluto prejuízo dos méritos deste último, como por exemplo ser resoluto na tomada de decisões, ainda que isso funcionasse para o melhor/bem e para o pior/mal, ainda que o Prof.º Cavaco pareça não ter em absoluto memória do pior/mal, até pelo contrário, sendo por isso intragável para mim.

_ Dr.º Durão Barroso, poço de vaidade, não raro a roçar o ridículo, a meu ver um óbvio "subserviente" dos poderosos da Europa e do mundo Ocidental modo geral. Primeiro-ministro dum governo da Nação e Presidente da Comissão Europeia, apesar de e/ou até por tudo, sem relevante história. Aliás estou em profundo crer pessoal que o mesmo foi eleito Presidente da Comissão Europeia, precisamente pela sua vertente de, a meu reiterado ver, óbvio "subserviente" dos poderosos da Europa e do mundo Ocidental que estavam ou estejam mais na crista da onda; revelado-se em primeira instância e respectiva grande medida, como tal, enquanto Primeiro-ministro nacional, especialmente na sua "babosa" postura perante o Sr.º Bush, o Sr.º Blair e o Sr.ºAznar, na Cimeira das Lajes, mesmo que à altura com a oposição das poderosas Alemanha, da França, etc., etc., em qualquer dos casos relativamente à segunda evasão do Iraque, baseada numa pura falácia, de cuja invasiva concretização a Cimeira das Lajes foi prática precursora com o à altura todo poderoso Sr.º Bush como protagonista central e de topo mundial.

_ Eng.º José Sócrates, personagem de discurso intragavelmente sacerdotal e/ou automatamente monocórdico, insistentemente a fazer "M...." e a assumir isso como uma virtude. Designadamente a contrair continua a crescentemente divida para o Estado nacional face aos "mercados financeiros" nacionais e internacionais, com estes últimos por si sós e em grande medida como predadores natos, como se isso fosse algo absolutamente natural, positivo e/ou incontornável, sem mais. De resto com o argumento de que "a divida não se evita, mas sim gere-se", o que contendo o seu circunstancial e pontual "Q" de verdade, está no entanto longe de ser uma verdade absoluta em si mesma. No despropositado caso do Eng.º Sócrates foi mesmo até levar o País à beira da banca rota. Sendo que quanto à sua vertente de alegado delinquente de "colarinho branco", deixo que seja a própria instituição judicial-criminal a falar por si só.

_  Dr.º Paulo Portas, ser fundamentalmente contraditório que aquém e além de feitos e defeitos é, a meu ver e sentir, acima de tudo uma espécie de fala barato e troca-tintas, provavelmente um excelente vendedor de "banha da cobra", um mercantilista "vendedor de feira" _ sem prejuízo para estes últimos enquanto tais. Mas em qualquer caso um muito pouco fiável ou mesmo falso líder, vulgo, executor político-governativo. Que segundo consta tão pouco terá ficado a dever à desonestidade _ ainda que sem confirmação jurídica, ao respeito fiquem-mo-nos então pelo "diz que disse".

_ Dr.º Passos Coelho para mim está algures entre o intragável que mente entre o pré e o pós-eleições, além de que pós eleito e pró-ditatorialmente assume a sua própria visão como a única possível, para cuja justificação das suas piores políticas, desde logo literalmente inversas ás suas promessas eleitorais, teve a semi-argumentativa e efectiva justificação da pré-banca rota deixada por Sócrates, algo que o mesmo já sabia antes de ser eleito, de resto fez campanha nessa base; ainda que por outro lado também tenha tido por exemplo a coragem de deixar cair o BES e com isso o próprio Dr.º Salgado _ vulgo "dono disto tudo". O que neste último caso não creio houvessem muitos lideres, designadamente de esquerda dita socialista, que tivessem tal coragem, até porque a meu ver, o caso da esquerda em concreto e dum modo geral peca pelo paradoxo de por um lado na sua vertente mais radicar ser visceralmente contra os poderes económico-financeiros privados, enquanto por outro lado a esquerda socialista mais moderada costumar ser demasiado reverente ou mesmo subserviente a mesmos poderes económico-financeiros privados, parecendo não haver um razoável e justo meio termo à esquerda, na circunstancia face ao peso do sector económico-financeiro na política e na sociedade. Por isso o Dr.º Passos Coelho fica, para mim, algures num limbo entre intragável e louvável, mas em qualquer caso democraticamente aceitável _ com a ainda ressalva de que confessa e leigamente eu não saiba, por mim mesmo e para já, até que ponto a queda do BES e do Sr.º Salgado foi melhor ou pior para o País, para a banca nacional e/ou para diversas pessoas, clientes, essencialmente emigrantes que lá (BES) "investiram" e com a respectiva queda do banco perderam tudo!.

_ Por fim, talvez eu não devesse incluir aqui o Dr.º Santana Lopes, individuo que tem de estar sempre na crista da onda, designadamente presidente dalgum tipo de agremiação político-partidária, associativo-cultural, desportiva, beneficente, etc., etc., no limite e em última contemporânea instância presidente dum partido político fundado por si e não sei até que ponto para si próprio!? Mas cujo, no caso, não tendo deixado já de o incluir aqui, no entanto e quiçá um tanto ao paradoxal invés de intragável, faço-o mais para salvo eventual futuro motivo em sentido contrário, ao menos de momento com relação ao próprio, versos a tristeza que são duma ou doutra forma todos os demais citados, resumiria então com um múltiplo 😊😃😄😆😅

A partir de que claro que houveram e continuam a haver outros diversos lideres político-partidários que recentemente exerceram e/ou correntemente ainda exercem cargos governativos ou políticos de topo Nacional, respectivos a exemplos do Dr.º Jorge Sampaio, do General Ramalho Eanes, etc., incluindo de momento os próprios actuais Presidente da Republica Prof.º Marcelo e Primeiro-ministro Dr.º António Costa, que no balanço de entre naturais virtudes e defeitos, tanto mais se no caso destes últimos ainda em vigência governativa ou presidencial acabam a meu ver por, ao menos ainda, não caber na presente lista dos também a meu ver politico-governativamente mais intragáveis, deixando então o benefício da dúvida até ao final dos seus democráticos mandatos. A partir de que naturalmente há ainda os que à direita, ao centro ou à esquerda político-partidária jamais exerceram cargos governativos e por isso me acabam merecendo menos de atenção, até porque por norma acabam tendo muito menos ou mesmo nada o que executivamente se lhes apontar para o bem ou para o mal, fazendo dos mesmos entes político-partidários essencialmente critico-reivindicativos face aos que de facto exerceram ou exercessem cargos governativos, logo sem respectivo termo de comparação governativa consigo próprios. Em todo e qualquer caso, incluindo ou excluindo ainda e sempre os que criticam opositivamente no outro o que eles mesmos concretizaram ou deixaram de concretizar em cargos de executiva governação e vice-versa, a concreto exemplo da Dr.ª Cristas que até no relativo a assuntos que derivam do seu tempo de ministra dum governo da nação, a exemplo do risco de derrocada da estrada de Borba, rapidamente e como de costume veio responsabilizar o actual governo PS pela derrocada da respectiva estrada, como se no relativamente recente tempo governativo do PSD/CDS de que a Dr.ª Cristas era parte integrante a estrada em causa não estivesse já em literal risco de derrocada; curiosamente ainda numa autarquia, salvo erro da minha parte, de gestão política baseada num movimento social extra partidário local (Borba), em cujo ainda a população local sabia o risco de derrocada da estrada, sem que a própria autarquia veda-se preventivamente o transito naquela estrada ou a própria população evita-se por lá circular, que como dizia algum habitante local perante as câmaras de televisão "agente sabia que aquilo estava em mau estado, mas era mais perto transitar por ali", tudo isto responsabilizando muito mais gente do que o próprio poder político em que apesar de tudo é mais fácil cada qual e em última instância auto expiatoriamente bater, aquém e além de por si só as diversas facções políticas se cobrarem responsabilidades umas das outras, mesmos que em não raras vezes cada qual tenha a sua correspondente quota de responsabilidade; o que no caso e modo geral é algo mais ou menos transversalmente comum a todos os políticos da direita à esquerda ideológica. Por isso com um peso meramente relativo aqui para o titular e central caso dos mais intragáveis.

De qualquer modo permitas-e-me ou auto permito-me eu ainda referir por exemplo qualquer líder do PCP, a contemporâneo exemplo do Sr.º Jerónimo de Sousa, que como tal é líder dum partido dito de "não classes", que no entanto tem no seu seio ao menos duas classes: a classe dirigente e a classe dirigida. Por isso aquém e além de intragável, de louvável ou em qualquer caso de democraticamente aceitável, é desde logo e acima de tudo paradoxal, seja qual seja o líder. Mas ainda a Sr.ª Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, que não sei muito bem situar sociologicamente, por isso relativamente a que me limito a subscrever o corrente cliché: "esquerda caviar", com tudo o que isso ideológica ou funcionalmente signifique ou deixe de significar ao nível político-partidário e se acaso executivo-governativo. Com estes dois últimos exemplos (PCP e BE) de entre todos aqueles que têm mais expressiva representação parlamentar mas que jamais exerceram cargos governativos, por isso pouco relevantes aqui para o intragável contexto e como tal a servirem acima de tudo como mero referencial geral do espectro político-partidário nacional, de entre intragáveis, louváveis e em qualquer caso democraticamente aceitáveis.

Global sequência de que em conclusão da minha parte, com base no titulo "Intragáveis" como tema central desta postagem por associação a lideres político-partidários que já exerceram cargos político-governativos de topo Nacional, deixo então ao respectivo critério de cada qual que aqui me leia que por respectiva eventual inerência queira ou possa identificar os seus mais intragáveis, aceitáveis ou se acaso louváveis, nas diversas bandas político-partidárias e no masculino ou no feminino, segundo o vosso próprio critério, neste último caso tanto quanto possível o mais racional e imparcial possível, designadamente aquém e além de unilaterais ou incondicionais cegueiras político-partidárias e ideológicas!...

VB

terça-feira, dezembro 25, 2018

Liberdade de manifestação...

Com a devida, possível, auto correcção ortográfica e complementação argumentativa própria da minha parte, o que segue é de base o meu espontâneo comentário-resposta no Facebook (FB), face à respectiva e auto proclamada participação dum meu amigo pessoal na manifestação "coletes amarelos" do imediatamente transacto dia 21/12/2018 em diversas cidades do País. Enquanto meu comentário-resposta em causa, que na sua transcrição aqui para o Blogger, passa a ser o texto central e fundamental base desta mesma presente postagem, sem no caso nomear especificamente para aqui o meu amigo em causa, que imagino o próprio não se importaria, mas que não achando eu indispensável tal especifica nomeação, porque desde logo o meu amigo em causa sendo quem me espoletou a mesma presente postagem, no entanto não é em si mesmo o seu alvo, ao menos aquém e além da minha directa correspondência ao próprio no seu respectivo FB, para com o que também lhe deixarei posterior referente nota do presente, a partir do que de resto não acho em absoluto necessário nomeá-lo aqui. Que se assim se quiser, esta é a minha própria forma de manifestação, na circunstancia face ao que está mal no actual regime, sob e sobre muitos aspectos apenas pseudo-democrático, mas também relativamente a tudo o que está errado na história humana, mas também e desde já antecipadamente com relação ao que possa vir a estar mal em qualquer outro futuro regime, designadamente qualquer contra-regime face ao presente, até porque regimes (político-sociais) perfeitos não existem, porque todos têm como base a própria e imperfeita humanidade. Mas passando ao essencial, que para aqui é a transcrição do comentário-resposta ao meu amigo no FB, com a já referida correcção ortográfica e complementação argumentativa da minha própria parte, desde logo e designadamente substituindo o concreto nome do meu amigo, por simplesmente Amigo, é compactadamente assim:
Amigo, desde já te felicito pela coragem de participar numa manifestação, em princípio contra o que está positivamente mal no actual sistema/regime político e mas também social vigente, dito básica e genericamente de democrático. No entanto e isto daria um longo discurso, pois que a mim pessoalmente: por um lado pareceu-me uma manifestação demasiado seguidista do que se passou espontaneamente em França _ estilo ver se a moda pega(!); o que até pelo anterior resultou numa respectiva manifestação sem colectiva espontaneidade interna, portuguesa; ao que há que associar uma significativa anarquia-subjectividade dos princípios, dos meios e dos objectivos fundamentais subjacentes à mesma, neste caso potencialmente aproveitável por possíveis extremismos à esquerda, à direita ou quais queres outros; cujo neste último caso muito, mesmo muito cuidado com os extremismos, sejam eles de que ideologia sejam, porque se um dia um deles se impõe, desde logo governativamente, por sua própria génese extremista, um dos factores que costuma ficar vedado é precisamente o direito à manifestação, contra o próprio respectivo sistema extremista. Enfim e aprofundando um pouco, tudo isto são questões humanas muito mais transversais do que meramente políticas e/ou sociais gerais, designadamente tocando-nos a todos nós que por norma costumamos abster-nos de participar política e socialmente, aquém e além do que unilateral e/ou corporativamente interessa a cada qual. Pelo que ao menos da minha humilde, quase insignificante, parte pessoal costumo participar o mais possível e à minha respectiva maneira, o que de todo em todo não se restringe a fazê-lo aqui às redes sociais virtuais e muito menos de forma anónima, como muita/os outra/os, no caso não me referindo a ti Amigo que como é óbvio, desde logo pela tua explicita e franca manifestação acima _ no FB. Mas que voltando a mim mesmo que te escrevo o presente, por mero exemplo a minha própria participação político-social, aqui no meio virtual, está designadamente uma partilha de minha necessária autoria própria _ https://curiosidadesp.blogspot.com/.../atencao-para-tudo... _ que fiz ontem mesmo no FB, ainda que a partir do blogger, enquanto partilha essa e outras do género que antes, durante ou após expô-las publica, responsável, consequente e identificadamente da minha parte aqui no meio virtual costumo também enviá-las directamente a quem de devido direito e responsabilidade, como designadamente a instituições políticas, de segurança, de defesa, de emergência e socorro, de comunicação social ou outras equivalentes com directo interesse e acima de tudo directamente visadas no por mim reclamado/criticado/manifestado. Sendo que não raro até as partilho mera e objectivamente com quem institucionalmente de devido direito e respectivo interesse, sem qualquer extensão virtual. E, em qualquer dos casos, ao menos até ao momento ainda ninguém me levou preso ou chamou à devida responsabilidade, não sei por não me darem importância alguma ou se por eu ter a devida correspondente razão aplicável, de qualquer modo, também suponho que no mínimo fique registada a minha critica/reclamação/manifestação própria, onde e por quem de respectivo direito. A partir de que tão pouco sei ainda se neste regime dito democrático essa minha participação/reclamação/manifestação tem algum positivo/democrático efeito de facto, ainda que em qualquer regime extremista, qualquer respectiva manifestação/reclamação/manifestação colectiva de rua e/ou então pessoalmente responsável como a minha, se não interessando ao respectivo regime costuma ser alvo de implacável repressão... o que refiro porque qualquer manifestação basicamente anti-regime, tanto pode correr para o melhor: transversal e verdadeira-responsavelmente democrático; quanto para o pior: unilateral e verdadeira-extremistamente opressivo, neste último caso, desde logo face a manifestações anti qualquer respectivo regime extremista; sendo que manifestações fundamentalmente anárquico-subjectivas como a acima citada por ti, meu Amigo, senão na sua ideia base, pelo menos no intermédio aproveitamento extremista que certos grupos... podem fazer e não raro fazem de facto das mesmas, como mínimo costumando levar a vândalos distúrbios, como os ocorridos em França, designadamente com destruição de património público e privado, a mais concreto exemplo de estruturas publicas como calçadas, jardins, etc., e/ou de bens privados como lojas, carros, etc., neste último caso inclusive propriedade do próprio "zé povinho" que reclama; aquém e além de levar ainda a confrontos com as significativamente tolerantes forças de segurança do, ao menos parcial, Estado de Direito Democrático. Por isso e pelo mais que lhe está efectiva ou potencialmente inerente, de entre o regime, em muitos aspectos, pseudo democrático de "M...." que temos, também por responsabilidade de todos e de cada um de nós, que não raro só olhamos para o nosso próprio umbigo, vulgo interesse pessoal/corporativo próprio, quando a sociedade política e civil, enquanto parte integrante da própria Vida é um todo Universal; cujo a partir daqui entra todo um outro derivado discurso contextualmente aplicável e mas também tão multifacetadamente complexo quanto extenso, que é melhor nem sequer começar a desenvolver raciocínio ao respeito. 
Pelo que para de momento não ir muito mais longe, concluo resumidamente dizendo: _ muito, mesmo muito cuidado com o que, como, onde, porque, para que, com que base, meios e/ou fins se reclama/manifesta! 
Ah! E a sintetizar toda a anterior conjuntura discursiva, digo ainda que por minha norma própria, mais que procurar/reivindicar o melhor da vida para mim, costumo procurar/reivindicar melhor de mim para com a vida, mesmo que à partida uma coisa possa e deva levar à outra, no entanto o princípio subjacente é muito importante, pois que começar a procurar o melhor da vida para connosco nos pode levar e não raro leva mesmo a esquecer o melhor de nós para com a vida, já o inverso muito dificilmente sucederá, o que não sei se faz alguma diferença para vós, que no caso concreto leiam o presente até aqui!?.
VB

quarta-feira, dezembro 19, 2018

Atenção! Pára tudo... a confirmar-se, é "anedota", mas não é para rir...

Então um helicóptero ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que faz frequentemente o percurso (aéreo) Macedo de Cavaleiros - Porto e vice-versa, cujo no percurso de regresso a Macedo de Cavaleiros tem designadamente de reabastecer em Baltar, por não ter autonomia para a viagem ida e volta entre Macedo de Cavaleiros onde está sediado e o Porto para onde faz recorrentes serviços de emergência médica; no entanto em Baltar não há equipamento electrónico-rádio dedicado a controlo e segurança aérea, na circunstancia para aterragem e descolagem de helicópteros, o que respectivamente em condições atmosféricas adversas, como por si só pode ser e é o mais comum nevoeiro, leva a que as manobras aéreas de aterragem e descolagem de helicópteros sejam no mínimo um potencial e eminente risco de acidente aéreo, ainda para mais com uma série de antenas, alegadamente rádio, mas não de controlo aéreo na proximidade de Baltar, mas que tanto pior ainda se a confirmar-se que diversas dessas antenas nem sequer estavam luminicamente sinalizadas, pergunto eu: o que é que se estava à espera face à mais que eminente possibilidade de tarde ou cedo ali suceder um acidente, no caso concreto, com um helicóptero de INEM que ali tem de aterrar com relativa frequência para reabastecer entre percursos de emergência médica para o Porto e a sua respectiva base de operação em Macedo de Cavaleiros?

Tudo anterior tendo no INEM uma entidade de emergência médica como parte integrante e activa da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), com esta última responsável pela prevenção de incidentes e/ou pela coordenação das diversas corporações de segurança e de socorro após ocorrência de incidentes, já sejam estes últimos de origem natural ou humana, mas em qualquer caso com efectiva ou potencialmente nefasto-dramáticas consequências humanas. A partir do que a mesma ANPC faz desde logo preventivas exigências ao cidadão comum e/ou a entidades colectivas particulares, no que a prevenção de incêndios, de incidentes vários, designadamente face a condições atmosféricas adversas e/ou a actividades humanas de risco. E mas depois, independentemente do que venham a ditar as investigações e respectivos relatórios do Ministério Público, da entidade de investigação de acidentes aéreos, etc., eventualmente da própria ANPC que enquanto tal me parece a mim investigar em causa própria, e qualquer caso o facto já conhecido é que um helicóptero do INEM caiu em circunstancias que à partida não abonam muito ou mesmo nada a favor de todas as exigências da ANPC, com respectiva extensão política, desde logo enquanto exigências face ao cidadão comum, a entidades particulares e/ou à sociedade civil modo geral. No fundo ao estilo: "faz o que eu digo, não faças o que eu faço", o que de resto é muito comum ao nível político e sócio-cultural modo geral. Face ao que se a respectiva responsabilidade dum qualquer fatídico acidente ou devastador fenómeno de origem humana for do pequenino, do funcionário básico ou até intermédio, regra geral as responsabilidades costumam ser rápida, clara e plenamente encontradas, com as correspondentes sanções aplicadas; já se a responsabilidade for do grande, do  alto gestor da causa publica, por si só do genérico sistema político, social e no caso de ANPC instalado, por respectiva norma as responsabilidades são difíceis ou mesmo impossíveis de identificar, ficando em regra diluídas num imenso e indeterminado colectivo, que por norma é o próprio Estado (todos nós) e/ou ainda diluído no mero azar, se acaso por mera derivação dumas condições atmosféricas adversas!

Que, já agora, no relativo às responsabilidades ficarem diluídas num imenso e indeterminado colectivo que por norma somos todos nós (Estado), tão pouco deixa de ter o seu Q de verdade, na medida em que ao longo da minha mera existência pessoal, já conheci suficientes circunstancias, algumas por experiência própria que rapidamente corrigi ou pelo menos procurei não voltar a repetir, em que o recorrentemente auto proclamado e elogiado espírito de improviso nacional, não raro ao nível do mero "pato bravo", em que cada qual avança em individual ou corporativo interesse próprio e imediato, sem medir as consequências face ao outro, ao colectivo e/ou ao futuro. Isto com inclusive extensão ao resto mundo, pois que por exemplo não é por acaso que as pró catastróficas alterações climáticas e degradação ambiental global são o que são; mas no caso falando de Portugal em concreto diria que não raro constrói-em-se impunemente estatutos pessoais, políticos, sociais, industriais, materiais, etc., sabe Deus às custas de quê e de quem. Como resumidamente seja que constrói-em-se impunes, inquestionáveis e não raro colectivamente elogiados estatutos "superiores", numa base muito mais de esperteza interesseiramente unilateralista, corporativista e imediatista, do que de inteligência transversalmente colectivista, universalista e de médio-longo prazo.

Sendo que para dizer/escrever tudo anterior não creio seja necessário ser-se perito em segurança interna; em operações de emergência e socorro; em controlo, segurança e investigação aérea; nem em sociologia ou qualquer outra média-superior especialidade; bastando sim um mínimo de genérico senso comum. Ainda que, isso sim, quem aqui fala/escreve é alguém tão suficientemente auto exigente consigo/comigo mesmo, relativamente ao outro individuo e/ou ao colectivo social, nacional e universal, que na dúvida face a ser positivo ou negativo face ao que ou a quem  mais quer que seja, mesmo que e/ou até por com meu unilateral prejuízo próprio, por norma e salvo possível motivo auto defensivo ou humanitário geral, de resto e no cautelar limite auto abstraio-me prática, interactiva e funcionalmente de mim mesmo, cujo até talvez ou seguramente por isso a minha maior, melhor, quando não mesmo única forma de expressão e de existência própria seja, como no caso concreto, isto que, como, porque e para que (pró) reflexiva/contemplativamente escrevo de forma responsável e consequente _ com o que como tal, apesar de e/ou até por tudo, espero estar a ser mais positivo do que muitas tristes e no caso fatídicas anedotas envolventes, baseadas em gente de acção sem minimamente devida ponderação! Nesta última acepção a exemplo dum helicóptero do INEM, enquanto INEM como membro activo da ANPC que independentemente do que venham a ditar as diversas investigações inerentes e/ou do que desde o primeiro momento é a múltipla pressão dos meios de comunicação social pró apuramento de responsabilidades, desde já digo eu que: ao cair um helicóptero do INEM, com fatídicas consequências para os seus tripulantes, desde logo devido a ter de ir reabastecer num local sem condições para aterrar sob um simples nevoeiro, só pode ser uma triste anedota nos tecnológicos e pró securitários tempos que correm, desde logo ao nível da ANPC e suas respectivas exigência face ao cidadão comum e à sociedade civil modo geral. E então se a tudo isto adicionar-mos a múltipla complicação subjacente às comunicações ou falta delas entre as diversas entidades de socorro inerentes após a queda do helicóptero, aliás do que acima de tudo se fala após o acidente, como se as causas deste último tivessem passado para plano secundário ou mesmo irrelevante, então o lamentável e fatídico absurdo parece-me uma pescadinha de rabo na boca, sem mais descrição.

Finalmente permita-se-me acrescentar que para correr tanta coisa mal ao nível de incêndios florestais, em que quanto mais alertas de risco de incêndio e de investimento material e humano no combate a estes últimos parece que quantitativamente mais e qualitativamente maiores incêndios há; mas também ao nível de recorrentes alertas de fenómenos atmosféricos extraordinários que mais das vezes não se confirmam como tais e que até por isso quando se verificam de facto já ninguém previamente acredita que se vão verificar, a exemplo dum caso já ocorrido no corrente ano (2018); entre outros múltiplos exemplos, designadamente ao ouvir-se dizer que corporações de bombeiros, por exemplo no interior rural norte, centro ou sul do País, na proximidade dum teatro de operações de socorro (incêndio, acidente, etc.,), dependerem duma superior ordem burocrático-protocolar vinda de Lisboa ou coisa que o valha, para só então poderem ditos bombeiros começar a actuar, me parecer a mim um puro, duro e ridículo absurdo _ até por isso eu subscrevo a correntemente vigente auto exclusão da Liga de Bombeiros do seio da ANPC. A partir de que uma ANPC nos moldes em que está e age ou deixa de agir, quase que mais vale não haver ANPC alguma. Até porque por referencial histórico, perante um incêndio de pouca monta ou no seu início, perante um comum acidente automóvel ou perante qualquer outro acidental fenómeno muito localizado e sem transcendentes consequências materiais e/ou humanas de larga escala social ou territorial, creio eu que quer as corporações de segurança pública (GNR e PSP), quer as corporações de emergência e socorro (INEM, Bombeiro, Cruz vermelha,...) desde que, como expectável, bem formadas de base e com continua preparação operacional não necessitem de terceira entidade externa e/ou duma hierarquia superior (ANPC), para cumprirem o seu dever operacional com natural fluidez por si sós e/ou em respectiva harmonia protocolar de entre umas e outras. Aliás a noção que eu tenho de ANPC aplica-se acima de tudo à global coordenação de diversas corporações de segurança pública e/ou de emergência e socorro face a eminentes ou concretizados acidentes, catástrofes, em suma devastadores fenómenos de significativa magnitude e/ou abrangência social e territorial; no entanto e segundo recorrentemente consta, a ANPC no seu estágio actual parece ter participação até no atropelamento dum único individuo ou duma mera ignição incendiária deflagrada no outro lado da rua, se acaso em frente à porta do quartel dos bombeiros locais, sem que no entanto e salvo erro da minha parte, os meios de socorro possam actuar sem respectiva autorização superior da ANPC, com toda a intermédia troca de informações inerente, o que a confirmar-se é, a meu ver, o cumulo duma lamentável e no limite mesmo fatídica anedota, cujo pior ainda quando as intermédias comunicações reconfirmadamente falham por motivos técnicos e/ou humanos, apesar da espectacular e/ou para o caso espalhafatosa parafernália técnica, como veículos carregados de sistemas rádio, informáticos, etc., etc., com que a ANPC se costuma apresentar...!...

VB

terça-feira, outubro 30, 2018

Deus queira que eu em engane... ainda que lamentavelmente tema que não!

A vida e o mundo jamais deixaram de ser um genérico lugar de constante e permanente risco, por mais que por norma não sejamos ou não queiramos ser conscientes disso, mas o facto é que por si só viver é o que mais mata e/ou por mais especifico exemplo o simples e comum andar da estrada é uma verdadeira "roleta russa". Mas claro que depois a forma como todos e cada um de nós andamos na vida e na estrada faz com que o genérico risco inerente passe a ser mais ou menos inusitado do que a genérica norma. E desde há um tempo que o próprio mundo e/ou sociedade humana global se vem a tornar um crescentemente inusitado e perigoso risco!

Não gosto, não tenho por habito, nem sequer quero imiscuir-me na política interna doutros países que não Portugal _ que de resto até mesmo em Portugal sou por genérica norma própria muito politicamente neutral e até mesmo passivo.

Mas! Em excepcionais casos internos e/ou externos que neste último caso toquem duma ou doutra directa ou indirecta e mas efectiva e consequente forma a política e a vida interna de Portugal, tão pouco consigo e no limite do possível sequer quero deixar de expressar a minha perspectiva ao respeito, como de resto se pode constatar por outras coisas que já por aqui publiquei. E de momento a eleição de Jair Bolsonaro para presidente do influentemente grande país lusófono e inclusive mundial que é o Brasil, é respectivamente um desses casos. Sendo que vou escrever pós eleitoralmente, logo sem qualquer minha consciente ou subconscientemente pretensa veleidade de procurar influenciar o voto de quem quer que seja no Brasil, o que de resto neste meu mero caso pessoal seria não só ridículo como mesmo absolutamente inconsequente. Pelo que ao fazê-lo pós eleitoralmente, é com a minha legitima preocupação própria, não só relativa à eleição do senhor Bolsonaro em concreto, como mais tudo o que, intra e extra Brasil, previamente levou a essa eleição.

A partir de que não vou ou pelo menos creio e pretendo não ir escrever duma mera perspectiva ideológica de esquerda ou de direita política. Pois que no que e como de mim depender falo-ei acima de tudo duma perspectiva o mais objectiva possível segundo o que sempre fui ouvindo, lendo e vendo acerca da política brasileira e desta última eleição presidencial muito em concreto. O que como tal e no seu todo daria para escrever algo muito mais extenso e complexo do que o que vou fazer. Mas isso implicaria escrever algo que não caberia no presente contexto, além de que em certos aspectos teria de (re)aceder a dados que de momento não disponho e/ou que em muitos casos já esqueci em objectivo, ainda que não tenha esquecido a global e substancial essência dos mesmos. E um desses dados é que nem de perto nem de longe a corrupção política, económico-financeira e social brasileira começou com o PT e o seu respectivo líder histórico Lula da Silva _ sem natural prejuízo de que também com o PT e com Lula assim tenha sido _ além ainda de que (quase) seguramente a corrupção no Brasil tão pouco terminará com a saída do PT da presidência e/ou ainda com a respectiva prisão de Lula. E com isto não pretendo, nem sequer me cabe em absoluto defender o PT ou Lula da Silva, se acaso bem pelo contrário.

Mas a partir de que o que resulta para mim estranho é que para os próprios brasileiros pareça que a descoberta da "pólvora" que é a corrupção política, económico-financeira e social interna no Brasil terá começado com o PT e com Lula na presidência e respectivamente vá-a terminar com o PT fora da presidência e inclusive com Lula preso, precisamente por corrupção. Cujo nesta mesma sequência resulta ainda para mim muito estranho que se fale quase exclusivamente no PT e em Lula da Silva ou em Dilma Rousseff como maus e/ou corruptos presidentes, enquanto tal também decisivos contribuintes para a actual, dita de caótica, situação política, económica e social do Brasil, como se um tal de senhor Michel Temer não existisse em absoluto, quando tem sido precisamente sob comando presidencial deste último que o Brasil tem vivido os últimos (caóticos) anos de presidência política. Enfim, para alguém que está de fora como eu e que como tal não tenho directo interesse na política interna do Brasil, mas que também por isso consigo ou creio conseguir raciocinar um pouco mais fria e distantemente, isso sim com o indirecto interesse de que a política interna dum país imenso e de entre outros aspectos desde logo política, social, económica e/ou ecologicamente influente a nível lusófono e global como o Brasil não possa deixar de me tocar de forma, mais ou menos directa ou indirectamente, consequente. Até porque se para o bem ou para o mal havia muita(o)s brasileira(o)s a escapar do Brasil, desde logo para Portugal devido à política do PT de Lula e de Dilma, mas ultimamente também devido à inusitada presidência Temer, ainda que este último pareça ser impolutamente invisível e/ou inexistente, o que como mínimo e/ou melhor das hipóteses é para mim interpretativamente muito curioso(!?). Mas o não menos facto é que se a própria pré-eleição do senhor Bolsonaro já estava a trazer muita(o)s outra(o)s brasileira(o)s para Portugal, me leva a crer que a sua pós-eleição, na respectiva medida da aceitação portuguesa da(o)s mesma(o)s, trará ainda muita(o)s mais brasileira(o)s para Portugal. Sequência de que pouco ou nada me interessa se o senhor Bolsonaro é de extrema direita, de extrema esquerda ou de qualquer outra extrema, até porque os extremos costumam tocar-se e confundir-se de entre si, pelo que e mais uma vez, de entre a minha (melhor e pior) percepção própria, acumulada ao longo do tempo, dalgum modo desde sempre, acerca do Brasil, adicionado ao que tenho lido, ouvido e visto no presente tempo corrente, digo muito directamente que sem prejuízo dos alegados ou efectivos prévios pecados públicos, privados ou semi-públicos e privados de muitos outros... (Lula's da Silva, Dilma's Rousseff, Collor's de Mello, etc., etc., etc.)..., creio ser motivo para lamentar a actual eleição democrática do senhor Bolsonaro _ inclusive por conter uma forte corrente popular muito mais negativista anti-PT do que pró positivamente isto ou aquilo outro, aquém e além ainda de dogmáticas/subjectivas profissões de fé de muitos e de selectivos/corporativos interesses de diversos outros, segundo consigo percepcionar.

Desde logo a partir da eleição do senhor Bolsonaro, com todo o pró-eleitoral processo discursivo e ideológico que lhe está subjacente, creio poder dizer com, mais ou menos, antecipada convicção que independentemente do que o senhor Bolsonaro faça ou deixe de fazer directa/institucionalmente por si só, enquanto Presidente do Brasil, um coisa está desde já e no mínimo potencialmente legitimada pelo seu discurso ideológico e eleitoralista que é a violência, no limite, a violência letal por parte dos seus apoiantes mais ideológica, política, económica e socialmente radicais, designadamente contra todo o tipo de movimentos político-sociais e civis, por mais vital e universalmente legítimos/benévolos que estes últimos sejam, desde que não coincidam precisamente com o senhor Bolsonaro e sua respectiva presidência/ideologia. O que por exemplo e gravosamente inclui, quase por certo, o acelerar e ampliar da devastação da Amazónia enquanto grande ecossistema, por si só a maior reserva natural, de entre fauna e flora a nível global, com correspondentemente generalizado prejuízo global. Desde logo devido ao senhor Bolsonaro (parecer) ser explicitamente muito mais anti-ecológico e respectivamente muito mais pró economia liberal selvagem(*), ironicamente, neste último caso, contra a mais virgem natureza selvagem da Amazónia. Incluindo-se nesta sequência um expectável extermínio e/ou pelo menos uma generalizada opressão, expulsão e desenraizamento de populações indígenas da Amazónia _ senão por institucional ordem directa e explicita do senhor Presidente Bolsonaro, pelo menos e desde logo por legitimação do seu discurso ideológico e eleitoralista de base pró violenta, anti-ecológica e liberal selvagem favorável a vastos, insaciáveis, indiscriminados e no limite selvaticamente criminosos interesses económico-financeiros na exploração de todos os recursos naturais Globais e da Amazónia muito em concreto. Tudo tão potencial e/ou efectivamente pior se a confirmar-se o genérico armamento popular ou pelo menos e desde logo o armamento de facções populares mais favoráveis ao senhor Bolsonaro, em qualquer caso com o demagógico e digo eu lunático argumento da auto defesa de cada qual. O que vindo dum ex.oficial militar como o senhor Bolsonaro acaba sendo mais uma das suas infindáveis incoerências e/ou incompatibilidades discursivas, na medida em que com o seu discurso pró genérico e auto defensivo armamento popular, o senhor enquanto presidente está a assumir a impotência do Estado na mais básica defesa da segurança pública interna, como tal instituindo uma espécie de far west, em que cada qual que se passará a defender à sua "bela" e própria consciência armada _ que em muitos casos, segundo rezam as realidades populares armadas equivalentes por outras latitudes, a auto defesa própria em muitos casos será mais ofensiva e menos meramente defensiva.

O que sem ir muito mais longe e tão só a confirmar-se o anterior, me leva ainda a pressupor que o discurso anti-violência no Brasil por parte do senhor Bolsonaro poderá até paradoxalmente resultar em muita e múltipla mais violência, aquém e além da criminosa e indiscriminada violência urbana, mais comum e já existente, por irónica curiosidade em nome da luta contra esta última ter-se também feito eleger o senhor Bolsonaro.

Enfim quiçá o mundo ou a própria vida sejam um lugar lamentavelmente estranho por si sós, até porque no actual e crescentemente convulsivo estágio da existência humana a nível global não sei bem qual a positiva alternativa aos senhores Bolsonaros deste mundo e desta vida, mas no caso e Deus queira que eu me engane com relação ao que nos reserva o futuro lusófono e global, face a neste momento (também) o Brasil me parecer encarnar/concretizar essa lamentável estranheza na mais plena perfeição!

VB

(*)... aliás aqui está mais um motivo de estranheza para mim, na medida em que o senhor Bolsonaro tem um discurso tão conservador quanto liberal selvagem, difícil de entender/conciliar enquanto tal, levando-me a concluir que mesmo que as suas intenções base possam ser e sejam positiva e hipoteticamente as melhores, no entanto estaremos eventualmente perante mais um desvairado pró caótico do que perante a positiva solução do que quer que seja _ estranho mundo e perigosa humanidade este(a), com um reiterado e conclusivo: Deus queira que eu, positivamente, me engane!

Ah! E já agora quanto ao senhor Fernando Haddad candidato eleitoral derrotado, simplesmente reconheço que a maioria do povo brasileiro votante não o quisesse para presidente, pelos motivos e razões que fossem. VB