quarta-feira, dezembro 26, 2018

Intragáveis, louváveis, em todo o caso democraticamente aceitáveis!...

Numa minha perspectiva própria, de todo mais pessoal e humana do que político-partidária, que neste último caso auto renego identificar-me com um qualquer só partido ou sequer ideologia que seja na medida em que me auto-considero pessoal, humana, vital e universalmente muito mais multifacetado e complexo do que meramente unilateralista, corporativista ou para o caso partidarista. Se assim posso dizer, sou acima de tudo partidário de Deus e/ou da própria Vida, que como tal e em qualquer dos casos tem de todo mais que ver com multifacetado/plural integralismo do que com unilateral/corporativo partidarismo. Sequência em que como tal agradeço o regime democrático, porque sabendo eu à parida e à chegada que ser humano, partido e/ou ideologia político/a alguma/a é perfeito por si só e com relação à própria multifacetada humanidade, menos ainda se com relação à universalidade da Vida enquanto tal, também e especialmente quem como eu não é mera e unilateral/corporativamente partidarista, inclusive segundo as circunstancias de cada momento político, económico, social e até existencial, acabe por ser uma verdadeira bênção poder escolher democraticamente entre esta ou aquela outra facção político-partidária e/ou até nenhuma das mesmas. Mas precisamente a partir e/ou de entre o que sem esquecer uma conclusiva noção da política partidária nacional modo geral, ainda que para o caso tomando desde logo por referência lideres político-partidários portugueses que exerceram cargos governativos de topo Nacional, no contexto democrático das últimas décadas, ao menos desde que eu mesmo tenho consciência política própria e que como tal, para o caso e no limite, não consigo pessoalmente tragar ditas personalidades políticas, ainda que democraticamente as deva aceitar, a concretos exemplos de:

_ Prof.º Aníbal Cavaco Silva, a divindade, ser absolutamente perfeito e/ou imaculadamente impoluto, que por si só "nunca se engana e raramente tem dúvidas" ou vice-versa, que tem muitas memórias dos defeitos alheios, mas não de defeitos próprios. Como tal potencial ditador ou ser humano que, segundo indicia a sua auto memorialmente impoluta perspectiva própria, não o é..., quando eu pessoalmente gosto de seres humanos que o são, com virtudes e defeitos, predispostos a cultivar as virtudes e mas também, se acaso, assumir e corrigir os defeitos. Aliás para quem "nunca se engana e raramente tem dúvidas", quiçá até por isso, de entre outros desvarios, apostou (quase) cegamente na Banca, levando como mínimo muitos dos seus maioritários partidários da altura a apostar na Banca, que logo após ruiu como um castelo de cartas, com as consequências que bem se conhecem para o País e para os seus clientes, inclusive com o BPN como um dos primeiros a ruir e de forma tão ou mais escandalosa que qualquer outro, enquanto sendo gerido em boa parte por elementos saídos PSD e/ou directamente do dos governos Nacionais do Prof.º Aníbal Cavaco Silva. Tudo sem absoluto prejuízo dos méritos deste último, como por exemplo ser resoluto na tomada de decisões, ainda que isso funcionasse para o melhor/bem e para o pior/mal, ainda que o Prof.º Cavaco pareça não ter em absoluto memória do pior/mal, até pelo contrário, sendo por isso intragável para mim.

_ Dr.º Durão Barroso, poço de vaidade, não raro a roçar o ridículo, a meu ver um óbvio "subserviente" dos poderosos da Europa e do mundo Ocidental modo geral. Primeiro-ministro dum governo da Nação e Presidente da Comissão Europeia, apesar de e/ou até por tudo, sem relevante história. Aliás estou em profundo crer pessoal que o mesmo foi eleito Presidente da Comissão Europeia, precisamente pela sua vertente de, a meu reiterado ver, óbvio "subserviente" dos poderosos da Europa e do mundo Ocidental que estavam ou estejam mais na crista da onda; revelado-se em primeira instância e respectiva grande medida, como tal, enquanto Primeiro-ministro nacional, especialmente na sua "babosa" postura perante o Sr.º Bush, o Sr.º Blair e o Sr.ºAznar, na Cimeira das Lajes, mesmo que à altura com a oposição das poderosas Alemanha, da França, etc., etc., em qualquer dos casos relativamente à segunda evasão do Iraque, baseada numa pura falácia, de cuja invasiva concretização a Cimeira das Lajes foi prática precursora com o à altura todo poderoso Sr.º Bush como protagonista central e de topo mundial.

_ Eng.º José Sócrates, personagem de discurso intragavelmente sacerdotal e/ou automatamente monocórdico, insistentemente a fazer "M...." e a assumir isso como uma virtude. Designadamente a contrair continua a crescentemente divida para o Estado nacional face aos "mercados financeiros" nacionais e internacionais, com estes últimos por si sós e em grande medida como predadores natos, como se isso fosse algo absolutamente natural, positivo e/ou incontornável, sem mais. De resto com o argumento de que "a divida não se evita, mas sim gere-se", o que contendo o seu circunstancial e pontual "Q" de verdade, está no entanto longe de ser uma verdade absoluta em si mesma. No despropositado caso do Eng.º Sócrates foi mesmo até levar o País à beira da banca rota. Sendo que quanto à sua vertente de alegado delinquente de "colarinho branco", deixo que seja a própria instituição judicial-criminal a falar por si só.

_  Dr.º Paulo Portas, ser fundamentalmente contraditório que aquém e além de feitos e defeitos é, a meu ver e sentir, acima de tudo uma espécie de fala barato e troca-tintas, provavelmente um excelente vendedor de "banha da cobra", um mercantilista "vendedor de feira" _ sem prejuízo para estes últimos enquanto tais. Mas em qualquer caso um muito pouco fiável ou mesmo falso líder, vulgo, executor político-governativo. Que segundo consta tão pouco terá ficado a dever à desonestidade _ ainda que sem confirmação jurídica, ao respeito fiquem-mo-nos então pelo "diz que disse".

_ Dr.º Passos Coelho para mim está algures entre o intragável que mente entre o pré e o pós-eleições, além de que pós eleito e pró-ditatorialmente assume a sua própria visão como a única possível, para cuja justificação das suas piores políticas, desde logo literalmente inversas ás suas promessas eleitorais, teve a semi-argumentativa e efectiva justificação da pré-banca rota deixada por Sócrates, algo que o mesmo já sabia antes de ser eleito, de resto fez campanha nessa base; ainda que por outro lado também tenha tido por exemplo a coragem de deixar cair o BES e com isso o próprio Dr.º Salgado _ vulgo "dono disto tudo". O que neste último caso não creio houvessem muitos lideres, designadamente de esquerda dita socialista, que tivessem tal coragem, até porque a meu ver, o caso da esquerda em concreto e dum modo geral peca pelo paradoxo de por um lado na sua vertente mais radicar ser visceralmente contra os poderes económico-financeiros privados, enquanto por outro lado a esquerda socialista mais moderada costumar ser demasiado reverente ou mesmo subserviente a mesmos poderes económico-financeiros privados, parecendo não haver um razoável e justo meio termo à esquerda, na circunstancia face ao peso do sector económico-financeiro na política e na sociedade. Por isso o Dr.º Passos Coelho fica, para mim, algures num limbo entre intragável e louvável, mas em qualquer caso democraticamente aceitável _ com a ainda ressalva de que confessa e leigamente eu não saiba, por mim mesmo e para já, até que ponto a queda do BES e do Sr.º Salgado foi melhor ou pior para o País, para a banca nacional e/ou para diversas pessoas, clientes, essencialmente emigrantes que lá (BES) "investiram" e com a respectiva queda do banco perderam tudo!.

_ Por fim, talvez eu não devesse incluir aqui o Dr.º Santana Lopes, individuo que tem de estar sempre na crista da onda, designadamente presidente dalgum tipo de agremiação político-partidária, associativo-cultural, desportiva, beneficente, etc., etc., no limite e em última contemporânea instância presidente dum partido político fundado por si e não sei até que ponto para si próprio!? Mas cujo, no caso, não tendo deixado já de o incluir aqui, no entanto e quiçá um tanto ao paradoxal invés de intragável, faço-o mais para salvo eventual futuro motivo em sentido contrário, ao menos de momento com relação ao próprio, versos a tristeza que são duma ou doutra forma todos os demais citados, resumiria então com um múltiplo 😊😃😄😆😅

A partir de que claro que houveram e continuam a haver outros diversos lideres político-partidários que recentemente exerceram e/ou correntemente ainda exercem cargos governativos ou políticos de topo Nacional, respectivos a exemplos do Dr.º Jorge Sampaio, do General Ramalho Eanes, etc., incluindo de momento os próprios actuais Presidente da Republica Prof.º Marcelo e Primeiro-ministro Dr.º António Costa, que no balanço de entre naturais virtudes e defeitos, tanto mais se no caso destes últimos ainda em vigência governativa ou presidencial acabam a meu ver por, ao menos ainda, não caber na presente lista dos também a meu ver politico-governativamente mais intragáveis, deixando então o benefício da dúvida até ao final dos seus democráticos mandatos. A partir de que naturalmente há ainda os que à direita, ao centro ou à esquerda político-partidária jamais exerceram cargos governativos e por isso me acabam merecendo menos de atenção, até porque por norma acabam tendo muito menos ou mesmo nada o que executivamente se lhes apontar para o bem ou para o mal, fazendo dos mesmos entes político-partidários essencialmente critico-reivindicativos face aos que de facto exerceram ou exercessem cargos governativos, logo sem respectivo termo de comparação governativa consigo próprios. Em todo e qualquer caso, incluindo ou excluindo ainda e sempre os que criticam opositivamente no outro o que eles mesmos concretizaram ou deixaram de concretizar em cargos de executiva governação e vice-versa, a concreto exemplo da Dr.ª Cristas que até no relativo a assuntos que derivam do seu tempo de ministra dum governo da nação, a exemplo do risco de derrocada da estrada de Borba, rapidamente e como de costume veio responsabilizar o actual governo PS pela derrocada da respectiva estrada, como se no relativamente recente tempo governativo do PSD/CDS de que a Dr.ª Cristas era parte integrante a estrada em causa não estivesse já em literal risco de derrocada; curiosamente ainda numa autarquia, salvo erro da minha parte, de gestão política baseada num movimento social extra partidário local (Borba), em cujo ainda a população local sabia o risco de derrocada da estrada, sem que a própria autarquia veda-se preventivamente o transito naquela estrada ou a própria população evita-se por lá circular, que como dizia algum habitante local perante as câmaras de televisão "agente sabia que aquilo estava em mau estado, mas era mais perto transitar por ali", tudo isto responsabilizando muito mais gente do que o próprio poder político em que apesar de tudo é mais fácil cada qual e em última instância auto expiatoriamente bater, aquém e além de por si só as diversas facções políticas se cobrarem responsabilidades umas das outras, mesmos que em não raras vezes cada qual tenha a sua correspondente quota de responsabilidade; o que no caso e modo geral é algo mais ou menos transversalmente comum a todos os políticos da direita à esquerda ideológica. Por isso com um peso meramente relativo aqui para o titular e central caso dos mais intragáveis.

De qualquer modo permitas-e-me ou auto permito-me eu ainda referir por exemplo qualquer líder do PCP, a contemporâneo exemplo do Sr.º Jerónimo de Sousa, que como tal é líder dum partido dito de "não classes", que no entanto tem no seu seio ao menos duas classes: a classe dirigente e a classe dirigida. Por isso aquém e além de intragável, de louvável ou em qualquer caso de democraticamente aceitável, é desde logo e acima de tudo paradoxal, seja qual seja o líder. Mas ainda a Sr.ª Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, que não sei muito bem situar sociologicamente, por isso relativamente a que me limito a subscrever o corrente cliché: "esquerda caviar", com tudo o que isso ideológica ou funcionalmente signifique ou deixe de significar ao nível político-partidário e se acaso executivo-governativo. Com estes dois últimos exemplos (PCP e BE) de entre todos aqueles que têm mais expressiva representação parlamentar mas que jamais exerceram cargos governativos, por isso pouco relevantes aqui para o intragável contexto e como tal a servirem acima de tudo como mero referencial geral do espectro político-partidário nacional, de entre intragáveis, louváveis e em qualquer caso democraticamente aceitáveis.

Global sequência de que em conclusão da minha parte, com base no titulo "Intragáveis" como tema central desta postagem por associação a lideres político-partidários que já exerceram cargos político-governativos de topo Nacional, deixo então ao respectivo critério de cada qual que aqui me leia que por respectiva eventual inerência queira ou possa identificar os seus mais intragáveis, aceitáveis ou se acaso louváveis, nas diversas bandas político-partidárias e no masculino ou no feminino, segundo o vosso próprio critério, neste último caso tanto quanto possível o mais racional e imparcial possível, designadamente aquém e além de unilaterais ou incondicionais cegueiras político-partidárias e ideológicas!...

VB

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